Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


29 de julho de 2008

Custos de um Estado miriápode

Transcrevo, sem resumo nem cortes, este artigo do DN que evidencia as inúmeras mãos do Estado que quer estar em todo o lado e tudo controlar, para poder dar poleiro aos familiares, amigos e compinchas, que não se encolhem perante a atracção dos dinheiros públicos.

Gestores públicos receberam 27 milhões
Ana Suspiro

EMPRESAS DO ESTADO. Os encargos com a remuneração das administrações das empresas públicas subiram no ano passado 30%. As Finanças dizem que os dados de 2006 e 2007 não são comparáveis, mas admitem que o número de gestores subiu com os administradores não executivos

Cada gestão custou 349 mil euros em 2007

As administrações das empresas públicas receberam um total de 26,8 milhões de euros no ano passado. Esta soma compreende um universo de 77 empresas que representam cerca de 90% da carteira de participações relevantes do Estado.

Este montante significa um valor médio por cada administração (pode ter entre três e onze elementos) de 349 mil euros, de acordo com o documento sobre o bom governo das sociedades que acompanha o relatório sobre o sector empresarial do Estado, divulgado na semana passada. O valor médio das remunerações desce para os 323 mil euros por ano, quando excluímos a Caixa Geral de Depósitos, entidade onde o accionista Estado mais paga.

O documento mostra que para além das remunerações base e complementares, os gestores públicos beneficiaram de 4,5 milhões de euros outras regalias e compensações, tendo sido assumidos custos de 2,8 milhões de euros em benefícios sociais. Se essas parcelas forem adicionais às remunerações, o que não é claro no documento, os gestores receberam então 34 milhões de euros em 2007.

Os custos com a remuneração base da gestão das empresas públicas revelam uma subida da ordem dos 30% em relação aos encargos pagos aos conselhos de administração de 78 empresas públicas em 2006. O relatório sobre o sector empresarial do Estado de 2007 [relativo a 2006] revela que as administrações receberam 20,3 milhões de euros, incluindo remuneração base, outras regalias e compensações e encargos com benefícios sociais. Não obstante, o valor médio pago por empresa era mais alto em 2006, cerca de 398 mil euros, de acordo com o relatório.

Questionado sobre o aumento dos encargos globais com as administrações de empresas públicas, fonte oficial do Ministério das Finanças esclarece que os dois números não são directamente comparáveis. É que o levantamento do ano passado, e relativo ao 2006, foi feito com base em informação das próprias empresas e não incluíam a totalidade da carteira do Estado. Os dados de 2007 têm um âmbito mais alargado. Além disso, os dados de 2006 só revelam a remuneração base e por isso também não são comparáveis, realçam as Finanças.

Mais gestores

Mas por outro lado, o Ministério das Finanças reconhece que as empresas do Estado tem agora mais administradores que no passado, embora sejam não executivos e com salários menos altos. "Em virtude da importante reforma do modelo do governo do Sector Empresarial do Estado (SEE) e em particular do reforço de função de fiscalização foram nomeados administradores não executivos". Outra alteração importante na carteira do Estado que explica o aumento dos encargos com administrações é a transformação de hospitais que estavam no sector público administrativo em empresas públicas, o que naturalmente se traduziu na subida dos custos com a remuneração das administrações no sector empresarial do Estado. Em média, 84% das remunerações dos gestores públicos é paga pelas próprias empresas. As empresas públicas pagaram ainda 1,486 milhões de euros aos órgãos de fiscalização das administrações, um valor médio global de 19305 euros por empresa.

PREJUÍZO GLOBAL ASCENDEU A 373 MILHÕES EM 2007

Gestão. O sector dos transportes públicos é a grande dor de cabeça do Estado

Entre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a Refer há uma diferença da ordem dos mil milhões de euros em resultados. Enquanto o banco público apresentou um lucro recorde de 856 milhões de euros em 2007, a gestora da Rede Ferroviária Nacional registou prejuízos 223 milhões de euros.

