Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


27 de fevereiro de 2007

ALGUMAS REFLEXÕES COM ACTUALIDADE

Sinto prazer em descobrir contradições, incoerências, coincidências espontâneas, etc. sendo a sua descoberta um exercício mental estimulante. Hoje, ainda o sol, vinha para lá dos montes, mais precisamente, para além das chaminés, já tinha inserido num comentário ao post de um colega blogger o seguinte alerta:

«ao escrever aqui, qualquer artigo ou opinião, devemos ter presente que vamos ser lidos pelo Mundo, por terras de todos os continentes e não devemos contrariar ou prejudicar as tácticas positivas da nossa diplomacia e a publicidade dos exportadores. Mas, aos nossos emigrantes digo que isto por cá não é mau. Nós estamos cá e continuaremos, apesar das imperfeições que estamos a tentar melhorar. Cada um de nós é accionista desta empresa chamada Portugal e estamos interessados no seu desenvolvimento, tudo devendo fazer para isso, cada um com as suas capacidades, com calma e perseverança, e quando necessário, com alguma dureza.»

Pouco depois de ter martelado isto no teclado, abri, como faço diariamente, dois jornais on-line onde encontrei dois temas muito interessantes para mostrar aos nossos emigrantes a atractividade do nosso País em qualidade de vida e segurança, além dos temas ultimamente muito debatidos relacionados com o Serviço Nacional de Saúde

Somos um País em que muitas pessoas ganham muito bem. Segundo o DN: «Os rendimentos do trabalho dependente de Vítor Constâncio totalizaram os 280 889,91 euros em 2005. Neste ano, só em aplicações financeiras e contas bancárias, o governador do Banco de Portugal declarou um montante global de 570 454 euros. Estes são alguns dos números que se podem retirar da declaração que o governador do banco central entregou no Tribunal Constitucional (TC), relativas aos anos de 2005 e 2004, e que o DN consultou.

Vítor Constâncio é ainda titular, nalguns casos a meias com a sua mulher, de uma habitação em Oeiras, 25% de um outro apartamento e de quatro prédios urbanos na zona de Estremoz. Em comparação com 2004, a situação económica do governador não se alterou significativamente: ganhou nessa altura 272 628,08 euros, não tendo modificado a carteira patrimonial ao nível imobiliário»(...). Mas há muitos outros a receberem várias pensões de reforma, em acumulação, somando muitos milhares de euros, sendo alguns ministros e administradores de empresas públicas. Houve um privilegiado que por se despedir de uma empresa pública, por sua iniciativa ficou a receber até conseguir outro emprego um batelada equivalente a umas centenas de salários mínimos. É um maná ser-se funcionário superior da CGD, da GALP, da EDP, da PT, etc. Mas, apesar de tudo isto, há uns maldizentes que afirmam que se vive mal e se perde poder de compra! Mas o que é certo é que ninguém tem culpa de não terem seguido com «dedicação» e «competência» a carreira política !!!

Outro aspecto muito positivo que hoje vem nos jornais é o melhor funcionamento dos tribunais, tendo o ministro garantido que o "monstro" que ameaçava a justiça está a emagrecer, referindo-se à diminuição do número de processos judiciais pendentes nos tribunais. O primeiro ministro José Sócrates considerou aquele emagrecimento "absolutamente extraordinário", uma vez que representa, pela primeira vez numa década, a inversão do crescimento.
No entanto os juízes vêem estas afirmações optimistas com muito desdém

Para esta redução dos processos pendentes, houve medidas muito significativas, pois uma lei recente transformou muitas contravenções em contraordenações do que resulta aliviarem os tribunais e serem resolvidas pelos canais administrativos, por deixarem de ser crime, caso que abrange, por exemplo, os cheques sem cobertura até um valor relativamente elevado. No próximo ano as estatísticas serão ainda mais optimistas, porque a corrupção não está ser atacada como fora proposto por Cravinho e o povo não é contra ela.
Também a despenalização do aborto até às dez semanas aliviará em muito os tribunais e já há pressões para as mulheres que o façam depois das dez semanas
não serem chamadas a tribunal. Muito aliviados irão ficar os tribunais, e mais ainda se a despenalização abranger a morte dos recém nascidos e, a seguir dos menores de xis anos, ou, porque não? dos homicídios independentemente da idade. A solução mais eficiente e a justificar o entusiasmo do ministro e do Governo seria deixar de considerar crime qualquer acto menos tradicional!!!

País de brandos costumes? Ou de minhocas ou lesmas, que bebem todas as palavras dos ministros sem as submeterem a um raciocínio crítico? Porque havemos de acreditar piamente nas patranhas que nos impingem a cada momento? Mas parece estarmos a sair da modorra, a acordar para as realidades. Lia-se no Destak de hoje, «segundo um inquérito das Selecções do Reader’s Digest (...) o estudo Marcas de Confiança 2007 revela que 97% dos 1228 leitores inquiridos não depositam qualquer confiança nos políticos» os quais estão no topo da tabela, seguido-se os vendedores de automóveis com 93%, e ficando os juízes com 38%.
Já era notória a falta de confiança sobre estes homens que nos mentem descaradamente com promessas e afirmações incríveis como se pensassem que só eles têm neurónios, mas estes números falam por si. E, se para os políticos os seus números são credíveis, para nos convencerem, nós acreditamos mais nestes do Reader’s Digest.

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25 de fevereiro de 2007

JUÍZES NERVOSOS E BARALHADOS

O CEMFA (chefe de Estado-Maior da Força Aérea), general Luís Araújo - segundo o DN – a respeito da decisão do Tribunal Administrativo de Sintra de mandar suspender a pena de detenção aplicada a 10 sargentos por se terem manifestado no Rossio de Lisboa no chamado "passeio do descontentamento" que levou centenas de militares à rua em 23 de Novembro p.p., afirmou que "não há juízes civis no campo de batalha" e especificou que a acção de comando das chefias militares "exige autoridade". Dava conta também de que a Força Aérea vai recorrer daquela decisão judicial .

Em reacção a estas palavras do chefe militar, Bernardo Colaço, procurador-geral-adjunto no Supremo Tribunal de Justiça, entende, no entanto, em declarações ao JN, que as palavras de Luís Araújo "atingem a credibilidade da Justiça". Para o jurista, que há muito acompanha as questões ligadas ao associativismo militar e policial, "se essas palavras fossem proferidas por um cidadão comum ainda se percebia, mas quem as disse foi o chefe de Estado-Maior da Força Aérea que é uma das mais altas patentes das chefias militares". Para o procurador, as palavras do general Luís Araújo "ofendem os valores de Justiça, os fundamentos do Estado de Direito democrático" e salienta que "não se inserem no espírito da Constituição da República".

