Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


30 de outubro de 2009

PSD - Políticos Sensatos Desapareceram?

Neste espaço tenho procurado ter sempre em vista o interesse nacional e tudo o que o possa afectar positiva ou negativamente, evitando referir com pormenor casos concretos e isolados de interesses de partidos ou de pessoas. Focar palavras e actos com significado nacional, sem ferir minimamente pessoas, embora elas estejam por trás do pano de cena. Por outro lado, é frequente centrar a observação nos governantes por terem jurado cumprir com lealdade as suas funções, coisa que não é exigida à oposição, embora se espere dela que, com as suas críticas, sugestões e até com propostas formais, procure colaborar na melhor governação para benefício de Portugal.

Mas, neste momento, passa-se um facto já várias vezes, repetido no maior partido da oposição que, pelo seu significado e consequências no edifício partidário nacional, pelo seu enfraquecimento ou mesmo possível aniquilamento, pode acabar por lesar Portugal. Trata-se de uma força política que já foi um bloco unido e válido e que hoje, em vez de bloco basáltico, não passa de um monte de brita de granito, sem coesão, sem magnetismo que congregue todas as energias para o mesmo rumo. Tem falte de bússola. Nestes últimos anos o espectáculo tem sido degradante e os seus mentores ainda não aprenderam a lição.

Estão à procura de novo líder, sinal de mais uma confissão pública de que erraram na escolha que fizeram há bem pouco tempo. Mas esse erro já se tornou uma constante como referi, em 5 de Março de 2008, no post «Políticos ambiciosos e egoístas». Desde a saída de Durão Barroso, nenhum líder aqueceu o lugar. Santana Lopes foi afastado e foi eleito (supostamente o melhor!) Marques Mendes, mas pouco depois de se sentar na cadeira forças internas procuraram retirar-lhe o tapete. Não descansaram enquanto não o substituíram por Luís Filipe Menezes (supostamente desta vez escolheram o melhor!) que quase se não sentava na cadeira e a pouco tempo das legislativas, mandaram-no dar uma volta e elegeram (o que significa escolher o melhor!) Manuela Ferreira Leite que logo começou a ouvir palavras hostis dentro do partido numa altura em que este se devia mostrar de dureza e coesão basáltica, para enfrentar as eleições. O tal monte de brita não consegue tornar-se em bloco de rocha inquebrável!

Agora a fragmentação de opiniões e os interesses pessoais, egoístas, sem pensar no partido nem no País, manifesta-se com grande exuberância. De um lado há a manutenção dos vícios e manhas de que o partido, tal como toda a política nacional, enferma, querendo mais do mesmo e escolhendo um ex-líder que já passou pela provação de ter sido abatido depois de pouco tempo de cargo, quando foi substituído por Durão Barroso. De outro lado há um jovem bem intencionado, com vistas largas sem as manhas e os vícios da politiquice, sem ter ainda provado as tentações do enriquecimento ilícito e da corrupção, por isso com mais possibilidade para enfrentar os barões infecciosos que têm brincado às eleições internas para gozo pessoal e prejuízo do partido e do País.

Sem me prender com a cor de grupo do autor destas palavras “O PSD tem que olhar para a frente com esta perspectiva: se quer mais do mesmo e olhar para uma lógica de passado ou se quer apostar numa nova geração de ideias, de propostas e de pessoas”, julgo serem merecedoras de meditação e, por isso, as transcrevo.

Portugal precisa de substituir todos os políticos viciados no que de pior ameaça a nossa Democracia, como tem sido visto em vários processos judiciais mediáticos e operações de nomes sonantes. Para isso há que dar a vez a gente nova com mais capacidade para se orientar por escalas de valores éticos que têm sido ignorados, ou mesmo espezinhados torpemente.

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16 de outubro de 2009

Democracia à Portuguesa ou
A Antítese da Democracia

A confirmação de desentendimento entre os partidos para governarem o país, contrariamente ao que se passa nos países nórdicos, os mais democráticos, confirma e põe em evidência a ausência dos seus princípios democráticos, a má fé e a ganância na conquista dos tachos e direito ao roubo impune.

Estamos neste momento a assistir ao esforço do Sócrates em governar Portugal e as dificuldades encontradas de acordo com o parágrafo precedente.