Apesar da melhoria de 14% ou de 129,6 milhões de euros anunciada pelo Executivo, no final da semana passada, nos resultados das empresas públicas, a verdade é que o saldo continua negativo. Aliás o prejuízo global até aumentou quase três vezes para 373 milhões de euros, antes de interesses minoritários, o que é explicado pelo facto da Parpública ter registado lucros extraordinários em 2006 decorrentes das mais-valias com privatizações que não foram repetidos no ano passado.

O sector dos transportes continua a ser a grande dor de cabeça do accionista Estado.

A somar aos prejuízos da Refer, as operadoras de transportes somaram 557,2 milhões de euros de resultados negativos, praticamente o mesmo nível do ano anterior. A CP é a que apresenta mais prejuízos, não obstante uma ligeira melhoria dos resultados também sentida na Carris e no Metropolitano de Lisboa. A Metro do Porto foi a empresa que mais agravou os prejuízos. O sector dos transportes públicos é aliás um dos grandes responsáveis pelo aumento de endividamento que nas empresas não financeiras registou um crescimento de 2835 milhões de euros face a 2006.

Em matéria de dividendos, o Estado recebeu 556 milhões de euros no ano passado, relativos aos lucros apurados em 2006, o que representa um aumento de 4%. Por outro lado, o Estado reforçou o esforço financeiro que subiu 177 milhões de euros para 881 milhões no ano passado, sobretudo através de dotações de capital e de indemnizações compensatórias. A saúde foi uma das áreas mais beneficiadas, com um acréscimo do investimento de 150 milhões de euros.

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26 de julho de 2008

ASAE precisa ser revista

A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) foi criada para substituir três instituições com finalidades tão semelhantes e mal definidas que, perante qualquer problema, todas se desculpavam da sua inoperância dizendo que ele era da responsabilidade das outras duas. Quando a mais antiga começou a funcionar mal, em vez de ser reformulada ou extinta, foi, no clássico sistema nacional, criada outra, e assim chegou a haver três, cada qual mais ineficaz. Foi, por isso, uma boa decisão extinguir as três e criar apenas uma, a ASAE.

Entretanto esta, que começou a mostrar trabalho útil, cedo adoptou excessos criticados por todos os sectores, principalmente na indústria da restauração. Os abusos e excessos chegaram ao ponto de serem estabelecidos objectivos da actividade, não pelas inspecções a fazer ou os esclarecimentos didácticos a difundir e os melhoramentos a obter, mas no número de processos a levantar, das multas e coimas a cobrar e dos estabelecimentos a encerrar, portanto, pura acção punitiva.

Agora o Jornal de Notícias, traz as palavras de Xavier Malcata, especialista em segurança alimentar e distinguido nos EUA, considerado por unanimidade, vencedor do "International Leadership Award", pela dedicação à segurança alimentar, o qual diz que a ASAE aplica directivas europeias de forma "cega". O júri da associação afirmou que elegeu este português como "um profissional possuidor de raras capacidades de trabalho, e como um detentor de excepcional dedicação". Para o cientista, que receberá formalmente o galardão a 6 de Agosto, nos Estados Unidos, a distinção equivale a "um prémio de carreira".

Segundo as palavras de Xavier Malcata, "A ASAE foi apresentada como sendo duas coisas: acção que fiscaliza e que faz avaliação do risco dos produtos para a saúde. Mas na prática a sua intervenção é essencialmente punitiva".

Na Escola de Biotecnologia, onde faz as suas investigações e lecciona Xavier Malcata preocupa-se com, "Ensinar os produtores a trabalhar melhor: na produção e na conservação, perceber os produtos de forma racional, apurar a qualidade, evitar contaminações." A Escola já estudou, por exemplo, o queijo da Serra, a broa de Avintes, as alheiras de Trás-os-Montes, as bagaceiras de vinho verde branco - símbolos da cultura gastronómica do país. "Somos muitíssimo ricos a este nível. Temos a responsabilidade de preservar o legado que nos foi deixado", sublinha o cientista.