NOTA: Não há dúvidas de que as Forças Armadas como qualquer instituição ou cidadão não estão acima da lei, mas têm uma tradição de condições específicas e a sua operacionalidade exige disciplina e um correcto exercício da autoridade. O que neste caso se apresenta curioso e muito significativo é que os senhores juízes parecem demasiado nervosos e baralhados à procura de um bode expiatório pra as suas deficiências corporativas. E um militar é sempre um alvo apetecido. Porém, a descredibilidade da Justiça não nasce das palavras de alguém alheio a esta, mas sim dos seus principais agentes.

Basta dar uma vista de olhos às notícias que nos têm chegado via Comunicação Social para ver os contributos de juízes que "atingem a credibilidade da Justiça". Um ilustre Juiz em altas funções foi detectado a mais de 200Km/h em viagem do Algarve para Lisboa, dando um mau exemplo de desrespeito da lei; no célebre processo da Casa Pia, houve declarações públicas incoerentes; no caso do «sequestro» de uma criança por um sargento do Exército, também foram contraditórias as declarações de juristas que emitiram opiniões públicas; sempre que de um recurso resulta alteração da sentença anterior, pode, de certo modo, concluir-se que os juízes são falíveis como qualquer mortal; as declarações contraditórias de vários juízes sobre as penalizações dos subscritores de um pedido de habeas corpus atingiram, sem dúvida, a credibilidade dos juristas; as repetidas fugas de segredos de justiça, a preocupação de os juizes aparecerem na televisão com palavras que deviam não ser ouvidas fora dos tribunais; a quantidade de processos que prescrevem, etc.

Portanto, o Sr. jurista Bernardo Colaço, ao referir-se ao general, esqueceu que o povo tem alguma memória, principalmente quando se trata de coisas que afectam a vida do conjunto dos cidadãos. A credibilidade para ser merecida e mantida exige serenidade, coerência e cultura da excelência em todos os actos quotidianos.

Parece haver aqui uma luta de poderes corporativistas, com culturas diferentes embora convergentes nos objectivos finais. Ficamos a aguardar a decisão sobre o recurso interposto pela Força Aérea da decisão judicial do Administrativo de Sintra?

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SORO PROVOCA INFECÇÃO

Lamento não poder dar aqui uma palavra de optimismo, mas este não parece ser abundante na nossa sociedade. Fiquei impressionado com a os riscos que a nossa saúde está a correr. No Correio da Manhã de ontem era noticiado que «Onze marcas de soro fisiológico para lavagem das fossas nasais estão a ser retiradas do mercado por poderem provocar infecções aos utilizadores. A ordem partiu do Infarmed – Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento, que detectou uma concentração de bactérias demasiado elevada nos produtos analisados». No corpo do artigo vinham marcas de vários estabelecimentos de grande superfície que, por legislação do actual ministério, estão autorizados a vender produtos para a saúde.

Estranho a incoerência do ministro. Por um lado apoiou que os abortos por uma questão de higiene e segurança deixassem de ser feitos às escondidas no escuro de caves e garagens e passassem a ser praticados em clínicas com boas condições sanitárias. Com isso beneficia as abortantes e principalmente as clínicas que já então se propunham realizar esses complexos trabalhos. Mas, por outro lado, não hesitou em permitir a venda de medicamentos em supermercados. Fê-lo apenas movido por raiva contra as farmácias e à Associação Nacional de Farmácias, a quem o Estado devia avultada quantia.

As farmácias que conheço são cuidadosas naquilo que vendem e nas explicações que dispensam aos clientes, geralmente pessoas em situação debilitada que merecem atenções especiais, competentes e personalizadas. A sua rede permite encontrar sempre uma perto de casa e uma de serviço permanente a curta distância. Uma farmácia em que compramos artigos de alta especialização para a saúde, não se coaduna com o ambiente de supermercado, mesmo que neste exista um espaço em que funcione uma farmácia com todos os requisitos tradicionais. Mas estes requisitos prece estarem aligeirados, como tudo nas grandes superfícies.

Oxalá não apareçam muitos casos como este que, felizmente, segundo a notícia ainda não provocou crise generalizada. Merece elogios a actuação do Infarmed e esperamos que a sua atenção seja redobrada a fim de a má qualidade dos medicamentos em que depositamos a esperança de minorar os nossos males, seja detectada e evitada para que eles sejam realmente eficientes e não venham, pelo contrário, agravar as nossas condições de doença. Temos esperança neste Instituto para bem do tratamento das nossas doenças, mas não a temos no arrogante ministro, que se considera o único «inteligente» do Pais e faz zigue-zague com os dinheiros públicos, criando cada vez mais dificuldades aos doentes em vez de lhes melhorar as condições de tratamento, sendo de estranhar que ainda continue no Governo, apesar de ser duramente criticado até por dirigentes da máquina do partido no poder.

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20 de fevereiro de 2007

Fora Com a Cambada das Oligarquias Parasitas!

Comentário do post «A Actual Ditadura Portuguesa»
no blog Do Mirante, da autoria do Mentiroso, que não resistimos a publicar como novo post. Francamente, não se compreende por que as pessoas permitem que as continuem a matar, a sacrificar, a roubar para ir dar aos sanguessugas parasitas que não acabam com a corrupção, nem com a desigualdade, nem com a impunidade, nem prestam contas. Estarão à espera que Deus envie o seu Arcanjo para as salvar?




"MALDITO CARNAVAL"


Os portugueses sofrem diariamente as atrocidades de um governo incapaz e prepotente.

Hoje os milhares de policias do país poderão ver no recibo de vencimento referente ao fim do mês que depois de "aumentados" em 2007, recebem menos que no ano passado em igual período. Ao aumento de 1,5% foi retirado o pagamento mensal do SAD-"Serviço de Assistência na Doença", foi cortado no valor, diminuindo (depois do aumento?!... que ainda ninguém viu....) o subsídio de refeição.

Preparam-se para cortar outros subsídios a quem trabalha nas FORÇAS DE SEGURANÇA. Comandantes nomeados, pelos seus lindos olhos, acabaram com a antiguidade! Como é possível? Os elementos destas forças de segurança pagam o seu fardamento, compram material do seu bolso e depois são presos por perseguirem criminosos...

PORQUÊ isto tudo? A quem interessa que o povo fique sem segurança? Dez sindicatos na PSP? Para quê? Para dividirem e estes nabos não percebem? Escolas fechadas, ensino sem nexo e futuro. Hospitais fechados, outros deslocados, maternidades encerradas...

A CORRUPÇÃO e a alavanca do conhecimento, a CUNHA portuguesa é palavra de ordem. A Justiça pereceu. Onde pára o caso Casa Pia? O apito Dourado? O envelope 9? Rápido tragam-nos algum culpado...

Construíram-se estádios de futebol em barda - 10...não poderia ser por menos!...Estão às moscas. Se forem a alguns desses MONUMENTOS, ainda há locais no interior que nem acabados estão... só fachada! Ah grande ministro do desporto, que em conjunto com CARLOS CRUZ, pago a peso de OURO conseguistes ganhar o MALDITO EURO 2004!... Hoje dizes que tens que cortar no povo! Estamos fartos do nosso futebol de caca!

