Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


24 de dezembro de 2009

Sócrates quer servir o País!!!

Segundo a notícia «José Sócrates assegura que executivo “está com vontade de servir o país”», na cerimónia de cortesia de apresentação de cumprimentos de Boas Festas pelo Governo ao Presidente da República, o PM disse: “todos os que aqui estão têm bem consciência de que esta oportunidade de servir o nosso país é uma oportunidade que é raras vezes dada a um dos nossos compatriotas, e por isso este Governo que aqui está, senhor Presidente, está com a firme vontade de servir Portugal e os portugueses”.

Qualquer pessoa atenta fica espantada com esta declaração. Com efeito, era de esperar que, quando os governantes juraram, solenemente, no acto de posse, que iam cumprir com lealdade as funções que lhes eram confiadas, estavam conscientes de que estavam a declarar «firme vontade de servir Portugal e os portugueses». Mas, pelos vistos, o Sr. Primeiro-ministro não estava certo disso e sentiu necessidade de o afirmar agora neste acto informal, sem o carácter de protocolo de Estado, constitucional, como era o momento da tomada de posse. Provavelmente, deve ter tomado consciência de que o povo não acreditara em tal juramento e ele, que não é estúpido, deve ter as suas razões para fazer essa leitura do sentimento popular.

Mas, francamente, não devia confessar que os governantes não se têm preocupado com os interesses de Portugal e dos portugueses, pois têm sido pagos para isso. E os seus acólitos não se têm comedido no abuso de atitudes arrogantes a tentar mostrar tal «interesse». Pelos vistos não o terão conseguido e agora o líder do grupo procura suprir tal deficiência.

E uma outra particularidade, é que se podia haver dúvidas na sinceridade das palavras ditas solenemente no juramento da tomada de posse, muito menos poderá haver certezas quanto a estas ditas, agora, em plena quadra natalícia em que as frases doces e amorosas, infelizmente, não passam de formalidades de bom tom, com uma duração tão efémera como as rabanadas ou o bolo-rei, que já nem tem prenda. Depois destas festas o povo volta a ter de encarar as dificuldades que os governos têm deixado agravar-se progressivamente, apesar de repetidas promessas cada vez mais balofas.

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9 de dezembro de 2009

O Civismo dos Labregos no Parlamento e
O Masoquismo Nacional

É isso mesmo. O parlamento nacional não deve nada àqueles onde os deputados se atiram cadeiras e se esmurram. Na verdade, se virmos bem, alguns desses países são até muito mais democráticos que o Portugal actual.

Na América do Sul, por exemplo, os golpes de estado são quase o prato do dia – prática comum por tradição, mas as pessoas são hoje mais civilizadas do que cá. Não nos pasmemos, porque para o estado a que chegámos não é preciso muito. Não fomos já ultrapassados por todos os países da Europa, inclusivamente da ex-Cortina de Ferro, que se nos juntaram quase duas décadas depois de nós?

Que fizemos nós durante todo esse tempo, que não aproveitámos, nem tampouco como a Espanha, um dos países europeus mais miseráveis que nos ultrapassou com a maior das facilidades enquanto jornaleiros e políticos, ambos corruptos, nos impingiram aquilo a que eles chamam de auto-estima para encobrirem um orgulho balofo, oco e apoiado sobre os valores mais rascas da humanidade. Trocámos os nossos heróis e ídolos nacionais por escoiceadores de bolas, reles ganhadores de idiotices do Guiness, telenovelas para atrasados mentais e tantas coisa do género. Aprendemos a comportar-nos como selvagens egoístas, tolamente convencidos de que nos tínhamos modernizado, Só que, durante esse tempo, o atraso em relação aos outros, de vinte e poucos anos, passou para mais de cinquenta, segundo as estatísticas mais benignas. De atrasados que éramos tornámo-nos estúpidos. (A ignorância é a mãe da estupidez, segundo Victor Hugo.)

De tão estúpidos que nos fizemos deixámo-nos enganar pelos que nos atraiçoaram: os políticos e os jornaleiros. Nós sempre fomos livres, eles é que não eram. Recuperámos-lhes a liberdade e eles pagaram-nos com a traição. Roubaram-nos e enegreceram-nos a vida empobrecendo-nos e assassinando-nos. Cavaram uma enorme diferença entre ricos e pobres inigualável em qualquer outro país europeu.

Roubaram e esbanjaram os fundos europeus de coesão, cuja única finalidade de nos fazer aproximar dos países mais avançados ficou assim irrecuperável. Mas eles enriqueceram com esses roubos, distribuíram o espólio pelos amigos e não zelaram pela aplicação desses fundos por aqueles a quem eles foram concedidos. Esses canalhas e ladrões têm andado desde então por aí a pavonear-se pelas propriedades que compraram com a nossa desgraça e a rirem-se de nós com toda a impunidade que a justiça portuguesa, que só condena pilha-galinhas, lhes concedeu.

Matam-nos com um sistema de saúde completamente desorganizado e incapaz, com pessoal clínico que pela sua selvajaria, incompetência e irresponsabilidade é frequentemente atacado pelos desgraçados cuja saúde deles depende. Porque será que isto não se passa em nenhum outro país?

Tramaram-nos destruindo o sistema de ensino a tal ponto que o nosso ensino é hoje o pior da Europa. A maioria dos nossos cursos, sobretudo os de maior responsabilidade – como os de medicina – não são reconhecidos nos países europeus nem em nenhum outro com um ensino de qualidade média.

Fizeram-nos o sistema de saúde mais miserável e e que mata e temos as piores reformas do mundo (os montantes não devem ser comparados mas na sua relatividade ao custo de vida local). São de facto razões para aumentarem a nossa auto-estima.

Quando vem algum vigarista malicioso dizer que a saúde e a reforma têm que ser participadas individualmente, senão não se conseguem pagar e os sistemas entram em falência, ninguém parece contestar. Ninguém parece reparar que o que esses sacanas desejam é apenas roubar aos mais pobres para que os mais ricos tenham mais. Que sendo eles de partidos da direita não pode ser outra a finalidade. Ninguém parece saber que todos os outros países da Europa resolveram esse problema há anos, alguns há mais de vinte sem abrirem nenhum fosso entre ricos e pobres. Raros o conhecem pela simples razão de que os nossos jõrnaleiros são um bando de aldrabões e de rascas que não cumprem o seu dever de nos informar.

Gostam de viver assim? Se sim, é fácil: basta não fazer nada e continuar a votar nos mesmos. A maioria dos portugueses é tão estúpida e atrasada que ainda está convencida que os se pode confiar nos políticos.

A cambada jornaleira jamais informou que nas verdadeiras democracias de tipo europeu, a única razão por que são realmente democracias é por saberem controlar os seus políticos. Note-se bem que na Europa, as diferenças existentes entre os países se devem quase exclusivamente a este facto.

Só os esparvantes dos portugueses, pensando que sabem tudo e que vivem num estado democrático o ignoram sem se darem conta de que vivem numa república mafiosa governada por oligarquias que com o tempo e a aprovação tácita do povo pelo seu voto se transformaram em associações criminosas de ladrões e de assassinos.

Se não gostam de viver assim, parem de se lamentar, que lamúrias nada alcançam, sobretudo quando as oligarquias confiam que enquanto forem só lamúrias tudo vai bem para elas e a sua impunidade continua garantida. Por de mais, para que servem queixas de casos isolados quando o que enfrentamos é de cariz global? Não esperem que Deus ou qualquer outro ser superior os venha ajudar, ou aguardem o milagre do arrependimento dos criminosos. Há vários meios de reivindicar os direitos democráticos. Entre eles, os mais comuns e eficientes, são os de sair à rua em demonstrações diárias e exigir referendos para aprovação de decisões políticas que afectem a vida nacional. Outra bem necessária é a de exigir a concepção duma constituição demorcática que retire o poder às oligarquias e o devolva ao soberano, já que a presente não considera nem reconhece o povo como o único soberano.

Arregacem as mangas e mãos à obra. Grelha com eles. Ninguém virá tirar os portugueses da cloaca em que eles demonstram tanto gosto em nadar, pois que nada fazem para dela sairem. Nada nem ninguém jamais mexerá uma palha por miseráveis que nem são capazes de lutar pelos seus próprios Direitos Fundamentais. Temos visto como noutros países, que ainda cá há quem considere mais atrasados, o povo tomou conta dos políticos.

Se ninguém quer tomar conta e subjugar toda essa canalha de políticos, jornaleiros, juízes e magistrados, pessoal da saúde e da justiça que mata e deita os processos para a rua, nos passeios, que se calem todos e que não reclamem aquilo que em tudo e de todas as maneiras demonstram aceitar com prazer. São masoquistas de seu direito.

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Os Extra-terrestres e nós

Convido-o a puxar pelo cérebro num exercício de fantasia e de lógica futurista, lendo o post

ET. Um desafio e congeminações

http://domirante.blogspot.com/2009/12/et-um-desafio-e-congeminacoes.html

e depois escrevendo as suas fantasias, ou em comentário ou num post no seu blogue. O resultado poderá ser uma antologia com as nossas ignorâncias e as nossas congeminações, ou talvez visões que poderão vir a concretizar-se !!!z

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1 de dezembro de 2009

Fim dos Minaretes na Suíça – Incompreensível Para os Desinformados

Imigração e direitos humanos de todos imigrantes?  – SIM!
Países acolhedores colonizados pelos imigrantes?  – NÃO!

Foi este o voto expressado pelo povo suíço, contra as pretensões governamentais em que os eleitos pretendiam contrariar a vontade de quem os elegeu.

A questão de ser um partido da direita a fazer passar uma ideia sua num país que é um exemplo da mais avançada democracia moderna, não significa que o povo se tenha voltado para a direita, desprezando os benefícios democráticos que só a esquerda pode proporcionar: a igualdade entre todos os cidadãos, o que inclui a abolição das classes. No entanto, com a horrível e premeditada desinformação nacional – e também por um tanto de estupidez da parte dos desinformadores – ainda há quem não saiba porque é que o povo suíço tem sistematicamente recusado a adesão do país à União Europeia em cada referendo realizado aproximadamente de dois em dois anos. Há cerca de vinte anos que isto se passa e em Portugal ainda há quem não saiba o porquê.

É evidente que quem não tiver ainda compreendido estes princípios se mostrará surpreendido e consternado pelo voto do povo, aparentemente racista. Tal como os labregos dos desinformadores nacionais se confessaram ao darem a notícia. A prova de que o povo suíço não é assim tão lorpa sobressai em diversos comportamentos da vida quotidiana. Procuram comprar produtos nacionais para garantirem o emprego. Os chefes do pessoal das grandes e pequenas empresas dão trabalho a imigrantes evidentemente; os 20% de imigrantes não são sustentados com subsídios. Todavia, só dão trabalho a imigrantes desde que não encontrem um nacional que satisfaça as condições necessárias ao posto. Será racismo? Se o é, que será então o procedimento do Rui Rio?

Por mais de uma década que temos vindo constatando decisões dos governos, perfeitamente inadequadas, que só podem originar uma subida do racismo. Não se pode ajudar os imigrantes duma forma em que estes tenham muito mais vantagens, regalias e ajuda que os nacionais. De notar que as eleições para o parlamento português são a maior pantomina de falsidade anti-democrática: apenas os os poucos deputados das listas dos partidos são eleitos; a totalidade dos restantes não é eleita, mas escolhida pelas máfias oligárquicas partidárias. É esta fantochada que os jornaleiros canalhas e os bandos de políticos ladrões e corruptos nos querem impingir a ideia de que Portugal é uma democracia. Para cúmulo, a carneirada atrasada mental e inculta acredita e vota neles. Um autêntico paraíso para estas literais e verdadeiras seitas da máfia.

Qual é o papel e a mentalidade da população carneira em tudo isto? Será isto que lhes dá tanta auto-estima? Não será realmente um povo miserável e nojento que mais não merece do que os políticos e governos que tem? O ditado diz isso.