O Sócrates foi talvez um dos piores primeiros-ministros no que respeita à arrogância que arvorou no seu governo anterior e consequentes decisões infundadas. Não é que outros não o tenham sido, todos têm sido arrogantes, só que uns disfarçam melhor que outros. Um dos exemplos mais funestos da sua arrogância é provavelmente a falta de diálogo com os professores, impondo regras desadequadas, enquanto requisitos mais importantes e aquilo por onde se devia ter começado foram descurados – o comportamento dos alunos e a qualidade do ensino para ser reconhecido pelos países avançados – passando a ser apenas uma ideia vaga. Outro exemplo foi a adopção dum inconcebível acordo sobre a língua portuguesa, em que tampouco houve uma única reunião com os escolásticos ou ditos mestres e sábios da língua.

Estes abusos da sua parte não significam que não esteja presentemente empenhado numa intenção de capacidade governativa dum estilo bem mais democrático que aquele que até agora prevaleceu em Portugal. A questão de estar honestamente (tanto quanto um político se possa considerar como honesto – honestidade, aqui, refere-se exclusivamente ao assunto em causa) empenhado numa governação democrática em lugar da fantochada do costume. Para sua conveniência? Provavelmente, mas que a realizar-se abre novos caminhos, regras e oportunidades muito mais democráticas para o país.

Tem sido este um ponto sempre defendido nestes blogs, sustentado por um grande número de posts e há anos “martelado” no Site da Mentira. Não se pode mudar de ideias apenas por relativa simpatia ou antipatia por quem agora as arvore. Quem quer que critique apenas por sistema ou fundamentalismo partidário (como com o futebol), sem jamais reconhecer o que estiver bem, não merece o mínimo crédito. É o que a Manela Leiteira fez e que em parte foi reconhecido pela população, pois que mesmo com o enorme descontentamento pelo governo, o seu partido perdeu em toda a linha em ambas as eleições. Disse ela e os seus acólitos que saíram vencedores, mas os números falam mais alto e contrariam-nos.

A possibilidade de que o Sócrates esteja honestamente (honestamente sempre no sentido citado) a optar por um sistema mais democrático e dos de mais alto interesse para o país – pois que diferentemente de outros só pode existir numa democracia – também não implica que de futuro não possa vir a cometer outros crimes políticos idênticos aos que já praticou.

Há, porém, que notar que os políticos portugueses são uma corja de vigaristas e ladrões (vigaristas por vigarizarem os eleitores, ladrões por roubarem o estado), oportunistas que apenas pensam em se servirem do estado para satisfazerem os seus interesses. Jamais eles governam no interesse nacional. Estejamos bem cientes da realidade. As provas são infinitas e conhecidas de todos, começando pelo assalto aos postos da administração pública, a todos os níveis, pela escória de parasitas, militantes e amigos, grandes e pequenos, a cada mudança de partido no governo.

Os políticos portugueses são demasiado animalescos, vis e ladrões, interesseiros e falsos para estarem preparados para o tipo de governação aqui em causa. Não têm formação democrática, mas de ladrões e de vigaristas. Não se interessam pela defesa dos interesses nacionais por estes não corresponderem aos seus. Pelo seu comportamento, por muito que isto se repita nunca é de mais. Os partidos assaltam literalmente os governos para roubarem o estado, único interesse e alvo dos políticos.

Nestas condições não se podem fazer muitas ilusões sobre o que se deve passar num futuro próximo se o povo não correr com eles, a bem ou a mal. De lembrar que coligações com partidos que adoptam leis anti-sociais não podem interessar, ainda menos nesta altura.

Já ouvimos dizer que em lugar de colaborar no governo preferem fazer uma «oposição responsável». Para quem não emprenhe pelos ouvidos isto é uma confissão de declaração de guerra. «Os portugueses que se lixem, o que queremos é reconquistar os tachos.» Dificilmente estas declarações poderiam ser mais claras.

Outro disse que «se um governo propõe coligações com todos os partidos com ideias opostas está mais interessado em continuar no governo que no país…» Outra confissão, além de que se trata duma frase 200% anti-democrática face à realidade política constatada nos países que são exemplos de democracia. Vindo de quem vem, o Portas Judas, não é inesperado. Nada do género nos pode admirar vindo dum indivíduo da pior espécie de burlões, cuja táctica tradicional tem sido só e apenas vinculada pelo baixo instinto de enganar os mais pobres a fim de que com os seus votos ele os possa roubar para dar aos que mais têm.

