Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


22 de dezembro de 2012

Greves. Porquê tantas ?

Ultimamente, apesar de a situação de crise aconselhar a aumentar a produtividade, em benefício da economia nacional, isto é, do aumento do bem-estar dos portugueses, tem-se usado e abusado das greves, algumas que nada prejudicam os causadores do mal-estar, mas que provocam sérios incómodos aos inocentes utentes dos serviços públicos.

A notícia intitulada Tribunal intima administração da RTP a reunir-se com trabalhadores sugere meditação sobre as relações entre trabalhadores e entidades patronais.

Primeiro a interrogação: porque será que, dizendo-se que estamos em democracia, essa reunião entre administração e trabalhadores não teve já lugar, de forma espontânea, sem ser necessário a imposição do tribunal? A resposta não pode afastar-se da qualidade dos administradores e gestores de instituições e empresas públicas e ou dependentes de dinheiro público.

Geralmente, salvo eventuais excepções, eles não ocupam os cargos por reconhecida competência técnica e de liderança, mas apenas por troca de favores, compadrio, cumplicidade ou conivência com os detentores do Poder político. Como estão ali para receber um bom salário e pouco ou nada sabem, não têm possibilidade de dialogar com os representantes dos trabalhadores.

Por estas razões, o diálogo, que deve ser uma análise das realidades e dos pontos de vista dos litigantes e consta de cedências de ambas as partes para encontrar o ponto de entendimento, nunca é concludente, porque há um grande desequilíbrio entre as capacidades das partes dialogantes: dum lado, está o sindicato, com profundo conhecimento dos problemas em litígio, e experiência de argumentação, obtida ao longo de anos de luta. Do outro lado, está o administrador sem a mínima capacidade, interessado em agradar ao Poder para manter o tacho, com a agravante de usar da arrogância devida ao apoio que a política lhe concede, e não está disposto a fazer cedências. O resultado é o sindicato suspender a fantochada das negociações e ir para a greve.

A greve constitui o último degrau da escalada de conflito entre a entidade laboral e a entidade patronal, como a guerra o é nos conflitos entre Estados. Muitas vezes a guerra é dispensada por ter havido acordo, em diálogo directo ou por intermédio de mediadores aceites pelos dois lados. No diálogo há sempre cedências de ambas as partes, as quais são maiores ou menores conforme a capacidade de diálogo, os argumentos utilizados pelas partes.

Há dias, um amigo salientava a ausência de greves nas instituições militares, mas há uma explicação para isso. É uma questão da reconhecida competência e valor da autoridade patronal, neste caso dos comandantes das unidades e da instituição. Entre os militares, normalmente o comandante, pela sua preparação inicial e continuada, a experiência adquirida ao longo do tempo de serviço, o ascendente que tem sobre o pessoal e, porque não, a disciplina por todos assumida, compreendida e aceite, tornam desnecessária a greve. Esta só poderá acontecer com a conivência do comando contra a tutela política (só em situação pré-revolucionária).

O militar, desde os primeiros postos, aprende o trabalho de equipa e a compreensão dos subordinados, por forma a que no combate, quando olhar para os lados e para trás veja que os seus colaboradores estão consigo e não se encontra isolado em frente do inimigo.

Nas empresas com características públicas ou municipais, os responsáveis, muitas vezes, não possuem saber, sensibilidade e experiência para liderar a equipa em cuja chefia foram colados artificialmente.

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19 de dezembro de 2012

Eu e os Outros. Nós e a Natureza

Nesta quadra natalícia, e obedecendo à tradicional frase de que «o espírito de Natal deve estar presente todo o ano», convém fazer uma análise do ano findo, rever comportamentos e aperfeiçoar a conduta a fim de o próximo ano ser melhor e iniciarmos um futuro construtivo seguindo os melhores valores de convivência com os outros e com a Natureza.

Não é preciso inventar nada. Desde há séculos que se recita a ideia de que deveis «amar os outros como a vós mesmos» ou de que «não devemos fazer aos outros o que não desejamos que nos façam». Neste conceito, os outros são todos os que estiverem para além da nossa pele, sejam familiares ou amigos, do nosso clube ou de outros, independentemente da cor da pele, da nacionalidade, das convicções, etc.

É nosso dever não hostilizar os outros e respeitar seriamente os seus legítimos direitos. Nos anos mais recentes instalou-se o fanatismo dos direitos, toda a gente fala nos seus variados direitos, mas ao pronunciar a palavra esquecem que deve haver deveres para que os dois pratos da balança – direitos e deveres - estejam em equilíbrio. E o principal dever é respeitar os outros, não os prejudicar no exercício dos seus legítimos direitos.

Este dever de respeitar os direitos dos outros é muitas vezes esquecido e muitas autoridades esmagam, sem a mínima consideração, os que dependem de si e que, por isso, ficam mais desprotegidos. É dever também desempenhar as suas tarefas honestamente com permanente vontade de ser eficiente, excelente. Os que têm o dever de zelar pelo bem-estar da população, devem ser escrupulosos e não viver acima das possibilidades dos contribuintes, isto é, devem fazer escrupulosa utilização do dinheiro público. Para isso, a estrutura deve ter apenas o peso e o volume indispensável à finalidade de governar bem o país, sem burocracias excessivas, sem instituições desnecessárias, sem mordomias desproporcionais às possibilidades dos contribuintes. As tarefas de cada órgão devem ser claramente definidas, com rigorosa atenção ao interesse dos cidadãos. O controlo das actuações deve ser isento e imparcial e a aplicação da Justiça deve ser geral sem criar excepções de imunidades e impunidades injustificáveis.

Mas além do nosso respeito pelos outros, há um outro dever que costuma ser esquecido é aquele que se refere à casa de todos nós, à Natureza. A nossa vida depende do ambiente, não apenas daquele que fica ao alcance da nossa mão, da nossa visão, mas de todo o planeta. Cada gesto nosso tem influência na saúde ambiental: a água que consumimos, o lixo que produzimos, os gases e vapores que enviamos para a atmosfera, o excesso de consumo e, principalmente, o desperdício, empobrece o património colectivo, os recursos que escasseiam e nos farão falta e aos vindouros.

E além da Natureza como nosso habitáculo, devemos respeitar os seus habitantes, animais e vegetais. Quanto aos animais, não posso deixar de sublinhar o egocentrismo e a arrogância que levou os humanos a considerarem-se «racionais» em oposição aos restantes habitantes da terra que qualificou de «irracionais». Tal classificação foi devida a ignorância e presunção dos humanos, pois, os animais não humanos raciocinam de forma mais coerente e pragmática do que muitos humanos e, frequentemente, dão lições de convivência, de afecto entre os familiares, os do mesmo bando e, o que é impressionante, em relação a tipos de outras espécies e raças. Nisto aparecem exemplos que devem envergonhar os humanos racistas, xenófobos, com aversão aos que seguem religião diferente ou são adeptos de outros clubes ou de outros partidos.

O espírito de Natal deve ser aproveitado para reflectir nestes problemas, de forma simples e sem preconceitos e, depois, procurar rever os comportamentos habituais de maneira a contribuir para maior harmonia e paz em relação aos outros e à Natureza em todas as suas facetas. «Amai os outros como a vós mesmos».

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9 de dezembro de 2012

Enriquecimento ilícito na mira da Ministra

Muito se tem escrito a apontar danos causados na vida nacional pelo «enriquecimento ilícito», pela «corrupção» e pelo «tráfico de influências» e a referir exemplos preventivos e punitivos utilizados em países mais avançados do Norte da Europa e de outros continentes.

Está provado que a luta contra estes flagelos é possível desde que haja vontade política.

Hoje surgiu a notícia de que a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, exortou a um "envolvimento cívico" pela defesa da criminalização do enriquecimento ilícito e advertiu que não desistirá desta lei, que "irá ao Tribunal Constitucional as vezes que for preciso".

Oxalá não lhe desfaleça o entusiasmo, pois terá de enfrentar todos os indivíduos que fazem parte do polvo, ainda no activo e dele já reformados. E eventualmente, terá de inserir alterações na Constituição que permitam inverter o ónus da prova e outros mecanismos do Código de Justiça.

É curioso que mesmo nas altas instâncias da Justiça tem havido opiniões de que não é possível combater estes crimes económicos. Por exemplo, são da magistrada Cândida Almeida as palavras “Digo olhos nos olhos: O nosso país não é corrupto, os nossos políticos não são corruptos, os nossos dirigentes não são corruptos” pronunciadas perante numerosa assistência de sociais-democratas.

Não vai ser fácil a tarefa a que a Srª ministra se propõe. Oxalá tenha o maior êxito para bem de Portugal, contribuindo para moralizar o regime e cortar ao polvo os seus inúmeros tentáculos e a sua perigosa virulência.

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26 de novembro de 2012

Democracia ou Ditadura a prazo ???

Em ditadura, os donos do quintal fazem dele aquilo que lhes aprouver, sem se preocuparem com os desconfortos, os descontentamentos das suas vítimas. Eram vitalícias, só terminando com a morte ou destituição violenta do «gestor». Mas parece terem passado de moda as ditaduras clássicas sendo substituídas, sob a capa flexível da dita democracia, a ditaduras a prazo renovável, de quatro ou cinco anos, em que os governantes esquecem que são mandatários da vontade dos eleitores e evidenciam a sua vaidade, arrogância, ambição, teimosia, custe o que custar, doa a quem doer, parecendo guiar-se pelo lema «os meus súbditos que se lixem».