Uma atitude é tratar bem os imigrantes de acordo com os direitos humanos e dar-lhes as regalias e os direitos dos nacionais. Muito diferente disso é atribuir-lhes regalias e direitos superiores aos dos autóctones, deixá-los destruir a cultura, as tradições nacionais e os costumes, proibindo-os na ilusória e falsa pretensão de não melindrar os intrometedores, simultaneamente permitindo-lhes o contrário. Em qualquer país, os imigrantes têm obrigação de se assimilarem a fim de não prejudicarem a vida e os direitos dos nacionais, exactamente como os portugueses emigrados tiveram incontestavelmente que o fazer nos países que os acolheram. Se não querem, são livres de procurar outro lado ou país entre os que já tenham os seus usos e costumes, que não faltam.

Medidas semelhantes às tomadas pelo povo suíço, pelas demonstrações na Alemanha, na Inglaterra e noutros países mostram que algo está errado. Se não é isto, que será, então? A origem do desassossego civil em França tem outras origens, mas não tem deixado de ser agravada por medidas idênticas. Há várias décadas que a nacionalidade francesa, antes atribuída a qualquer um nascido em território francês, fosse país, colónia, barco ou avião, foi abolida. Presentemente, está em estudo uma nova lei para a restringir muito mais.

Tratar condignamente os imigrantes é uma coisa. Ser por eles colonizado é outra bem diferente e os políticos deveriam ter compreendido que não só estão a contrariar os desejos dos seus eleitores, como a criar um clima insustentável, mas favorável ao desenvolvimento do racismo, no que ele mentem dizendo pretender o contrário. Segundo o que se sabe e se observa Portugal não era um país racista, mas os políticos transformaram-no.

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28 de novembro de 2009

Comboios de Alta Velocidade Ultrapassados

Após mais de um ano de conversações para a sua junção, a British Airways e a Iberia chegaram a um acordo em 12 de Novembro, no intuito de travarem a queda de vendas relativamente à cada vez maior concorrência. A British Airways ficou com 55% do consórcio. Esta união ficará completa no decorrer de 2010.

Um dos planos que a nova associação tem no saco para angariar mais passageiros é o de novas tarifas de voos inter-cidades iguais às dos mesmos percursos ligados por via férrea. Propõem-se conquistar os actuais passageiros dos comboios de alta velocidade (CAV, em português – não sendo franceses não se compreende o uso de TGV).

Como os CAV espanhóis são do estado, tem-se levantado um grande susto para o governo quanto aos CAV que se prevê esvaziarem-se num futuro muito próximo, caso a concorrência com as companhias aéreas continue como se prevê. Com efeito, as tarifas aéreas tendem a descer mundialmente segundo a maior ou menor concorrência regional.

Em Portugal, o Partido Socialista (que não o é) e ainda aquele que se intitula falsamente como Social Democrata pretendem construir novas linhas para CAV (*). De admirar? Não, quando as novidades chegam a Portugal já são velhas e obsoletas por outras bandas. É o costume, mas não só.

É um novo problema, por si só de envergadura, a contrariar as ideias de políticos incapazes e irresponsáveis. Estes acontecimentos, num desenvolvimento natural da vida real, vêm tornar esses comboios obsoletos desde o início do projecto e garantir que jamais terão passageiros em número suficiente para os tornar rendáveis, caso a concorrência dentro do país venha a concretizar-se como nos outros. Todavia, a experiência e a junção à União Europeia dizem-nos que, mais cedo ou mais tarde, tal acabará por acontecer.

À parte este caso, existia até agora, efectivamente, uma ligação que poderia ter alguma justificação, a de Lisboa a Madrid, pela única razão que se tratava dum percurso mais longo, com cerca de 700Km e que, em continuação, ligaria de Madrid para outras cidade ou ainda para lá dos Pirenéus, para o resto da Europa. Outras ligações, com cerca de 300Km ou menos não têm qualquer justificação nem utilidade. Estas compreendem as linhas Lisboa – Porto, Porto – Galiza ou qualquer outra interna ou para Espanha.

Sobre a ligação Porto – Galiza, absolutamente injustificável, evidentemente que já ouvimos os oportunistas políticos tripeiros a culparem os governos de sempre se esquecerem do Porto, chegando ao exagero de declarar que em Lisboa havia muitas pontes e tão poucas no Porto. Porque chamarão então ao Porto a aldeia das pontes? Têm um eléctrico que alcunharam de metropolitano. É absolutamente igual aos eléctricos que vemos pelas cidades da Europa fora, linhas construídas durante as duas últimas décadas, após a desmobilização das linhas e material de circulação arcaicos como os de Lisboa. Foi uma excelente ideia, chamem o que chamarem a esse eléctrico. Nem se compreende que o mesmo não se faça na capital e noutras cidades. As pontes e este eléctrico não são de certo demasiados para o Porto, mas é injustificável que uma área com tão poucos habitantes por comparação à metrópole da capital, esteja melhor servida em transportes. Logicamente, um maior população necessita de maiores meios de transporte. A regra de três simples parece bem apropriada a casos deste tipo. Já alguém terá reparado que programas festivos, de artes ou outros do género que passem pelo Coliseu dos Recreios e pelo Coliseu do Porto são geralmente agendados para que as sessões sejam primeiro no Porto e só depois em Lisboa? Haverá outra explicação para além duma pobreza de espírito que se preocupa e regala com tais mesquinhices?

O problema aqui, é o mesmo em todo o país. Os políticos vigaristas e impostores, aproveitam-se da profunda ignorância geral da população, esta provocada pela desinformação anti-social para se fazerem aprovar precisamente pelos logrados que votam contra eles mesmos. No caso do Porto não desperdiçam a índole extremamente racista das gentes do canto litoral a norte do Douro, que querem fazer passar por bairrismo, uma forma mais moderada de racismo. O exemplo do êxito constatado com o pulha ordinário do Rui Rio na sua campanha de matar os pobres é flagrante e demonstra o enorme atraso mental de quem votou nele ou no Paulo Portas, que se deixam enganar como recém-nascidos. Como melhorar o país?

O governo prepara-se para ir para a frente com a ideia idiota que herdou directamente dos que a conceberam: o PSD. Diga-se o que se disser, é indiscutível que tal obra criaria riqueza e emprego no país. No entanto, a desproporção do projecto, a sua verdadeira inutilidade, o seu pesado custo e consequência futuras por falta de rendimento devido à sua desnecessidade, tornam a obra insuportável, obliterando qualquer vantagem actual pelos prejuízos futuros.

O governo – nenhum governo – tem o direito de contrariar os seus eleitores. Foi eleito para representar a vontade dos eleitores e não a de contra ela agir. Agindo contra ela, deixa de os representar, pelo que perde a sua legitimidade. A teimosia dum qualquer governo ou parlamento em agir contra a vontade dos eleitores não lhe acrescenta qualquer legitimidade, tira-lhe a que tinha. Nenhum deles pode convencer-nos agarrando-se teoricamente à sua eleição para justificar o injustificável.

Nestas circunstâncias não se compreende a relativa passividade patenteada pela falta de reacção em que nem se encontram petições para travar mais uma ruína futura para o país.

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(*) Esta afirmação sobre a ideia do PSD é correcta. A falta de atenção das pessoas e os costumados logro e falsidade gerados à volta do assunto pelo partido têm-no camuflado propositadamente a sua intenção. Embora ele o negue, não só foi o autor da ideia como a Manela Leiteira afirmou para quem quisesse ouvir que apenas estava suspensa. Isto parece ainda maior idiotice que a do PS. Se a sua construção se processasse durante a maior baixa da crise, criaria riqueza e emprego quando mais se necessitassem. Deixando-a para mais tarde, justifica-se muito menos a necessidade da dívida desnecessária que impreterivelmente acarretaria em qualquer altura. Outra «vira-casaca» do PSD foi a sua propaganda sobre o caso da avaliação dos professores durante as eleições; agora, virou de rumo.

Adenda:
No dia seguinte ao desta publicação, o Freitas do Amaral afirmou que o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça devia dar uma satisfação à população sobre a sua decisão de mandar destruir as escutas telefónicas. Que de mais normal, embora os arrogantes pedantes não crer ter obrigação de prestar contas ao seu soberano?

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23 de novembro de 2009

Nós portugueses somos…

Deparo muitas vezes com frases começando «os portugueses são… » e segue-se a referência a defeitos mais ou menos generalizados. Quando isso me aparece em e-mails ou em comentários respondo sempre «Não diga os portugueses são, diga nós portugueses somos». Assuma-se nesse momento como português que é e, se acha que há algo que, por não estar bem, necessita ser melhorado, faça o que puder, mesmo que lhe pareça muito pouco ou insignificante, porque é o somatório dos actos de cada um que faz a característica geral. Uma bonita tela é elaborada por milhares de pequenas pinceladas por toda ela sem descurar o mais escondido milímetro quadrado da sua superfície.

Vem isto a propósito da frase de Leon Tolstoi, "Se queres pintar o Universo, começa por pintar a tua Aldeia" que o meu amigo Joaquim Evónio utiliza na entrada da Varanda das Estrelícias, um blog de características invulgares a quem a comunidade lusófona muito deve.

Antes de procurarmos o cisco no olho do vizinho devemos retirar o argueiro do nosso. Devemos dar prioridade á qualidade para podermos conceder suporte de exemplo às nossas palavras e não nos limitarmos, como muitos políticos a falar de «tentativa de decapitação do Governo», «assassinato político». «homicídio de personalidade», etc, etc. apenas para obscurecer a capacidade de raciocínio e de discernimento das claques afectas ao seu partido inserido num campeonato em que nada mais conta do que a taça das próximas eleições.

É preciso, com determinação persistente e amor a Portugal, cada cidadão procure começar por limpar a sua testada, «pintar a sua rua», para em consequência resultar o Mundo todo limpo, todo pintado. Nós portugueses somos descuidados, desleixados, indiferentes, mas temos que individualmente e depois em grupo, ser interessados, esclarecidos, conviventes, participativos, colaborantes em tarefas positivas, construtivas, visando o bem comum, o engrandecimento de Portugal para melhoria da vida de todos nós

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12 de novembro de 2009

Bancos com lucros de milhões

Apesar da crise FINANCEIRA global, em Portugal os Bancos lucraram 1403 milhões até Setembro. Isto foi conseguido com redução de custos e oneração de clientes.
À cabeça, o Santander Totta foi o banco que obteve lucros mais elevados, ascendendo estes a 399,3 milhões de euros (mais 0,3% que no período homólogo).

Mas, apesar disso, ainda querem mais lucros, pretendendo criar uma taxa para a utilização do cartão multibanco.

Já há mais de dois anos nos posts Cartão multibanco explora o cidadão e Banca cria lucros explorando os clientes se alertava para as manobras tendentes ao aumento de lucros à custa dos clientes.

O cartão Multibanco é um exemplo típico da face mais exploradora das técnicas de Marketing: primeiro «impingiram» o cartão aos clientes, quase os obrigando a aceitar, porque isso iria reduzir o pessoal de atendimento ao público (diminuição de pessoal igual a redução de custos); depois de as pessoas se habituarem às vantagens do cartão apareceu a anuidade e, entretanto, para dificultar a fuga para a alternativa do cheque, aumentaram o preço deste; agora que as pessoas já aceitam a anuidade como normal, querem a taxa de utilização. E fazem tudo isto baseados na memória curta das pessoas que esquecem que o cartão apareceu para benefício do banco ao reduzir o pessoal em serviço nas agências.

E enquanto os bancos se banqueteiam com lucros de muitos milhões, continua no País muita gente com fome, muitos que eram remediados vão à sopa dos pobres, envergonhadamente, para não morrerem por desnutrição.

Já que os políticos não encaram as dificuldades crescentes que desta forma são impostas ao povo (porque delas beneficiam como têm mostrado notícias da CGD, CCP, BPN, BPP, etc.), deve cada cidadão pensar serenamente como deixar de ser explorado de forma tão sistemática e sem escrúpulos, de forma tão imune e impune, no bom estilo dos parasitas mais sugadores.