A imaturidade e ingenuidade política dum povo atrasado e ignorante, mas que se crê sabedor e espertalhão, permitem que tais procedimentos possam frutificar. São cidadãos sérios, honestos e honrados, que protestam quererem políticos de confiança. Por isso que elegem criminosos condenados e democráticos que afirmam que »ética e política nada têm a ver uma com a outra».

Conhecemos também as idiotices dos outros dois partidos de esquerda, ditadas por interesses semelhantes: os interesses do país não correspondem aos seus. Juram o contrário. Ou melhor, perjuram, porque na ocasião de o provarem tomam outra direcção.

Os partidos que não são governo têm responsabilidades políticas: recebem dinheiro do estado. Não são apenas oposição, e têm o dever de colaborar na governação por intermédio do parlamento. Se não o querem fazer, mas apenas receber os Euros, estão a roubar o estado. Que se vão embora.

As eleições devem ser aceites, quer se concorde, quer não, inclusivamente e sobretudo pelos partidos. Os partidos devem colaborar em qualquer governo no interesse nacional. Sempre. A vontade do povo tem que ser respeitada, esteja ela certa ou errada, bem ou mal. Caso edificativo se passa actualmente na Venezuela: o procedimento do Hugo Chavez pode ser extremamente criticável, mas é aquele que os venezuelanos escolhem e aprovam. Para se fazerem escolhas acertadas e defenderem os seus próprios interesses, a cultura é necessária e imprescindível. Foi como se passou e continua a passar-se nos países nórdicos.

O que se passa actualmente com o partido socialista no governo passar-se-ia igualmente se fosse outro, nem se tenham ilusões. O problema não está nem nunca esteve nos partidos, todos eles necessários numa democracia, mas unicamente na corja mafiosa que os compõe, o que impede infalivelmente a existência de uma democracia. Portugal não é nem pode ser uma democracia. Só um ignorante, um atrasado mental ou papagaio o podem afirmar. A demonstração do atraso, ignorância e estupidez geral nacionais, que entregam a populaça nas mãos dos políticos sem escrúpulos ficou amplamente demonstrada no post anterior intitulado Judas.

Por demais, a constituição é uma esterqueira que permite tudo o que se passa e muito mais; dir-se-ia um manual para trapaceiros e burlões. A justiça, composta por gente que cresceu com eles e frequentou as mesmas escolas, só pode ter o mesmo crédito. Juízes que fazem greves como funcionários e que como eles exigem direitos semelhantes! Onde se viu? Outro bando de rascas arrogantes.

Que podemos esperar destes destruidores do país em nome dos seus interesses próprios? Nada de bom para Portugal, disso não restam dúvidas. Os tachos e a inveja dominam toda essa canalha abjecta. Em lugar de defenderem os interesses nacionais e aproveitarem a ocasião do momento para mostrarem algum civismo e procederem um pouco mais honestamente, à semelhança dos países democráticos que deveriam copiar, demonstram rancor por não poderem também roubar, defendendo unicamente as suas oligarquias de formação puramente mafiosa.

Que consideração merece esta cambada com tão baixos instintos, malvados mal-intencionados, ladrões e vigaristas, que lançou Portugal numa profunda crise sem fim da qual só com muita sorte e bons governos poderá sair num meio século? Fabricaram a miséria nacional, inventaram escolas cujos cursos importantes não são reconhecidos em países avançados. Nenhum partido jamais fomentou e manteve qualquer programa para o desenvolvimento cultural da população, mantendo-a num atraso incomensurável. Acabe-se com esta canalha. Corra-se com os ladrões, burlões e vigaristas que nos espoliam e nos gozam. Exija-se prestação de contas, domem-se as bestas. Se a bem não for viável, então que seja a mal. Deste modo é que não se pode continuar.

