Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


25 de dezembro de 2007

A beber enquanto conduzia

Transcrito do Portugal Diário

Apanhado a beber champanhe enquanto conduzia

Condutor tinha uma taxa de alcoolemia de 2,76 gramas por litro de sangue.
A Divisão de Trânsito da PSP do Porto deteve hoje de manhã, no Porto, um condutor com uma taxa de alcoolemia de 2,76 gramas por litro de sangue, anunciou fonte policial.

Segundo fonte da DT da PSP, o condutor acusou no teste de alcoolemia efectuado no local onde foi interceptado uma taxa superior a três gramas por litro de sangue.

«No segundo teste, efectuado já nas instalações da polícia, o condutor tinha uma taxa de 2,76», acrescentou.

Segundo a mesma fonte, o condutor foi interceptado na Rua do Freixo, cerca das 08:00, quando conduzia e bebia champanhe ao mesmo tempo.

A taxa máxima de álcool no sangue permitida por lei é de 0,49 gramas por litro de sangue.

Uma quantidade de 0,5 a 0,80 gramas de álcool por litro de sangue é considerada uma infracção grave, sendo de 0,81 a 1,19 muito grave.

NOTA: Sobre a insegurança nas estradas, sugiro a leitura do post Crime na Estrada em Blog do Leão Pelado. O que acontecerá a este potencial homicida que coloca em perigo de inocentes e cumpridores utentes da estrada? De que esperam para começar a condenar severamente tais inconscientes que ameaçam vidas inocentes? De que esperam os governantes para acabar com a assustadora quantidade de vítimas da estrada?
O povo deve acordar e pensar que a vida não é só futebol e telenovelas. Há, problemas muito graves que exigem solução válida e um deles é este, o do sangue no asfalto.

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24 de dezembro de 2007

O Melhor Presente de Natal

Natal, a época mais mortífera nas estradas de Portugal. Porquê? Assim sendo, é evidente que o melhor presente de Natal para todos os portugueses e famílias seria a garantia da segurança na utilização das estradas.

Porém, o procedimento de todos os partidos políticos e da máfia assassina que os compõe evidencia o contrário. Em lugar de providenciarem para que os acidentes jamais possam ter lugar, todos os partidos que têm ocupado os governos, sem excepção, têm procedido de modo a garantir o aumento do sangue na estrada, do número de mortes e também de inválidos. Nada foi feito para contrariar a tendência como nos outros países, os quais há mais de meio século providenciaram nesse sentido com os resultados amplamente conhecidos.

As medidas adoptadas são tão desajustadas por um lado, enquanto por outro encobrem os intintos de roubo e do cacete tão declaradamente que os seus autores só podem ser consideradas autênticas bestas maliciosas. O ensino de civismo foi há muito implantado nesses países e em especial o comportamento na condução, isto desde a mais tenra idade. O seu escamoteamento em Portugal não pode significar senão a malvadez assassina dos governantes.

Se todos os tribunais condenam crimes sem intenção, como compreender que tais crimes, perpetrados com perfeito conhecimento da causa dos acidentes possa passar impune num país em que por isso e por tantos outros casos semelhantes – como o da Casa Pia – os corruptos pretendem proclamar como um Estado de Direito. Pretendê-lo não pode ter outra justificação que a da impunidade na corrupção mafiosa e assassina.

Quanto às já aqui mencionadas armadilhas, ratoeiras e sinalização enganadora ou desadequada, de quem é a responsabilidade? Dos guardas do Jardim zoológico ou da seita de malvados e assassinos que desbarata, mata e rouba?