Construíram-se parques de estacionamento por todo o país e adormecem-nos só com a autarquia de Lisboa e de vez em quando lá falam de Coimbra... e até chegarem lá? Não passaram por outras cidades? Quem é que manda nos governantes? Não será quem subsidia os partidos e outras coisitas?... toma lá amigo!

A CONCENTRAÇÃO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL! Quem controla este poder? Sabemos bem!

AS FA (Forças Armadas) agonizam enquanto se enviam militares para o estrangeiro há anos. Levantem-se HOMENS!

Sim, morrem soldados portugueses no ESTRANGEIRO quando estes (des)governantes GRITARAM "NEM MAIS UM SOLDADO PARA AS COLÓNIAS"! Onde estavam apenas um milhão de portugueses europeus, para lá dos milhões de AFRICANOS que foram demagogicamente ABANDONADOS e entregues a ABUTRES!

Será que a MADEIRA é a ALDEIA GAULESA? A irredutível, que tal como Asterix e Óbelix em relação a ROMA, resiste ao regime PREPOTENTE e OLIGÁRQUICO de LISBOA? AFINAL ANTÓNIO VITORINO diz que o corte orçamental se deve ao enorme crescimento da Madeira... Ora, pensei que era por não haver crescimento.

Nós CIDADÃOS de PORTUGAL, que vivemos em cidades onde vemos que tudo se cumpre menos as leis...Onde o crescimento é inverso, porque nos calamos?!... Quem tememos?

Acabam as indústrias, o comércio agoniza... País onde as câmaras municipais são investigadas quase todas e não vemos qualquer resultado.

Porque nós CIDADÃOS SEM AMARRAS não reclamamos DIGNIDADE para PORTUGAL? MUITO HÁ AINDA A DIZER, lá virá a altura!

BASTA de PODRIDÃO no poder, quer NACIONAL, quer LOCAL! MALDITA COCAÍNA... Chega de "partidocracias"!
Basta, basta... basta!

FAÇAMOS ALGO!

DEMITAM-SE TODOS!

ERGA-SE UM GOVERNO DE SALVAÇÃO NACIONAL APARTIDÁRIO!

GRITEMOS POR PORTUGAL!





BASTA !


Acabe-se com a CORRUPÇÃO. Não queremos a administração pública dirigida por súcia de mais de 2000 párias arrogantes, incapazes e mandriões, que desorganizaram tudo e que só lá estão por fazerem parte da corja governante.

Não queremos uma polícia de ignorantes incapazes porque os políticos nisso os transformaram. Andam aos tiros por todo o lado e matam, julgando-se no Far West. Os dirigentes nunca conseguiram instruí-los convenientemente porque os governos não os deixaram. Agora, para que não reclamem mais substituem-nos por outros coniventes, mas sem capacidade.

Fim a todas as regalias e privilégios, seja de quem for! Fim à pouca vergonha das reformas milionárias dos políticos em quaisquer circunstâncias! Fim à corrupção municipal e central. Fim à mama do futebol. Fim ao roubo autorizado dos bancos! Fim ao roubo governamental à Santa Casa! Fim à matança dos pobres! Fim ao sistema de saúde faz de conta! Fim à falta de assistência às grávidas, às mães e às famílias! Fim às escolas que não ensinam nem civilizam! Fim a uma justiça fantoche! Fim à destruição e à desorganização gerais! Fim ao jornalismo dominado por políticos e grandes empresas! Fim ao Portugal do terceiro mundo!

Fim à cambada política oligárquica e traidora!

Os traidores vendem o nosso futuro à cambada castelhana e a outros e chamam-lhe “investimento”! Em países que querem verdadeiramente progredir, esse “investimento” é proibido! Porquê?

Os malditos roubaram-nos o 25 de Abril. Estamos muito pior agora que antes. Se não for a bem irá a mal. A população está cada vez mais irritada com a maneira como é tratada. Cremos que se não for a bem, as nossas Forças Armadas, que sempre foram dignas, não permitirão a continuação da malvadez e da podridão e que nos livrarão do jugo ditatorial das oligarquias que tudo têm destruído e roubado a Nação.


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18 de fevereiro de 2007

A Boa Governação

O autor do blog Aromas de Portugal deixou os seguintes textos no livro de visitas do nosso site irmão, Mentira! Reproduzimos aqui esses dois artigos por se considerarem dignos de difusão para o conhecimento geral de circunstâncias criadas por políticos corruptos, infames, incompetentes, incapazes desorganizados, irresponsáveis e em cujo parlamento, deputados indignos parem leis anti-constitucionais que lhes garantem a impunidade.

Não obstante estes seus princípios morais e humanos, acham-se dignos de consideração e respeito pelo facto de parasitarem o estado (a nós). Rua com oligarquias desta estirpe!


Portugal desamparado


Portugal ainda não recebeu um cêntimo das despesas efectuadas em Timor, na missão das nossas forças policiais lá estacionadas. A ONU ainda não pagou, dizem fontes governamentais mostrando-se desagradadas com o tratamento daquela organização mundial. Pedem-nos mais forças para lá, quando nem sequer foi assinado o protocolo entre as Nações Unidas e Portugal relativo às forças que lá estão!Enquanto isto, Portugal não tem dinheiro para o seu dia-a-dia local. Endivida-se, vende o ouro da reserva que o "velho senhor" deixou, para que estes "novos senhores" façam uma política externa utópica em desprimor da interna.Mas afinal, porque será que nunca mais acordamos para a realidade?Senhores governantes, dizem-nos constantemente que não há dinheiro, que nada se faz por isso (aumento das reformas, dos ordenados, incremento da escolaridade e formação profissional, apoio aos idosos e deficientes...), bem como tudo se faz por isso (fecho de escolas, de hospitais, maternidades, corte nas reformas, nos subsídios de desemprego, de alimentação...). Não será tempo de reflectirem em verdade e consciência que Portugal precisa é de uma política realista, começando por definir o que é realmente prioritário ?A verdade é que o MAI não tem dinheiro para manter as polícias em Portugal e tem para subsidiar a ONU?! Afinal temos ou não efectivos suficientes nas forças de segurança? Porque se fala constantemente em racionalizar meios humanos se até policiamos Timor?Senhor Primeiro Ministro precisamos de operacionalizar as nossas polícias em PORTUGAL. A miséria é enorme; caiem as instalações, armas velhas, mistura insensata de civis sem conhecimentos e capacidade na matéria, com policias, pensando que aquilo é uma mera repartição de finanças ou uma escola, nada percebendo do que deviam fazer e não fazem (com culpa de quem os baralha e distribui sem a devida formação).
São as avaliações inconclusivas e irreais que minam a moral dos policias, que dizem cada vez mais que "o melhor serviço é aquele que fica por fazer". Mas que fazem "os impossíveis" para exercerem a sua profissão e a pronta protecção dos cidadãos.
Olhe para onde vai parar estes país senhor Ministro da Administração Interna, pois nós os portugueses sabemos bem o que se passa ... não chega assinar um despacho para que as forças policiais previnam os suicídios, mas urge dotá-las de modernidade e humanismo efectivamente condizentes com este século XXI.
Senhor Primeiro Ministro, o mesmo se passa em relação às FA (Forças Armadas), onde tudo se confunde na falta de uma verdadeira estratégia para esta área. Sou contra passeios de qualquer descontentamento, mas parece-me que o governo começa a deixá-los sem alternativas, por absoluta incompetência e falta de rumo. Mesmo os operacionais, os verdadeiros, aqueles que não buscam benesses, aqueles que não participando em "manifs" se interrogam dentro de portas.
Arrumemos a nossa casa primeiro e depois pensemos nas Missões de "paz" no estrangeiro.
Ninguém pode ajudar os outros se não estiver com saúde, ou de bem consigo próprio.