E, por isso, não espanta o título da notícia Passos afasta revisão Constitucional e diz não temer impopularidade, frase que nenhum ditador clássico recusaria assinar.

Mas é certo que qualquer mudança gera dificuldades nas pessoas, por exigir esforço de adaptação, e isso acontecerá quando surgirem os resultados da tão prometida «Reforma do Estado» para os «cortes das gorduras». Esperemos que, ao decidir tais mudanças, se isso vier a acontecer, Passos não deixe de cumprir o seu lema de «não temer impopularidade» e corte onde deve ser cortado em vez de se limitar a exigir sacrifícios sobrepostos e repetitivos aos desfavorecidos pelo Poder.

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23 de novembro de 2012

Reformar o Estado e Cortar Gorduras para Vencer a Crise


Desde a campanha eleitoral, há ano e meio, temos vindo a ouvir promessas de «reformas estruturais» para «cortar gorduras», vencer a crise e a recessão e regressar ao crescimento e à melhoria da vida dos cidadãos. Como os números e os sinais da crise indicam, nada disso passou de fantasia e de palavras vãs.

Parece que os governantes, se comportaram como «neuróticos obsessivo» (de acordo com o conceito de José Gil em «Portugal, Hoje») que estão convencidos de que os seus pensamentos valem por acções, que o desejo de agir equivale a uma acção efectuada. E, como a realidade nos mostra, no caso dos nossos políticos, nem sempre as palavras correspondem a pensamentos claramente formulados. O próprio Vítor Gaspar, acaba por se distrair e confessa que não tomou as medidas mais adequadas ao problema que tinha entre mãos.

Agora, já passados 18 meses de governo se volta a falar que sem redução do Estado "haverá aumento de impostos em 2014" mas que o Governo está aberto a propostas sobre reforma do Estado e que aceita propostas sobre reforma do Estado até Junho de 2013, data em que terão já sido perdidos dois anos de retrocesso. E para refrear as esperanças optimistas e tirar ilusões falaciosas, logo Cavaco Silva alerta, para que Reforma do Estado vai levar muitos meses.

Mas, entretanto, uns «boys» fanáticos apoiantes e defensores incondicionais do seu líder, talvez movidos pelo objectivo pessoal de não perderem oportunidades de enriquecimento rápido à custa do Estado, afirmam e fazem circular por e-mails que já não há «gorduras» a cortar. Isso é total ausência de sentido de Estado, de dedicação ao bem público, falta de sensatez e noção das realidades.

Mas as pessoas que estão atentas interrogam-se:
Quantos assessores inúteis existem nos gabinetes dos governantes e deles dependentes?
Quantos «observatórios» existem sem servirem para nada que seja indispensável e realmente útil?
Quantas fundações são financiadas pelo Estado só para benefício dos seus administradores, etc...?
Quantas empresa são subsidiadas para produzirem touros e outras futilidades?
Quantos funcionários a receber como nababos estão inscritos como «trabalhando» no gabinete do PM? 57 ?
Quantos carros possui o Estado? Para quê?
Não chegariam dois (no máximo) por cada serviço?
E esses poucos que ficariam não poderiam ser mais baratos?
E a PR paga salário a quantos «colaboradores»?
Não poderiam ser reduzidos a 10% ou menos?

Gorduras? Para se aumentar a lista basta puxar pela cabeça e topamo-las a cada passo!!! Para quê tanta ostentação de opulência sem bases para a suportar?
Na realidade, os governantes e seus amigos e coniventes vêm vivendo muito acima das nossas possibilidades.

Efectivamente, se forem reduzidas as mordomias e simplificada a estrutura do Estado e a burocracia, as despesas ficarão muito reduzidas, com maior dinamismo da acção administrativa e sem tanta oportunidade ao enriquecimento ilícito e à corrupção.

Claro que depois haverá menos energúmenos a quererem ser políticos... mas daí não vem mal à Nação, pois darão lugar a pessoas sérias que não se importarão de contribuir para o engrandecimento de PORTUGAL, sem estar subjugados à ambição obsessiva do enriquecimento por qualquer forma, como vem acontecendo.

Enfim, isto exige um debate público, aberto, sem censura, com incentivo a que os portugueses possam exprimir o seu pensamento serenamente, sem amarras nem repressões. Oxalá os responsáveis consigam encontrar o melhor rumo para bem dos portugueses de hoje e de amanhã.

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5 de novembro de 2012

Não há consenso por imposição

Consenso (consentir, sentir com) não pode ser considerado «imposição arrogante de uma decisão obrigando a obediência incondicional». O consenso deve ser formulado na preparação da decisão, a qual deve representar o consentimento e a aceitação das partes envolvidas. Resulta de diálogo em que as partes fazem cedências até se chegar a um acordo.

Para se chegar a tal resultado, com soluções isentas de ideologia, com realismo e viabilidade, em que é colocado acima de tudo o interesse nacional, foram inseridos no post «Ramalho Eanes, o patriota» links de posts em que são referidas diversas sugestões para se definir uma estratégia para o futuro do País, com crescimento, modernização e aumento do bem-estar dos cidadãos.

Mas infelizmente, a capacidade dos eleitos não lhes permite encarar as melhores soluções e abusam das palavras sem respeitarem o seu conteúdo. Não é por isso de admirar que Seguro tenha dito a Passos que Governo e troika têm de resolver problema que criaram, em resposta ao «convite para um debate sobre a forma de cortar 4 mil milhões de euros na despesa pública».

Disse: "Reiterei a posição do PS, de que deve ser o Governo e a troika a encontrar uma solução para o problema que eles criaram, com a esta política de austeridade, e compete-lhes, Governo e troika, encontrar a solução para os cortes que acordaram, no âmbito da 5ª avaliação" ao processo de ajustamento.

Este episódio vem dar razão a Marcelo Rebelo de Sousa quando disse que discutir “refundação” é um “debate do nada” e que «no meio da “vacuidade” que tem sido o debate, concorda com o silêncio do Presidente da República. “Falar sobre o zero era uma banalização das funções do Presidente”».

Parece que se fala demasiado de democracia, mas que se tem maior tendência para a ditadura, do «quero posso e mando», «custe o que custar» «doa a quem doer». Para onde estão a arrastar Portugal???

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28 de outubro de 2012

Decisões com vista a resultados

O Sr PM afirmou que «sobre as possíveis medidas de redução da despesa impende esta obrigatoriedade, que temos de levar inteiramente a sério: na posição delicada em que nos encontramos, têm de ser medidas que nos garantam resultados com um grau elevado de certeza».

O Sr. PM diz muito bem e essa obrigatoriedade deve aplicar-se a qualquer decisão, porque os portugueses não devem ser obrigados a suportar erros dos governantes. É para isso que aqui muitas vezes se aconselha que é indispensável «Pensar antes de decidir».

Mas quando se iniciou a austeridade, parece que o Sr PM não usou desse cuidado de garantir «resultados com grau elevado de certeza». Certamente que não, pois os resultados têm-se manifestado no aumento do desemprego, no encerramento de empresas por a queda do poder de compra dos consumidores lhes ter reduzido a facturação, na diminuição da colecta de impostos, no recurso crescente à esmola das IPSS, etc

Os «bons resultados» da austeridade imposta levianamente, sem analisar seriamente outras soluções, têm apenas sido vistos pelos bancos e grandes empresas (BPI , Santander Totta, Jerónimo Martins, etc), que obtiveram benefícios na falta de equidade da austeridade. Pela sensata afirmação do Sr PM parece poder concluir-se terem sido esses os resultados que desejava, ou será que considera que errou nas suas decisões e agora quer mudar de metodologia para preparar as futuras decisões?

Feitas do Amaral sugeriu medidas diferentes. O mesmo aconteceu com João Salgueiro. E, agora Marques Mendes está mostrar caminhos que parecem conduzir a resultados «com um grau elevado de certeza». O que será que falta para que seja seguida uma boa escolha de entre as soluções possíveis?

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24 de outubro de 2012

Bruxelas ampara Gaspar

É ridículo que tenha que ser lembrado aos «operadores de calculadoras» que o défice é o resultado de uma operação aritmética denominada subtracção e que ocorre quando o aditivo é inferior ao subtractivo, isto é, quando as receitas são inferiores às despesas. Dito de forma a ser melhor compreendido, no caso actual, há défice sempre que as despesas são superiores às receitas, quando se gasta mais do que se pode pagar.

Isso foi explicado no post Governo não pensa em orçamento. Só pensa em receitas, isto é, os «operadores das calculadoras» centraram toda a sua capacidade nas receitas e criaram a austeridade que deu recessão mas, não satisfeitos com os maus resultados, agravaram as medidas antes aplicadas. Depois, o post Défice, receita e despesa. Bruxelas avisa mostrou que a UE pretendia chamar à razão os nossos fanáticos dos números e indiferentes às pessoa, para os levar a ver alternativas e o nosso compatriota João Salgueiro explicou que Há alternativa para a austeridade.