Idêntico em absoluto à falta de preparação à condução e ao comportamento civilizado, têm sido outras faltas cujos resultados não poderiam estar mais patentes. É o caso do ensinamento do que nos países mais avançados e mais ricos se chama de contabilidade doméstica, englobada na instrução primária. As pessoas aprendem a gerir o seu dinheiro e não se enterram em dívidas, muito menos descomunais, como os atrasados nacionais. Outro caso de resultados tão evidentes como os anteriores tem sido a completa falta de conhecimentos sobre a publicidade, também ensinada na instrução primária e que tem feito de Portugal o país em que nada se vende sem publicidade, todo o lixo se vende com ela e tornado a população como o maior bando de tolos que seguem tudo o que a publicidade lhes manda, comercial ou política. É mesmo um país de que os cidadãos devem orgulhar-se! Se é realmente assim tão bom como nos querem impingir, porque será que os filhos dos emigrantes fogem dele a sete pés? Já nem se fala do que os estrangeiros dizem longe das câmaras e dos microfones portugueses, enquanto a jornaleirada tece histórias para os burros dormirem de pé.

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Sobre o mesmo assunto:

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20 de dezembro de 2007

Sistema biométrico do poder

Como anarquista, não deixo de me surpreender com este “admirável mundo novo” da globalização neoliberal. Se não em todos, na esmagadora maioria dos casos, as inovações tecnológicas a que temos vindo a assistir servem muito mais os propósitos do complexo poder-empresas, do que os indivíduos, os cidadãos. A estes é dado aquilo que considero um papel instrumental, descartável. E a atestar este raciocínio está o facto indiscutível de que o desemprego aumenta de uma forma nunca vista antes. A produção e o lucro estão à frente da necessidade de o ser humano obter a sua realização através da actividade produtiva, criativa.

Vem este preâmbulo a propósito do facto de os funcionários da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos passarem a ser controlados através de sistemas biométricos – mais um neologismo tecno-capitalista – que lêem as impressões digitais. Este sistema irá controlar a assiduidade dos trabalhadores, ao que dizem. Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente sobre este tema. Segundo os princípios sobre a utilização de dados biométricos, no controlo de acessos e assiduidade dos trabalhadores, aprovados – imagine-se! - pela Comissão Nacional da Protecção de Dados, a lei reconhece que o sistema se integra no âmbito dos poderes de controlo da entidade responsável pelo tratamento destes dados.

E não ficamos por aqui: o secretário de Estado da Saúde assinou, em Setembro, um despacho que determina a implementação do controlo de assiduidade biométrico nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Claro, como não podia deixar de ser, esta solução é vista com alguma reserva por parte dos sindicatos. Pelo meu lado, não existe reserva de espécie alguma, mas antes uma condenação liminar. É este o Estado e o poder que desejamos para os nossos cidadãos? Um novo Big Brother orwelliano?

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16 de dezembro de 2007

Liberdade e Democracia

Nem a liberdade nem a democracia podem significar que as opiniões das pessoas sejam condicionadas e submetidas, obediente e cegamente, aos ditames dos partidos a que eventualmente pertençam ou com que mais simpatizem. Como em democracia é suposto que a soberania reside nos cidadãos, estes devem esclarecer-se para que, no momento em que são chamados às urnas, emitam o seu voto conscientemente de que estão a contribuir para a solução que pensam ser a melhor para o futuro do País. Essa preparação obtém-se no dia-a-dia adquirindo o máximo de informação que for possível e digerindo-a, comparando com o conhecimento possuído do anterior e indagando os «porquês» e os «para quês».

É costume ouvir-se que o povo não está esclarecido e apenas se interessa por telenovelas e pelo futebol, mas quando se indaga se deve haver ou não referendo ao tratado europeu, muitos populares dizem que sim, mas o diálogo morre logo a seguir com a declarada total ignorância do conteúdo do tratado e da sua importância para as nossas vidas.