"Infelizmente, a ASAE, com a aplicação cega das directivas europeias, está a destruí-lo, a condená-lo à morte". E sentencia: "Se conseguirem banir os nossos produtos tradicionais será uma hecatombe. Integrar a União Europeia não pode significar - tal como não significa noutros países, como a França - abdicarmos do que nos é característico". A prioridade das actividades da ASAE "está invertida. Antes da fiscalização deveria haver investigação, formação, análises de graus de risco e da população consumidora."

Costuma dizer-se que criticar é fácil, mas Xavier Malcata não fica pela crítica, pois propõe soluções. A primeira passaria por um levantamento dos produtos, investigá-los (os que nunca foram estudados, implicariam dois anos de trabalho) e, finalmente, propor "excepções à lei devidamente consubstanciadas pela via científico-tecnológica". Ou seja, garantindo que "o risco dos produtos é aceitável". Tal proposta só poderia materializar-se com a aplicação de outra sugestão: criação de sinergias efectivas entre quem investiga e quem aplica a lei. "Como esta iniciativa não parte do Estado, a sociedade civil deveria organizar-se", sugere Malcata.

Portanto, internamente, a ASAE deve promover a formação dos seus agentes, a interacção com as universidades e outros estabelecimentos de ensino e investigação cientifica, por forma a agir inteligentemente na redução do grau de risco para a saúde dos consumidores sem, no entanto, destruir os símbolos da cultura gastronómica do país e o legado que nos foi deixado, através do cumprimento cego das directivas europeias através de acção preponderantemente punitiva. A ASAE não pode ser um estado dentro do Estado, mas deve prestar explicações pormenorizadas, aos órgãos de soberania e aos cidadãos, da forma como exerce as tarefas que lhe estão atribuídas.

Aumentar a segurança alimentar e económica, é trabalhar para benefício do povo e não deve ser visar, de forma obcecada, os produtores e os prestadores de serviços, como inimigos e malfeitores. As sugestões de Xavier Malcata devem ser aceites como um bom ponto de partida para a revisão do funcionamento da ASAE.

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22 de julho de 2008

A minha empresa por um cêntimo!

É muito antiga a frase literária «o meu reino por um cavalo» dita por um rei, em plena batalha, quando o seu cavalo ficou incapaz e ele precisava de outro para não ser derrotado pelo inimigo. O cavalo, naquele momento, era uma preciosidade a adquirir por qualquer preço e justificava a proposta de negócio.

Mas, um cêntimo? Terá um cêntimo, em qualquer circunstância, valor que justifique arriscar levar a empresa à falência? Claro que não, em situação racional, normal.

Mas na PT (Portugal Telecom) há alguém, ou algum computador programado por algum sábio que decide, ao invés deste raciocínio e, para que uma das colunas das contas tenha a soma correcta, não hesita em enviar a um cliente uma factura para pagar um cêntimo (Ver a notícia «PT envia conta de apenas um cêntimo a cliente»). Não se trata propriamente de levar a empresa à falência, mas, passo-a-passo, para lá caminha, se não fizer uma revisão do sistema!

Para que essa coluna fique com o resultado certo, vai agravar as colunas do custo do papel, da impressão, do envelope, dos correios e do tempo de máquina e mão-de-obra. E, o que é mais ridículo, obriga o cliente a perder tempo e transportes para ir pagar a ridícula importância de um cêntimo!!! E origina a notícia nos jornais!!!

Mas, infelizmente, estes dislates não ocorrem apenas na PT, pois tem havido notícias de coisas parecidas na área de responsabilidade do Ministério das Finanças.

Só num País de doidos!!! Há pessoas que vêm apenas uma das colunas da contabilidade e ignoram todas as outras, que apenas se interessam pela própria barriga e ignoram a fome de milhares ou milhões de outros seres seus irmãos. Haja quem pense.

