Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


27 de abril de 2012

Vítor Gaspar surpreendido com a realidade nacional

O ministro das Finanças admite que os níveis do desemprego estão mais elevados do que se previa, o que justifica razões para os portugueses estarem preocupados com a pouca capacidade de análise e de previsão dos «sábios» que nos governam.

É mais um Vítor a estranhar o aumento do desemprego!!! Mas afinal o que é que se esperava com a tremenda austeridade que os mais sérios pensadores do sector não se cansam de criticar e de dizer que esse caminho não leva á solução da crise, antes a agravam. É isso que está a confirmar-se.

Não se pode dizer que haja razão para surpresa. Como escrevi noutro post, a exagerada austeridade retirou o pouco poder de compra daqueles que não podem deixar de gastar em consumo tudo o que ganham (não têm para poupar e muito menos para investir em especulação financeira), e que, por isso, agora têm que consumir menos, donde resulta menor facturação nas empresas de comércio, obrigando muitas a fechar. Depois, na sequência da redução das vendas resulta a diminuição da produção que leva muitas indústrias, devido à falta de procura, a fechar ou, no mínimo, a despedir pessoal. De tudo isto resulta o aumento do desemprego. Onde está o espanto dos nossos Vítores?

Sim, há motivo para espanto: eles vivem completamente preocupados com modelos matemáticos teóricos e abstractos e alheios às realidades dos portugueses, como se conclui das suas exclamações de surpresa. E daqui sai outra conclusão: Não se pode esperar que os portugueses tenham confiança em quem os governa e possam alimentar fundamentada esperança no devir.

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Vítor Constâncio a incapacidade dos economistas


Consta que o desemprego na Europa tem crescido de forma imprevista, chegando em Espanha ao valor recorde de 24,4 por cento e Vítor Constâncio, vice-governador do BCE, lamenta que ainda não se perceba a 100 por cento a razão para um tão rápido crescimento.

Perceber qualquer coisa a 100 por cento é praticamente impossível, pois os cientistas de vários ramos descobrem com frequência novas teorias que corrigem as anteriores, e continuam a investigar para se aproximar mais da verdade total. Na economia, a incapacidade de compreender tem sido muito notória, todos agora dizem que a crise era previsível há anos, mas nenhum a explicou ao ponto de serem aplicadas as necessárias medidas preventivas, nem, depois de ela ter eclodido, conseguiram minorar os efeitos e, agora, nem sequer conseguem compreender as razões dos factos reais.

Do muito que se tem escrito a tónica tem sido culpar a exagerada austeridade que retira o pouco poder de compra daqueles que não podem deixar de gastar em consumo tudo o que ganham, e que agora têm que consumir menos, donde resulta menor facturação nas empresas de comércio, obrigando muitas a fechar. Depois a redução das vendas provoca a redução da produção e muitas indústrias, à falta de procura fecham. De tudo isto resulta despedimentos e desemprego.

Para um leigo isto é claro, mas parece que para aqueles que dentro de gabinetes se entretêm com os «modelos matemáticos» a que se referiu a professora Maria da Conceição Tavares, não basta tal explicação e sua elaboração e precisam que chegue aos seus gabinetes de paredes opacas e ar condicionado 100 por cento de certezas sobre a realidade que teimam em desprezar.

Como compreender que não percebam as razões da sua incapacidade para interpretar as realidades? Aquela professora dá um lamiré.

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24 de abril de 2012

Terceira Guerra Mundial? A quem interessa?

Era suposto que a ONU tivesse como resultado um novo relacionamento entre os Estados –membros, à semelhança daquilo que é, normalmente, aconselhável entre as pessoas civilizadas, com igualdade de direitos e deveres, respeito mútuo, apesar de diferenças de geografia, recursos naturais, demografia, história e tradições, solidariedade dos mais ricos para os mais carentes em recursos, etc.

Daí adviria capacidade de dialogar para encontrar soluções de bom entendimento para eventuais conflitos de interesses. E, quando esse entendimento se apresentasse difícil, então, haveria o recurso a mediadores internacionais ou, em último caso, a tribunais, sem ser necessário recorrer a conflitos sangrentos e destruidores.

Porém, a ONU não tem conseguido evitar a ocorrência de conflitos armados, dos quais resulta, em primeira fase, a violência extrema contra pessoas e património e, só depois, de destruições irremediáveis, totalmente inaceitáveis, à luz da moral e do bem pública da humanidade, é que surge a negociação para um acorde de paz.

A lógica mais elementar leva-nos a perguntar: se a negociação acabou opor ser a solução definitiva, qual a razão de não ter havido o recurso a ela, com ajuda de mediadores, logo de início, antes do primeiro acto agressivo. Nisso encontramos a ambição e o orgulho humano (no pior sentido) dos governantes, conscientemente explorado por interesses de grandes empresas ou grupos de empresas multinacionais, muito poderosos financeiramente, que constituem «lobbies» influentes perante os quais o «bom denso» dos políticos raramente resiste.