Mas o meu «optimismo» mostra-me sinais de esperança de que começa a haver tendência para os eleitores se interessarem por assumir a propriedade das suas ideias e digerir a informação que lhes chega. Há dias, em Felgueiras, a proposta orçamental apresentada pela presidente da câmara foi chumbada por 34 dos 65 deputados municipais. Talvez aqui não fosse propriamente a liberdade de voto dos deputados mas sim a obediência aos respectivos partidos, o que não reforça o optimidsmo. Mas já antes neste conselho os eleitores votaram pela sua convicção em sentido contrário aos dos partidos elegendo um candidato independente… talvez pelas piores razões, as sentimentais.

Também, uns dias antes, Manuel Alegre, vice-presidente da Assembleia da República em representação do PS, votou - ao lado de todas as bancadas da oposição - a revogação dos dois decretos-leis do Executivo que promoveram a reestruturação da empresa da Estradas de Portugal, entretanto transformada em sociedade anónima. Declarou não estar de acordo com esta solução, que não o convence e ter muitas dúvidas, pelo que votou em consciência.

É justo referir também as preocupações em evidenciar isenção nas análises e comentários que alguns colaboradores fazem nas televisões e nos jornais, não citando nomes para não cometer o pecado de omissão. É inquestionável que Portugal precisa do voto de cada um e é imprescindível que cada um assuma a sua responsabilidade individual, esclarecendo-se com vistas largas e imparciais, e emita um voto em consciência e não porque lhe foi exigido, em nome de valores menos democráticos. Terá que agir em função daquilo que realmente afecta a vida dos portugueses, porque o futuro do País depende de cada um e não podemos ficar à espera de um milagre que nos torne um Estado evoluído com uma população feliz e com boa qualidade de vida. O milagre tem de ser feito pelo esforço persistente e bem intencionado de cada um, segundo as suas capacidades.

Ontem ao almoço uma senhora professora reformada, quando o marido comentava um acontecimento nacional, disse que não se interessa pela política. Mas quando lhe perguntei se vota, disse que sim, o que me fez perguntar em que baseia a sua decisão de voto. Ficou atrapalhada, e a minha convicção é que ela, como a grande maioria do povo ignorante, vota da forma que lhe é aconselhada nas campanhas eleitorais pelo partido de que se habituou a gostar!!! Desta forma nunca mais se sai da cepa torta e os vindouros irão dizer muito mal dos seus avós, que não serão considerados «egrégios avós»

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14 de dezembro de 2007

Referendo ao tratado de Lisboa?

O que valem as palavras
Por Manuel António Pina, jornalista do JN

Vários eurodeputados receberam Sócrates com vaias e apupos durante a proclamação da Carta dos Direitos Fundamentais no Parlamento Europeu. Sócrates teve que interromper várias vezes o discurso e, por um momento, o hemiciclo de Estrasburgo mais parecia uma final Porto-Benfica.

Pelos vistos, o "hooliganismo" pegou no PE, o que não surpreenderá sabendo-se que grande parte dos arruaceiros, que exigiam que o Tratado de Lisboa fosse referendado, pertence à selecta claque "eurocéptica" britânica (talvez seja altura de, como nos estádios, os plenários do PE serem vigiados por câmaras e os eurodeputados obrigados a soprar no balão).

No final, Sócrates desvalorizou o incidente, classificando-o de "folclore democrático".

Convenhamos, no entanto, que prometer uma coisa e fazer outra não deixa igualmente de caber na lamentável e comum categoria do "folclore democrático". "O PS - diz o Programa de Governo com que Sócrates se apresentou aos portugueses e com base no qual foi eleito - entende que é necessário reforçar a legitimação democrática do processo de construção europeia, pelo que defende que a aprovação e ratificação do Tratado deve ser precedido de referendo popular".

Já não falta muito para descobrirmos (mais uma vez) o que valem as palavras em política.