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18 de julho de 2008

A todos os títulos notável

É costume ouvir-se que os políticos são todos iguais mas, na realidade, se são muito parecidos na forma exagerada e tendenciosa como se expressam, temos de concordar que não são todos iguais, pois alguns ‘são mais iguais’ do que outros!
O texto que a seguir se transcreve, do jornal gratuito Destak, mostra um aspecto tão notável que é difícil encontrar outro igual. A afirmação é difícil de demonstrar ou de minimamente explicar. Faz recordar aquilo que o professor Marcelo R Sousa disse a propósito do ministro da Agricultura que «é o maior… do mundo». A isso, o ministro reagiu com serenidade e dignidade, pois tais exageros só são lesivos da imagem dos seus autores.

EDITORIAL

Sócrates a «todos os títulos notável»
Isabel Stilwell

Estive em Angola em 2001, em reportagem, a convite da Caritas Internacional. Visitei Luanda, e várias outras regiões, onde a pobreza e a doença provavam até onde consegue chegar a capacidade de resistência do ser humano. Nessa altura, as notícias dos jornais internacionais denunciavam os milhões de dólares que faltavam nas contas do Estado angolano, alegadamente provenientes da venda de petróleo, e que nunca entrarão no país. Mesmo quem viu apenas o que eu vi, sem que sofresse na pele o horror que os angolanos sofreram, e continuam a sofrer, não pode deixar de ficar chocado com as afirmações que, ontem, José Sócrates proferiu na sua visita a Angola.

Estimular os países à mudança é uma coisa, elogiá-los com frases como «O trabalho que o governo angolano tem feito é a todos os títulos notável», a «todos os títulos», note-se, choca. Como choca que o nosso primeiro-ministro, em representação de Portugal, diga que aquele é «um dos países mais falados e mais reputados». Mesmo, ou sobretudo, se alegar que as relações comerciais entre um dos países mais ricos do mundo e este canto à beira-mar plantado, o justificam. A “todos os títulos” prefiro números e relatórios de fontes credíveis, a comentários pessoais.

Ficam aqui alguns. Que Sócrates conhece, e não pode esquecer.

• PIB per capita: 6 500 dólares (o de Portugal, é de 21 800)
• Índice de Desenvolvimento Humano – 162 (em177 países), um lugar acima do Burkina Faso.
• Expectativa de vida: 41,7 anos
• Morte de crianças com menos de 5 anos, 245 por mil.
• Iliteracia adulta, 67,4%
• Carta aberta à EU Sobre a Situação dos Defensores dos Direitos Humanos em Angola, que relata como têm sido perseguidos e intimidados, datada de 31 de Julho de 2007, e dirigida a Luís Amado, o nosso actual ministro dos
Negócios Estrangeiros, na altura presidente do Conselho da UE.
• Relatório do grupo destinado a analisar as Detenções Arbitrárias da Amnistia Internacional, elaborado em Setembro, indica que «os prisioneiros estão detidos em condições agrestes e alarmantes».

Quanto à liberdade de imprensa, segundo a AI, sofre graves restrições. Por exemplo, este texto nunca lá seria publicado.

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13 de julho de 2008

Corrupção Encoberta na Águas de Portugal

Grandes jornalistas temos! A Águas de Portugal está à beira de dar o estoiro e os aldrabões não nos dizem porquê. Os débeis mentais dizem que a empresa está «débil». Provavelmente precisa de reconstituintes. (Noticiado em 4-7-08.)

Em todos os países os serviços de distribuição de água funcionam normalmente e sem percalços económicos. Um problema, todavia, caracteriza-os nos países do terceiro mundo: as perdas de água na distribuição são directamente proporcionais ao atraso do país, ou seja, quanto mais atrasado este se encontrar maiores são as perdas na rede de distribuição. Em Portugal são enormes. Em Lisboa são da ordem dos 35%. Só.