Mas a obsessão é tal que nada demoveu os autores do OE de seguirem pelo caminho pedregoso que conduz ao despenhadeiro e a UE não resistiu á tentação de intervir ostensivamente para impedir a catástrofe e, depois de os avisos terem batido contra orelhas moucas, decidiu ser mais acutilante e impôs que o Governo tem um mês para apresentar um plano B a Bruxelas, com medidas de redução da despesa, para a eventualidade de a receita fiscal não atingir valor suficiente. Esta medida apresenta-se muito paternalista dado que o Governo parece indiferente ao facto de que a receita fiscal já caiu 4,9% até Setembro.

E é preciso reflectir que as despesas a reduzir não devem ser aquelas que vão prejudicar os cidadãos mais carentes que, devido à austeridade, já apertam o cinto á volta das vértebras descarnadas. Há que olhar seriamente para o esbanjamento do dinheiro público como as despesas inúteis, não essenciais e desnecessárias, com apoios financeiros às «fundações» que os não mereçam pela fraca qualidade ou ausência de resultados realmente úteis para os cidadãos e/ou com gestão desadequada e exageradamente custosa que só dão benefício para os administradores tachistas da amizade e da «confiança» dos políticos. O mesmo se pode dizer de observatórios sem utilidade prática ou proporcional aos custos, de apoios a actividades sem justificação que não seja apenas o apoio a amigos, de quantidade desnecessária de assessores, de especialistas, de conselheiros, de consultores, etc. Por exemplo, para que servem tantos deputados eleitos pelo povo se, apesar da sua qualidade e quantidade, o Parlamento vai gastar 406 mil euros em estudos encomendados a gabinetes amigos, nos quais, eventualmente, poderão trabalhar deputados?

Também o Governo, apesar da quantidade de assessores e especialistas, não se poupa à generosidade de encomendar estudos e pareceres a gabinetes de advogados amigos. Recorde-se que o Governo anterior tinha pago centenas de estudos e pareceres a justificar o Aeroporto de Lisboa na OTA, o qual acabou por ser destinado à região de Alcochete. Assim se criam e agravam as crises que resultam no empobrecimento imposto à classe média e baixa, apesar de, ocasionalmente, se ouvir falar do desejo de obter «justiça social».

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19 de outubro de 2012

Comunicar com objectividade

Se o aparecimento de responsáveis políticos nos órgãos de comunicação não for para comunicar com verdade, clareza e precisão, pode tornar-se perda de tempo, propaganda ou pantomina de diversão.

«O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, criticou nesta quinta-feira os anos de governação socialista e acusou o PS de ser o responsável pelo Orçamento do Estado que o Governo apresentou na segunda-feira ao país.»

No momento actual, nada adianta estar a tomar culpas aos causadores da crise. Esses deveriam estar a contas com a Justiça se ela funcionasse. Os actuais governantes é que têm responsabilidade de resolver todos os problemas agora existentes e procurar, para eles, as melhores soluções. Foi para isso que nos pediram o voto. É para isso que lá estão.

O nosso papel de eleitores e contribuintes deve ser a crítica civilizada e construtiva para os pressionar a reparar aquilo que não está bem. Um político, por norma, como ser humano, é avesso à mudança, às alterações, e preguiçoso e, diz a experiência que, nada fará se não for pressionado e empurrado.

O nosso dever é estimular a sua acção para defender os interesses nacionais e melhorar a vida dos portugueses. Fazer isso não é ser do contra, nem revolucionário, é ser patriota, amigo de Portugal.

O ministro da economia, mostrou grande incompetência ontem por ter dito mal do governo anterior, já saído há quase ano e meio, em vez de mostrar obra feita neste já largo tempo de governação do actual Governo. Ou será que, ao fim de todos estes meses, não tem resultados a mostrar, de que se orgulhe? É pena ver políticos no poder a perder tempo fazendo guerras partidárias, em vez de falarem dos reais problemas que afectam os portugueses. Em momento de grave crise, todos os esforços devem ser orientados para atrair todos os sectores a colaborar na escolha das melhores soluções com consenso alargado, a fim de serem obtidos os melhores resultados para bem dos portugueses. Lutas partidárias não são, neste momento, o que o país mais precisa nem são patrióticas. Façam e digam os resultados, mostrem as razões que os levam a tomar cada decisão. Tal informação, com verdade, transparência e objectividade, é que deve ser o tema das suas palavras em público, para conseguir a maior convergência de esforços.

Essa é que será a mais eficaz propaganda que os eleitores gostarão de ouvir.

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17 de outubro de 2012

Agora mostrem quanto valem !!!

Em época de o ministro das Finança levar muita pancada, vinda de variados sectores, inclusivamente da Coligação, ele teve uma atitude de rara ousadia na nossa viciada política, desafiando os deputados a proporem cortes na despesa do Estado.

Esta atitude vem recordar-me os tempos de rapaz em que se usava a expressão «não és homem nem és nada se não reages ao desafio». Espera-se que os senhores deputados, principalmente os da oposição, aceitem este desafio e evidenciem o seu valor, a sua moralidade, o seu patriotismo e não deixem de indicar ao senhor ministro as soluções tão faladas, e que não exigem invenção, pois basta ir aos países nórdicos e adaptar ao nosso País as soluções que lá usam.

Só para uma pequena sugestão: cortar a quantidade de deputados, de assessores, de especialistas, de consultores, de apoios a fundações sem utilidade indispensável ou mal geridas, de observatórios não absolutamente necessários, de comissões, de grupos de trabalho, de empresas públicas, de contratos com PPP, dos carros de deputados e de outros servidores do Estado, de municípios, de freguesias e de muitas e diversas mordomias e outras despesas não directamente contributivas para o bom funcionamento da máquina pública e para a vida dos portugueses, etc. etc.

E não esquecer de legislar para reduzir a burocracia ao mínimo indispensável, para combater eficazmente a corrupção, o tráfico de influências e o enriquecimento ilícito, etc.

Na verdade, este desafio não pode ser desprezado por deputados patrióticos que queiram mostrar a sua dedicação ao interesse nacional, como deve ser seu apanágio. Não lhes falta campo para dominar a bola que lhes é passada e a devolver à baliza de Vítor Gaspar.

Ficamos à espera de saber se são homens para isso…

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24 de setembro de 2012

Problemas não se adiam, resolvem-se

Tenho recebido muitos comentários de pessoas afectas à área do Governo que, para aliviar a imagem deste, arranjam os mais variados pretextos para justificar o adiamento de situações problemáticas e graves, ou porque as causas vêem de trás ou porque as soluções são difíceis e custosas, exigindo coragem e sacrifícios de mordomias e privilégios.

Quanto às causas, é vulgar a insistência nos erros surgidos imediatamente após o 25 de Abril e agravados continuadamente pelos sucessivos governos. Dizem que os exageros da má governação atingiram o máximo no tempo de Sócrates, mas não querem aceitar que no actual Governo foi acelerado o agravamento da crise, com a austeridade, o desemprego, a fome, o encerramento de empresas, etc.

Ora, quer a causa esteja no Afonso Henriques, no 5 de Outubro, no 26 de Maio ou no 25 de Abril, a verdade é que o problema existe e está actualmente a sacrificar demasiado os portugueses mais carentes e desprotegidos, embora os mais poderosos e favorecidos pela política continuem com o seu luxo e espavento. Portanto, há que, sem demoras, já, se corte este vício de deixar o País deslizar velozmente para o abismo.

Não se pode deixar tal tarefa para os que hão-de vir, no futuro, porque, depois, as dificuldades serão maiores e de solução muito mais difícil. Custe o que custar, a tarefa compete aos actuais detentores do Poder. A solução tem que ser realizada já, hoje, agora, pois não admite adiamentos.

Mas há quem justifique a falta de decisões para eliminar fundações, observatórios, instituições diversas, empresas públicas e autárquicas e outros sistemas parasitários sugadores do cofre do Estado sem proporcional benefício para os cidadãos, porque tais eliminações obrigariam a indemnizações a «boys» e a «girls», por despedimento antes do fim do período de contrato. Isto é demagogia. Se tal critério fosse tão respeitado para todos os cidadãos, não haveria, hoje, tanto desemprego, pelo País fora. A racionalidade da vida diz que é preferível amputar uma perna gangrenada do que deixar que ela infecte todo o corpo e cause a morte. Com efeito, o benefício do desaparecimento de uma organização deficitária e sem utilidade efectiva (a não ser para os tachistas que alberga) acabará por, em breve prazo, cobrir as indemnizações e, depois traduzir-se em benefício financeiro para o orçamento e em vantagens para a moralização do sistema.

Parece não haver dúvidas nas linhas gerais deste raciocínio, mas começa a tornar-se evidente a ausência de patriotismo e verdadeira coragem dos políticos eleitos em exercício para defender os interesses nacionais e submeter-lhes os interesses pessoais, próprios e dos seus amigos, cúmplices e coniventes. Quando surgirá tal coragem? Quem será o heróico salvador de Portugal nesta data dramática?
A João Soares, 24 Setembro 2012

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23 de setembro de 2012

Muitas cigarras e poucas formigas

Costuma ser perda de tempo ler ou ouvir os ditos dos governantes porque, depois de espremido, sai apenas água e nem sempre potável. Mas há exceções e, agora, surge, talvez por descuido do Sr. Ministro Miguel Macedo, a afirmação de que Portugal é “um país de muitas cigarras e poucas formigas” (para ler o artigo faça clic no link). A frase tem muito de verdade e merece ser devidamente ponderada.