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7 de novembro de 2009

Corrupção. Será agora o combate?

A corrupção, usufruindo de impunidade, chegou a um grau que ultrapassou todos os limites imagináveis. O caso Face Oculta é, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, mais abrangente do que o Freeport, vai ser mais longo e a factura pode ser mais pesada para o partido do Governo. Enquanto o Freeport era um caso marcadamente personalizado e direccionado para uma figura do PS, o ‘Face Oculta’ envolve empresas públicas, antigos governantes e autarquias.

Fernando Ulrich, presidente do BPI, manifestou a sua preocupação pelo facto de as revelações sobre o processo 'Face Oculta', que por envolver várias empresas públicas, provocarem o "alastramento do clima de desconfiança nas pessoas e nas instituições ", prejudica toda a vida nacional. Em quem podemos confiar? Haverá alguém que mereça confiança? É urgente esclarecer o que se passou.

É urgente iniciar o combate a esta chaga social, sendo indispensável, segundo Fernando Negrão, começar por criminalizar o enriquecimento ilícito e fazer a inversão do ónus da prova. O País não suporta mais os casos de corrupção que se multiplicam. Os portugueses vão exigir legislação no combate à corrupção. Porém, há precauções a ter, pois as ingerências dos políticos na Justiça, condicionando erradamente o seu funcionamento, enfraquece-a e, por inerência, dificulta o combate à corrupção. Um executivo não pode dizer ao poder judicial como deve agir. Algo não está bem quando o partido rejeita as propostas dos partidos da Oposição e do próprio João Cravinho. Há que encarar seriamente a moldura penal do crime económico de modo a que possa ser aplicada a prisão preventiva como medida de coacção. É preciso reflectir sobre isso.

No entanto, é um bom sinal que na AR tenha havido consenso da oposição em bloco na necessidade de combater a corrupção e o enriquecimento ilícito, como foi manifestado por PSD, PCP e Bloco de Esquerda que vão apresentar projectos de lei, tendo o PCP já entregue o seu diploma.

Para efectuar um combate efectivo à corrupção, Manuel Alegre considerou que é preciso o "empenhamento de todos os poderes" do Estado. É sabido que está instalado na sociedade um sentimento de 'impunidade', o que exige, para o combate ser eficaz, que ninguém fique indiferente a este fenómeno. A urgência deste combate já ficou bem clara por João Cravinho e por Medina Carreira, mas o Governo manteve-se alheio.

Parece estarem reunidas condições para serem criadas medidas eficientes a fim de exterminar este cancro e de evitar que volte a aparecer. Para isso, importa que as vontades se concretizem em acções práticas, sem delongas nem subterfúgios que encubram pretextos de manter as fontes de enriquecimento ilícito através do tráfico de influências. Já aqui referi em posts casos de países em que têm sido condenados políticos , incluindo ex-presidentes do Estado. Há que ir além das intenções e das promessas.

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30 de outubro de 2009

PSD - Políticos Sensatos Desapareceram?

Neste espaço tenho procurado ter sempre em vista o interesse nacional e tudo o que o possa afectar positiva ou negativamente, evitando referir com pormenor casos concretos e isolados de interesses de partidos ou de pessoas. Focar palavras e actos com significado nacional, sem ferir minimamente pessoas, embora elas estejam por trás do pano de cena. Por outro lado, é frequente centrar a observação nos governantes por terem jurado cumprir com lealdade as suas funções, coisa que não é exigida à oposição, embora se espere dela que, com as suas críticas, sugestões e até com propostas formais, procure colaborar na melhor governação para benefício de Portugal.

Mas, neste momento, passa-se um facto já várias vezes, repetido no maior partido da oposição que, pelo seu significado e consequências no edifício partidário nacional, pelo seu enfraquecimento ou mesmo possível aniquilamento, pode acabar por lesar Portugal. Trata-se de uma força política que já foi um bloco unido e válido e que hoje, em vez de bloco basáltico, não passa de um monte de brita de granito, sem coesão, sem magnetismo que congregue todas as energias para o mesmo rumo. Tem falte de bússola. Nestes últimos anos o espectáculo tem sido degradante e os seus mentores ainda não aprenderam a lição.

Estão à procura de novo líder, sinal de mais uma confissão pública de que erraram na escolha que fizeram há bem pouco tempo. Mas esse erro já se tornou uma constante como referi, em 5 de Março de 2008, no post «Políticos ambiciosos e egoístas». Desde a saída de Durão Barroso, nenhum líder aqueceu o lugar. Santana Lopes foi afastado e foi eleito (supostamente o melhor!) Marques Mendes, mas pouco depois de se sentar na cadeira forças internas procuraram retirar-lhe o tapete. Não descansaram enquanto não o substituíram por Luís Filipe Menezes (supostamente desta vez escolheram o melhor!) que quase se não sentava na cadeira e a pouco tempo das legislativas, mandaram-no dar uma volta e elegeram (o que significa escolher o melhor!) Manuela Ferreira Leite que logo começou a ouvir palavras hostis dentro do partido numa altura em que este se devia mostrar de dureza e coesão basáltica, para enfrentar as eleições. O tal monte de brita não consegue tornar-se em bloco de rocha inquebrável!

Agora a fragmentação de opiniões e os interesses pessoais, egoístas, sem pensar no partido nem no País, manifesta-se com grande exuberância. De um lado há a manutenção dos vícios e manhas de que o partido, tal como toda a política nacional, enferma, querendo mais do mesmo e escolhendo um ex-líder que já passou pela provação de ter sido abatido depois de pouco tempo de cargo, quando foi substituído por Durão Barroso. De outro lado há um jovem bem intencionado, com vistas largas sem as manhas e os vícios da politiquice, sem ter ainda provado as tentações do enriquecimento ilícito e da corrupção, por isso com mais possibilidade para enfrentar os barões infecciosos que têm brincado às eleições internas para gozo pessoal e prejuízo do partido e do País.

Sem me prender com a cor de grupo do autor destas palavras “O PSD tem que olhar para a frente com esta perspectiva: se quer mais do mesmo e olhar para uma lógica de passado ou se quer apostar numa nova geração de ideias, de propostas e de pessoas”, julgo serem merecedoras de meditação e, por isso, as transcrevo.

Portugal precisa de substituir todos os políticos viciados no que de pior ameaça a nossa Democracia, como tem sido visto em vários processos judiciais mediáticos e operações de nomes sonantes. Para isso há que dar a vez a gente nova com mais capacidade para se orientar por escalas de valores éticos que têm sido ignorados, ou mesmo espezinhados torpemente.

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16 de outubro de 2009

Democracia à Portuguesa ou
A Antítese da Democracia

A confirmação de desentendimento entre os partidos para governarem o país, contrariamente ao que se passa nos países nórdicos, os mais democráticos, confirma e põe em evidência a ausência dos seus princípios democráticos, a má fé e a ganância na conquista dos tachos e direito ao roubo impune.

Estamos neste momento a assistir ao esforço do Sócrates em governar Portugal e as dificuldades encontradas de acordo com o parágrafo precedente.

O Sócrates foi talvez um dos piores primeiros-ministros no que respeita à arrogância que arvorou no seu governo anterior e consequentes decisões infundadas. Não é que outros não o tenham sido, todos têm sido arrogantes, só que uns disfarçam melhor que outros. Um dos exemplos mais funestos da sua arrogância é provavelmente a falta de diálogo com os professores, impondo regras desadequadas, enquanto requisitos mais importantes e aquilo por onde se devia ter começado foram descurados – o comportamento dos alunos e a qualidade do ensino para ser reconhecido pelos países avançados – passando a ser apenas uma ideia vaga. Outro exemplo foi a adopção dum inconcebível acordo sobre a língua portuguesa, em que tampouco houve uma única reunião com os escolásticos ou ditos mestres e sábios da língua.

Estes abusos da sua parte não significam que não esteja presentemente empenhado numa intenção de capacidade governativa dum estilo bem mais democrático que aquele que até agora prevaleceu em Portugal. A questão de estar honestamente (tanto quanto um político se possa considerar como honesto – honestidade, aqui, refere-se exclusivamente ao assunto em causa) empenhado numa governação democrática em lugar da fantochada do costume. Para sua conveniência? Provavelmente, mas que a realizar-se abre novos caminhos, regras e oportunidades muito mais democráticas para o país.

Tem sido este um ponto sempre defendido nestes blogs, sustentado por um grande número de posts e há anos “martelado” no Site da Mentira. Não se pode mudar de ideias apenas por relativa simpatia ou antipatia por quem agora as arvore. Quem quer que critique apenas por sistema ou fundamentalismo partidário (como com o futebol), sem jamais reconhecer o que estiver bem, não merece o mínimo crédito. É o que a Manela Leiteira fez e que em parte foi reconhecido pela população, pois que mesmo com o enorme descontentamento pelo governo, o seu partido perdeu em toda a linha em ambas as eleições. Disse ela e os seus acólitos que saíram vencedores, mas os números falam mais alto e contrariam-nos.

A possibilidade de que o Sócrates esteja honestamente (honestamente sempre no sentido citado) a optar por um sistema mais democrático e dos de mais alto interesse para o país – pois que diferentemente de outros só pode existir numa democracia – também não implica que de futuro não possa vir a cometer outros crimes políticos idênticos aos que já praticou.

Há, porém, que notar que os políticos portugueses são uma corja de vigaristas e ladrões (vigaristas por vigarizarem os eleitores, ladrões por roubarem o estado), oportunistas que apenas pensam em se servirem do estado para satisfazerem os seus interesses. Jamais eles governam no interesse nacional. Estejamos bem cientes da realidade. As provas são infinitas e conhecidas de todos, começando pelo assalto aos postos da administração pública, a todos os níveis, pela escória de parasitas, militantes e amigos, grandes e pequenos, a cada mudança de partido no governo.

Os políticos portugueses são demasiado animalescos, vis e ladrões, interesseiros e falsos para estarem preparados para o tipo de governação aqui em causa. Não têm formação democrática, mas de ladrões e de vigaristas. Não se interessam pela defesa dos interesses nacionais por estes não corresponderem aos seus. Pelo seu comportamento, por muito que isto se repita nunca é de mais. Os partidos assaltam literalmente os governos para roubarem o estado, único interesse e alvo dos políticos.

Nestas condições não se podem fazer muitas ilusões sobre o que se deve passar num futuro próximo se o povo não correr com eles, a bem ou a mal. De lembrar que coligações com partidos que adoptam leis anti-sociais não podem interessar, ainda menos nesta altura.

Já ouvimos dizer que em lugar de colaborar no governo preferem fazer uma «oposição responsável». Para quem não emprenhe pelos ouvidos isto é uma confissão de declaração de guerra. «Os portugueses que se lixem, o que queremos é reconquistar os tachos.» Dificilmente estas declarações poderiam ser mais claras.

Outro disse que «se um governo propõe coligações com todos os partidos com ideias opostas está mais interessado em continuar no governo que no país…» Outra confissão, além de que se trata duma frase 200% anti-democrática face à realidade política constatada nos países que são exemplos de democracia. Vindo de quem vem, o Portas Judas, não é inesperado. Nada do género nos pode admirar vindo dum indivíduo da pior espécie de burlões, cuja táctica tradicional tem sido só e apenas vinculada pelo baixo instinto de enganar os mais pobres a fim de que com os seus votos ele os possa roubar para dar aos que mais têm.

A imaturidade e ingenuidade política dum povo atrasado e ignorante, mas que se crê sabedor e espertalhão, permitem que tais procedimentos possam frutificar. São cidadãos sérios, honestos e honrados, que protestam quererem políticos de confiança. Por isso que elegem criminosos condenados e democráticos que afirmam que »ética e política nada têm a ver uma com a outra».

Conhecemos também as idiotices dos outros dois partidos de esquerda, ditadas por interesses semelhantes: os interesses do país não correspondem aos seus. Juram o contrário. Ou melhor, perjuram, porque na ocasião de o provarem tomam outra direcção.