Acredito na Polícia

Só a PSP tem 10 sindicatos...Dividir para reinar? Será que ninguém vê isso?O mal da politização sindical é a realidade! Enquanto não se tornarem livres, independentes dos partidos políticos ou ideologias partidárias o processo está inquinado.Tem que haver uma postura séria, isenta, mas realista na observância do melhor para os policias todos (agentes,chefes e oficiais) que se reflicta na melhoria dos serviços e condições, que permitam servir a razão essencial das polícias,servir os cidadãos.Disciplina é necessária e essencial, subserviência e interesses não!
A independência, a camaradagem, a formação, dotação de meios materiais e a comunhão de esforços, é realmente o futuro das polícias. Partindo do comandante nacional até ao patrulheiro da esquadra mais recôndita do país.
O governo deverá observar com justiça e independência as questões que lhe são levantadas pelos polícias, num diálogo profícuo e necessário.
Será utopia nos tempos de hoje?
Acredito que não é fácil, é no entanto possível e deseja-se afincadamente para bem de todos os portugueses.
Mário Relvas
Publicado em 17FEV07 in Público, JN e Diário do Minho

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17 de fevereiro de 2007

Uma derrota da democracia parlamentar

Francamente, não sei se devo regozijar-me ou lamentar o referendo sobre o aborto que teve lugar no passado fim de semana. É que, para mim, as questões envolvidas em todo este fenómeno são tão complexas que me deixam o raciocínio em suspenso, talvez ao contrário de tantos comentadores e políticos, tão seguros das suas verdades.

No entanto, para mim, uma ideia surje clara: este referendo significa uma clara derrota da democracia parlamentar. De acordo com o sistema democrático, tal como foi prefigurado pelos seus ancestrais fundadores, o povo delegaria em representantes eleitos pelo povo o poder único de legislar. Ora, no caso da legislação sobre o aborto esta seria a prática que deveríamos esperar: que a Assembleia da República legislasse sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez, seguindo os parâmetros aplicáveis a toda e qualquer lei que promulga.

Não foi o que aconteceu: a figura do referendo transfigura o cenário sobre quem está na base da escolha democrática. O povo ou o Parlamento? Pode objectar-se que o actual referendo não é vinculativo, mas acaba por vincular deputados e políticos a uma decisão extra-parlamentar. Sempre fui contra o princípio do referendo por, fundamentalmente, contrariar o nobre ideal de uma democracia representativa. Agora, vejo que décadas de mau funcionamento puseram em causa o valor, que considerava indiscutível, dessa mesma democracia parlamentar.

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12 de fevereiro de 2007

O Que Ouvimos Sobre o Referendo
PR Quer Abolir os Referendos

Este blog tem-se mostrado neutro quanto à questão do aborto. Há uma razão: não se pode escolher um caminho antes de se chegar à encruzilhada. Em Portugal as condições requeridas para que uma mulher decida sobre o facto não foram satisfeitas, pelo que é pôr a carroça à frente dos bois.

O PM afirmou que os partidos se intrometeram com legitimidade.
Os partidos e os seus acólitos podem exprimir as suas opiniões como qualquer pessoa. Tentar impô-las, como o fizeram, é ilegítimo, um abuso ilegal numa democracia e contrário ao princípio do referendo. Um referendo é para a população exprimir a sua livre vontade, da qual os partidos se devem abster para além de expressarem as suas opiniões individuais, quando muito fazerem recomendações. Para este referendo chegou-se ao cúmulo de ser atribuído tempo de antena aos partidos. É uma corrupção arrojada e uma tentativa de dominar a vontade pública. É a isto que esta sujeira de corruptos abusadores chama democracia.

Repetiu imensas vezes que agora a legislação seria mudada, como se se tratasse dum favor ou duma bondosa concessão e não duma obrigatoriedade, gabando-se de cumprir o seu dever dum modo semelhante ao moço de estrebaria que se gaba pela mesma razão.

No entanto, o referendo, com uma abstenção superior a 56,5% está longe de ser vinculativo.

O Ministro da Saúde tem dedicado o seu tempo de ofício seguindo as normas da sua máfia, que são de assassinar a população, cujos êxitos têm sido demonstrados. Quando ele os menospreza, só está a patenteá-los. Não se vê como quer ele agora proporcionar a ajuda rápida às grávidas sem estrutura adequada, sobretudo quanto tanto se tem empenhado a destruir a miséria que já havia e que nem chegava para prover cuidados básicos e primários. No entanto ele garantiu que o novo serviço estava garantido, que não haveria qualquer problema para o pôr imediatamente em andamento.

Questionado sobre a existências de estruturas, sobre outros factos indispensáveis às prestações do novo serviço, ao acompanhamento e ao aconselhamento das grávidas, que respondeu? Com evasivas, com alegações que se ia ver, etc. Ou seja, traduzindo, confessou que as suas afirmações sobre a garantia da prestação do serviço. Mentiu descaradamente como o nojento que só pode ser.

A quem irá agora ser aumentado o já insuportável sofrimento? Às grávidas ou aos que já esperam há anos? Quem é que vai pagar a benesse com a vida?

Como é possível que não minta que nem um aborto?

A prova do ludíbrio dos políticos ficou largamente demonstrada em frases do género: «Estão criadas as condições para a assistência à mulher.» Como se doutra forma ela não tivesse esse direito, o que prova que até agora não o teve e o que isso não passa duma esperança, pois que a pergunta do referendo não permite supô-lo, mesmo que a obrigatoriedade exista. Deduz-se que muitos votos foram concedidos com esta intenção, ignorando-se que ela está assegurada na constituição que os políticos atropelam constantemente e desrespeitam quotidianamente, a torto e a direito.

Entretanto, pela manhã do dia do referendo ouvimos o PR dizer que se a abstenção a este referendo fosse alta deveria rever-se a lei sobre os referendos, se a sua existência se justificava. Esta é das melhores putadas que se podem ouvir, como diriam os castelhanos. Vigarizaram a população ao ponto de a deixar indecisa sobre quem votar e querem-lhe imputar a culpa.