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14 de outubro de 2009

Maitê Proença, vergonhosa

Gosto de chamar a atenção para algo que considere necessário melhorar, mas sem ofender as pessoas na sua qualidade com defeitos e virtudes, como seres humanos. Tenho respeito por todo o ser vivo e seria incapaz de ofender os brasileiros ou os naturais de qualquer país. Mas não posso deixar de verberar a insensatez e a maldade viperina desta pessoa que veio a Portugal colocar muito mal vistos os nossos amigos brasileiros, porque os portugueses menos informados não deixarão de ceder à tentação de generalizar. Esta pessoa merece ser socialmente criticada no seu País e proibida de entrar em Portugal.
Transcrevo o post colocado por Ana Martins no Sempre Jovens.

Maitê Proença. Vejam o vídeo e divulguem por favor

A todos os leitores, amigos e visitantes deste espaço quero aqui formalizar a minha indignação pela atitude da actriz brasileira Maitê Proença, aquando da visita dela a Portugal.
Maitê Proença não se poupou a esforços para ridicularizar Portugal e portugueses, mas na verdade só demonstrou a sua total ignorância e ridícula foi ela.

Ana Martins

Segue-se o texto recebido por e-mail

Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=1GCAnuZD7bk

Este vídeo foi para o ar no programa Saia Justa. A actriz (?) e escritora (?) Maitê Proença estava em Portugal por causa de uma peça teatral e aproveitou o seu momentos de horas vagas (?) para fazer algumas imagens para o quadro do semanal do canal GNT. A pergunta é: como isso foi para o ar? O tema? Aquele mesmo assunto pobre de sempre: gozar com os portugueses. Como isso ainda não basta, ela terminou o vídeo cuspindo. A pergunta é novamente: para quê? Será um laboratório para ela ser “o próximo chafariz” da nova novela da TV Record?

Todo o vídeo é uma ofensa a Portugal e aos portugueses. Começa por ir a Sintra para mostrar uma porta de uma casa aparentemente comum com o 3 virado para a direita e, sem perceber o significado esotérico, zoa com os portugueses, pois diz que aquilo demonstra que está em Portugal - os caras nem sabem colocar direito um algarismo numa porta! Só vai a Sintra, que tem imensos monumentos, castelos e palácios, para gozar com aquilo.

Depois goza com o Tejo ser, para os portugueses, o mar, quando na realidade ela está junto ao Estuário do Tejo, onde o rio desagua no mar e ambos se confundem. Fala também no Salazar, de que ela não sabe nada, imaginando que, por ter sido um ditador, foi igual a Hitler ou a Mussolini. Goza com o túmulo de Camões, com o estilo arquitectónico manuelino, enfatisando o Manuel, nome injuriado no Brasil nas piadas de português e fala também no episódio no Hotel com o seu PC, quando o Hotel tem áreas de Internet e se tinha problemas com o seu Computador pessoal, deveria usar o equipamento disponível no Hotel para os clientes. O Hotel não tem obrigação de reparar os equipamentos pessoais dos clientes, sejam PC's ou carros ou máquinas de barbear ou sei lá o quê.

Eu acho que ela vai ter muita vergonha quando souber das reacções dos portugueses ao vídeo e vai pensar duas vezes antes de voltar a falar do país e dos seus habitantes. Infame, só revelou ignorância e rancor, talvez dor de cotovelo.

Enfim... vejam o vídeo e, por favor, divulguem:

http://www.youtube.com/watch?v=1GCAnuZD7bk
Publicada por Ana Martins

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11 de outubro de 2009

Judas

A maior prova da imaturidade política e deficiência na mentalidade da população portuguesa em geral, foi talvez a patenteada nestas últimas eleições parlamentares.

A sua ignorância política é tal que cai com a maior das facilidades nas armadilhas de políticos sem escrúpulos. Conhecendo-o, estes não deixam de aproveitar as ocasiões, tirando delas o maior proveito, impossível em qualquer país de não iletrados políticos em massa.

Populações menos ignorantes noutros países sabem a diferença entre as ideologias de base dos partidos, mas em Portugal, nem isso se enxerga. Não pode, todavia, deixar de se lembrar a movimentação verificada nas linhas de orientação dos partidos ao longo das últimas décadas. No entanto, não têm sido tão grandes a ponto de mudarem de pólo. Este assunto é abordado noutro post.