Os partidos que não são governo têm responsabilidades políticas: recebem dinheiro do estado. Não são apenas oposição, e têm o dever de colaborar na governação por intermédio do parlamento. Se não o querem fazer, mas apenas receber os Euros, estão a roubar o estado. Que se vão embora.

As eleições devem ser aceites, quer se concorde, quer não, inclusivamente e sobretudo pelos partidos. Os partidos devem colaborar em qualquer governo no interesse nacional. Sempre. A vontade do povo tem que ser respeitada, esteja ela certa ou errada, bem ou mal. Caso edificativo se passa actualmente na Venezuela: o procedimento do Hugo Chavez pode ser extremamente criticável, mas é aquele que os venezuelanos escolhem e aprovam. Para se fazerem escolhas acertadas e defenderem os seus próprios interesses, a cultura é necessária e imprescindível. Foi como se passou e continua a passar-se nos países nórdicos.

O que se passa actualmente com o partido socialista no governo passar-se-ia igualmente se fosse outro, nem se tenham ilusões. O problema não está nem nunca esteve nos partidos, todos eles necessários numa democracia, mas unicamente na corja mafiosa que os compõe, o que impede infalivelmente a existência de uma democracia. Portugal não é nem pode ser uma democracia. Só um ignorante, um atrasado mental ou papagaio o podem afirmar. A demonstração do atraso, ignorância e estupidez geral nacionais, que entregam a populaça nas mãos dos políticos sem escrúpulos ficou amplamente demonstrada no post anterior intitulado Judas.

Por demais, a constituição é uma esterqueira que permite tudo o que se passa e muito mais; dir-se-ia um manual para trapaceiros e burlões. A justiça, composta por gente que cresceu com eles e frequentou as mesmas escolas, só pode ter o mesmo crédito. Juízes que fazem greves como funcionários e que como eles exigem direitos semelhantes! Onde se viu? Outro bando de rascas arrogantes.

Que podemos esperar destes destruidores do país em nome dos seus interesses próprios? Nada de bom para Portugal, disso não restam dúvidas. Os tachos e a inveja dominam toda essa canalha abjecta. Em lugar de defenderem os interesses nacionais e aproveitarem a ocasião do momento para mostrarem algum civismo e procederem um pouco mais honestamente, à semelhança dos países democráticos que deveriam copiar, demonstram rancor por não poderem também roubar, defendendo unicamente as suas oligarquias de formação puramente mafiosa.

Que consideração merece esta cambada com tão baixos instintos, malvados mal-intencionados, ladrões e vigaristas, que lançou Portugal numa profunda crise sem fim da qual só com muita sorte e bons governos poderá sair num meio século? Fabricaram a miséria nacional, inventaram escolas cujos cursos importantes não são reconhecidos em países avançados. Nenhum partido jamais fomentou e manteve qualquer programa para o desenvolvimento cultural da população, mantendo-a num atraso incomensurável. Acabe-se com esta canalha. Corra-se com os ladrões, burlões e vigaristas que nos espoliam e nos gozam. Exija-se prestação de contas, domem-se as bestas. Se a bem não for viável, então que seja a mal. Deste modo é que não se pode continuar.

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14 de outubro de 2009

Maitê Proença, vergonhosa

Gosto de chamar a atenção para algo que considere necessário melhorar, mas sem ofender as pessoas na sua qualidade com defeitos e virtudes, como seres humanos. Tenho respeito por todo o ser vivo e seria incapaz de ofender os brasileiros ou os naturais de qualquer país. Mas não posso deixar de verberar a insensatez e a maldade viperina desta pessoa que veio a Portugal colocar muito mal vistos os nossos amigos brasileiros, porque os portugueses menos informados não deixarão de ceder à tentação de generalizar. Esta pessoa merece ser socialmente criticada no seu País e proibida de entrar em Portugal.
Transcrevo o post colocado por Ana Martins no Sempre Jovens.

Maitê Proença. Vejam o vídeo e divulguem por favor

A todos os leitores, amigos e visitantes deste espaço quero aqui formalizar a minha indignação pela atitude da actriz brasileira Maitê Proença, aquando da visita dela a Portugal.
Maitê Proença não se poupou a esforços para ridicularizar Portugal e portugueses, mas na verdade só demonstrou a sua total ignorância e ridícula foi ela.

Ana Martins

Segue-se o texto recebido por e-mail

Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=1GCAnuZD7bk

Este vídeo foi para o ar no programa Saia Justa. A actriz (?) e escritora (?) Maitê Proença estava em Portugal por causa de uma peça teatral e aproveitou o seu momentos de horas vagas (?) para fazer algumas imagens para o quadro do semanal do canal GNT. A pergunta é: como isso foi para o ar? O tema? Aquele mesmo assunto pobre de sempre: gozar com os portugueses. Como isso ainda não basta, ela terminou o vídeo cuspindo. A pergunta é novamente: para quê? Será um laboratório para ela ser “o próximo chafariz” da nova novela da TV Record?

Todo o vídeo é uma ofensa a Portugal e aos portugueses. Começa por ir a Sintra para mostrar uma porta de uma casa aparentemente comum com o 3 virado para a direita e, sem perceber o significado esotérico, zoa com os portugueses, pois diz que aquilo demonstra que está em Portugal - os caras nem sabem colocar direito um algarismo numa porta! Só vai a Sintra, que tem imensos monumentos, castelos e palácios, para gozar com aquilo.

Depois goza com o Tejo ser, para os portugueses, o mar, quando na realidade ela está junto ao Estuário do Tejo, onde o rio desagua no mar e ambos se confundem. Fala também no Salazar, de que ela não sabe nada, imaginando que, por ter sido um ditador, foi igual a Hitler ou a Mussolini. Goza com o túmulo de Camões, com o estilo arquitectónico manuelino, enfatisando o Manuel, nome injuriado no Brasil nas piadas de português e fala também no episódio no Hotel com o seu PC, quando o Hotel tem áreas de Internet e se tinha problemas com o seu Computador pessoal, deveria usar o equipamento disponível no Hotel para os clientes. O Hotel não tem obrigação de reparar os equipamentos pessoais dos clientes, sejam PC's ou carros ou máquinas de barbear ou sei lá o quê.

Eu acho que ela vai ter muita vergonha quando souber das reacções dos portugueses ao vídeo e vai pensar duas vezes antes de voltar a falar do país e dos seus habitantes. Infame, só revelou ignorância e rancor, talvez dor de cotovelo.

Enfim... vejam o vídeo e, por favor, divulguem:

http://www.youtube.com/watch?v=1GCAnuZD7bk
Publicada por Ana Martins

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11 de outubro de 2009

Judas

A maior prova da imaturidade política e deficiência na mentalidade da população portuguesa em geral, foi talvez a patenteada nestas últimas eleições parlamentares.

A sua ignorância política é tal que cai com a maior das facilidades nas armadilhas de políticos sem escrúpulos. Conhecendo-o, estes não deixam de aproveitar as ocasiões, tirando delas o maior proveito, impossível em qualquer país de não iletrados políticos em massa.

Populações menos ignorantes noutros países sabem a diferença entre as ideologias de base dos partidos, mas em Portugal, nem isso se enxerga. Não pode, todavia, deixar de se lembrar a movimentação verificada nas linhas de orientação dos partidos ao longo das últimas décadas. No entanto, não têm sido tão grandes a ponto de mudarem de pólo. Este assunto é abordado noutro post.

Um facto é, porém, bem claro e tem ficado inalterável através dos séculos. Embora os nomes direita, centro e esquerda sejam relativamente modernos, pois que datam da Revolução Francesa, o conceito sempre existiu (veja-se aqui o que também complementa este post).

Em princípio, a direita defende os direitos feudais e a supremacia dos mis ricos (no passado, os donos das terras), enquanto a esquerda defende os direitos humanos dos mais pobres e desprotegidos (no passado, os servos dos donos da terra).

Em países onde a pobreza é menor do que a da actual população nacional, compreende-se que essas gentes não se sintam tão agredidas pela miséria que conseguiram mais ou menos extirpa das suas casas, das suas vidas e dos seus países. Também é natural que já não sintam a tão grande necessidade de outrora em se defenderem contra os que não os exploram tanto como em Portugal. Cá, por contra, onde a miséria é muito mais abrangente e profunda, abarcando uma muito mais extensa parte da população, esta necessita de muito mais e eficientes medidas contra os que a exploram do que nesses países de costumes mais humanitários já estabelecidos e enraizados.

Como compreender, pois, que o CDS – o partido da direita que mais defende os mais ricos nas suas intenções de extorquir o dinheiro dos mais pobres para com ele se engordar mediante o aumento da miséria dos últimos – consiga um aumento de votos numa altura de maior miséria? É e nem pode ser outra coisa senão um voto suicidário, resultante da sua ignorância e consequente estupidez. (Como disse e explicou Victor Hugo: A ignorância é a mãe da estupidez.)

O procedimento do Paulo Portas só pode ser comparado ao do Judas bíblico. Nem as suas investidas às feiras e mercados têm outra intenção que não seja a de literalmente enganar, vigarizar e burlar os pobres ignorantes para lhes roubar os votos e em seguida o dinheiro e as poucas ajudas sociais proporcionadas aos mais pobres. Aos que espolia dá beijos de Judas.

As suas ideias são do conservadorismo mais arreigado. As suas propostas contrariam radicalmente as normas que fizeram avançar os países europeus mais desenvolvidos financeira e socialmente. Quando neles busca exemplos, esses exemplos existem em condições opostas àquelas que Portugal vive. Delas fazem parte o combate contra a criminalidade e o Rendimento Social de Inserção. Neste último há efectivamente problemas na sua atribuição em Portugal, mas ele encobre-os para empurrar as suas ideias contra os mais pobres.

É certamente verdade que entre os que desfrutam desta pequena ajuda há uma percentagem que a ela não deviam ter direito, mas se isso acontece é por mera culpa dos assistentes sociais e outros funcionários que fizeram mal o trabalho por pertencerem ao enorme grupo de calões que vivem, eles, à conta do Estado. Não merecem metade dos ordenados que auferem e fazem greves de alarves. Neste caso, o que o Paulo deveria dizer era que expulsassem esses parasitas e os substituíssem por desempregados mais zelosos no seu trabalho.

Porém, não é esta a sua ideia para corrigir o que está mal, mas a de se aproveitar do problema – escondendo-lhe a causa – para tentar impor uma maior miséria aos que já a têm de sobejo. Pode assim pedir a diminuição dos impostos, por exemplo, o que deveria agradar aos que mais têm, pois que são eles quem mais contribui. Todos sabemos que em todo o mundo é nos países europeus nórdicos, mais democratas e solidariamente sociais, onde os impostos são de longe os mais pesados. De algum lado tem que vir o dinheiro: pagam-no os mais ricos.

O raciocínio do Paulo Portas é mais do que simples: é o duma direita não honesta mas abusadora e anti-democrática. Só que, a imaturidade política e a ignorância infligida por uma desinformação geral, impede os eleitores de o reconhecerem. Ele não deixa de se aproveitar para os poder roubar e dar aos mais ricos. Consegue assim os votos dos dois lados: os dos genuinamente interessados e os dos logrados suicidários.

Outro caso expressivo é o do Rui Rio, que com mais de 55.000 pessoas a viverem graças ao mesmo subsídio, ou seja, de longe a maior percentagem nacional (muito mais de 10% da nacional, assim como da população da cidade), consegue enganar os eleitores lorpas e ir à frente das intenções de voto. De veras expressivo.

Devido à estupidez geral dos mais pobres, por falta de instrução, de conhecimentos e à desinformação permanente de que a banda dos pulhas jornaleiros é responsável, são presa fácil e lorpas crentes, carneiros que lambem a mão do carrasco que os sangra.