Se pensam assim, porque não referendam a opinião da população sobre a corrupção política, ou sobre as leis que fazem contra a legitima vontade do povo soberano, como se faz em países democráticos? Só se copia o que está mal, como o que diz respeito ao capitalismo selvagem dos EUA, que tem arruinado o planeta; ou com procedimentos políticos na Inglaterra, que foi um exemplo de democracia, mas que já não o é.

Os seus governos estoiraram com os fundos europeus de coesão e reestruturação, distribuindo-os pelos seus Acólitos, Famílias & Amigos, Lda., que enriqueceram à custa da miséria actual da população, como todos se lembram; pôs o restante em circulação para dar a ilusão que todos tinham enriquecido, enquanto a inflação cobriu. Estamos hoje a pagar o atraso estrutural e improdutivo que estes roubos ao povo e a má administração originaram. Quase no fim do seu mandato, reduziu as vagas para medicina, ocasionando a corrente falta de médicos. Que pior poderia ter feito? Só se fosse a instituição da pena de morte para os pobres pelo crime de serem pobres. Não contente, já faz agora planos para eliminar os referendos. que mais poderemos esperar duma tal corja?

Fóra com eles!!!

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10 de fevereiro de 2007

GOVERNAR PARA AS PESSOAS E NÃO CONTRA ELAS

Governar para as pessoas e não contra elas
Embora, por norma, não passe muito tempo em frente da televisão, no pretérito dia 9, vi de fugida no programa da manhã da RTP1, um artista de teatro que, depois de fazer um papel de homem viril e conquistador, ao conversar informalmente com o apresentador e ao recordar velhos companheiros, emocionou-se, ficando com os olhos visivelmente húmidos.
O operador de imagem, dando prova de respeito e de atenção, rodou a câmara para outro ângulo do palco.

Pouco depois, um conhecido cronista e comentador social, apresentou várias notícias curtas dos últimos dias, começando por tecer comentários muito humanos à sensibilidade e humanidade do actor atrás referido. E, ao citar a morte súbita de duas mulheres jovens (a irmã da princesa das Astúrias e uma artista americana), ambas recentemente divorciadas e a atravessar um período de instabilidade emocional referiu que elas estavam a precisar de apoio e carinho de familiares e amigos e não o receberam. As pessoas afadigadas com as suas próprias ambições e preocupações não têm disponibilidade para se aperceberem dos sinais de apelo dos amigos e não lhes lançam uma bóia oportuna e salvadora.

Não quero definir as minhas possíveis divergências pelas ideologias ou comportamentos destes dois homens, mas à semelhança de outros casos exemplares que tenho citado, não posso deixar calada a minha boa impressão destes sentimentos humanos, testemunhos evidentes de ainda haver gente a considerar que as pessoas não são coisas e merecem ser tratadas com humanidade.

Pelo contrário, para o Governo e principalmente para o ministro da Saúde, as pessoas não passam de eleitores, contribuintes, utentes, consumidores, etc. O doentes são tratados como números, bonecos ou pedaços de nada, o que repugna aos contribuintes mais atentos às realidades nacionais, mais sensíveis ao sofrimento alheio. É impressionante a forma como este ministro fala de milhões de euros poupados em medicamentos, no funcionamento do SNS, no fecho de centros de saúde, de maternidades, etc., sem nunca falar de pessoas doentes e carentes de assistência, por morarem longe do locais de atendimento ou por terem de lá estar às três da manhã arriscando o agravamento da sua doença, ou as filas de espera que levam os serviços hospitalares a convocar pessoas que entretanto morreram, ou de bebés que nasceram em ambulâncias sem condições adequadas por ter sido fechada a maternidade próxima de casa, do doente que morreu depois de andar horas em ambulância, como bola de pingue-pongue entre Lisboa e Peniche, ou de outras pessoas que morreram depois de horas em viagem para chegar de Odemira a Lisboa.

Um amigo em comentário a um blog sentiu na pele que uma consulta para neurocirurgia, estava com uma demora de 7 meses, a cirurgia seria para daí a 2 anos, e, para ver sua situação resolvida com a devida oportunidade, teve de recorrer ao meu bolso e à ajuda de amigos, concluindo, desta experiência e do conhecimento de outros casos que encontrou nas suas andanças à procura de tratamento, que o que consta nas estatísticas não merece credibilidade, por não traduzir as realidades com que se depara diariamente. Elas são fumaça, propaganda enganosa, para iludir o povo.

Quando a saúde nos falta somos considerados apenas mais um caso, um número, deixamos de ser vistos como seres humanos. Fica-se com a sensação de que os bons resultados são importantes para os serviços, mas somente por uma questão de prestígio, de êxito profissional muito necessário para somar uns bons pontos ao curriculum, o que não é negligenciável. Os valores da humanidade estão a cair em pedaços dando lugar ao egoísmo, à ganância, à burocracia.

Porém, temos de concordar que não há regra sem excepção, encontrando-se pessoas que lutam por um serviço de saúde digno, embora os resultados esbarrem sempre de encontro às restrições governantes, aos euros, ao...nada!! Merecem consideração os médicos e enfermeiros que actuam com toda a humanidade que o sistema lhes permite, muitos com tal destaque que são considerados autênticos santos.

Mas o que é criticável é o sistema existente: Os centros de atendimento cada vez mais distantes de casa, as filas de espera, as marcações que exigem estar muito cedo à porta das urgências, para ser atendido no próprio dia, as convocações em datas muito posteriores à morte, o custo de medicamentos, etc.

Agora está a falar-se em mais um imposto, para a saúde. Os políticos só pensam em dinheiro e tiram cada vez mais aos que já pouco têm. Mas vemos que os nossos impostos vão para o enriquecimento ilícito de políticos que rejeitaram as propostas de Cravinho e correram com ele para longe. Mas além do ilícito, os políticos a coberto de legislação à medida dos seus interesses, vão recheando a carteira de forma chocante quando se compara com as carências da maior parte dos portugueses. Desde os salários elevados até aos subsídios complementares (políticos a viver em Lisboa há vários anos e a declararem morada oficial no Norte ou na Madeira), a despesas simuladas (viagens fictícias de deputados), a pensões elevadas e acumuladas, regalias a juizes além das chorudas condições de jubilação, reintegração de deputados e outros políticos, como Jorge Vasconcelos, reinserção de diplomatas (Correio da Manhã de 10 de Fevereiro), etc., tudo isto cria um sentimento profundo de revolta no íntimo dos cidadãos mais desprotegidos, nomeadamente os mais idosos a morar no interior negligenciado.

Temos que tirar o chapéu perante todos os que falam das pessoas como seres humanos e não como coisas ou simples números. Haja humanidade e amor ao próximo. E haja também respeito pelos dinheiros públicos, evitando benefícios exagerados para uns e miséria desamparada para uma maioria.