Em quantidade de pessoas, as formigas são mais numerosas e são as maiores, ou únicas, vítimas da voracidade das medidas de austeridade que não param de lhes sugar o tutano, para benefício das cigarras. Para mais, muitas formigas, na sua vontade de produzir, queixam-se de não as deixarem labutar para seu sustento e das suas famílias e estão confinadas ao desemprego.

Por outro lado, as cigarras (preguiçosas e improdutivas que não param de «cantar» na comunicação social e de explorar as formigas) , embora possam ser em menor quantidade do que as formigas, possuem uma voracidade que não se satisfaz com a total exploração das pobres formigas que pouco usufruem do muito que labutam.

Parece que o Sr. Miguel Macedo advoga a redução das cigarras e a melhoria das condições de trabalho das laboriosas formigas. Convém recordar-lhe que são bem conhecidos os enxames de cigarras a controlar e a reduzir: assessores, deputados, jotinhas, sanguessugas de fundações desnecessárias, peste ligada à invenção de «observatórios» e de instituições que, aparentemente, nada fazem de útil ou indispensável, mas que custam caro às formigas que constroem o «morro de salalé» do erário que alimenta todas as cigarras, PPPs, empreas públicas e autarquicas, etc.

Realmente, estando atento aos muitos e-mails que circulam com informação acerca das cigarras de luxo que abundam escandalosamente num País em crise, em que as formigas sofrem de carências vitais, é justo que se afirme com maiúsculas que somos «UM PAÍS DE MUITAS CIGARRAS E POUCAS FORMIGAS”, pois não há formigas que cheguem para alimentar toda ambição de ostentação das cigarras.

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14 de setembro de 2012

A defesa não conduz à vitória

A frase do título é muito conhecida no futebol, hoje tanto em voga para desviar as conversas dos problemas essenciais da sociedade. Também as antigas fortificações de fronteira, de que á bom exemplo a Grande Muralha da China, não foram suficientemente eficientes para evitar invasões e muito menos para levar à vitória. Também as couraças e as blindagens, se foram tornando, sucessivamente, ineficazes e sofreram reforços, mas o poder atacante foi sempre decisivo e vencedor. O ataque é a melhor defesa.

Esta reflexão vem a propósito da notícia de que a segurança do primeiro-ministro e de alguns ministros foi reforçada, o que leva a concluir que os serviços responsáveis estão conscientes do agravamento do descontentamento e da indignação da população, e pretendem garantir, a todo o custo, a salvaguarda das entidades que devem defender. Estão movidos pela determinação de cumprir com zelo e eficácia a sua missão.

Mas a defesa nunca é totalmente eficiente, como mostrou o assassinato de Indira Gandhi, por dois guardas pessoais de um grupo étnico que estava descontente com o governo, o de John Kennedy, o de Olof Palm, o de Anuar al Sadat por atiradores de uma unidade de elite durante um desfile militar em cerimónia oficial, etc.

E, não sendo a segurança física absolutamente eficaz contra o descontentamento e a indignação, deve ser orientado o esforço para prevenção, através da boa aplicação da democracia, actuando lealmente a favor do bem estar do povo, da justiça social, da redução do fosso entre os mais ricos e os mais pobres, com clareza e transparência, explicando de forma compreensível quais as soluções possíveis para cada problema e a razão porque se optou por uma e não pelas outras. Claro que isto coloca de lado as soluções oníricas inspiradas por momentos «geniais» que depois são teimosamente impostas, «custe o que custar». Esse ataque frontal, bem estudado com intenções patrióticas, é que leva à vitória e é a melhor defesa contra todos os perigos.

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7 de setembro de 2012

Brincando com o Fogo...

A notícia do dia saiu há cerca de duas horas Governo aumenta contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, passando a contribuição dos trabalhadores dos actuais 11% para 18%. Fazendo bem as contas, trata-se de um aumento de 63,6% (18:11-1x100) . Isto é mesmo brincar com o fogo.

E não lhe faltaram conselhos de pessoas prestigiadas da sua área ideológica. Por exemplo, o PR disse que «mais sacrifícios devem ser para os que ainda não os suportam, mas o governo decidiu causticar mais os que já têm sido mais penalizados e sem resultados visíveis na melhoria do défice (a obsessão das finanças). Por outro lado Freitas do Amaral, ex-líder do CDS e ex-parceiro do PPD na AD defende subida dos impostos para os mais ricos.

Isto faz lembrar a frase de John Bradshaw (1933-….) Educador americano « "Vergonha" é uma emoção que nos deixa saber que somos finitos». Mas os nossos políticos, vindos da carreira política, consideram-se infinitos, usando da mais refinada arrogância, impondo os seus caprichos «custe o que custar», chamando aos cidadãos piegas, histéricos, etc. e rodeando-se de assessores oriundos da mesma «carreira», autênticos «yesmen» que aconselham ao chefe aquilo que ele goste de ouvir e, depois, procuram tapar os erros com desculpas esfarrapadas do tipo crescimento positivo em oposição ao crescimento negativo.

E porque não se explica quais os factores decisivos que impediram a concretização das expectativas criadas em relação com as parcerias público-privadas, os observatórios, as fundações, as empresas públicas e as autárquicas? Não estaria aí uma solução socialmente mais justa e menos causticante para o desemprego, o empobrecimento das pessoas e o défice orçamental?

Se houvesse um pouco de bom senso ou de vergonha, teria sido mais lógico e patriótico seguir as sugestões de Cavaco Silva e de Freitas do Amaral, em vez de brincar com o fogo.

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29 de agosto de 2012

Concurso fantasioso

Tem sido aqui referido que o amiguismo se evita com concursos públicos, com especificações não direccionadas a um «boy» ou «girl» do clã, sendo as propostas recebidas seladas e abertas por um júri imparcial e idóneo, para que os resultados mereçam credibilidade e não originem polémica. Todos nós, a começar por governantes, autarcas, e responsáveis por organismos públicos devemos, sempre, procurar contribuir, da melhor forma, para a boa imagem de Portugal perante os cidadãos em geral e perante o exterior. E tais concursos servem para que todos os cidadãos tenham igualdade de oportunidades e que o Estado seja bem servido por poder escolher aquilo que tem de melhor, com mais mérito.

Mas parece haver pessoas sem idoneidade em cargos de responsabilidade que partem da hipótese de que todos são estúpidos menos elas e procuram camuflar o amiguismo com simulações de concursos, eivadas de falácias, fantasias e fantochadas, acabando por criar situações de faz-de-conta, de «gato escondido com rabo de fora»

A notícia IEFP divulga oferta de emprego com nome de possível vencedor (para ler a notícia basta fazer clic neste título) refere um caso gritante que espantosamente é considerado «perfeitamente normal» por uma responsável.

Transcreve-se um parágrafo:

«“Outros conhecimentos: só a admitir a Vera Pereira”. Esta referência era visível até à manhã de hoje numa oferta de emprego para educador de infância publicada no site do Instituto do Emprego e Formação Profissional. A directora de comunicação do instituto, Fátima Cerqueira, reconhece a existência de um “lapso registado no procedimento” mas afirma que “a situação identificada é perfeitamente normal”».

Isto, por mais que se queira esconder, foi uma nódoa na imagem do IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional. Será que o autor deste caso fica imune e impune? Quem vai ser penalizado por esta nódoa? Como reage o Estado a esta sabotagem à imagem que deve ser de moralidade, verdade, transparência, num momento em que tandos portugueses têm o futuro dependente do IEFP?

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24 de agosto de 2012

Governo assume fracasso

Temos os ouvidos cheios de promessas feitas antes das eleições e durante um ano, sendo mais gritante a do Portal, onde seria de esperar estratégia realista, como todas devem ser por definição, para reconstruir Portugal, na qual o PM prometeu, melíflua e ilusoriamente, que a recessão termina em 2013. O próprio ministro da Economia teve o bom senso de referir a necessidade de ser mais cauteloso quanto a esperanças de recuperação em 2013. Também António Capucho reduziu a afirmação do PM a uma declaração de fé, sem valor de estratégia.

Apesar disso e, mal passadas duas semanas, os números oficiais dizem que a Derrapagem da receita fiscal poderá chegar aos três mil milhões de euros. Estes dados numéricos não saem inesperadamente da máquina do euromilhões ou do totoloto, isto é, traduzem realidades sustentadas que o governo tem obrigação de acompanhar e controlar e ter em atenção sempre que toma qualquer medida mesmo que pareça pouco significativa, porque, no actual estado de debilidade nacional, a mínima medida pode ser muito importante para o resultado final. A promessa do PM não foi uma directiva para o próximo ano, mas sim um grito de alarme para a insanidade do Estado e de quem o está a levar ao «suicídio colectivo». Em vez de perderem tempo em frente de microfones a nada dizer de útil, melhor seria sossegarem a analisar as realidades e procurar corrigi-las. Seria uma tarefe a realizar a sós e também em diálogo com os colaboradores mais válidos, devendo evitar os que apenas dizem aquilo que o chefe gosta de ouvir, para melhorar a sua própria imagem junto deste, desprezando a verdade, que até não conhecerão ou não compreenderão.