Existem indícios claros de má administração e de esbanjamento do capital da empresa. Aliás, é como tudo que esteja dependente dos governos ou que seja financiado com o dinheiro da população. Fazem-se pagar os serviços muito mais pesadamente que nos outros países e esbanja-se e rouba-se o capital. Porque é um roubo que administradores e pessoal altamente colocado se apodere de ordenados escandalosos, mais altos que nos países ricos; daí o roubo.

Com efeito, de acordo com o noticiado, num país onde a miséria se alastra, os administradores roubaram a empresa para com o produto do roubo comprarem popós num valor que atingiu os €2,5 milhões (a crise não é para todos; para os parasitas corruptos de certo que não). Inacreditável, mas real. Para quê e com que direito, a não ser aquele que eles próprios se outorgam? Por demais, recebem salários de montantes de mais de 20 vezes os dos empregados comuns. A cambada dos políticos rouba descaradamente os seus salários ao povo e permite que esta gentalha os imite. Com que direito? A ganância agrava enormemente a crise dos roubados.

É evidente que quem assim administra uma empresa deixará também correr o restante ao sabor da corrupção. Os dois factos, salários indecorosos e esbanjamento, são muito mais do que simples indícios do que se passa com a empresa, são provas explicativas.

Não obstante a evidência, os abortos jornaleiros da RTP apresentaram-nos uma reportagem em que nem sequer tocam nestes dois pontos fulcrais. Será por aprovação da corrupção e para esconder? Não se vê nem se compreende outra razão para tal procedimento anti-profissional. É uma das facetas da farsa da desinformação nacional.

Não temos quem nos informe com rectidão, honestidade e profissionalismo; trabalham ao biscate e escondem cobarde e corruptamente. Porém, o seu orgulho mal colocado brada aos infernos, onde eles pertencem pelo seu procedimento. Vários procedimentos de vários modos bem clássicos. É realmente um caso clássico que quando se é rasca e inferior e disso se tem uma certa consciência, se gera automaticamente um complexo de superioridade para contrabalançar a baixeza de procedimento e de mentalidade. No mesmo sentido também é conhecido que quanto mais fraca e insegura a personalidade, mais vincada é a caligrafia da assinatura da personagem. Assim, na RTP, por exemplo, em lugar de apresentarem os nomes dos seus autores ao fim do tópico e em letra de tamanho mais reduzido que os restantes subtítulos, como observamos nas outras televisões europeias, vemos que eles são apresentados ao princípio e em caracteres do tamanho dos títulos. Só estas duas características patenteiam e definem a arrogância dos miseráveis incompetentes.

Nos mesmos noticiários em que nos falaram das Águas de Portugal, ouvimos ainda uma alocução da Márcia Rodrigues – realçada por muitos efeitos especiais de estilo palhaçada visual e sonora – sobre o porquê da continuada subida do preço do petróleo. Há cerca de duas semanas, a CNN que também não se priva de algumas palhaçadas, apresentou uma verdadeira reportagem sobre a análise das causas da subida desenfreada do preço, salvo erro operada por uma comissão do congresso dos EUA. A conclusão foi que a especulação era de longe a maior culpada e que se podiam adoptar medidas contra ela, embora tais medidas não tenham sido tomadas.

A Márcia levou todo este tempo até agora a digerir o acontecimento, se é que está mesmo ao corrente da análise operada pelo congresso e colocou o motivo especulação a um nível equiparável aos restantes. Ou seja, simplesmente desinformou. De notar que a Márcia já não é o pobre diabo que era há uns anos. Aprendeu no terreno com os seus colegas internacionais, não na escola de jornaleiros nacional. É até de admirar que esta sua intervenção tenha sido um lamentável falhanço como informação correcta.