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7 de fevereiro de 2007

Aborto Abastardado por Política Repugnante

O grande tema do referendo sobre o aborto está a sofrer enormes distorções por parte dos políticos. Estes estão a aproveitar-se para fins que denunciam as suas intenções pouco escrupulosos a que nos habituaram. Entretanto, os debates esquecem os verdadeiros problemas e tomam um caminho que vai dar pretexto aos corruptos para não resolverem os problemas reais.

A questão do referendo é ser um referendo, ou seja, uma consulta popular fora do domínio político, donde, os políticos devem abster-se por completo, por consideração e respeito pela população. Tal como Guterres fez, com honestidade, relativamente ao referendo anterior. Manifestou a sua opinião, a que todos têm direito, absteve-se de recomendações, muito menos tentou fazer algo semelhante com as autênticas lavagens cerebrais tentadas pela canalha oligárquica de hoje. Se fosse um corrupto nem tampouco teria feito o referendo. Agora, os corruptos têm que se aguentar e esperneiam para se lavarem as mãos do que têm feito.

Os bandos oligárquicos, inclusivamente aquele a que Guterres pertencia, tornaram-lhe impossível governar democraticamente, o que o fez preferir afastar-se e abandonar a glória de ser um chefe de canalhas. Facto que não tem sido compreendido por ser sistematicamente abafado por todos os partidos, que mentem e que ao invés de declararem a verdade que demonstra a sua bestialidade, preferem enxovalhá-lo como fazem a todos os poucos políticos honestos.

Assim se chegou ao ponto em que um político honesto não tem possibilidade de avançar, todos os caminhos lhe sendo barrados pela ralé que domina os partidos e não lhes permite qualquer iniciativa, como se tem invariável e incessantemente observado. O avanço ultrajante dos políticos desonestos tem continuado arrasadoramente ao ponto de se tornar insuportável nos últimos governos do Partido Social Democrata e do actual do Partido Socialista, ambos vergonhosamente contra as ideologias dos seus próprios partidos, autênticos nojos de corrupção.

Deste modo, não é de estranhar, mas apenas de condenar a maneira como esta corrupção asquerosa se imiscui num referendo. Como se os corruptos ignorassem que um referendo é para que o povo expresse a sua vontade sem pressão política ou contra decisões políticas. Bela democracia de fazer vomitar qualquer um que seja democrático. Vomitados deviam ser todos aqueles que metem a pata suja onde não devem nem para isso possam ser chamados.

Nos outros países criou-se uma autêntica rede de apoio às famílias, à maternidade, aos nascimentos, à formação das crianças, creches gratuitas e instrução adequada e especializada. Promoveu-se o aconselhamento e a planificação familiar, a educação sexual, a ajuda às mães menores e jóvens. Este conjunto de medidas formou uma juventude com qualidades superiores e melhor preparada. Abriu outros caminhos para além do aborto.

Os políticos portugueses, desprezando todas estas medidas, optaram por se responsabilizarem pela formação duma juventude rasca. Instituíram medidas rudimentares, primitivas e embrionárias, cuja finalidade inapropriada só poderia servir para se pavonearem do muito que fizeram e extorquirem votos aos lorpas assim ludibriados.

Os resultados estão à vista e são de todos conhecidos, embora a maioria não os possa compreender por falta de informação sobre o assunto, donde falta de elementos para o compreender. Como se passa com tudo que diga respeito a política, democracia, direitos de cidadania, etc., sequência duma sistemática desinformação por parte de políticos gananciosos a quem o conhecimento prejudicaria os interesses e jornaleiros coniventes.

Esses resultados são as famílias não terem qualquer apoio, não terem possibilidades financeiras de sustentar mais uma boca e de prover à sua educação. Desorientadas e desconhecendo muitas delas até os métodos contraceptivos, sem nenhuma preparação, experiência, conselho ou ajuda, encontram no aborto a melhor solução. A desolação das grávidas mais jovens, completamente abandonadas, sem qualquer apoio, leva-as direitas à mesma solução.

Porque será que os partidos pretendem intrometer-se neste assunto, em especial? Basta saber que estes repugnantes mentem sempre, ouvi-los e lembramo-nos do modo como têm abordado este assunto para se conhecer a verdade da qual pretendem desviar a atenção da população e lavar as mãos dos seus actos imundos e anti-democráticos.

Em dedução mais do que óbvia, os políticos querem agora misturar-se indevidamente numa consulta popular, que por o ser deveriam nem tampouco tentar influenciar a vontade do povo, com a única intenção maliciosa de se lavarem as mãos de culpados das causas que conduziram o país ao seu estado actual. Não foram eles quem fomentou e desenvolveu este estado?

A prova está nos argumentos usados pelos políticos. O primeiro-ministro diz descaradamente que no referendo anterior o Não venceu e que depois disso nada mudou. Pudera! O aldrabão está a confessar que tanto o seu partido como os dos outros governos, tudo o que fizeram para que a situação mudasse foi destruírem ainda mais o pouco apoio que existia. O que deveria mudar estava e está nas mãos do governo. Está ele a ameaçar de que se agora o Não voltar a ganhar os políticos continuarão a nada fazer? Tratar-se-á duma chantagem? Ou será simultaneamente dum barrete nojento, uma desculpa pelo que os malditos não fizeram e deviam ter feito, a lavarem as mãos do que agora deveriam finalmente fazer mas não farão? Os corruptos contam claramente com que o aborto à carta contribua para adormecer a população ainda mais e auto-dispensarem-se das suas obrigações para com a Nação.

Que fique aqui registado para o futuro. Quer ganhe o Sim ou o Não, nada mudará. O problema primordial não se resolve com as mulheres poderem abortar à carta. O problema está nos apoios acima mencionados serem ou não postos à disposição. Desde que se continue a nada fazer nesses sentido, todos os problemas permanecerão tal como hoje, com a única diferença de que o aborto passa a ser à carta.

Qual é o aborto do atrasado mental que acredita nesta solução de nada fazer? Os políticos não são, porque eles sabem que estão a mentir e a vigarizar a população. Sabem muito bem que pondo a carroça à frente dos bois não resolve aquilo que impingem que se vai resolver. A carroça à frente dos bois é a norma dos políticos corruptos portugueses verificada em quase tudo onde ponham as suas patas porcas. Deste modo, ganhando o Sim nestas circunstâncias, está-se a dar razão aos políticos corruptos e a fornecer a desculpa para que no futuro continuem a não prover a rede de ajuda necessária. Que bom para eles, que os carneiros se deixem matar e aprovem.

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5 de fevereiro de 2007

ENSINO – FERRAMENTA DO DESENVOLVIMENTO

O convite para ombrear com escritores tão competentes, tanto no aspecto literário como na capacidade de investigação e análise e na explanação de raciocínios bem elaborados de forma lógica e racional constitui para mim um desafio difícil mas também uma oportunidade de aprender com eles, com as suas opiniões orientadas para o aprofundamento de assuntos que virão enriquecer os meus conhecimentos.