NOTA: Considero muito interessante este texto, embora já tivesse expressado a minha opinião contrária ao referendo como a seguir transcrevo:

O referendo ainda poderá ser decidido. Mas não tem significado, porque...
Para exprimir a vontade real do povo, não devia haver campanha de mentalização pelos partidos e cada um votaria segundo os seus sentimentos e conhecimentos sobre a matéria. Com campanhas dos partidos, a maior parte das pessoas vota em quem o seu partido aconselha.
A maior anedota em caso de referendos, foi com o da IVG. Os políticos disseram que, por ser um problema de grande sensibilidade, não o decidiam na AR e deixavam a decisão ao povo. Parecia uma posição séria, honesta, democrática. Mas não passou de um logro, porque esses mesmos partidos, fizeram uma campanha que foi uma terrível pressão nas consciências do povo para votar em quem eles (políticos) queriam. Houve muitas abstenções porque as pessoas mais desconfiadas em relação aos políticos não quiseram fazer o jogo de uns ou de outros. Essa falta de confiança nos políticos tem sido notada em muitas eleições. Os políticos deixaram de representar a vontade dos eleitores e estes respondem com a abstenção ou votando em independentes, que embora sejam do mesmo naipe, não estão a jogar pelo partido. É uma atitude do povo, que não é tão burro como os políticos pensam.

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11 de dezembro de 2007

Crimes violentos. Chaga infecciosa

A criminalidade violenta que é trazida a nosso conhecimento através da Comunicação Social constitui uma chaga infecciosa com tendência a alastrar por todo o País e exige uma urgente e eficaz terapia a fim de ser evitado o contágio endémico ou epidémico.

Se é certo que ela se localizava na vida nocturna da cidade do Porto, o que não seria uma ameaça para as pessoas de bem do País, é grave que esteja a contaminar a cidade de Lisboa com alguns salpicos no interior. Foi o proprietário da discoteca Avião, José Gonçalves, vítima de atentado à bomba que, segundo entidades ligadas à Justiça, "nada tem a ver com os casos do Porto e, mais recentemente, o alto quadro dos CTT, Maurício Levy que foi assassinado, à facada, em sua casa e transportado para uma falésia da praia da Adraga, em Sintra. Tinha 50 anos e era director de qualidade, formação e desenvolvimento sustentável dos CTT. Estamos perante uma grave falta de respeito pela vida e uma sofisticação de procedimentos violentos que levam a suspeitar de profissionais de quem seria de esperar um melhor culto de valores humanitários e éticos.

A morte mais recente na vida nocturna do Porto, até hoje, de Alberto Carvalho, atribuída pela viúva ao chamado gangue da Ribeira, pode estar relacionada com o assassinato de Aurélio Palha numa madrugada de Agosto junto à discoteca Chic, de que era testemunha presencial, e com a morte do segurança Nuno Gaiato de que era suspeito, o que fazia compreender a sua presença numa alegada lista de alvos a abater. O Nuno foi assassinado a tiro na discoteca El Sonero, em Julho passado.

Este segurança, de 36 anos, sucumbiu às 23.20 de domingo, em Gaia, a três rajadas de metralhadora disparadas", baleado diversas vezes no tórax, abdómen e crânio à porta da sua residência, por vários indivíduos encapuzados que, segundo relatos de moradores à polícia, actuaram à queima-roupa e terão fugido num BMW preto e num Seat Leon. No local, foram recolhidos cerca de meia centena de invólucros.

Segundo as notícias, o surto de criminalidade associado à noite do Porto no qual este homicídio se insere é interpretado como uma "guerra" entre grupos rivais de seguranças profissionais na disputa de território, mas também é relacionado com negócios de droga e tráfico de sexo.

Segundos os jornais, "os crimes que têm ocorrido no Porto não têm nada a ver com as casas de diversão nocturna", como disse ao DN Mário Carvalho, proprietário da discoteca Indústria, na Foz, que considera que estas mortes estão ligadas a outros negócios e tanto podem acontecer à noite como de dia. "São execuções muito bem pensadas, servindo os bares e discotecas apenas de bodes expiatórios". Começa a haver um sentimento de insegurança, "porque as pessoas não percebem o que se está a passar". Nos media "associam-se estes crimes aos estabelecimentos nocturnos e, como a polícia não actua, há uma grande confusão", diz. Se até aqui, nota, "não existia quebra de afluência de clientes, agora as coisas estão a mudar". A população, "a que sai e a que não sai à noite", precisa, "começa a sentir que há impunidade nestes crimes".