A notícia não trouxe surpresa, talvez nem para o PM, pois já há dois meses Vítor Gaspar admitia que o défice orçamental estava em risco de derrapar, o que levanta outo problema que é o de saber porque, entretanto, razão não foram tomadas medidas para corrigir a rota. Qual o sentido de responsabilidade dos governantes. Qual a preocupação de verdade na frase do PM há duas semanas? Se há défice é porque as despesas públicas não foram controladas e contidas nos limites das receitas. Não é preciso ser matemático a usar derivadas, integrais e outras ferramentas sofisticadas, porque basta saber somar e subtrair. Então porque não se reduziram as despesas dispensáveis, com observatórios, fundações, grupos de trabalho, e outras instituições que a opinião geral diz servirem apenas para darem múltiplos salários a filhos e afilhados, ou «boys» do regime. Claro que tais «bocas» são exageradas e não se aplicam a eventuais excepções.

Como disse há poucos dias de forma clara o General Pires Veloso, se os governantes não se enchem de coragem e não aplicam as reformas convenientes para corrigir as injustiças sociais de que o País está a necessitar, poderá acabar por ter de ser o povo a proceder à limpeza do regime, o que trará outros problemas. Os pesticidas e os insecticidas podem ter efeitos colaterais que não se limitam apenas a eliminar os parasitas.

NOTA: Sugere-se a leitura do post anterior da autoria de Mentiroso e dos posts nele linkados.

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20 de agosto de 2012

Sacrifícios Iguais Para Todos
Miséria para Gerações

Este governo destruiu a vida das pessoas e o emprego, chama piegas aos portugueses que ficaram tesos. Em conjunto com o Coveiro da nação, proclama que os sacrifícios são a dividir por todos e diz que faz esforços para criar emprego. O emprego vai atingir cerca de 20% pelo fim do ano. Com os cortes parciais dos salários, a que chamam inapropriadamente subsídios, dos subsídios de desemprego, para alimentar e vestir os filhos vai ser preciso roubar.

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29 de julho de 2012

Pavilhão Atlântico –
Dado ao Genro do Cavaco por 1/2 Dúzia de Azeitonas

«Luís Montez ganhou o concurso aberto pelo Governo para a venda do Pavilhão Atlântico. Apesar dos vários processos de execução a correr em tribunal, por dívidas a várias empresas, o genro do Presidente da República, Cavaco Silva, pagou pelo espaço 21,2 milhões de euros.»

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20 de julho de 2012

Bónus para ricos, sacrifícios para pobres

É suposto que, em democracia, os eleitos, os escolhidos pelo povo para gerirem os interesses colectivos, devem seguir a regra de «respeitar os outros como desejam ser respeitados», mas acontece, com indesejável frequência, que, depois de sentarem na cadeira do poder se consideram donos e senhores dos destinos da Nação, a seu belo prazer, e tomam a ousadia de desrespeitarem a inteligência de quem os elegeu, de quem representam. Assim perdem credibilidade e confiança e colocam em perigo a harmonia e a paz social.

Agora, para porem cobro a actividades económicas que, por tradição, fogem ao controlo por não passarem factura, surge a notícia IVA pago em restauração, mecânicos e cabeleireiros dedutível em 5% no IRS, o que pretendia ser um engodo para todo o consumidor, armado em zelador do fisco, passasse a exigir sempre factura mas, sem muito atraso, veio a ser esclarecido como sendo uma armadilha, um isco imaginário, para atrair o consumidor a colaborar, gratuitamente. em trabalhos da competência da fiscalização económica.

É que, muito simplesmente tal benefício apenas está ao alcance de cidadãos que se situem nos 20% com rendimentos mais altos. mMais uma vez se nota que as medidas do Governo são sempre para aumentar o fosso entre os mais ricos e os mais pobres!!! É isso que se depreende da notícia Benefício de 5% no IVA deixa de fora mais de 80% das famílias pois para se beneficiar da dedução do IVA pago terá de se gastar, em 2013, 1800 euros por mês em restauração, alojamento, sectores de manutenção e reparação de automóveis, cabeleireiros e similares, o que deve ser interpretado em função do facto de que o ordenado médio mensal no país não chega a 800 euros. São poucos o que podem gastar 1800 euros por mês e, portanto, beneficiar da dedução do IVA. Cada um dirá «não peço factura, se quiserem obrigar o empresário a passá-la, venham controlar»

Os senhores governantes estão a brincar connosco. E pode acontecer que o povo deixe a sua tradicional tolerância e se irrite com tal brincadeira, entre jogadores com regras diferentes. Depois dessa irritação, quais serão as regras usadas pelo povo? Pensem nisso senhores governantes.

Imagem do JN

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10 de julho de 2012

Relvas e os Médicos

A partir de agora, a todos os que tenham exercido a profissão de médico por mais de X anos sem terem frequentado os cursos vão ser dados diplomas, admitidos na Ordem dos Médicos e terão equivalência aos médicos formados, mesmo que tenham passado o tempo do curso a colar cartazes. É a adopção tácita e generalizada das Novas Oportunidades. Justifica plenamente o que em toda a Europa se crê da competência e dos cursos nacionais em que nem os médicos nem os dentistas podem exercer nos países mais avançados.
Novo diploma das universidades nacionais: Doutor em Vigarice.

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7 de julho de 2012

A Escumalha Política
Para Lembrança dos Amnésicos

Transcrição integral de dois artigo de Fernanda Câncio no Diário de Notícias. Para memória de fanáticos partidários, desmiolados e outros amnésicos e traidores que continuam a aprovar a corrupção porque é o seu partido. São estes e os jornaleiros coniventes que enganam a população os verdadeiros culpados do estado a que o pais chegou devido ao seu suporte incondicional. Tudo se poderia resumir numa curta frase: Os bandos de cabrões que nos governam e nos desinformam.

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30 de junho de 2012

Falsidade e Oportunismo

É a norma de comportamento inserida pelo marketing das oligarquias para nos convencerem de continuarmos a votar neles. Sem a aprovação dos desmiolados masoquistas não lhes seria possível às associações de criminosos revezar-se na governação a fim de poderem continuar a roubar impunemente.

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29 de junho de 2012

O Ano do Coelho

Curioso ou não, na internet encontra-se uma profusão de alusões a 2011 como sendo o ano do coelho, possivelmente chinês. Naturalmente, com o número infinito de diferentes sujeitos existente, pode passar perfeitamente despercebido, salvo caso se procure mesmo ou se encontre por mero acaso. Cada um é livre de tirar as suas próprias conclusões. Vejam-se só alguns, a fim de não transformar o blog em álbum de coelheira.

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28 de maio de 2012

Em crise, há abusos imperdoáveis

É inquestionável a necessidade de moralidade e seriedade na administração do dinheiro público, em qualquer circunstância, mas com maior e mais rigorosa justificação em situação de crise em que são exigidos enormes sacrifícios a grande maioria da população. Com quase um ano de exercício do actual Governo e depois das promessas feitas na campanha eleitoral, era de esperar que tivesse sido travada a descida para o abismo. Mas, apesar de palavras de fantasioso optimismo, a informação que chega, embora cautelosamente dissimulada, mostra que a descida continua embora, talvez, com velocidade menos acelerada.
Por exemplo, não pode passar despercebida a notícia de que A classe média também já vai buscar comida às cantinas sociais.

E perante os sinais de crise aguda, continuam os vícios de corrupção, compadrio, negociatas em favor de amigos, à custa de abusos imperdoáveis de mau emprego do dinheiro dos impostos, como diz a notícia de que o Estado gasta por mês 130 milhões de euros sem concurso o que, para mais, prejudica o bom funcionamento da economia que era suposto e desejável basear-se na livre concorrência e na iniciativa individual.

Mas os abusos vão muito mais além e, por exemplo, a notícia Aulas no privado dadas pelo chefe diz que a empresa «Estradas de Portugal (EP) pagou formação a, pelo menos, sete funcionários do departamento de informática numa universidade privada. O director do curso era o superior hierárquico dos trabalhadores em questão.» Há instituições públicas em que se usa o sistema «on the job training» e, no caso versado, isso até seria fácil porque ao superior hierárquico foi reconhecida capacidade para ministrar a instrução.

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23 de maio de 2012

Justiça Portuguesa —
Justiça Fantoche e Corrupta

Transcrição integral dum e-mail recebido do conhecido movimento Fartos Destes Recibos Verdes sobre uma tentativa de calar as justas reclamações e comentários no site dos Precários Inflexíveis. Lendo-o, vemos como uma justiça corrupta se esforça por defender ladrões de justas críticas e reclamações.

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21 de maio de 2012

Quem governa Portugal ?