Próprio de qualquer país do terceiro mundo e de falsa democracia é também o tempo consagrado pela televisão aos relatos de imposturas dos políticos. Afinal, o que se pretende para se votar em consciência, não é a guerra partidária pela conquista do tacho, coisa que só a eles interessa e que deveria ser eliminada. O que interessa é conhecer os seus planos de governação e projectos, aquilo que farão por ou contra nós. O resto é lixo mal cheiroso que não nos deviam atirar para cima.

Acabe-se com um dos maiores impulsionadores da corrida ao tacho. A corrupção autorizada e impune, começando pelo impedimento de que os partidos do governo roubem uma enorme parte dos empregos administrativos aos cidadãos competentes. Atrasam assim cada vez mais a reestruturação dos serviços do estado, mantendo uma burocracia que é uma fonte de corrupção e de estagnação.

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1 de outubro de 2009

O Discurso Destabilizador do Presidente

Cavaco e Silva falou à nação há dois dias. Da maneira como falou e sobre o que disse, de certo julgava estar a pregar aos peixes.

Não se compreende a sua mentalidade. Escondeu o que deveria ter logo dito na ocasião. Não disse uma palavra sobre aquilo que deveria ter falado. Falou à população como se estivesse a falar a jornalistas. Mas que fantochada foi esta? Qual a seriedade de tal pessoa, que devia estar acima da de todos? Que confiança e respeito nos merece quem assim nos fala? Se não foi para nos enganar, então para que foi?

Conta-nos admirações suas completamente despropositadas, como aquela sobre a falta segurança sobre o seu sistema informático e de comunicações e do e-mail “hacked”. Quem se admira, sabendo-se que um adolescente conseguiu entrar vezes sem conta no sistema de comunicações computorizado do Pentágono, o mais bem protegido do mundo? Era a sua admiração um logro ou sincera. É que se era sincera, ele deve viver num outro mundo.

O PM sempre tinha razão ao dizer que o caso das escutas era um «disparate de Verão». Chegou até ao Outono e frutificou com as palavras desarrazoadas do presidente porque este não falou na devida altura e construiu uma montanha que ao fim de tanto atraso pariu um rato.

Um discurso ao país tão ridículo e desorientado nem teria sido feito por um Presidente da República da Bananas. Falou do que não interessava e foi um peixe para o que era (e continua a ser) o âmago da questão. Desculpou o seu pessoal e um jornal apoiante do seu partido.

Em lugar de serem fonte de estabilidade, as suas palavras perturbaram, geraram instabilidade no país e insegurança na população.

Enfim, o mais óbvio a concluir pelas suas afirmações é que o caso das escutas, tal como foi abordado e por ele abafado, vistas as consequências possíveis teria sido um golpe do PSD para ganhar as eleições, pois que lançou pesadas suspeitas sobre o governo no momento em que mais prejudicaria o PS. Teremos um presidente indigno que tenta ajudar o seu partido com alcovitices e suspenses quixotescos?

Afinal, o presidente não tem conselheiros pagos pelos mesmos pacóvios que lhe pagam três reformas chorudas? Que fazem esses indivíduos que o aconselham a tamanhas barbaridades e a contar historietas ridículas que só o desprestigiam e fazem dele um bobo? É a sua segunda alocução em que fala e não diz nada de interesse. Ou o interesse está escondido, afogado em partidarismo deslocado.

A sua eleição foi um erro só possível devido à cobardice, estupidez e desmemorização de atrasados dos seus eleitores que elegeram o seu próprio carrasco – o coveiro de Portugal, termo pela primeira vez usado nestes blogs e desastrosamente copiado pela Manela Leiteira –, tal como foi amplamente mencionado na altura. No entanto, esperava-se que tivesse mais senso e não se contrariasse de forma tão evidente. Fala todo o tempo em estabilidade e dá-nos destas.

Este post não foi publicado logo após o seu discurso porque devíamos escutar os vários comentadores que ouvimos, mas todos chegam a conclusões semelhantes.

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28 de setembro de 2009

Resultados das Eleições

Este blog nunca pretendeu influenciar as votações, limitando-se a dizer a verdade sobre os «concorrentes» e a recomendar o voto útil nos pequenos partidos, como explicado no post imediatamente anterior.

De acordo com o observado, a vitória do PS era mais que previsível, tendo em consideração as recentes medidas de carácter social que fizeram os eleitores esquecer-se das medidas anti-sociais precedentes, que incluíram uma extorsão de mais 33% de impostos cobrados aos reformados, entre outras boas obras. Pior que tudo, não resolveu o caso de insolvência da Segurança Social e da Saúde, deixando-a em aberto e ao gosto do próximo governo. Imprudente, imprevisão e incapacidade em governar. A margem de ganho do partido teria sido consideravelmente superior se não tivessem espantado os professores, tradicionalmente votando no PS, na sua maioria.

O PSD, inicialmente em queda livre, menos por sua causa do que devido às políticas do governo, que se limitou em pôr as suas ideias em prática, perdeu o pio, ficou sem argumentação e teve que contradizer todas as suas ideias precedentes, visto estas terem sido concretizadas pelo governo. Sub-repticiamente, a Manela ainda disse à socapa que iria avançar com o projecto do comboio a alta velocidade na sua (então, já apenas talvez) segunda legislatura. O Sócrates encolheu o rabo quanto à sua arrogância, o que lhe melhorou a actuação, enquanto ela apostou forte na maledicência, qualidade tão querida e aceite pela falta de civismo nacional. A sua arrogância também não a podia favorecer, pois que disso estavam os portugueses fartos da parte dele. Ainda assim, o resultado final do partido foi muito superior ao que seria de esperar, fossem os eleitores menos atrasados. Aliás, recordemos que todo o marketing político sujo da Manela se baseou sobre essa certeza: o atraso mental, a falta de civismo e a desinformação da populaça em geral. Não esquecer também que, ainda que ligeiramente, a Manela foi favorecida por ser mulher. A fuga do partido para a direita, justamente lembrada pelo Sócrates, também impediu o PSD de sacar mais votos à esquerda. De recordar que o partido subiu relativamente às eleições anteriores e que se não subiu mais foi por causa da Leiteira.

O Louçã do BE esforçou-se por meter a foice em seara alheia (não foi o único) e também numa maledicência, todavia num modo menos criticável do que o arrogante e sujo da Manela. Não mostrou arrogância e soube aproveitar os descontentes que anteriormente tinham votado no PS. Mesmo assim não teve muito êxito.

O Paulinho, o vigarista mestre de serviço de sempre, foi de certo aquele que mais procurou meter a foice em seara alheia do modo mais baixo e mais porco. O sabujo passou o tempo a enganar e a gozar os mais pobres, convencendo-os a votar contra eles mesmos. Só em Portugal a população mais pobre está tão embrutecida (os outros pouco menos) que pode ser persuadida a votar ser explorada pelos mais ricos, porque é isso a base da existência dos partidos mais à direita: tirar aos que menos têm para dar aos que mais têm. Quando o partido esteve no governo assassinou um grande número de pobres por intermédio da Santa Casa da Misericórdia, por ordem da então cruel provedora Mizé das Nozes Pintainho, que cortou as ajudas de emergência e para medicamentos e reduziu todas as outras por metade. Foi a solução desse governo para diminuir a crise e reduzir o deficit. Os portugueses são estúpidos e já o esqueceram, ou corroboram os assassínios em série? Valendo-se da insegurança, em lugar de professar métodos humanitários para a resolver o Paulinho andou por aí a assustar o pessoal. Valendo-se da incapacidade, mândria e irresponsabilidade dos funcionários e dos assistentes sociais que têm atribuído o Rendimento de Reinserção à toa e sem a discriminação que se impõe, em lugar de exigir a correcção do erro e a expulsão dos culpados, o malandreco espertalhão propôs reduzir ou eliminar essa ajuda essencial num país com tanta gente a passar fome. Para dar mais aos que já têm, evidentemente. Que infâmia impensável para os antigos alunos do Colégio S. João de Brito, tais como os filhos do General Norton de Matos, os D'Orey, os Pignatelis e tantos outros mais honestos. A ovelha ranhosa do Colégio. Note-se que até ambos os nomes adoptados pelo seu partido são autênticos embustes do tipo atrappe-nigauds (caça-parrecos). Só a burla, literalmente, lhe conseguiu aumentar os resultados. Num país de tão grande miséria, os mais pobres (a grande maioria) só podem votar nesta direita se forem masoquistas e pretenderem aumentar a sua própria miséria ou se forem completamente desmiolados. O resultado do CDS é a melhor prova da imaturidade política que as oligarquias não desperdiçam. Nem sabem em quem votam, vão atrás de qualquer balela que lhes contem. Se estivéssemos num país rico esta conclusão não seria bem a mesma, evidentemente.

O PC foi de certo o grande perdedor. Não por culpa sua, mas por todos tentarem extorquir-lhe os eleitores, o crescimento do BE e até mesmo o CDS o partido contra o povo!

Os governos corruptos nacionais surgem das lutas facciosas das oligarquias pelo poder mafioso. Há, contudo, factos de mais alto interesse nacional do que as eleições e que não devem ser preteridos, pois que são perenes e válidos para qualquer que seja o governo. A corrupção não é atributo dum só partido, mas característica geral da vida política nacional. Os partidos não querem governar para servir o país, mas para o roubarem e dele se servirem, enriquecendo facilmente à custa da pobreza nacional. Se pelo menos fizessem progredir o país em lugar do recuo que lhe impõem, não teriam desculpa pelo seu modus vivendi, mas cumpririam uma pequena parte das suas funções. Ora isso não acontece e todos os deputados menos um mostraram ser canalhas, ladrões e vigaristas ao votarem a lei sobre o financiamento dos partidos. O Porco em Pé do PSD, que grunhe, guincha, gesticula e foi para o Parlamento Europeu, berrou a plenos pulmões que ética e política são coisas diferentes. Reconheça-se-lhe a coragem em confessá-lo e o arrojo em vomitar essa afronte à nação.

Não podemos continuar a ser roubados e vigarizados deste modo.

A jamais esquecer. Qualquer que seja o governo, impõe-se um referendo para a construção de linhas de comboio a alta velocidade e para qualquer reforma dos sistemas de Segurança Social e de Saúde. São assuntos de interesse universal e que não podem ser decididos contra nós. Para fazer progredir o país torna-se indispensável uma reforma da Administração Pública, expulsando dela todos os parasitas. Tanto os militantes dos partidos que se apoderam dela e a paralisam pela sua incompetência, em vez dos lugares serem postos a concurso como em qualquer outro país, como os próprios funcionários que se constituíram num bando de calões incompetentes, actualmente incapazes te tratarem de qualquer assunto sem que cometam uma enxurrada de erros. Idem com os magistrados e juízes. As interferências dos políticos não podem desculpá-los pela sua arrogante incapacidade, não se misturem.

Por último, após a contagem dos votos, ouvimos os animais jornaleiros (sem ofensa para os primeiros) dizerem-nos que o governo só poderia ser constituído pelo PS mais o CDS, porque com os outros partidos da esquerda não perfazia o número de deputados necessários a uma maioria parlamentar. Ou seja, não querem admitir que possa haver coligações de três ou mais partidos. Não é querer estupidificar-nos, sabendo nós que na Finlândia, por exemplo, em fins da década de 1990 houve um governo constituído por uma coligação de 14 (catorze) partidos? Aliás, trata-se de acontecimentos comuns nos países nórdicos. São democracias e não paródias delas dirigidas por máfias. Porque no-lo escondem?

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26 de setembro de 2009

Um Voto Mais Democrático

Não, se é mais democrático não pode ser em Portugal. Por vários motivos, dos quais os principais são os mencionados nos dois parágrafos seguintes.

As pessoas não têm cultura democrática. Desde que voltaram a poder votar em quem quisessem julgaram logo que já sabiam tudo e que sempre o souberam, mas só não o puderam fazer. Que obtiveram imediatamente a mesma prática dos que cresceram em famílias de gerações democráticas.