Para além do atrás mencionado, o clã jornaleiro tem ainda uma grande parte da responsabilidade da incapacidade actual das pessoas em se exprimirem e dos erros que escrevem, devido à inaptidão do ensino que não lhes proporciona as bases necessárias para resistirem à má influência jornaleira. Se ouvirmos os noticiários, por exemplo, ficamos com a ilusão de que em Portugal há constantes raptos com tomada de reféns, pois que a tudo que se refira ou compare a uma libertação de qualquer género, os monstros chamam «resgate». Outro exemplo: quem tenha lido as legendas do documentário sobre chocos na RTP-2, no mesmo dia das notícias que fazem objecto da presente apreciação, deveria ter notado o enorme número de frases com o sujeito separado do predicado por uma vírgula. Como se poderão classificar tais bestialidades?

Ainda nesse mesmo dia, a RTP apresentou um extracto da entrevista de Sarko pela Televisão France 2 na semana anterior! Informações enlatadas?

Não só desinformam como enganam e mergulham quem os ouve e vê na mais perfeita ignorância.

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7 de julho de 2008

A crise não prejudica todos

Há situações que são escandalosas, quando tanto se fala no fosso cada vez maior entre os mais ricos e os mais pobres, quando as dívidas aos bancos aumentam, quando há muita gente que não se alimenta convenientemente, quando aumentam os clientes de casas de penhores, etc. Outros que se encontram em lugares que lhes foram atribuídos por favor dos amigos ou por critérios de «confiança política» aumentam os seus rendimentos de forma incompreensível. Também carecem de explicação os prémios de gestão quando as empresas dão prejuízo. Sempre pensei que o prémio fosse merecido apenas quando se faz algo de extraordinário, além do normal, e não como pretexto para beneficiar, por comparação, outros que também não cumprem e se encontram à sombra dos dinheiros públicos.

Recordo a definição de «peculato»: desvio ou má administração de dinheiros ou rendimentos públicos por pessoa encarregada de os guardar ou administrar.

A seguinte notícia do semanário SOL vem, infelizmente, juntar-se a muitas outras que têm circulado recentemente.

Presidente da TAP quadruplicou ordenado em 5 anos
Por Sónia Trigueirão

Fernando Pinto passou de 190 mil para 1,2 milhões de euros de vencimento anual. O Conselho de Administração Executivo da TAP custa à empresa quase quatro milhões de euros por ano. Só o presidente da transportadora aérea, o brasileiro Fernando Pinto, recebe actualmente, por mês, um salário que ronda os 60 mil euros, cerca de 840 mil euros ao ano, soube o SOL.

A este valor será acrescido um prémio 420 mil euros por ter atingido os objectivos de gestão definidos pelo Governo para 2007.

Assim, num ano, Fernando Pinto pode receber um total de 1,2 milhões de euros – seis vezes mais do que recebeu em 2001, quando assumiu funções de administrador-delegado da TAP.

Nessa altura, e segundo a declaração que apresentou no Tribunal Constitucional e que o SOL consultou, Fernando Pinto teve rendimentos anuais no valor de 190.893 mil euros.

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3 de julho de 2008

IVA @ 2,4%, 3,6% e 7,6%!

Impossível? Existe na Europa e é a realidade quotidiana em alguns países. Evidentemente, em Portugal todos desconhecem: a impostura da corrupção política e a desinformação mal intencionada da cambada jornaleira escondem ciosamente a verdade, mantendo a população numa profunda ignorância. Tal como sobre outros assuntos. Scoops de alarves, porém, não faltam.

Os países com as taxas mais baixas de IVA são, todavia, os que fazem menos alarde e aqueles em que os seus cidadãos melhor vivem. As taxas de exemplo do título são praticadas num país conhecido como o mais ferozmente capitalista, a Suíça. A taxa de valor inferior é aplicada a todos os bens de primeira necessidade, como toda a alimentação e saúde. No entanto existe lá um provérbio pelo qual o povo se regula: «estado rico povo pobre, estado pobre povo rico». Praticamente, tudo se baseia de acordo com esse provérbio, impostos incluídos.