António Fonseca, presidente da Associação de Bares e Discotecas da Zona Histórica do Porto (ABZHP), diz que "mesmo os bares da moda se começam a ressentir" e não hesita em culpar polícias e Governo por esta "onda de homicídios". «Os envolvidos são pessoas que fazem segurança a diplomatas, políticos e outra gente importante, embora só os bares e as discotecas sejam referidos".

"Aquando da segunda morte ocorrida este ano, a polícia disse tratar-se de grupos identificados e que tudo estava sob controlo. Não está, porque os crimes, com alvos estratégicos, continuam". O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, também não é poupado. "Devia ser honesto e não andar aí a dizer que a criminalidade violenta diminuiu. Não há memória de tanta morte em tão pouco tempo no Porto, a cidade está a ferro e fogo, com uma lista de pessoas a abater, segundo fontes da própria polícia. Por muito menos já foram demitidos ministros". À critica do líder da ABZHP nem o primeiro-ministro escapa, por "não ter dito uma palavra sobre o assunto, a fim de tranquilizar as pessoas".

Outro artigo diz que Alberto Ferreira foi executado por profissionais, quase quatro meses depois de ter escapado aos disparos que mataram o seu "patrão" Aurélio Palha, tendo sido abatido com cerca de dezena e meia de tiros de metralhadora, à porta do prédio onde vivia, em Gaia, sendo a quarta vítima de uma guerra sem precedentes na noite do Porto ou no país. São referidas opiniões que relacionam este homicídio com ajustes de contas entre grupos rivais de seguranças dos meios nocturnos e de claques de futebol.

«Esta lógica de violência poder-se-á inverter se o Estado não continuar a demitir-se das suas funções como regulador da vida colectiva e da ordem pública. O Estado tem de investir na área da segurança e não a fazer entrar no domínio da privatização. Em vez de se preocupar com a redução da despesa em nome do défice, devia investir no sector e não entregá-lo aos privados. O que se está a passar na noite do Porto acontece porque ninguém preveniu ao longo de vários anos e as coisas aconteceram».

«Como os negócios dos "bandidos" são economias paralelas e criminosas, eles não podem recorrer aos mecanismos legais da ordem e fazem "justiça" de outra forma, pelas próprias mãos». «A noite está "entregue" aos seguranças privados, por demissão do Estado, desde 1999 . O facto explica em grande parte a quase total ineficácia da actuação policial, perante os sucessivos homicídios dos últimos meses». «A culpa é dos sucessivos governos que desde 1999 se demitiram de assegurar a presença policial em estabelecimentos de diversão nocturna».

Espantosamente, com a nova legislação, aumentaram as restrições aos requisitos de aplicação de prisão preventiva, tendo de ser dada preferência a medidas de coacção menos danosas e havendo mais benevolência para os crimes de associação criminosa, coacção grave, ofensas corporais, extorsão, armas proibidas, tráfico de droga.

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6 de dezembro de 2007

Ministro perdeu a compostura

Ontem, numa mirada fugaz à televisão que temos e de que sou fraco consumidor, vi um deputado da oposição, na AR, afirmar ser todos os dias bombardeado com notícias de criminalidade violenta, cada vez mais frequentes e mais graves e, de seguida, ser violentamente agredido verbalmente pelo ministro da Administração Interna que, esquecendo que estava perante um elemento do segundo órgão de soberania (o ministro é do terceiro!), o chamou mentiroso de forma bem soletrada e lhe disse que o deputado não estava a ofender o ministro, mas sim a GNR, a PSP e a PJ que o têm informado da redução do crime violento. Disse isto depois de lhe estalar o verniz, de arriar a giga e de colorir a face que ficou com aspecto apopléctico usando um tom irado impróprio daquilo que é desejável de um governante.