Um facto é, porém, bem claro e tem ficado inalterável através dos séculos. Embora os nomes direita, centro e esquerda sejam relativamente modernos, pois que datam da Revolução Francesa, o conceito sempre existiu (veja-se aqui o que também complementa este post).

Em princípio, a direita defende os direitos feudais e a supremacia dos mis ricos (no passado, os donos das terras), enquanto a esquerda defende os direitos humanos dos mais pobres e desprotegidos (no passado, os servos dos donos da terra).

Em países onde a pobreza é menor do que a da actual população nacional, compreende-se que essas gentes não se sintam tão agredidas pela miséria que conseguiram mais ou menos extirpa das suas casas, das suas vidas e dos seus países. Também é natural que já não sintam a tão grande necessidade de outrora em se defenderem contra os que não os exploram tanto como em Portugal. Cá, por contra, onde a miséria é muito mais abrangente e profunda, abarcando uma muito mais extensa parte da população, esta necessita de muito mais e eficientes medidas contra os que a exploram do que nesses países de costumes mais humanitários já estabelecidos e enraizados.

Como compreender, pois, que o CDS – o partido da direita que mais defende os mais ricos nas suas intenções de extorquir o dinheiro dos mais pobres para com ele se engordar mediante o aumento da miséria dos últimos – consiga um aumento de votos numa altura de maior miséria? É e nem pode ser outra coisa senão um voto suicidário, resultante da sua ignorância e consequente estupidez. (Como disse e explicou Victor Hugo: A ignorância é a mãe da estupidez.)

O procedimento do Paulo Portas só pode ser comparado ao do Judas bíblico. Nem as suas investidas às feiras e mercados têm outra intenção que não seja a de literalmente enganar, vigarizar e burlar os pobres ignorantes para lhes roubar os votos e em seguida o dinheiro e as poucas ajudas sociais proporcionadas aos mais pobres. Aos que espolia dá beijos de Judas.

As suas ideias são do conservadorismo mais arreigado. As suas propostas contrariam radicalmente as normas que fizeram avançar os países europeus mais desenvolvidos financeira e socialmente. Quando neles busca exemplos, esses exemplos existem em condições opostas àquelas que Portugal vive. Delas fazem parte o combate contra a criminalidade e o Rendimento Social de Inserção. Neste último há efectivamente problemas na sua atribuição em Portugal, mas ele encobre-os para empurrar as suas ideias contra os mais pobres.

É certamente verdade que entre os que desfrutam desta pequena ajuda há uma percentagem que a ela não deviam ter direito, mas se isso acontece é por mera culpa dos assistentes sociais e outros funcionários que fizeram mal o trabalho por pertencerem ao enorme grupo de calões que vivem, eles, à conta do Estado. Não merecem metade dos ordenados que auferem e fazem greves de alarves. Neste caso, o que o Paulo deveria dizer era que expulsassem esses parasitas e os substituíssem por desempregados mais zelosos no seu trabalho.

Porém, não é esta a sua ideia para corrigir o que está mal, mas a de se aproveitar do problema – escondendo-lhe a causa – para tentar impor uma maior miséria aos que já a têm de sobejo. Pode assim pedir a diminuição dos impostos, por exemplo, o que deveria agradar aos que mais têm, pois que são eles quem mais contribui. Todos sabemos que em todo o mundo é nos países europeus nórdicos, mais democratas e solidariamente sociais, onde os impostos são de longe os mais pesados. De algum lado tem que vir o dinheiro: pagam-no os mais ricos.

O raciocínio do Paulo Portas é mais do que simples: é o duma direita não honesta mas abusadora e anti-democrática. Só que, a imaturidade política e a ignorância infligida por uma desinformação geral, impede os eleitores de o reconhecerem. Ele não deixa de se aproveitar para os poder roubar e dar aos mais ricos. Consegue assim os votos dos dois lados: os dos genuinamente interessados e os dos logrados suicidários.

Outro caso expressivo é o do Rui Rio, que com mais de 55.000 pessoas a viverem graças ao mesmo subsídio, ou seja, de longe a maior percentagem nacional (muito mais de 10% da nacional, assim como da população da cidade), consegue enganar os eleitores lorpas e ir à frente das intenções de voto. De veras expressivo.