Por mais que o afirmem, a constituição não é democrática, pois que os governos formados em consequência das eleições não representam os resultados dos escrutínios. Portanto, também não representam a vontade dos eleitores. Basta uma simples conta para nos apercebermos da diferença da democracia entre os países mais democráticos e a nossa pseudo-democracia. Nesses países, os governos são compostos pelos eleitos de todos os partidos na sua proporção segundo as regras, como no parlamento nacional. Cá, como o partido que forma governo é geralmente eleito com aproximadamente 40% dos votos, os restantes cerca de 60% vão directamente para o lixo. No caso do governo se coligar pode fazê-lo com quem quiser e não com os que acumularam mais votos. É isto a pseudo-democracia portuguesa. Os governos representam apenas uma minoria dos eleitores (cerca de 40%), ou seja, são formados contra a vontade duma maioria de eleitores de cerca de 60%. Não representam os eleitores, não têm representação nacional. É uma constatação real e irrefutável duma palhaçada que alcunham de democracia representativa. Afirmação que, logicamente, só pode ter por trás os interesses obscuros anti-democráticos.

Na altura destas eleições, o voto útil, não para a cambada oligárquica mas para nós, só pode ser num pequeno partido e continuar assim a fazê-lo no futuro. Existe um número suficiente para praticamente todos os gostos, tanto à esquerda como à direita. Uma democracia não pode ser polarizada, nem entregar os destinos sempre aos mesmos, nem deixar uma parte dos interesses individuais e nacionais da população sem representação. A distribuição dos votos é uma das condições para a existência duma democracia. A julgar pelos resultados, o exemplo dos EUA é de longe a evitar. As maiorias governamentais e parlamentares são a evitar e aproximam qualquer regime duma ditadura arrogante.

O controlo dos políticos deve ser processado pelos eleitores, pela população e não por eles mesmos, o que é ridículo e desastroso, como se conhece por experiência. Contribui eficientemente para evitar o compadrio e a corrupção. Previne que os actos dos políticos sejam contra os desejos da população.

Um voto mais democrático, como refere o título do presente artigo é também aquele em uso na Alemanha e lá usado nas eleições deste domingo. O método está explicado num blog vizinho, onde se pode ler a descrição. Cá, seria inconcebível, pois que isso limitaria a liberdade dos partidos para substituírem os votados pelos seus barões e diminuiria o tráfico de interesses ilícitos e obscuros.

Como de costume, raros são os que conhecem factos semelhantes de inegável interesse geral. Como de costume também, a culpa não recai apenas na corrupção mafiosa das oligarquias políticas que o ocultam por interesse próprio, contra o interesse da população: é por elas partilhada com a jornaleirada que, na realidade, de nada serve senão para nos desinformar e fazer scoops diários, frequentemente sobre falsidades, como os da gripe A, há meses provado ser de longe mais benigna que a gripe comum sazonal. Aqui, também, os políticos não têm perdido a ocasião para se aproveitaremm tirando partido da desorientação provocada pelas historietas aldrabadas pela jornaleirada.

A não esquecer. Qualquer que seja o governo, impõe-se um referendo para a construção de linhas de comboio a alta velocidade e para qualquer reforma dos sistemas de Segurança Social e de Saúde. Para fazer progredir o país torna-se indispensável uma reforma da Administração do Estado, expulsando dela todos os parasitas. Tanto os militantes dos partidos que se apoderam dela e a paralisam pela sua incompetência, como os próprios funcionários que se constituíram num bando de calões incompetentes, actualmente incapazes te tratarem de qualquer assunto sem que cometam uma enchurrada de erros. Idem com os magistrados e juízes. As interferências dos políticos não podem desculpá-los pela sua arrogante incapacidade, não se misturem.

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A Grande Fantochada

A estupidez dos portugueses cresce a olhos vistos com o emprenharem pelos ouvidos. A pouco e pouco, até aqueles que aconselhavam o voto em branco ou apoiavam a Democracia Directa – movimento condenado à morte devido à falta de consciência, discernimento e inteligência nacional – aconselham agora a saber escolher em quem se deve votar! Será possível ser-se mais idiota?

A prova da idiotice não surgiu com as eleições. Há muito que os mesmos se esforçam por a demonstrar. O lixo que espalham pelas caixas de correio não é novo, só o género mudou por uns tempos. Não fazem como em todo o mundo, escrevendo as suas ideias num blog lido por quem o desejar. Compraram um computador e acreditaram pia e tolamente ser um brinquedo cuja única utilidade era a de lhes permitir impingir as suas ideias deformadas a quem quer que fosse. Pensam que isso é comunicar sem jamais terem estabelecido relações de comunicação com gente de outros países. Tampouco vão ver o que se passa na imprensa internacional e continuam a ignorar tudo o que a jornaleirada esconde. Não se interessam em conhecer e aprender o que quer que seja sobre o mundo em que vivem. O computador, para a maioria dos portugueses não passa dum instrumento para incomodar os outros com as suas idiotices diárias que pretendem embutir nos seus semelhantes. Em conjunto com os brasileiros deve ser um caso único mundial. Único no atraso, como sempre. Povos embrutecidos que se vedam qualquer avanço, tal como o provam repetidamente nas urnas. Têm o que merecem, aquilo por que votam e, sobretudo, o que aceitam.

O português típico de hoje propenso a criticar tanto o que está mal como bem, mas incapaz de tomar qualquer acção (só bla-bla-bla); em apoiar o que está mal sem ser capaz de usar o seu cérebro raquítico. É presa fácil do marketing político (ou não) sem escrúpulos. Vive na cauda de tudo, como merece.

Para nos darem estes conselhos de mentecaptos, enchem-nos as caixas de e-mail com lixo podre contendo múltiplos exemplos. Só que, pobres aldrabões baratos, os exemplos de cada e-mail individual só pesam para um lado quando o mal este em todos. São mal dizentes, têm esse valor. Lógico que para quem quisesse votar sem ser em branco, o melhor seria fazê-lo sem ser instruido por vigaristas obtusos.

Nos dias que se vivem não há partido isento de criminalidade política que por vezes atinge o próprio crime de sangue ou equivalente (como o Cavaco ou o Sócrates). O mal não está nos partidos, pedras basilares para o jogo da democracia – quando ela existe e não é apenas aparente, como em Portugal –, mas nos que os compõem, os criminosos que só merecem ser corridos e presos. Que credibilidade atribuir a quem critique uma parte deles e dê carta-branca aos restantes assassinos? Que conselhos, pois, nos podem dar esses hipócritas com as baboseiras que nos escrevem? Quem lhes pede a opinião? Contudo, as críticas falsas, quer dum lado quer doutro, são bem fáceis de distinguir.

Estas eleições, mais do que a corrupção, a maledicência e o vale tudo na luta pelo tacho imerecido dos burlões políticos, patenteiam o estado mental da população nacional.

Por outro lado, recebemos uma incrível desinformação constante pela parte jornaleirista. Quem quer que o desconheça, saiba que à parte a segunda estrumeira maior da União Europeia a seguir à nossa, o nosso vizinho indesejável e selvagem, nunca existiu nem houve um país em que os noticiários só falam sem parar nos porcos dos parasitas políticos e suas oligarquias mafiosas durante eleições como cá. Deve ir para o livro do Guineess. Quanto mais importância se der a essa corja pior nos farão; nos países civilizados e avançados conhecem-no bem e por isso não se vê esta palhaçada constante. Contrariamente aos países que avançam, o que interessa aos portugueses não é um programa governamental para nele se votar; é a vigarice, a maledicência, a difamação, a mordacidade, a calúnia, a má-língua e todas as qualidades de malvados que caracterizam a cambada de todos os nossos queridos políticos. São estes sentimentos de cloaca que fazem vibrar os eméritos burros dos eleitores portugueses.

É nesta cambada que querem que votemos? Todos os votos que eles receberem só podem obtê-los por atraso e defiência mental de quem neles votar.

Não obstante e embora seja impossível dar uma sugestão honesta de voto na conjuntura actual, há factos – e não ideias ou opiniões, nem qualquer história reescrita à laia do Fernando Rosas – demonstrados pela história e consagrados na liguística mundial, que podem ser verificados por quem quer que simplesmente consulte um dicionário. São os vocábulos direita e esquerda. Basicamente, a direita é conservadora, anti-progressista e favorece os mais ricos em desfavor dos mais pobres; a esquerda é progressista e favorece a igualdade. Certamente, há muitas direitas e muitas esquerdas, pelo que a partir daqui se podem fazer várias sínteses, todas elas, porém, sobre as mesmas duas bases. Embora ambos os termos actuais tenham a sua origem nos governos que se seguiram à Revolução Francesa, a ideia-princípio sempre existiu por si mesma. Alguns exemplos da nossa história demonstram as diferenças. Os nossos reis que diminuíram o poder da nobreza de então em favor das populações foram reis de esquerda, se assim se pode dizer, pelo menos na aplicação do princípio. Foram esses poucos que fizeram progredir o país. Sempre assim foi. As lutas Miguelistas pelo poder absoluto contra a Carta Constitucional (o embrião da Constituição e da democracia que terminou em 5-10-1910) apoiada Por D. Pedro IV e por sua filha D. Maria II, idem. Exemplos não faltam.

Um povo desmiolado e corrupto, pelo que aceita o inédito assalto da corja partidária aos lugares de administração pública a cada mudança de governo sem dar um pio. A sobreposição da raiva partidaria aos verdadeiros interesses pessoais promove a corrupoção e dá aos corruptos todos os meios para assegurar a sua continuidade com êxito e impunidade. Melhor prova de estupidez crassa?

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17 de setembro de 2009

José Niza Sobre o Caso MMG – TVI

José Niza, médico e músico, que foi director de programas e administrador da RTP, fala sobre o caso de Manuela Moura Guedes, do seu afastamento como apresentadora do Jornal Nacional de sexta-feira da TVI e de factos precedentes relacionados. Publicado no jornal O Ribatejo por Bruno Oliveira.

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TVI - A Minha Leitura (José Niza)

Fui director de programas da RTP e depois seu administrador. E garanto-vos que, se alguma vez algum apresentador ou jornalista desse uma entrevista a chamar-me "estúpido", a primeira coisa que aconteceria seria o cancelamento imediato do seu programa, independentemente de haver ou não eleições em curso.

Por isso me parece incompreensível que, embora rios de tinta já se tenham escrito sobre o cancelamento do jornal nacional que Manuela Moura Guedes (MMG) apresentava na TVI, todos os analistas e comentadores tenham ignorado a explosiva e provocatória entrevista que MMG deu ao Diário de Notícias dias antes de a administração da TVI lhe ter acabado com o programa.

Em meu entender essa entrevista, realizada com antecedência para ser publicada no dia do regresso de MMG com o seu jornal nacional, foi a gota de água que precipitou a decisão da TVI. É que, o seu conteúdo, de tão explosivo e provocatório que era, começou a ser divulgado dias antes. E se chegou ao meu conhecimento, mais cedo terá chegado à administração da TVI.

Nessa entrevista MMG chama "estúpidos" aos seus superiores. Aliás, as palavras "estúpidos" e "estupidez" aparecem várias vezes sempre que MMG se refere à administração.

É um documento que merece ser analisado, não somente do ângulo jornalístico, mas sobretudo do ponto de vista comportamental. É uma entrevista de uma pessoa claramente perturbada, convicta de que é a maior ("Eu sou a Manuela Moura Guedes"!) e que se sente perseguida por toda a gente. (Em psiquiatria esse tipo de fenómenos são conhecidos por "ideias delirantes", de grandeza ou de perseguição).

MMG diz-se perseguida pela administração da TVI; afirma que os accionistas da PRISA são "ignorantes"; considera-se "um alvo a abater"; acusa José Alberto de Carvalho, José Rodrigues dos Santos e Judite de Sousa de fazerem "fretes ao governo" e de serem "cobardes"; acusa o Sindicato dos Jornalistas de pessoas que "nunca fizeram a ponta de um corno na vida"; diz que o programa da RTP 2, Clube de Jornalistas, é uma "porcaria"; provoca a ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social); arrasa Miguel Sousa Tavares e Pacheco Pereira, etc.