Se os governos dos países com melhor nível de vida e menos pobres conseguem governar sem défices, porque é que os governos portugueses não o conseguem, não obstante tanto roubarem? Sim, é de roubo que aqui se trata, pois que o dinheiro, como sabemos, não é aplicado no interesse da população, mas distribuído pelos corruptos, militantes, famílias e amigalhaços, os incompetentes que ocupam cargos de importância, impedindo assim o progresso do país. É do conhecimento geral. Será provavelmente por isso ou por outro motivo semelhante que os palhaços têm dado um tão grande espectáculo propagandista a propósito duma descida de 1% num imposto de 21%, que mais ridícula seria impossível. É mesmo de palhaço a gozar o pessoal. Como escreveu o Shakespeare, «too much ado about nothing». Discursos de vigaristas para tolos.

Enquanto todos os postos do Estado não forem postos a concurso para gente competente, a produtividade do Estado permanecerá negativa e o povo tem que pagá-la, assim como os desfalques produzidos pelo bando da canalha parasita e corrupta.

Enquanto todos os postos do Estado não forem postos a concurso para gente competente, a produtividade do Estado permanecerá negativa e o povo tem que pagá-la, assim como os desfalques produzidos pelo bando da canalha parasita e corrupta.

Estes salteadores incompetentes e irresponsáveis roubam ordenados iguais ou superiores àqueles de que usufruem os seus homónimos competentes noutros países, ainda acrescidos de benesses e mantêm a população com ordenados três ou quatro vezes inferiores aos dos mesmos países.

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1 de julho de 2008

República das Bananas Sampaiolas

Haverá ainda quem se admire por Portugal não progredir? O seguinte simples exemplo é bem demonstrativo da capacidade profissional dos dirigentes e da profunda corrupção que tudo roi e que cresce com o nível dos corruptos. Inacreditável que um ex-presidente corrupto se pavonei por todo o lado e se preste homenagem à indignidade da sua corrupção que chega à baixeza de roubar postos de trabalho que deveriam ser postos a concurso para gente competente para serem oferecidos à sua família. Simplesmente nojento.

Segue-se a transcrição dum e-mail recebido por ser bem elucidativo.


Família Sampaio


Soube-se a dia 27 de Agosto, pelo Público, que a jovem e distinta advogada Vera Sampaio (terminou o curso com média de 10 val) com uma carreira de ‘dezenas de anos e larga experiência’ foi contratada como assessora pelo membro do Governo, Senhor Doutor Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira, distinto Ministro da Presidência....

Como a tarefa não é muito cansativa foi autorizada a continuar a dar aulas numa qualquer universidade privada onde ganha uns tostões para compor o salário e poder aspirar a ter uma vidinha um pouco mais desafogada.

O facto de ser filha do Senhor Ex-Presidente da República das Bananas que também dá pelo nome de Portugal, não teve nada a ver com este reconhecimento das suas capacidades. Nada! Juro pela saúde do Sr. Engenheiro Sócrates.

Há famílias a quem a mão do Senhor toca com a sua graça. Ámen. Já agora, como se devem recordar, ainda relativamente a esta família, soube-se há tempos que o filhote, depois de se ter formado, foi logo para consultor da Portugal Telecom, onde certamente porá toda a sua experiência ao serviço de todos nós.

Agora, como já ontem se disse, calhou a sorte à maninha e lá vai ela toda lampeira em part-time para o desgoverno, onde certamente porá também toda a sua experiência ao serviço de todos nós.

O papá para não fugir à regra, depois de escavacar uns bons centos de milhares de euros nossos na remodelação do um palacete ali para os lados da Ajuda, onde instalará um gabinete, vai ser transportado pelo nosso carro, com o nosso motorista e onde certamente, para não fugir ao lema familiar, porá, de novo, toda a sua experiência ao serviço de todos nós. Agora, ainda falta arranjar um tacho para a matriarca, que de momento tem que se contentar com os da cozinha.