Essas pressões usam as técnicas mais modernas aconselhadas pelo marketing e pela guerra psicológica ou lavagem do cérebro.

A maior parte dessa pressão geradora de conflitos armados vem do «complexo industrial militar» para o qual o General Dwight Eisenhower alertou:

«Nas esferas da governação, devemos proteger-nos contra a aquisição de uma influência indesejada, procurada ou não, por parte do complexo militar-industrial. Existe, e permanecerá, o potencial para um surto desastroso de poder mal concentrado. Não devemos nunca permitir que o peso desta conjugação ameace as nossas liberdades ou o processo democrático. Não devemos partir do pressuposto de que tudo esteja garantido.»

Realmente a Indústria Militar foi de utilidade inquestionável para a vitória da II Guerra Mundial, mas depois disso não se poderia esperar que encerrasse as suas actividades que prometiam ser muito lucrativas. Para continuar o negócio, não parou de pressionar os governos para a guerra e, entretanto, para a permanente compra de novos armamentos e equipamentos para manter as Forças Armadas sempre actualizadas usando das mais modernas tecnologias.

O exemplo recente da guerra contra o Iraque mostra-nos que ela foi sistemática e persistentemente preparada com «informação» - que veio a ser considerada falsa - sobre a existência de armas de destruição massiva que iriam ser utilizadas contra países vizinhos e ocidentais e contra a economia mundial dependente do petróleo.

Quem lucrou com as baixas sofridas no Iraque por habitantes e militares, com a destruição de património histórico, arqueológico e de utilidade pública e privada? Só o Complexo Industrial Militar beneficiou e facturou.

Mas a dureza e a insensibilidade desumana e materialista de tais industriais não os deixa desistir dos seus interesses gananciosos e já estão a aparecer as tais atitudes de marketing e de guerra psicológica a prenunciar uma terceira guerra mundial para o próximo verão, desta vez contra outro produtor de petróleo, o Irão, com a alegação (semelhante à usada para o Iraque) de que está a desenvolver condições para se tornar uma potência nuclear. As notícias vindas de Israel são mau prenúncio:

Israel: Irão já pode fabricar quatro bombas atómicas

Israel pode atacar Irão na primavera 

Israelitas prontos para ataque a instalações nucleares iranianas

Mas voltando ao início deste texto, acerca da igualdade entre os diversos Estados-membros da ONU, não parece legítimo que haja uns com armas nucleares enquanto outros sejam impedidos de as ter. Estranhamente, quem mais se eriça contra o Irão, a Coreia do Norte e outros que queiram o poder nuclear, são Estados que se orgulham de possuir em armazém arsenais com milhares de armas de tal espécie. Seria mais interessante que os actuais detentores de tais armas acordassem entre si destruir todas as que têm e comprometer-se a não voltar a construir. Então, haveria autoridade moral para impedir qualquer Estado de preparar tal tipo de armamento. A arrogância de fazerem constar possuir tal armamento em grande quantidade não parece minimamente lógico e em vez de evidenciar a tendência democrática nas relações internacionais de que tanto falam, realçam a imagem de império ou ditadura mundial em que uns poucos querem dominar todos os outros a seu bel-prazer.

A ONU precisa de revitalizar os princípios da sua Carta e de reformar todos os seus procedimentos, começando por rever a qualidade de membros permanentes do Conselho de Segurança.

A realidade actual, mostra uma vida internacional, com ausência de moralidade e de ética, como se se guisasse pela lei da selva, a lei do mais forte, que impera e domina, justificando-se com a expressão «quero, posso e mando».

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21 de abril de 2012

Para sair da crise


O trabalho das pessoas e das equipas deve ser racionalmente avaliado pelos resultados e não pelos gestos e apalavras por mais elegantes que aqueles sejam e por mais elaboradas e eruditas que estas se apresentem.

Pode, no entanto, haver pessoas que refutem esta afirmação, indicando exemplos de cabeças vazias mas que, com as suas atitudes e palavras agradáveis, conseguiram conquistar a simpatia de gente influente e guindar-se a cargos de alta responsabilidade com remuneração de elevado «preço de mercado». Mas é devido a tais casos menos racionais, embora mais frequentes do que o desejável, que se caiu numa crise muito grave, em que ainda não se vê um mínimo sinal positivo de recuperação.

É fácil jogar com os números criando cenários falaciosos de esperança que servem para «enganar os tolos» como se fossem «papas e bolos».