Devido à estupidez geral dos mais pobres, por falta de instrução, de conhecimentos e à desinformação permanente de que a banda dos pulhas jornaleiros é responsável, são presa fácil e lorpas crentes, carneiros que lambem a mão do carrasco que os sangra.

Próprio de qualquer país do terceiro mundo e de falsa democracia é também o tempo consagrado pela televisão aos relatos de imposturas dos políticos. Afinal, o que se pretende para se votar em consciência, não é a guerra partidária pela conquista do tacho, coisa que só a eles interessa e que deveria ser eliminada. O que interessa é conhecer os seus planos de governação e projectos, aquilo que farão por ou contra nós. O resto é lixo mal cheiroso que não nos deviam atirar para cima.

Acabe-se com um dos maiores impulsionadores da corrida ao tacho. A corrupção autorizada e impune, começando pelo impedimento de que os partidos do governo roubem uma enorme parte dos empregos administrativos aos cidadãos competentes. Atrasam assim cada vez mais a reestruturação dos serviços do estado, mantendo uma burocracia que é uma fonte de corrupção e de estagnação.

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1 de outubro de 2009

O Discurso Destabilizador do Presidente

Cavaco e Silva falou à nação há dois dias. Da maneira como falou e sobre o que disse, de certo julgava estar a pregar aos peixes.

Não se compreende a sua mentalidade. Escondeu o que deveria ter logo dito na ocasião. Não disse uma palavra sobre aquilo que deveria ter falado. Falou à população como se estivesse a falar a jornalistas. Mas que fantochada foi esta? Qual a seriedade de tal pessoa, que devia estar acima da de todos? Que confiança e respeito nos merece quem assim nos fala? Se não foi para nos enganar, então para que foi?

Conta-nos admirações suas completamente despropositadas, como aquela sobre a falta segurança sobre o seu sistema informático e de comunicações e do e-mail “hacked”. Quem se admira, sabendo-se que um adolescente conseguiu entrar vezes sem conta no sistema de comunicações computorizado do Pentágono, o mais bem protegido do mundo? Era a sua admiração um logro ou sincera. É que se era sincera, ele deve viver num outro mundo.

O PM sempre tinha razão ao dizer que o caso das escutas era um «disparate de Verão». Chegou até ao Outono e frutificou com as palavras desarrazoadas do presidente porque este não falou na devida altura e construiu uma montanha que ao fim de tanto atraso pariu um rato.

Um discurso ao país tão ridículo e desorientado nem teria sido feito por um Presidente da República da Bananas. Falou do que não interessava e foi um peixe para o que era (e continua a ser) o âmago da questão. Desculpou o seu pessoal e um jornal apoiante do seu partido.

Em lugar de serem fonte de estabilidade, as suas palavras perturbaram, geraram instabilidade no país e insegurança na população.

Enfim, o mais óbvio a concluir pelas suas afirmações é que o caso das escutas, tal como foi abordado e por ele abafado, vistas as consequências possíveis teria sido um golpe do PSD para ganhar as eleições, pois que lançou pesadas suspeitas sobre o governo no momento em que mais prejudicaria o PS. Teremos um presidente indigno que tenta ajudar o seu partido com alcovitices e suspenses quixotescos?

Afinal, o presidente não tem conselheiros pagos pelos mesmos pacóvios que lhe pagam três reformas chorudas? Que fazem esses indivíduos que o aconselham a tamanhas barbaridades e a contar historietas ridículas que só o desprestigiam e fazem dele um bobo? É a sua segunda alocução em que fala e não diz nada de interesse. Ou o interesse está escondido, afogado em partidarismo deslocado.

A sua eleição foi um erro só possível devido à cobardice, estupidez e desmemorização de atrasados dos seus eleitores que elegeram o seu próprio carrasco – o coveiro de Portugal, termo pela primeira vez usado nestes blogs e desastrosamente copiado pela Manela Leiteira –, tal como foi amplamente mencionado na altura. No entanto, esperava-se que tivesse mais senso e não se contrariasse de forma tão evidente. Fala todo o tempo em estabilidade e dá-nos destas.

Este post não foi publicado logo após o seu discurso porque devíamos escutar os vários comentadores que ouvimos, mas todos chegam a conclusões semelhantes.

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