Tudo isto, por mero acaso, se passa num sítio mal frequentado que se chama PORTUGAL, onde um milhão e duzentas mil pessoas vivem com uma reforma abaixo dos 375 Euros por mês. Parece mentira, não parece ?


ESTE É MAIS UM CASO, ENTRE MUITOS REVELADOS E DIVULGADOS ATRAVÉS DA INTERNET, PORQUE AS TELEVISÕES DESTE PAÍS, ESTÃO BEM CONTROLADAS POR FORÇAS OCULTAS....

E admiramo-nos de o fosso entre ricos e pobres estar a aumentar escandalosamente!!!

AS INFORMAÇÕES EM PORTUGAL SÃO CENSURADAS? Simn ou não?

este modo geral de proceder atrasa o País. UN ATENTADO CONTRA OS INTERESSES DA NAÇÃO, É OU NÃO UMA TRAIÇÃO? Enforquem-se os traidores!

Nota: Publicado também no blog Do Miradouro.

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Polónia e Tratado de Lisboa

Transcrevo esta notícia da TSF online

UE: Presidente polaco recusa assinar Tratado de Lisboa

Varsóvia, 01 Jul (Lusa) - O presidente polaco, Lech Kaczynski, anunciou que não assinará o Tratado de Lisboa, sustentando que ele está agora "sem substância" depois da recusa dos eleitores irlandeses a ratificá-lo, numa entrevista publicada hoje.

"Por agora, a questão do tratado está sem substância", afirmou o presidente conservador polaco ao diário Dziennik, segundo a edição digital do jornal. Todavia, o parlamento polaco ratificou, logo em Abril, o Tratado destinado a reformar o funcionamento das instituições europeias. Mas para ser definitivamente um dado adquirido, a ratificação tem de ter a assinatura do presidente.

A deserção de Lech Kaczynski é um golpe importante para os esforços do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que pretende circunscrever o problema da ratificação à Irlanda, durante a sua presidência da UE que hoje começou. "É difícil dizer como é que isto vai acabar. Em contrapartida, a afirmação segundo a qual não há União se não houver Tratado não é séria", acrescentou o presidente Kaczynski.

O novo Tratado, que visa facilitar o funcionamento das instituições de uma UE a 27 e que substitui o projecto de Tratado Constitucional rejeitado em 2005 em referendos em França e na Holanda, tem de ser ratificado por todos os Estados membros para que possa entrar em vigor.
No mesmo dia em que o parlamento polaco dava a sua autorização definitiva à ratificação do Tratado de Lisboa pelo Presidente Lech Kaczynski - 02 de Abril - o presidente da Comissão Europeia felicitava a Polónia pelo acto, que considerou "simbolizar a confiança" de Varsóvia no projecto europeu."Congratulo-me com o resultado da votação, que mostra que o Tratado une mais do que divide e foi objecto de um acordo entre o governo polaco, o presidente e as forças políticas", afirmava José Manuel Durão Barroso num comunicado.
TM. Lusa

NOTA: Se bem que para a União Europeia ser uma realidade, é preciso uma autoridade central ou partilhada, mas com a colaboração convergente de todos que, para isso, têm de dispensar o nacionalismo e muitos interesses que devem subordinar-se aos interesses colectivos, é bom ver que nem todos os políticos são lesmas invertebradas, quais «yesmen», que prescindem de ter opinião própria nos mínimos pormenores. Realmente, se o tratado exige unanimidade, deixa de ter sentido uma qualquer assinatura de um chefe de Estado. Depois do «Não» da Irlanda o tratado deixa de existir como tal e, após de receber alterações que mereçam a unanimidade, terá também outro nome, nem que seja o acrescento de um «- A» ao título inicial. E se não for conseguido acordo, também não há tragédia pois tudo o que começa acaba, e das grandes coligações do passado nenhuma existe actualmente.
O mundo está permanentemente em construção, e nada nem ninguém é eterno.

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