Porém, temo não poder dar grande contributo por ser um ignorante, descomprometido, fora de qualquer sistema e que apenas pretende olhar com isenção, à distância, no âmbito dos conceitos, os problemas que condicionam o desenvolvimento de Portugal que amo, embora me desiluda em muitos aspectos. Procurarei traduzir a posição do pastor de cabras da Serra da Estrela, sem escolaridade significativa, sem acesso à comunicação social, limitando-se ao pequeno rádio de pilhas, e aos contactos eventuais quando da ida à aldeia comprar o pão e as azeitonas que lhe servem de alimento na serra. Mas do alto do mirante, olhando de longe planície, os pensamentos vogam libertos, sem amarras, fixando-se num ou outro ponto que pareça mais significativo na vida colectiva. Crítico, por vezes incisivo, por vezes irónico, ele deixa sempre uma pista, mais ou menos explícita e optimista para sair da situação em observação. Quem veste esta capa serrana, merece condescendência, compreensão e tolerância, qualidades que todos devemos cultivar para que o convívio numa sociedade civilizada seja mais harmónico e pacífico. Procuro ser merecedor da boa vontade dos meus leitores.

Orientado pelo grande desejo de ver o País no caminho dos maiores, escolho para abertura da minha colaboração o tema do Ensino, por ele constituir a base em que assenta tudo o que de melhor pode ser feito, para engrandecer este rectângulo pequeno, mas com «metástases» de emigrantes em todos os continentes. É de desejar e esperar que surjam opiniões diferentes, até frontalmente opostas às que aqui deixo, mas peço que não me chamem burro, mesmo que possa parecê-lo, pois para mostrarem que não concordam com as minhas opiniões, a melhor forma é exporem as vossas e explicarem as vossas razões e deduzirem soluções, práticas e viáveis, para os problemas que afectam o futuro dos nossos vindouros.

O ensino é uma parte da educação, tendo esta início desde o nascimento da criança ou, segundo alguns cientistas, desde a gestação, pois o feto já é receptivo a influências do ambiente sonoro em que a mãe se movimenta. Mas, após o nascimento e com as primeiras mamadas, a criança começa a receber condicionamentos das suas atitudes e comportamento que é desejável serem adequados à sua integração na sociedade. A palavra disciplina poderá parecer muito agressiva, mas no fundo é disso que se trata, pois o civismo, o convívio com os outros não a dispensam. A integração na família e na sociedade obriga a «ter maneiras», isto é, a respeitar os direitos dos outros a fim de merecer o direito a ser respeitado. Em sociedade ninguém tem apenas direitos, tem também deveres para com os outros e, por isso, é errado convencer as crianças que têm direito a tudo e nenhum dever para com a sociedade. Essa educação consiste em ensinamentos de convivência, ou como agora fica bem dizer, de democracia, de civismo, quer na família quer na sociedade em que a criança se vai sentindo à vontade e vai exercitando a sua vida. Simultaneamente, a criança, ao manusear os seus brinquedos e ao imitar os pais nos trabalhos em casa, vai aprendendo a utilizar os talheres e outras ferramentas e a fazer alguns serviços, começando a ter o seu quarto e os seus pertences arrumados.

E, entretanto, chega o momento de pertencer a uma família mais alargada, mas mais uniforme ao entrar na creche, no ensino pré-escolar e por aí adiante. Nessa altura, já é tarde para lhe ser ensinado aquilo que devia ter aprendido com a mãe desde os primeiros dias de vida. É suposto que essa matéria já está sabida e já não é fácil ser ensinada e aprendida. Tudo tem o seu momento ideal. Daqui, uma primeira dedução: a educação começa em casa e não se pode culpar o ensino das consequências da ausência da acção educativa familiar.

Mas também, no ensino, a qualquer nível, os professores não devem restringir a sua actuação a papaguear o assunto do manual, sem mais comentários. Não faltam oportunidades para explicar a utilidade prática do conhecimento teórico. Recordo com muita satisfação, depois de muitas décadas, os ensinamentos práticos ouvidos dos professores de Físico-Química, Ciências Naturais, Matemática, etc. Que Deus os tenha em repouso pelo bem que me fizeram. Ao falar-se das leis da alavanca, pode ensinar-se o funcionamento da chave de parafusos e a importância do diâmetro do seu cabo; e ao falar-se da energia cinética pode explicar-se o funcionamento do martelo, e a importância do seu peso e do comprimento do cabo, ou o perigo da velocidade excessiva na segurança rodoviária, etc.

Quanto à preparação dos jovens para a vida prática é impressionante a ignorância da realidade (excepto do futebol!) com que hoje se chega à vida adulta, o que tem sido notório em concursos televisivos. Soube, há cerca de 20 anos, que num quartel do Exército foi indagado junto dos recrutas quem sabia de pedreiro, pintor, canalizador, electricista, mecânico, serralheiro, etc. Ninguém sabia. À pergunta do que tinham feito na vida, reposta era sempre a mesma, eram estudantes. O resultado era totalmente diferente 10 anos antes, porque havia escolas técnicas e, nessa idade, já havia muita gente empregada. Outro caso: o filho de um casal conhecido pediu-me para lhe arranjar emprego numa grande tipografia, o que não me foi difícil, mas passados poucos dias desistiu porque tinha sido colocado como ajudante na equipa de uma máquina impressora e o que ele pretendia era «trabalhar» num gabinete com um computador!

O Ensino deve ser olhado por professores e alunos como uma aquisição útil para a vida, uma ferramenta indispensável em qualquer profissão. Sem a convicção da sua utilidade, os alunos poderão não se sentir motivados para uma dedicação séria ao estudo. «O saber não ocupa lugar» diz o ditado e podemos acrescentar que nunca é supérfluo e «até morrer andamos a aprender». Quanto mais é o saber, melhor é a análise global dos assuntos e a sua inserção e interacção no conjunto dos conhecimentos. A tentação muito vulgar de se utilizarem modelos (as chocas) arrasta por vezes para erros muito perigosos devido ao facto de, ao fazer a colagem, não ter sido feita a necessária adequação à alteração dos dados, das circunstâncias. Não há soluções eternamente válidas, elas devem ser permanentemente adequadas às condições ambientais, circunstanciais, sempre em alteração.

O desenvolvimento da memória com a tabuada e da capacidade de método e de raciocínio com a resolução de problemas de matemática são um exemplo prático para esclarecer sobre a utilidade do ensino para a vida desde as acções mais simples às mais complexas. É vulgar ver pessoas a emitirem opinião sobre um assunto que não conhecem minimamente sem terem arrolado a analisado os dados, sem terem relacionado estes em função do objectivo pretendido, sem o terem equacionado por forma a visualizarem cada uma das vias possíveis para chegar ao fim, sem as terem comparado em cada um dos seus vários aspectos a fim de poderem escolher a melhor, a qual será a solução mais adequada, económica, eficaz e rápida. Viver é fazer escolhas e estas obrigam a um método de preparação que não deve restringir-se ao conhecimento dos preparadores bem preparados, mas ser divulgado à generalidade das pessoas, para lhes tornar as vidas mais eficientes e reduzir os desaires.