E quando o entrevistador lhe pergunta se um pivô de telejornal não deve ser "imparcial", "equidistante", "ponderado", ela responde: "Então metam lá uma boneca insuflável"!

Como é que a uma pessoa que assim "pensa" e assim se comporta, pode ser dado tempo de antena em qualquer televisão minimamente responsável?

Ao contrário do que alguns pretendem fazer crer - e como sublinhou Mário Soares - esta questão não tem nada a ver com liberdade de imprensa ou com a falta dela. Trata-se, simplesmente, de um acto e de uma imperativa decisão administrativa, e de bom senso democrático.

Como é que alguém, ou algum programa, a coberto da liberdade de imprensa, pode impunemente acusar, sem provas, pessoas inocentes? É que a liberdade de imprensa não é um valor absoluto, tem os seus limites, implica também responsabilidades. E quando se pisa esse risco, está tudo caldeirado. Há, no entanto, uma coisa que falta: uma explicação totalmente clara e convincente por parte da administração da TVI, que ainda não foi dada.

Vale também a pena considerar os posicionamentos político-partidários de MMG e do seu marido.

J. E. Moniz tem, desde Mário Soares, um ódio visceral ao PS. Sei do que falo. MMG foi deputada do CDS na AR.Até aqui, nada de especialmente especial.

O que já não está bem - e é criminoso - é que ambos se sirvam de um telejornal para impunemente acusarem pessoas inocentes, sem quaisquer provas, instilando insinuações e induzindo suspeições.

Ainda mais reles é o miserável aproveitamento partidário que, a começar no PSD e em M. F. Leite, e a acabar em Louçã e no BE, está a ser feito. Estes líderes políticos, tal como Paulo Portas e Jerónimo de Sousa, sabem muito bem, que nem Sócrates nem o governo tiveram qualquer influência no caso TVI. Eles sabem isto. Mas Salazar dizia: "O que parece, é"!

E eles aprenderam.


- 1984. Eu era, então, administrador da RTP. Um dia a minha secretária disse-me que uma das apresentadoras tinha urgência em falar comigo: - "Venho pedir-lhe se me deixa ir para a informação, quero ser jornalista"! Perguntei-lhe se tinha algum curso de jornalismo. Não tinha. Perguntei-lhe se, ao menos, tinha alguma experiência jornalística, num jornal, numa rádio... Não tinha. "O que eu quero é ser jornalista"! Percebi que estava perante uma pessoa tão determinada quanto ignorante. E disse-lhe: "Vá falar com o director de informação; se ele a aceitar, eu passo-lhe a guia de marcha e deixo-a ir". A magricelas conseguiu. Dias depois, na primeira entrevista que fez - no caso, ao presidente do Sporting, João Rocha - a peixeirada foi tão grande que ficou de castigo e sem microfone uma data de tempo.

P.S.
A jovem apresentadora chamava-se Manuela Moura Guedes.
E se eu soubesse o que sei hoje...


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Porque nos escondem os jornaleiros estas opiniões? Esses trambolhos insultuosos, pretensos profissionais, tão rascas, falsos e incompetentes como aquela que defendem, encobrem tudo o que não lhes convém a eles ou a outros interesses obscuros e querem ser fazedores de opiniões. Que confiança nos merece esta cambada reles? É este um caso que sob o ponto informativo muito se assemelha ao da corrupção e roubo na Comissão e no Parlamento Europeus, como recentemente revelado. Felizmente que ainda restam alguns de entre eles que são excepções honestas. Quanto às informações internacionais, o melhor é mesmo procurá-las no estrangeiro.

Há muito quem diga que a Manuela Moura Guedes é uma boa jornalista. Bom, se assim é e pelo seu percurso que o Dr. José Niza nos conta fica provado que para o ser não é preciso seguir qualquer curso nem aprender seja o que for.

Não obstante a sua saida do jornal tenha sido adequada às circunstâncias e ao modo cmo ele era conduzido, de acordo com o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, note-se bem que não foi uma decisão tomada no tempo certo. Donde, mais uma vez se deduz a incapacidade generalizada de responsáveis, direcções, gestores, decisores e afins.

Sob o presente tópico, veja-se ainda este poste, também muito elucidativo por conter menções a publicações oficiais escamoteadas pelos mesmos energúmenos.

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15 de setembro de 2009

Voto Com ou Sem Discernimento?

Em quem votam os portugueses? Pelo resultados que se registam só podem ser masoquistas ou atrasados mentais.

Alguns dos mais votados foram:

  • O Mário Soares, aquele que mais roubou o Estado de todos os modos possíveis e por outros que ele inventou;

  • O Cavaco, o chefe da quadrilha de ladrões dos enriquecimentos do dia para a noite; mas pior ainda, aquele que esbanjou os fundos de coesão da União Europeia ou utilizou mal, provocando a miséria actual; a reestruturação faz-se de avanço e as consequências vêem-se muitos anos após, tal como a falta de médicos actual, consequência da sua enorme redução de vagas nas universidades (quantas pessoas matou com esta decisão?); proclamam que foi quando o país mais progrediu, mas as estatísticas do Eurostat revelam que se o atraso de Portugal antes da Abrilada era de cerca de 22 anos, 30 anos depois tinha passado para 52; não obstante os fundos arrecadados da UE, recebeu o governo do Mário Soares com as contas em dia e entregou-o ao Guterres com um défice de 5,2%; é obra!

  • O Porco em Pé do Rangedor foi o mais votado em Portugal nas eleições para o parlamento europeu por ser aquele que mais bestialidades diz, gesticula e berra como um capado; é aquele que diz que ética e política são coisas diferentes; afirma que ética e política são coisas diferentes; tudo isto é o que atrai os desmiolados;

O método da Manela Leiteira para obter apoio tem sido dar lições de arrogância ao próprio Sócrates e o de fazer de papão, simultaneamente contradizendo-se em tudo o que até há pouco proclamou como suas ideias; no entanto, lendo nas entrelinhas, ela já disse que se conseguir formar governo, na segunda legislatura (se lá chegar) destruirá a Segurança Social e o Sistema de Saúde, ou seja, os ricos passam a descontar menos ou nada e a fossa entre eles e os pobres – já de si de longe a maior em toda a Europa – alargar-se-á impreterivelmente.

O Sá Carneiro deve dar voltas na tomba com o que a Manela Arenque Defumado e o seu gang fizeram do seu partido. E vêm eles ultrajá-lo pespegando o nome dele nos seus comícios!

Isto não cabe no presente tópico, mas devem mencionar-se alguns pontos importantes de grande interesse para os que não se podem dispensar dos sistemas de Segurança Social e Saúde. O regime de Saúde custa tanto como o dos países avançados em que as pessoas escolhem os seus médicos e todos eles trabalham para o serviço nacional. É evidente que o problema português está na incapacidade de organização e de planeamento. A Segurança Social está em risco de bancarrota e os mais novos vão ficar à fome. O governo do Sócrates aplicou-lhe uma mezinha que de nada adianta por evitar a sua falência; o que ele fez foi uma imbecilidade crassa. A Leiteira e o Cagão Feliz anunciaram múltiplas vezes aos sete ventos como iam destruir a Segurança Social, não menos estúpidos que os outros, de igual a igual. A incapacidade de todos estes animais arrogantes é de gritos. Com efeito, os outros países da Europa também se viram em face do mesmo problema e foram capazes de resolvê-lo sem destruírem o sistema solidário e as pensões de reforma permitem aos reformados de viver. Existem sistemas ou métodos que resolvem o problema, longos a explicar, exigem maiores contribuições, como é evidente, as quais são suportadas por empregados e empresas. O problema com a Manela e o Cagão é que eles querem assassinar o sistema e fazer pagar apenas os empregados; aqueles que podem, claro. Sistemas idênticos existem mesmo em países tradicionalmente de direita, como a Suíça. O problema em Portugal é que o povo, sem cultura democrática, não é soberano e dispensa-se da aprovação das decisões políticas.

Idem para o comboio – segunda legislatura. Parece estar difícil livrarmo-nos desta treta ridícula e desnecessária para qualquer país pequeno, que nenhum o tem.

O Portas visita feiras e romarias e fala muito com toda a gente. Parece um comportamento simpático, mas apenas esconde simpático a verdadeira intenção que só pode ser a de enganar os que menos têm para o roubar e dar aos mais ricos. Francamente, que outra intenção poderia ter um partido que se rege exclusivamente por esses princípios? Sempre assim foi e em todo o mundo. Se os portugueses o desconhecem só pode ser por uma ignorância básica e crassa da realidade, como outras vezes aludido. Nem pode haver outro motivo. Um outro ponto bem esclarecedor é ele dizer que não se deve tirar o rendimento mínimo aos que quase morrem de fome, porque muitos o recebem sem necessidade. É verdade que a última alusão é certa, mas a solução que ele sugere é irracional. Se existem efectivamente muitas pessoas a receber esse abono é um acontecimento que se deve simplesmente à incompetência, relaxe e mandria dos assistentes sociais, praga geral do país. Se há erros, aqueles que os cometem que os paguem com o seu próprio ordenado. Bate propositadamente ao lado do prego por não ter um argumento plausível.

Todos os deputados menos um votaram a impunidade para roubo e corrupção da canalha oligárquica e mafiosa partidária, aprovando a lei de financiamento dos partidos. Donde, todos menos um são ladrões e corruptos. O único motivo que os leva a conquistar o governo é o roubo e não os interesses nacionais. É nesta escória que vamos votar?

Nota-se que um povo que passa os serões a «educar» a mente com Morangos e outros lixos idênticos não pode ter idoneidade nem capacidade para saber o que lhe convém. Ou então é masoquista e procura enriquecer os corruptos e empobrecer-se a si mesmo. Difícil de se ser mais bronco, quando conhecemos o seu comportamento face à pub normal, quanto mais ao marketing seleccionado e aplicado. As televisões da Europa têm muito menos publicidade precisamente porque não vale a pena fazer mais. Diga-se de passagem que as televisões nem por isso perdem dinheiro nem disso se lamentam como por cá.

De certo que uma mentalidade não se muda em pouco tempo. Por isso que tendo levado pontapés, punhaladas e sido arruinados por todos os partidos, numa altura ou noutra, vão de novo votar em massa nos mesmos, quais pobres diabos lambendo a mão que os assassina.

As maiorias governamentais têm demonstrado a sua iniquidade em muitos países, levando geralmente à arrogância do governo. Alguns têm tido coligações constituídas por mais de uma dúzia de partidos, como a Finlândia, mas em Portugal pouco mais se vota para além de dois partidos. Erro que se tem pago. Todos eles têm ideias úteis e rejeitáveis.

O que não se pode de algum modo pensar é que se um partido de bases sociais não os defende, esperar que um da direita o faça. Isto é um erro fatal e uma demonstração de profunda ignorância, cujas consequências se sofrerão inevitavelmente mais ano menos ano. A questão dos eleitores dos países mais avançados terem virado um pouco mais à direita é assunto que não cabe aqui, mas saiba-se que os seus motivos não se aplicam nem podem aplicar a Portugal, que continua com 52 anos de atraso sobre eles. A questão de um país tão miserável como Portugal e com o maior fosso entre ricos e pobres vote à direita mostra simplesmente que os eleitores aprovam a sua miséria e querem perpetuar a situação; tendo em consideração a história universal, nem pode haver outra justificação, são os princípios básicos da política. Os partidos existem para defenderem os interesses de facções.

Têm-se ouvido todos, sabe-se tudo. Quem votar neles e obter aquilo em que votou, para si e seus descendentes, não tem o direito de mais tarde vir a reclamar. Uma votação em branco em massa deve parecer o mais apropriado até aos mais incrédulos neste método. Mas em massa é em massa, enquanto apenas uma meia dúzia de nada serve.

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9 de setembro de 2009

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8 de setembro de 2009

Falem-nos de Política

Transcrevo o artigo de Ferreira Fernandes e acrescento uma Nota em que cito outro artigo, de Pedro Marques Lopes.