O título da notícia Cavaco espera que troika concilie agora austeridade com crescimento económico preocupa qualquer português pensante. Aguçou a curiosidade de a ler e dela se transcreve dois parágrafos mais relacionados com o título:

(…) Questionado se o Governo português tem seguido essas políticas de consolidação orçamental e crescimento e económico e criação de emprego, Cavaco Silva afirmou: “O mais importante é que a União Europeia como um todo adopte políticas que conduzam ao crescimento económico na Europa e que, dessa forma, Portugal possa beneficiar do aumento das exportações e de uma maior atracção do turismo e, ao mesmo tempo, que sejam influenciadas as diferentes entidades que dialogam com o Governo português, neste caso a chamada troika, porque a troika está no G8, e que eles tragam para Portugal esse espírito que recomenda a conciliação do crescimento económico com a consolidação orçamental.”
Cavaco Silva afirmou ainda estar “convencido” de que o Governo português está tão interessado quanto ele “e a generalidade dos portugueses” em ter “meios e oportunidades para reforçar a política de crescimento económico e criação de emprego”.
(…)

Parece um acto de «sacudir a água do capote», uma tentativa de transferir responsabilidades e culpas para a troika. Ora, de acordo com os princípios da democracia que nos rege, o povo delegou no PR e, por eleições legislativas, no PM e na AR a máxima autoridade para gerir os interesses nacionais. Não votou na troika nem em nada exterior à soberania nacional que uma velha Constituição dizia residir «em a Nação». Os eleitores, nas urnas, delegaram poderes nos seus representantes nacionais e estes poderão delegar alguns em outras instituições, mas sempre aprendi e pratiquei, na vida activa de muitos anos, que a autoridade pode delegar-se mas a responsabilidade não se delega.

Será que os referidos mandatários dos eleitores abdicaram em instituições estrangeiras?
Qual é o poder do governo na conciliação das medidas de austeridade com as necessidades de crescimento económico e de consolidação orçamental? Neste, como nos outros sectores, a responsabilidade é dos órgãos de soberania e não da troika.
A quem deve o Governo dar contas prioritariamente, aos eleitores ou aos credores?
Os cidadãos devem mais respeito e consideração ao Governo ou à troika?

Estaremos perante uma grave contradição entre a teoria e a propaganda por um lado, e a realidade prática por outro lado?

Como se define hoje, em termos práticos e bem claros, a soberania nacional?

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20 de maio de 2012

Portugal de amanhá???!!!

Os portugueses que desejam vislumbrar os caminhos que estão a ser preparados para avançar para o tão falado «crescimento» de Portugal devem ficar surpreendidos com a notícia Pescas e caça são novas apostas do ensino profissional vinda a público no Jornal de Notícias.

Tratar-se-á de uma«Brilhante» ideia ???!!!
Será com estas profissões que se espera criar «crescimento»?
Será isto que irá aumentar as exportações e colocar Portugal ao nível dos mais desenvolvidos parceiros europeus e do mundo???
Para onde queremos ir?
Que objectivos pretendemos atingir com esta estratégia?
Porque não preferiram o futebol e o golf ????
Em que local remoto residirá a eventual pouca lógica que os governantes possuem???

Mas, felizmente, fora dos gabinetes ministeriais, alguns portugueses mostram mais sensatez, maior sentido das realidades e tomam decisões mais adequadas ao crescimento concreto, evidenciando inteligência prática. É o caso da notícia do mesmo jornal Transportes para turistas são negócio dourado no Porto, muito coerente com as perspectivas, há muito enunciadas, de que o Turismo poderá ser uma via prioritária para o crescimento.
Como será o Portugal de amanhã? Para onde querem levar o nosso País?

Imagem de Joana Gândara Reis, do JN

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18 de maio de 2012

O Desemprego dos Jovens

Não se passa um só dia sem notícias sobre o dito desemprego dos jovens. Estas notícias são autênticas, mas do modo como são apresentadas e o que nelas se esconde, não passam de falaciosas. É a desinformação normalmente gerada pela canalha jornaleira.

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27 de abril de 2012

Vítor Gaspar surpreendido com a realidade nacional

O ministro das Finanças admite que os níveis do desemprego estão mais elevados do que se previa, o que justifica razões para os portugueses estarem preocupados com a pouca capacidade de análise e de previsão dos «sábios» que nos governam.

É mais um Vítor a estranhar o aumento do desemprego!!! Mas afinal o que é que se esperava com a tremenda austeridade que os mais sérios pensadores do sector não se cansam de criticar e de dizer que esse caminho não leva á solução da crise, antes a agravam. É isso que está a confirmar-se.

Não se pode dizer que haja razão para surpresa. Como escrevi noutro post, a exagerada austeridade retirou o pouco poder de compra daqueles que não podem deixar de gastar em consumo tudo o que ganham (não têm para poupar e muito menos para investir em especulação financeira), e que, por isso, agora têm que consumir menos, donde resulta menor facturação nas empresas de comércio, obrigando muitas a fechar. Depois, na sequência da redução das vendas resulta a diminuição da produção que leva muitas indústrias, devido à falta de procura, a fechar ou, no mínimo, a despedir pessoal. De tudo isto resulta o aumento do desemprego. Onde está o espanto dos nossos Vítores?

Sim, há motivo para espanto: eles vivem completamente preocupados com modelos matemáticos teóricos e abstractos e alheios às realidades dos portugueses, como se conclui das suas exclamações de surpresa. E daqui sai outra conclusão: Não se pode esperar que os portugueses tenham confiança em quem os governa e possam alimentar fundamentada esperança no devir.

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Vítor Constâncio a incapacidade dos economistas


Consta que o desemprego na Europa tem crescido de forma imprevista, chegando em Espanha ao valor recorde de 24,4 por cento e Vítor Constâncio, vice-governador do BCE, lamenta que ainda não se perceba a 100 por cento a razão para um tão rápido crescimento.

Perceber qualquer coisa a 100 por cento é praticamente impossível, pois os cientistas de vários ramos descobrem com frequência novas teorias que corrigem as anteriores, e continuam a investigar para se aproximar mais da verdade total. Na economia, a incapacidade de compreender tem sido muito notória, todos agora dizem que a crise era previsível há anos, mas nenhum a explicou ao ponto de serem aplicadas as necessárias medidas preventivas, nem, depois de ela ter eclodido, conseguiram minorar os efeitos e, agora, nem sequer conseguem compreender as razões dos factos reais.

Do muito que se tem escrito a tónica tem sido culpar a exagerada austeridade que retira o pouco poder de compra daqueles que não podem deixar de gastar em consumo tudo o que ganham, e que agora têm que consumir menos, donde resulta menor facturação nas empresas de comércio, obrigando muitas a fechar. Depois a redução das vendas provoca a redução da produção e muitas indústrias, à falta de procura fecham. De tudo isto resulta despedimentos e desemprego.

Para um leigo isto é claro, mas parece que para aqueles que dentro de gabinetes se entretêm com os «modelos matemáticos» a que se referiu a professora Maria da Conceição Tavares, não basta tal explicação e sua elaboração e precisam que chegue aos seus gabinetes de paredes opacas e ar condicionado 100 por cento de certezas sobre a realidade que teimam em desprezar.

Como compreender que não percebam as razões da sua incapacidade para interpretar as realidades? Aquela professora dá um lamiré.

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24 de abril de 2012

Terceira Guerra Mundial? A quem interessa?

Era suposto que a ONU tivesse como resultado um novo relacionamento entre os Estados –membros, à semelhança daquilo que é, normalmente, aconselhável entre as pessoas civilizadas, com igualdade de direitos e deveres, respeito mútuo, apesar de diferenças de geografia, recursos naturais, demografia, história e tradições, solidariedade dos mais ricos para os mais carentes em recursos, etc.

Daí adviria capacidade de dialogar para encontrar soluções de bom entendimento para eventuais conflitos de interesses. E, quando esse entendimento se apresentasse difícil, então, haveria o recurso a mediadores internacionais ou, em último caso, a tribunais, sem ser necessário recorrer a conflitos sangrentos e destruidores.

Porém, a ONU não tem conseguido evitar a ocorrência de conflitos armados, dos quais resulta, em primeira fase, a violência extrema contra pessoas e património e, só depois, de destruições irremediáveis, totalmente inaceitáveis, à luz da moral e do bem pública da humanidade, é que surge a negociação para um acorde de paz.

A lógica mais elementar leva-nos a perguntar: se a negociação acabou opor ser a solução definitiva, qual a razão de não ter havido o recurso a ela, com ajuda de mediadores, logo de início, antes do primeiro acto agressivo. Nisso encontramos a ambição e o orgulho humano (no pior sentido) dos governantes, conscientemente explorado por interesses de grandes empresas ou grupos de empresas multinacionais, muito poderosos financeiramente, que constituem «lobbies» influentes perante os quais o «bom denso» dos políticos raramente resiste.

Essas pressões usam as técnicas mais modernas aconselhadas pelo marketing e pela guerra psicológica ou lavagem do cérebro.

A maior parte dessa pressão geradora de conflitos armados vem do «complexo industrial militar» para o qual o General Dwight Eisenhower alertou:

«Nas esferas da governação, devemos proteger-nos contra a aquisição de uma influência indesejada, procurada ou não, por parte do complexo militar-industrial. Existe, e permanecerá, o potencial para um surto desastroso de poder mal concentrado. Não devemos nunca permitir que o peso desta conjugação ameace as nossas liberdades ou o processo democrático. Não devemos partir do pressuposto de que tudo esteja garantido.»

Realmente a Indústria Militar foi de utilidade inquestionável para a vitória da II Guerra Mundial, mas depois disso não se poderia esperar que encerrasse as suas actividades que prometiam ser muito lucrativas. Para continuar o negócio, não parou de pressionar os governos para a guerra e, entretanto, para a permanente compra de novos armamentos e equipamentos para manter as Forças Armadas sempre actualizadas usando das mais modernas tecnologias.

O exemplo recente da guerra contra o Iraque mostra-nos que ela foi sistemática e persistentemente preparada com «informação» - que veio a ser considerada falsa - sobre a existência de armas de destruição massiva que iriam ser utilizadas contra países vizinhos e ocidentais e contra a economia mundial dependente do petróleo.