Por tudo isto, além de bons programas que consigam dar realce tanto à parte científica como às técnicas que permitam a sua utilidade prática, são necessários professores que, em cada momento, não se esqueçam de que estão a formar pessoas, como uma tela em branco a transformar numa obra de arte, uma porção de argila a tornar numa escultura. Não podem refugiar-se na desculpa de que os alunos vinham mal educados de casa ou mal preparados do ano anterior. Há que fazer um esforço para suprir essas deficiências e conseguir a elaboração da obra de arte final, em que gostem de se rever.

Mas, para o ensino funcionar com professores que actuem como artistas, é preciso que estes sejam pessoas bem preparadas, dispondo da educação que possam transmitir através do exemplo e da palavra, sabedores da matéria que ensinam, e com uma noção alargada da utilidade prática do saber que transmitem. Um professor, perante os seus alunos, não pode estar preocupado com qualquer problema pessoal que, nesse momento, deve estar fechado à chave numa gaveta do seu cérebro. A formação dum qualquer bom profissional leva-o a colocar de lado a sua vida privada no momento em que deve concentrar-se na actividade do seu mister, principalmente quando se trata de comunicar com pessoas, como é o caso dos professores.

Não deve contribuir-se para que a criança interprete liberdade como libertinagem. A criança deve aprender a ser um cidadão digno e competente, procurando a excelência. Não pode recusar-se a estudar um ou outro assunto com o pretexto de que isso não interessa para a carreira que quer seguir. Por exemplo, um médico deve grande parte da sua formação a assuntos diferentes da ciência médica em sentido restrito: tem de saber bem português para interpretar os tratados de medicina e para se expressar de forma clara nos trabalhos que escreve, tem de saber línguas para pesquisar em publicações estrangeiras e comunicar com colegas de outros países, tem de saber matemática, física e química para perceber e exprimir-se sobre assuntos da especialidade, etc. Há, pois, uma base alargada que é indispensável em qualquer profissão, porque um bom profissional não pode comparar-se a um robô, tem de perceber e raciocinar sobre o que está a fazer e ter capacidade de evoluir. Cabe aos pais e aos professores esclarecerem os alunos sobre a necessidade da cultura geral e estimulá-los na sua obtenção.

Tendo sempre presente a finalidade do ensino como ferramenta do desenvolvimento, não pode ser manipulado para caprichos de «intelectuais» para experiências abstrusas, autênticas masturbações idílicas, onanismos virtuais, como é o caso da TLEBS (Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário) que tanto espaço tem ocupado na Comunicação Social, tal é a insensatez em que assenta. E a pior utilização abusiva dos alunos veio há dias nos noticiários e refere um inquérito a crianças de pouco mais de 10 anos acerca da vida sexual dos pais. O ensino, dada a importância de que se reveste na vida dos povos modernos, deve ser respeitado pelas famílias dos estudantes, por estes e, fundamentalmente pelos professores e outros responsáveis pelo sistema educacional. Olhando para as notícias mais recentes conclui-se que o Ministério da Educação está a precisar de uma vassoura mecânica, daquelas que não descriminam pela cor dos olhos, nem por amizade, nem por confiança política, nem por pressões dos lobis editores. Em seguida, a ministra, se não for levada pela vassoura, escolherá pessoas inteligentes, competentes, com espírito de serviço público competentes, que se orientem pelos interesses nacionais e objectivos do ensino e não segundo s suas ambições pessoais, dos amigos ou dos partidos. Portugal precisa de saneamento, desde o básico ao superior.

Não posso encerrar estas reflexões sem referir as infra-estruturas físicas – a escola. Esta deve ser espaçosa, limpa, arrumada, para tornar possível o ensino e para criar hábitos positivos nos alunos. Estes devem poder estudar, conviver e distrair-se com alegria, comodidade e segurança. A prática de desportos tem o mérito de enfatizar o conceito da conveniência do trabalho de equipa. Não é admissível que os alunos ou os professores sejam vítimas de violências ou agressões, venham de onde vierem. A educação e o ensino exigem que na sociedade em geral e nas escolas, em particular, haja o culto do respeito por cada um e a observância de princípios e valores universalmente defensáveis. Tudo evolui, mas há valores que são perenes, convindo diferenciar o que é transitório daquilo que é permanente numa sociedade civilizada e democrática.

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4 de fevereiro de 2007

Propaganda


O actual governo Sócrates-PS encontra-se comodamente instalado no poder e não o esconde. Desde o início desta governação que assistimos a uma arrogância dificilmente igualada em anteriores legislaturas. A maioria de que o PS dispõe na Assembleia da República dá ao Executivo uma larga margem de manobra para tomar as decisões políticas que bem entende, sem ter que apresentar justificações, salvo aquelas que as normas constitucionais - de que não se pode fugir, por enquanto - impõem.

No entanto, o primeiro-ministro e restantes amigalhaços do governo e do partido não ignoram um facto primordial de toda a democracia ocidental: a opinião pública, essa, a que está sempre presente, ali, a obervá-los, a julgá-los, a avaliá-los. É uma espécie de olhar omnipresente ao qual não se pode fugir, por mais que se queira. Uma espécie de Superego do governo e dos governantes. A máquina PS está sempre a medir esta opinião pública, a sondá-la, tal como se vê nas séries do tipo Os Homens do Presidente (aos domingos, 20.30, canal AXN, para quem não sabe). Ora, como nem o partido nem o seu chefe são ingénuos, toca de corresponder imediatamente ao que não está a correr bem nas sondagens. Embora, de forma geral, pareça que a vida não lhes corre de todo mal nestes últimos tempos, com o PS a liderar as preferências de voto dos portugueses, há estar atento sempre. E é isso que o primeiro-ministro faz, na sua infinita sabedoria.

José Sócrates, embora não seja homem de grandes multidões, aproveita todas as ocasiões públicas para fazer propaganda. Mesmo que a matéria sobre a qual tem que falar não seja muito substancial, do género "troço de auto-estrada", ou "inauguração de nova ala tecnológica na Escola XYZ", ou "visita a fábrica de papel selado, com recurso a métodos informatizados", o nosso PM aproveita para elogiar a sua governação, como se todos ignorassem o que ele está a fazer. Oferece à opinião pública o quadro geral de tudo o que existe de óptimo naquilo que ele e os seus ministros obram. Evitando, na medida do possível, a mentira descarada, facilita, embeleza. Portanto: distorce. E isto é grave e deve deixar-nos muito, mas mesmo muito, atentos.

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