Não era de esperar uma tão ardente defesa dos polícias (não dele). Mas, pelo que tem chegado a público das queixas dos polícias, pode dizer-se que quando se tem um tal amigo não se precisa de inimigos.

Porém, o que muito me espantou foi encontrar hoje no jornal diário «Destak» o seguinte pequeno texto:
CRIME. O DIRECTOR NACIONAL DA PJ AFIRMOU QUE SE ASSISTE A «UMA CRIMINALIDADE VIOLENTA A QUE NÃO SE ESTAVA HABITUADO ASSOCIADA AOS NEGÓCIOS DA NOITE» E ADMITIU EXISTIR «UM CONTEXTO FAVORÁVEL A ESSE TIPO DE CRIMES».

Estou perplexo. Então quem é o MENTIROSO? O deputado da oposição? Ou o director nacional da PJ? Ou o Sr. MINISTRO?


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4 de dezembro de 2007

Os imponderáveis da Paz e a guerra

A paz é uma situação muito instável, porque os poderosos podem «brincar» com os seus armamentos e exércitos e colocar um país ou uma região ou mesmo o mundo em polvorosa sem se saber bem porquê. Grande número de pessoas perde a vida ou fica estropiada sem ter qualquer culpa do estado de loucura que afectou cérebros movidos por interesses não confessados. Haveres destruídos, obras de arte, com valor histórico e arqueológico desaparecidas apenas porque um indivíduo irado e precipitado não merecia ter à sua disposição tanto poder demolidor.

Há dias vi a notícia de que «Ben Laden exige a europeus que deixem o Afeganistão». A televisão Al-Jazeera transmitiu uma cassete áudio do chefe da Al-Qaeda dirigida aos europeus em que este exige o fim das operações militares no Afeganistão, e iliba o povo afegão de qualquer responsabilidade nos atentados nos Estados Unidos em 11 de Setembro de 2001.

Segundo ele, "a América obstinou-se em invadir o Afeganistão; a Europa seguiu-lhe os passos". E apela "Convém que peçam aos vossos dirigentes, que se acotovelam diante da Casa Branca, que actuem de forma consequente para acabar com a injustiça imposta aos oprimidos."

Confessa: "a verdade é que os acontecimentos de Manhattan (Nova Iorque) foram a resposta aos massacres pela aliança americano-israelita do nosso povo na Palestina e no Líbano. Sou o responsável. Todos os afegãos, governo e povo, não tiveram qualquer conhecimento [disso]."

E acusou também os países que participam na guerra no Afeganistão de visarem "as mulheres, as crianças e os civis", não respeitando a "ética da guerra". E acrescentou "o avançado americano está prestes a perder terreno. Vão partir."

Isto faz-nos pensar nos objectivos e nos resultados das operações militares no estrangeiro. O que melhorou na vida do povo afegão? Quais os verdadeiros resultados para a felicidade das populações obtidos com a presença dos militares? E no Iraque? Que respostas lógicas e verdadeiras serão dadas a estas perguntas? O mesmo para o Kosovo e a Sérvia? Depois de tantas destruições de vidas e haveres, resultou algum benefício para alguém, além dos fabricantes de armamento? E queriam agora iniciar outro crime semelhante no Irão com base em mentiras pois hoje sabe-se que já desistiram há quatro anos de construir armas nucleares.

Seria mais interessante, humano e moral desenvolver o diálogo a fim de se implementar um bom entendimento, abolir a desconfiança e criar um ambiente de harmonia e colaboração para benefício de todos, principalmente dos mais carecidos. A verdade é que, em caso de conflito, são sempre os mais desprotegidos que acabam por sofrer mais e verem a sua miséria acrescida.

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