E que tal discutir política?
DN. 090908. por Ferreira Fernandes

O jornal i fez, ontem, o levantamento de algumas das exportações portuguesas durante o Governo de José Sócrates. Fez o levantamento, sim: aqueles negócios levantaram voo. Com a Venezuela (em quatro anos, quintuplicaram), Angola (triplicaram), Argélia (quadruplicaram), Rússia (triplicaram), Líbia e China (em ambas, quase duplicaram) e Jordânia (quase triplicaram)...

Esse sucesso foi acompanhado (e, em alguns casos, foi motivado) por uma diplomacia económica em que os governantes não se importaram de fazer de caixeiros-viajantes. Nesses destinos há um país muito importante (Angola, já o quarto comprador) e outros são mercados tentadores (bastava lá estar a China). Eis, pois, um balanço extraordinário - mas que merecia discussão, agora que julgamos quem nos governou nos últimos quatro anos.

Todos aqueles países são susceptíveis de crítica (mais uns que outros) sobre o seu comportamento democrático. Eu digo que sim, há que fazer esses negócios - e, daí, eu achar bons os resultados conseguidos.

Mas gostaria de saber se isso divide os partidos. Gostaria que na campanha se discutisse política. E não hipóteses de primos, hipóteses de asfixias e tricas sobre carros oficiais.

NOTA: Sobre o mesmo tema – conteúdo da campanha política - e com o titulo As eleições sem política, Pedro Marques Lopes, em estilo diferente, refere a predominância da política com p muito minúsculo e a ausência da verdadeira Política, a arte e ciência de governar que, neste momento, devia traduzir-se em projectos estratégicos, em propostas honestas, para o futuro de Portugal com incidência nas gerações mais novas e na qualidade de vida de todos os portugueses.

Perdem tempo em questiúnculas secundárias que procuram desgastar a imagem dos concorrentes ao pódio, sem mostrarem o que cada um tem de válido para os portugueses.

Sendo as eleições comparadas a uma competição atlética, constatamos a péssima qualidade dos concorrentes que preferem dopar-se para melhor rasteirarem o competidor em vez de evidenciarem a verdadeira força dos seus músculos e as suas capacidades físicas e mentais.

Na minha situação de vulgar cidadão, sem obrigação para qualquer dos partidos, concluo que, após as eleições, tudo irá continuar na mesma, sejam quais forem os vencedores.

São todos iguais: desprezam a verdadeira Política e apenas se preocupam com a politiquice interpartidária que se sobrepõe aos reais interesses nacionais; ignoram e desprezam a ética e são todos coniventes com as palavras de um seu parceiro que disse que ética e política são líquidos não miscíveis; ninguém se opôs à candidatura de pessoas suspeitas e arguidas que não inspiram confiança ao eleitor honesto e escrupuloso; todos votaram a lei de financiamento dos partidos a que nenhum cidadão medianamente informado ficou indiferente; nenhum tomou uma atitude frontal, bem visível, a favor do combate efectivo à corrupção e ao enriquecimento ilegal; todos aceitam a bagunça em que o País vai vivendo sob a ameaça da criminalidade violenta e da insegurança generalizada; a Educação, a Saúde, a Justiça, não têm evitado as ácidas críticas da generalidade dos cidadãos; a burocracia emperra todas as actividades, etc., etc.

Parece que estes pontos precisam ser resolvidos com eficácia e brevidade, mas na campanha são ignorados. Para eles não foram debatidos os respectivos projectos de solução. Os políticos que querem o nosso voto passam, olham para o lado e assobiam, para irem debater questões sem real valor em comparação com estas.

Daí o apelo: Por favor, falem-nos de Política nacional, estratégica, de preparação de um futuro melhor para os mais novos não terem de emigrar todos.

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5 de setembro de 2009

Demissões na TVI
(continuação)

Observando os últimos acontecimentos e os noticiários a ales relativos, é impossível deixarmos de constatar que nenhum dos repulsivos e impostores fabricantes de notícias fez qualquer referência aos factos mencionados no post imediatamente anterior no que respeita ao Clube de Jornalistas da RTP2 nem ao Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.

Por si só, este procedimento revela-nos o ponto a que estes asnos insolentes são impostores, falsos, mentirosos e como moldam as notícias à sua própria conveniência, aos seus interesses muitas vezes ocultos, repugnantes como eles e de declarada má fé. São o espelho dos noticiários, do comportamento dos políticos e da mentalidade nacional.

É evidente que se tomarmos o julgamento do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas como sabedor e por justo e normal dentro do direito e da própria deontologia e das suas atribuições oficiais, se o considerarmos como honesto e nós próprios queiramos sê-lo também, teremos que reconhecer que a Manuela Moura Guedes deveria há muito ter sido oficialmente penalizada, afastada ou impedida de prosseguir no seu modo de apresentação de informações, as quais desse modo deixaram de o ser. Não pelo assuntos que abordava, maspelo modo como os apresentava e pelo seu comportamento ordinário. O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas assim o julgou e se para alguma coisa ele serve não se compreende que agora seja abafado com a sofisma que se observa. Note-se que a condenação se resumiu apenas ao modo como ela trabalha: «Consideramos esta forma de estar no jornalismo e de fazer jornalismo reprovável».

O que jamais deveria ter acontecido era que se aproveitasse o momento mesmo das eleições para o fazer. Esta actuação veio pousar muitas perguntas em aberto e trazer muitas dúvidas, até sobre outros casos que têm alimentado os noticiários fabricados e encenados pela canalha nojenta. Em consequência, somos levados imaginar que este assunto, assim como outros do género, podem muito bem ser golpes montados pela desorientação política em que o PSD tem nadado netes últimos tempos devido à orientação de direita dum governo que se apresenta falsamente como socialista. Se o PSD não anda desorientado, disso se mascara e a maneira como os acontecimentos nos são apresentados implica-o. mO desorientamento político do PSD patenteia-se ainda na falta de apresentação de qualquer plano governamental ou orientação, encobrindo agora as suas intenções na toma de medidas que agravarão o afastamento entre ricos e pobres para que mais tarde não se lhas possa reprovar. Os seus discursos encerram apenas palavras que revelam ódio, inveja, malediscência, etc., o tudo expresso por palavras e modos que os técnicos de marketing político sabem serem queridas às populações prones aus de maus princípios e valores como a actual nacional. Ela sabe que assim será ouvida e tem-o estampado nas ventas.

Afinal, os políticos não são assim tão diferentes duma população que se mostra profundamente incivilizada, roída de maus instintos, de baixíssima educação, que se comporta como um povo selvagem, que procura a pequena vingança, se rege por slogans e ditinhos, profundamente ignorante e sem instrução a ponto de copiar, escrever e dizer tudo o que está mal como papagaios desmiolados e completamente domesticada por publicidade e marketing, em que é levada como um bando de tolos, não tem a mínima ideia do que é uma democracia nem quer saber por pensar saber bem e viver numa. O pior nem é tudo isto, mas o simples facto de que, inchada pela jornaleirada ignóbil e por políticos malvados que pensam ser esse o melhor modo de conquistar votos, se encontra cheia de orgulho injustificado por baseado em falsos valores e princípios, orgulho que disfarça a seus próprios olhos alcunhando-o de auto-estima. Nesta conjuntura, dificilmente se vê como poderá tal população vir a reconhecer a sua miséria mental, condição sine qua none para se corrigir e poder progredir saindo da estrumeira em que se encontra.

Com efeito, sobre os acontecimentos aqui em foco nada sabemos e por norma geral somos constantemente enganados e tomados como lorpas por o sermos, por todos aqueles que estudaram o modo adequado para lidar com um povo como o nosso e o domar. Afinal, todos os acontecimentos que têm dominado os noticiários podem muito bem ser montados. No caso do post anterior, notando o modo como a Manela Leiteira fala sobre estes assuntos, entre outras possibilidades, todas em aberto, podemos muito bem imaginar que se trate de golpe montado por militantes dum partido politicamente desorientado e sem rumo, que se sente perdido e relegado, querendo abrir caminho à força, de qualquer modo ou forma. Devido à desinformação e ao que realmente sabemos (não o que nos impingem), as possibilidades são infindas e todas possíveis.

Obrigado jornaleirada asquerosa.

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Aditamento:

Acrescentam-se alguns links para informações publicadas e ainda o texto completo do comunicado do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.

Diário de Notícias

Discussão sobre a ética no programa Clube de Jornalistas da RTP2/Rádio Renascença

Entrevista do Bastonário da Ordem dos Advogados, contendo o vídeo

Petição para oferta do Código Deontológico a Manuela Moura Guedes

Oferta do Código Deontológico a Manuela Moura Guedes

Decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social sobre o conhecido caso do Carlos Cruz contra o abuso da TVI, em que esta foi condenada



Comunicado do Conselho Deontológico


Comunicado

Posição do CD a propósito a última edição do «Jornal Nacional – 6.ª feira»


Na sequência de queixas chegadas nos últimos dias, a propósito da recente polémica suscitada pela entrevista concedida pelo bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, à jornalista Manuela Moura Guedes, na edição do «Jornal Nacional - 6ª feira», do passado dia 22 de Maio, o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas considera o seguinte:
  1. Ao contrário de discussões anteriores, centradas sobre casos concretos de conteúdo de notícias e da investigação jornalística, a polémica surgida na sequência da entrevista dada pelo bastonário da Ordem dos Advogados a Manuela Moura Guedes teve o condão de reposicionar as questões no justo ponto da deontologia jornalística, nomeadamente quanto ao papel da pivô naquele serviço noticioso da TVI.
  2. O caso em apreço surge no contexto de um avolumar de situações sobre o «Jornal Nacional - 6ª feira» que têm merecido acompanhamento e discussão no seio do Conselho Deontológico.
  3. A questão que nos parece central neste debate prende-se com o facto de se saber até onde pode ir a intervenção de um ou de uma jornalista pivô num espaço noticioso, ainda que regendo-se por uma estratégia editorial própria, distinta dos restantes serviços informativos, como acontece no caso «Jornal Nacional - 6ª feira».
  4. O Conselho Deontológico considera que um jornalista que desempenha funções de apresentador de um noticiário televisivo continua vinculado aos princípios éticos e deontológicos que norteiam o exercício da profissão. Nesse sentido, considera-se inaceitável que, para além de outros aspectos, na apresentação das notícias, o jornalista confunda factos e opiniões e se exima da responsabilidade de comentar as notícias com honestidade.
  5. Por isso, os apresentadores do serviço noticioso devem abster-se de introduzir apartes, comentários, expressões e recorrer à linguagem não oral, susceptíveis de conotarem e contaminarem o conteúdo informativo, comprometendo a própria isenção dos profissionais que, conjuntamente, trabalham naquele espaço de informação.
  6. O Conselho Deontológico considera que, sem prejuízo dos sempre discutíveis aspectos editoriais, os pivôs devem estar claramente conscientes de qual o seu papel, se o de entertainer ou o de jornalista, não devendo confundir o conflito e o espectacular com a importância das notícias.
  7. Do mesmo modo, considera-se que os jornalistas não podem substituir a acutilância pela agressividade e devem, em nome do objectivo último de contribuir para um juízo final do público, permitir que os seus entrevistados expressem os seus pontos de vista com serenidade e não sejam apenas convidados a participar num espectáculo de enxovalho, em que eles são as vítimas.
  8. O Conselho Deontológico não pode deixar de reprovar o desempenho de Manuela Moura Guedes na condução do «Jornal Nacional – 6.ª feira» e concitar a própria e a direcção da TVI ao cumprimento dos valores éticos da profissão.

Lisboa, 29 de Maio de 2009

O Conselho Deontológico
do Sindicato dos Jornalistas


Aprovado por maioria, com o voto contra de Otília Leitão e a seguinte declaração de voto: "Voto contra, porque não se provou que tenha sido infringida qualquer norma do Código Deontológico do Sindicato dos Jornalistas."

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