Quanto à forma como tem sido encarada a crise, os resultados vão aparecendo, ultrapassando as aparências, furando as malhas falsamente optimistas do estilo relvista. A crise está mais grave do que há um ano – Receitas fiscais caem mais do que o previsto e agravam contas públicas -- Receita do Estado desce e despesa aumenta -- e o trimestre há pouco encerrado – Défice do primeiro trimestre ficou abaixo do limite da "troika" -- mostrou resultados demasiado preocupantes em contraste com a esperança gerada nos portugueses desde há mais de nove meses, um largo período de gestação.

Curiosamente, tem havido variados alertas, quer de economistas de alta reputação internacional, quer de partidos da oposição, de comentadores e opinadores e até de figuras públicas dos partidos da coligação governamental – Ferreira Leite acusa governo de dar “caldos de galinha” a alguns -- Ministra percebe "dor" dos funcionários públicos mas país "está na bancarrota"-- Mas, apesar desses alertas e avisos, o Governo ignora-os e continua firme no seu método de «custe o que custar», como se fosse o detentos único da verdade absoluta. E continuamos a ver que não se passa das palavras enganadoras, sem conteúdo real, por vezes recusadas ou contrariadas no dia seguinte, que apenas servem para ofuscar os portugueses e reduzir-lhes o raciocínio e a capacidade crítica.

Apesar do muito que tem sido prometido, que se «garante» e que se «assegura» para 2013, depois para 2014 e, por fim, para 2015, esgotando o tempo que falta para as próximas eleições legislativas, não existe nada seguro, firme, que possa justificar uma ponta de esperança e de confiança num futuro satisfatório.

Impõe-se, sem demora, uma análise cuidada e completa da situação que preocupa os portugueses da qual resulte a definição de um objectivo a atingir e da linha estratégica que a ele conduza, de forma flexível para absorver e reagir positivamente aos acidentes de percurso, sem ter de haver retrocesso, sem perdas de tempo, que é um recurso irrecuperável.

Nesse trabalho de análise, decisão, planeamento e programação não pode ser esquecido que o que está em jogo são os legítimos interesses dos portugueses, e que a virtualidade dos números e dos modelos matemáticos – Recado de Maria da Conceição Tavares para os jovens economistas -- não passa de ferramentas de trabalho para esse objectivo de criar bem-estar para os cidadãos, cuja grande maioria tem sido vítima dos interesses de poucas dezenas de beneficiados pelo Poder.

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15 de abril de 2012

Os Assassinos da Juventude Nacional

A falsidade, a embusteira, a hipocrisia e a malvadez são os valores básicos deste governo de coelheira. Aproveitando-se da ignorância geral, fruto da desinformação, escondimento e aldrabice dos fazedores e manipuladores de notícias, em aberto e descarado conluio, podem mentir e enganar a população a quem foi tirado o conhecimento, sem receio e com a maior audácia, cometer até crimes hediondos

[Clique no título do post para ler a continuação]


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14 de abril de 2012

Cadilhe evidencia civismo e sentido de Estado


Notícia do Expresso diz que Cadilhe defende imposto extraordinário sobre a riqueza, colocando-se no mesmo nível moral de milionários americanos e franceses que foram objecto de notícias:

- Super-ricos franceses querem pagar mais impostos
- Quarenta milionários americanos vão doar parte da sua fortuna
- "Parem de acarinhar os super-ricos", pede o milionário Warren Buffett

Mas os governantes, com o seu instinto canino de submissão aos poderosos da finança e da economia, não ousaram seguir tais conselhos e aproveitar a deixa que estes ricaços lhes forneceram.

Agora, Cadilhe, com ousadia, civismo e sentido de Estado, refere alguns pontos ligeiramente positivos do combate à crise, no nosso País, e sublinha aspectos preocupantes ao ponto de recear uma «explosão social» devido à degradação da «situação financeira do sector privado». E cita a "diminuta tomada de medidas estruturais" ao nível do corte das despesas públicas e reformas de fundo", a omissão de um plano estruturante contra o défice externo; o desemprego, "que as vistas da troika não alcançam” e a "fraqueza da justiça social".

Diz que «a situação social ainda resiste, "mas ameaça abrir brechas cuja iminência é difícil de avaliar". A escalada do desemprego "vai prosseguir". A equidade e a justiça social "estão subalternizadas".»

E perante as realidades que refere, tem a coragem e a frontalidade de seguir as posições dos milionários atrás citados e «insiste na recomendação de um "imposto one shot" sobre a riqueza "cuja receita seria aplicada na totalidade à amortização de divida publica". A tributação poderia funcionar, além do mais, "como um contrapeso social".»

Disto se conclui que Portugal precisa de mais pessoas a pensar livremente e com saber e bom senso. Este está no oposto ao maior rico de Portugal que diz não passar de um trabalhador, mas, na realidade, ele, apesar de milionário, paga de imposto menor percentagem do seu imenso rendimento do que um trabalhador paga de IRS, se tiver um salário de apenas 3000 €.

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