Quem lucrou com as baixas sofridas no Iraque por habitantes e militares, com a destruição de património histórico, arqueológico e de utilidade pública e privada? Só o Complexo Industrial Militar beneficiou e facturou.

Mas a dureza e a insensibilidade desumana e materialista de tais industriais não os deixa desistir dos seus interesses gananciosos e já estão a aparecer as tais atitudes de marketing e de guerra psicológica a prenunciar uma terceira guerra mundial para o próximo verão, desta vez contra outro produtor de petróleo, o Irão, com a alegação (semelhante à usada para o Iraque) de que está a desenvolver condições para se tornar uma potência nuclear. As notícias vindas de Israel são mau prenúncio:

Israel: Irão já pode fabricar quatro bombas atómicas

Israel pode atacar Irão na primavera 

Israelitas prontos para ataque a instalações nucleares iranianas

Mas voltando ao início deste texto, acerca da igualdade entre os diversos Estados-membros da ONU, não parece legítimo que haja uns com armas nucleares enquanto outros sejam impedidos de as ter. Estranhamente, quem mais se eriça contra o Irão, a Coreia do Norte e outros que queiram o poder nuclear, são Estados que se orgulham de possuir em armazém arsenais com milhares de armas de tal espécie. Seria mais interessante que os actuais detentores de tais armas acordassem entre si destruir todas as que têm e comprometer-se a não voltar a construir. Então, haveria autoridade moral para impedir qualquer Estado de preparar tal tipo de armamento. A arrogância de fazerem constar possuir tal armamento em grande quantidade não parece minimamente lógico e em vez de evidenciar a tendência democrática nas relações internacionais de que tanto falam, realçam a imagem de império ou ditadura mundial em que uns poucos querem dominar todos os outros a seu bel-prazer.

A ONU precisa de revitalizar os princípios da sua Carta e de reformar todos os seus procedimentos, começando por rever a qualidade de membros permanentes do Conselho de Segurança.

A realidade actual, mostra uma vida internacional, com ausência de moralidade e de ética, como se se guisasse pela lei da selva, a lei do mais forte, que impera e domina, justificando-se com a expressão «quero, posso e mando».

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21 de abril de 2012

Para sair da crise


O trabalho das pessoas e das equipas deve ser racionalmente avaliado pelos resultados e não pelos gestos e apalavras por mais elegantes que aqueles sejam e por mais elaboradas e eruditas que estas se apresentem.

Pode, no entanto, haver pessoas que refutem esta afirmação, indicando exemplos de cabeças vazias mas que, com as suas atitudes e palavras agradáveis, conseguiram conquistar a simpatia de gente influente e guindar-se a cargos de alta responsabilidade com remuneração de elevado «preço de mercado». Mas é devido a tais casos menos racionais, embora mais frequentes do que o desejável, que se caiu numa crise muito grave, em que ainda não se vê um mínimo sinal positivo de recuperação.

É fácil jogar com os números criando cenários falaciosos de esperança que servem para «enganar os tolos» como se fossem «papas e bolos».

Quanto à forma como tem sido encarada a crise, os resultados vão aparecendo, ultrapassando as aparências, furando as malhas falsamente optimistas do estilo relvista. A crise está mais grave do que há um ano – Receitas fiscais caem mais do que o previsto e agravam contas públicas -- Receita do Estado desce e despesa aumenta -- e o trimestre há pouco encerrado – Défice do primeiro trimestre ficou abaixo do limite da "troika" -- mostrou resultados demasiado preocupantes em contraste com a esperança gerada nos portugueses desde há mais de nove meses, um largo período de gestação.

Curiosamente, tem havido variados alertas, quer de economistas de alta reputação internacional, quer de partidos da oposição, de comentadores e opinadores e até de figuras públicas dos partidos da coligação governamental – Ferreira Leite acusa governo de dar “caldos de galinha” a alguns -- Ministra percebe "dor" dos funcionários públicos mas país "está na bancarrota"-- Mas, apesar desses alertas e avisos, o Governo ignora-os e continua firme no seu método de «custe o que custar», como se fosse o detentos único da verdade absoluta. E continuamos a ver que não se passa das palavras enganadoras, sem conteúdo real, por vezes recusadas ou contrariadas no dia seguinte, que apenas servem para ofuscar os portugueses e reduzir-lhes o raciocínio e a capacidade crítica.

Apesar do muito que tem sido prometido, que se «garante» e que se «assegura» para 2013, depois para 2014 e, por fim, para 2015, esgotando o tempo que falta para as próximas eleições legislativas, não existe nada seguro, firme, que possa justificar uma ponta de esperança e de confiança num futuro satisfatório.

Impõe-se, sem demora, uma análise cuidada e completa da situação que preocupa os portugueses da qual resulte a definição de um objectivo a atingir e da linha estratégica que a ele conduza, de forma flexível para absorver e reagir positivamente aos acidentes de percurso, sem ter de haver retrocesso, sem perdas de tempo, que é um recurso irrecuperável.

Nesse trabalho de análise, decisão, planeamento e programação não pode ser esquecido que o que está em jogo são os legítimos interesses dos portugueses, e que a virtualidade dos números e dos modelos matemáticos – Recado de Maria da Conceição Tavares para os jovens economistas -- não passa de ferramentas de trabalho para esse objectivo de criar bem-estar para os cidadãos, cuja grande maioria tem sido vítima dos interesses de poucas dezenas de beneficiados pelo Poder.

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15 de abril de 2012

Os Assassinos da Juventude Nacional

A falsidade, a embusteira, a hipocrisia e a malvadez são os valores básicos deste governo de coelheira. Aproveitando-se da ignorância geral, fruto da desinformação, escondimento e aldrabice dos fazedores e manipuladores de notícias, em aberto e descarado conluio, podem mentir e enganar a população a quem foi tirado o conhecimento, sem receio e com a maior audácia, cometer até crimes hediondos

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14 de abril de 2012

Cadilhe evidencia civismo e sentido de Estado


Notícia do Expresso diz que Cadilhe defende imposto extraordinário sobre a riqueza, colocando-se no mesmo nível moral de milionários americanos e franceses que foram objecto de notícias:

- Super-ricos franceses querem pagar mais impostos
- Quarenta milionários americanos vão doar parte da sua fortuna
- "Parem de acarinhar os super-ricos", pede o milionário Warren Buffett

Mas os governantes, com o seu instinto canino de submissão aos poderosos da finança e da economia, não ousaram seguir tais conselhos e aproveitar a deixa que estes ricaços lhes forneceram.

Agora, Cadilhe, com ousadia, civismo e sentido de Estado, refere alguns pontos ligeiramente positivos do combate à crise, no nosso País, e sublinha aspectos preocupantes ao ponto de recear uma «explosão social» devido à degradação da «situação financeira do sector privado». E cita a "diminuta tomada de medidas estruturais" ao nível do corte das despesas públicas e reformas de fundo", a omissão de um plano estruturante contra o défice externo; o desemprego, "que as vistas da troika não alcançam” e a "fraqueza da justiça social".

Diz que «a situação social ainda resiste, "mas ameaça abrir brechas cuja iminência é difícil de avaliar". A escalada do desemprego "vai prosseguir". A equidade e a justiça social "estão subalternizadas".»

E perante as realidades que refere, tem a coragem e a frontalidade de seguir as posições dos milionários atrás citados e «insiste na recomendação de um "imposto one shot" sobre a riqueza "cuja receita seria aplicada na totalidade à amortização de divida publica". A tributação poderia funcionar, além do mais, "como um contrapeso social".»

Disto se conclui que Portugal precisa de mais pessoas a pensar livremente e com saber e bom senso. Este está no oposto ao maior rico de Portugal que diz não passar de um trabalhador, mas, na realidade, ele, apesar de milionário, paga de imposto menor percentagem do seu imenso rendimento do que um trabalhador paga de IRS, se tiver um salário de apenas 3000 €.

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29 de março de 2012

«Mentir É a Minha Profissão»

Ou «Mentir É a Minha Vocação». Este título é o mais apropriado e a única conclusão possível para quem tenha ouvido o Coelho, esteja ao corrente da realidade das circunstâncias económicas e financeiras nacionais e conheça as opiniões da totalidade dos economistas mundiais, de renome ou não.

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26 de março de 2012

Dispersão ou convergência para vencer a crise ???

Segundo a notícia José Lello apela à direcção de Seguro para rever relações políticas com o PSD, parece que este político anda entregue à «canção nacional» e perdeu a sintonia com as realidades nacionais que afligem grande quantidade de pobres, antigos e recentes, e os inúmeros desempregados e doentes sem posses para se tratarem.

Esta atitude, num momento em que se apela à conjugação e convergência de esforços de todos os portugueses de todos os sectores, com o objectivo patriótico de ultrapassar a crise em prazo curto, parece pouco sensata e desprovida de sentido de Estado, com ideias de conflito permanente inter-partidário, próprio de tempos de vacas gordas, mas inteiramente desajustado da crise em que deve ter prioridade a convergência de esforços.

Parece-se com aqueles que desprezam a crise e a justiça social e se entretêm em amontoar cada vez mais mordomias e na aquisição de mais enriquecimento. Infelizmente, tais vírus, tais parasitas, são reais e estão a alastrar, porque quem os pode eliminar legalmente não o quer fazer por parecer não estar interessado em matar a galinha dos ovos de ouro, de que beneficia ou espera vir a beneficiar.

Será que o remédio contra este cancro tem de vir de fora da máfia que eles representam, eventualmente com violência, como sugere Otelo e como vemos exemplos vindos do Norte de África e do Médio Oriente. Isso não será necessário, se os partidos mudarem de táctica e aprenderem a valorizar-se aos olhos dos eleitores pelo significado nacional das propostas que apresentam, das sugestões práticas realistas e benéficas que publicitam ao eleitorado e aos deputados na AR.

Os partidos devem ser escolas de formação de políticos competentes e com sentidos de responsabilidade e de Estado e deixar de ser alfobre de onde têm surgido bactérias infecciosas para quem a acção mais válida é guerrear os outros partidos, denegrindo-lhes a imagem E, infelizmente não é apenas Lello que enferma dessa mentalidade.

Mas a população que, em geral, é o terreno que alimenta esses alfobres, essas bactérias, esses parasitas, não tardará a acordar e olhar atentamente à volta e, então recuperando a sabedoria de tempos idos fortificada pela sensatez amadurecida pelo sofrimento recente, poderá agir de forma selectiva como nos casos do Kennedy, da Indira Gandhi, do Anwar Sadat, do Ollof Palm, etc, Mas, pelo contrário, o que será demasiado traumático, poderá descair para soluções mais dramáticas como aconteceu no Norte de África e está a ocorrer na Síria.

Para evitar esses indesejados traumas, será necessário que os políticos, façam uma trégua nas guerras intestinas e, sem deixarem de aperfeiçoar as máquinas partidárias, iniciem uma acção conjunta apoiando-se naquilo que se apresenta como boa solução e corrigindo o que puder ser feito de outra forma mais eficiente. Das propostas, projectos e sugestões de medidas mais eficazes para o futuro de Portugal e para a vida dos nossos descendentes, colherão o fruto por se saber quem as originou, quem as formulou. Esse esforço patriótico seria, certamente, a melhor campanha eleitoral, permanente e sistemática, evidenciando valor e dedicação aos melhores destinos dos portugueses, que retribuiriam, depois, com o seu voto, para os que considerasse melhores, mais competentes e mais honestos com previsíveis resultados práticos, em benefício de Portugal.

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23 de março de 2012

CAV Anulado? Mentira!

O Cadastrado anunciou que o projecto do comboio a alta velocidade tinha sido definitivamente anulado. Trata-se de mais um golpe do mais nojento marketing político.

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20 de março de 2012

Trabalho de equipa

A generalidade das pessoas, incluindo algumas consideradas intelectuais, gosta de falar de futebol e, por vezes, de discutir, activa e até agressivamente, os resultados. Mas nem todos procuram compreender a importância do trabalho de equipa e o papel do treinador na análise do adversário, na escolha das tácticas e na indispensável disciplina dos elementos da equipa com vista à convergência de esforços para o resultado desejado.

Daí podem ser retiradas lições muito importantes para instituições públicas em que os actuais directores não sabem ser treinadores nem coordenadores, não dialogam com elementos da equipa que chefiam, para proceder à melhor escolha das tácticas a usar para atingir os objectivos institucionais, nem controlam a actividade dos seus «jogadores» para «darem o seu melhor», com máxima eficiência para a finalidade comum.

O treinador, antes do espectáculo, procura que todos estejam informados das condições e estejam preparados para fazer face às circunstâncias que venham a ser criadas elo adversário.

Estas rápidas reflexões foram suscitadas porque a equipa governamental tem mostrado sinais preocupantes de que cada elemento usa a sua táctica e não perde oportunidade de dar espectáculo não preparado nem coordenado com e pelo chefe. E essa falta de coordenação e de preparação foi notória nas afirmações discordantes acerca das contas com a Lusoponte, naquelas que deixaram uma ideia confusa sobre a privatização dos estaleiros de Viana do Castelo e, mais recentemente, as dívidas das autarquias em que o ministro faz afirmação que a Associação dos Municípios diz estar errada e o critério de nomeação de dirigentes da Administração Pública em que o ministro declara que passam a ser escolhidos por concurso a partir de Dezembro de 2013 depois de o PM ter dito no Parlamento que os concursos públicos para escolher os novos dirigentes da Administração Pública, iriam avançar já no segundo trimestre deste ano, quase dois anos de diferença para a concretização desta promessa. Isto são dados colhidos na Comunicação Social, como está bem referenciado mas, se os jornais mentem, então o Governo deverá ter com eles a devida conversa!!!

O PR pediu sinais de confiança para motivar a população a aceitar os sacrifícios para sair da crise, mas com os casos acima referidos não se contribui para o fortalecimento da confiança na equipa e pode acontecer que os adeptos comecem a pedir a «chicotada psicológica» no treinador, o que não traria benefício para o Pais, porque no ponto em que estamos não há margem para erros, nem para paragens, porque neste caso «parar é morrer».

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14 de março de 2012

Que futuro nos preparam ?


A actual situação, apesar de fantasiosas palavras optimistas e frequentes «garantias» sem fundamento, é muito séria e não é visível predisposição para procurar, de forma ousada e lógica pistas para soluções sólidas e sustentáveis para os superiores interesses nacionais.

O ex-primeiro-ministro grego Georgios Papandreou, com a experiência vivida no seu País, considera que Portugal corre o risco de seguir o mesmo caminho da Grécia se não houver uma solução europeia para a crise.

A nível dos poderes financeiros mundiais, «Com a declaração da Grécia em incumprimento restrito ou selectivo e um leilão de credit default swaps ligados à dívida helénica marcado para a próxima segunda-feira, Portugal ocupou o primeiro posto do «clube da bancarrota». O foco de atenção dos investidores vai, agora, virar-se para Lisboa.»

Por cá são frequentes e variados os alertas para a necessidade de decisões corajosas e bem preparadas para bem dos portugueses. Agora em Coimbra, no debate seguido à apresentação do livro "A Classe Média: Ascensão e Declínio", do professor Elísio Estanque, da Faculdade de Economia de Coimbra, são merecedoras de reflexão as palavras de José Pacheco Pereira e de Manuel Carvalho da Silva de que se reproduzem algumas:

De Pacheco Pereira, antigo deputado do PSD e professor universitário:

"Isso é, quanto a mim, o maior risco para a nossa democracia. Não é tanto que haja um golpe militar, ou que haja uma tentativa autoritária", disse, frisando que o ambiente de crise o favorece, com "uma forte deslegitimação do sistema político, dos políticos e dos partidos".

Democracia e demagogia "são completamente diferentes, mas muito parecidas", pois "ambas têm uma forte presença daquilo a que podemos chamar opinião popular", com a segunda a recorrer muito aos meios que a Internet propicia.

"Estamos a atravessar um momento de muitos perigos. Essa possibilidade demagógica e populista virá pela televisão, por alguém que será simpático para um número significativo de pessoas e que fale a linguagem anti-política", afirmou, salientando que tanto pode ser de direita como de esquerda e até pode passar por eleições.

Na sua perspetiva, "o populismo ganha eleições e depois governa-se sem lei ou com pouca lei. E como há uma grande desagregação do sistema judicial e uma grande desagregação da autoridade do sistema judicial, uma desagregação, no fundo, do primado da lei, está criada essa cama".

Se "a cama está posta", diz que é uma questão de ver "quem se deita nela", pois já "houve tentativas que não vingaram".

Quanto á actual obsessão pela austeridade, defendeu que "há que ser ponderado, e que ter em consideração não apenas questões de ordem económico-financeira, mas questões de natureza social e política", e acrescentou que no final pode não haver capacidade para introduzir dinamismo na economia, pela destruição de "uma classe média frágil".

De Carvalho da Silva, ex-director da CGTP e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra:

Advertiu que o empobrecimento dos estratos considerados da classe média não esconde um outro facto, a "pobreza imensa" que existe.

"Este empobrecimento do emprego, das condições materiais das pessoas, dos salários, da retribuição do trabalho, vem associado a um empobrecimento da democracia, quer pela perda de dimensões do Estado Social, quer pela perda de liberdades na sociedade".

Na sua perspetiva, "uma pessoa que fica mais pobre fica menos livre e a democracia portuguesa está a ser muito atingida por este processo".

Defende que "o caminho é o "de recomposição de outra utilização e outra distribuição da riqueza".

Vítor Gaspar:

Para compor o ramalhete, recorda-se que, lá para o topo da pirâmide do Poder, Vítor Gaspar, à falta de qualquer hipótese de solução que tivesse formulado para desenvolver a economia e a felicidade dos portuguese, referiu a sua fé em que a história garante que a crise passa !!!.

Tal tipo de fé não se trata de medida apontada por nenhum economista célebre e, para quem gosta de História, é sabido que as crises foram sempre resolvidas pela força do cano das armas, com sacrifícios de vidas e de património e criação de deficientes que passaram a viver à custa do erário.

E, por falar em fé, a sua colega da Agricultura declarou em Janeiro a sua fé em que Fevereiro trouxesse chuva. No entanto a seca que vem desde Novembro, ainda não terminou.

Parece que ninguém sabe para onde estamos a ser levados embora, frequentemente, ouçamos governantes a «garantir» que…

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