Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


25 de dezembro de 2007

A beber enquanto conduzia

Transcrito do Portugal Diário

Apanhado a beber champanhe enquanto conduzia

Condutor tinha uma taxa de alcoolemia de 2,76 gramas por litro de sangue.
A Divisão de Trânsito da PSP do Porto deteve hoje de manhã, no Porto, um condutor com uma taxa de alcoolemia de 2,76 gramas por litro de sangue, anunciou fonte policial.

Segundo fonte da DT da PSP, o condutor acusou no teste de alcoolemia efectuado no local onde foi interceptado uma taxa superior a três gramas por litro de sangue.

«No segundo teste, efectuado já nas instalações da polícia, o condutor tinha uma taxa de 2,76», acrescentou.

Segundo a mesma fonte, o condutor foi interceptado na Rua do Freixo, cerca das 08:00, quando conduzia e bebia champanhe ao mesmo tempo.

A taxa máxima de álcool no sangue permitida por lei é de 0,49 gramas por litro de sangue.

Uma quantidade de 0,5 a 0,80 gramas de álcool por litro de sangue é considerada uma infracção grave, sendo de 0,81 a 1,19 muito grave.

NOTA: Sobre a insegurança nas estradas, sugiro a leitura do post Crime na Estrada em Blog do Leão Pelado. O que acontecerá a este potencial homicida que coloca em perigo de inocentes e cumpridores utentes da estrada? De que esperam para começar a condenar severamente tais inconscientes que ameaçam vidas inocentes? De que esperam os governantes para acabar com a assustadora quantidade de vítimas da estrada?
O povo deve acordar e pensar que a vida não é só futebol e telenovelas. Há, problemas muito graves que exigem solução válida e um deles é este, o do sangue no asfalto.

Ler mais...

24 de dezembro de 2007

O Melhor Presente de Natal

Natal, a época mais mortífera nas estradas de Portugal. Porquê? Assim sendo, é evidente que o melhor presente de Natal para todos os portugueses e famílias seria a garantia da segurança na utilização das estradas.

Porém, o procedimento de todos os partidos políticos e da máfia assassina que os compõe evidencia o contrário. Em lugar de providenciarem para que os acidentes jamais possam ter lugar, todos os partidos que têm ocupado os governos, sem excepção, têm procedido de modo a garantir o aumento do sangue na estrada, do número de mortes e também de inválidos. Nada foi feito para contrariar a tendência como nos outros países, os quais há mais de meio século providenciaram nesse sentido com os resultados amplamente conhecidos.

As medidas adoptadas são tão desajustadas por um lado, enquanto por outro encobrem os intintos de roubo e do cacete tão declaradamente que os seus autores só podem ser consideradas autênticas bestas maliciosas. O ensino de civismo foi há muito implantado nesses países e em especial o comportamento na condução, isto desde a mais tenra idade. O seu escamoteamento em Portugal não pode significar senão a malvadez assassina dos governantes.

Se todos os tribunais condenam crimes sem intenção, como compreender que tais crimes, perpetrados com perfeito conhecimento da causa dos acidentes possa passar impune num país em que por isso e por tantos outros casos semelhantes – como o da Casa Pia – os corruptos pretendem proclamar como um Estado de Direito. Pretendê-lo não pode ter outra justificação que a da impunidade na corrupção mafiosa e assassina.

Quanto às já aqui mencionadas armadilhas, ratoeiras e sinalização enganadora ou desadequada, de quem é a responsabilidade? Dos guardas do Jardim zoológico ou da seita de malvados e assassinos que desbarata, mata e rouba?

Idêntico em absoluto à falta de preparação à condução e ao comportamento civilizado, têm sido outras faltas cujos resultados não poderiam estar mais patentes. É o caso do ensinamento do que nos países mais avançados e mais ricos se chama de contabilidade doméstica, englobada na instrução primária. As pessoas aprendem a gerir o seu dinheiro e não se enterram em dívidas, muito menos descomunais, como os atrasados nacionais. Outro caso de resultados tão evidentes como os anteriores tem sido a completa falta de conhecimentos sobre a publicidade, também ensinada na instrução primária e que tem feito de Portugal o país em que nada se vende sem publicidade, todo o lixo se vende com ela e tornado a população como o maior bando de tolos que seguem tudo o que a publicidade lhes manda, comercial ou política. É mesmo um país de que os cidadãos devem orgulhar-se! Se é realmente assim tão bom como nos querem impingir, porque será que os filhos dos emigrantes fogem dele a sete pés? Já nem se fala do que os estrangeiros dizem longe das câmaras e dos microfones portugueses, enquanto a jornaleirada tece histórias para os burros dormirem de pé.

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Sobre o mesmo assunto:

Ler mais...

20 de dezembro de 2007

Sistema biométrico do poder

Como anarquista, não deixo de me surpreender com este “admirável mundo novo” da globalização neoliberal. Se não em todos, na esmagadora maioria dos casos, as inovações tecnológicas a que temos vindo a assistir servem muito mais os propósitos do complexo poder-empresas, do que os indivíduos, os cidadãos. A estes é dado aquilo que considero um papel instrumental, descartável. E a atestar este raciocínio está o facto indiscutível de que o desemprego aumenta de uma forma nunca vista antes. A produção e o lucro estão à frente da necessidade de o ser humano obter a sua realização através da actividade produtiva, criativa.

Vem este preâmbulo a propósito do facto de os funcionários da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos passarem a ser controlados através de sistemas biométricos – mais um neologismo tecno-capitalista – que lêem as impressões digitais. Este sistema irá controlar a assiduidade dos trabalhadores, ao que dizem. Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente sobre este tema. Segundo os princípios sobre a utilização de dados biométricos, no controlo de acessos e assiduidade dos trabalhadores, aprovados – imagine-se! - pela Comissão Nacional da Protecção de Dados, a lei reconhece que o sistema se integra no âmbito dos poderes de controlo da entidade responsável pelo tratamento destes dados.

E não ficamos por aqui: o secretário de Estado da Saúde assinou, em Setembro, um despacho que determina a implementação do controlo de assiduidade biométrico nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Claro, como não podia deixar de ser, esta solução é vista com alguma reserva por parte dos sindicatos. Pelo meu lado, não existe reserva de espécie alguma, mas antes uma condenação liminar. É este o Estado e o poder que desejamos para os nossos cidadãos? Um novo Big Brother orwelliano?

Ler mais...

16 de dezembro de 2007

Liberdade e Democracia

Nem a liberdade nem a democracia podem significar que as opiniões das pessoas sejam condicionadas e submetidas, obediente e cegamente, aos ditames dos partidos a que eventualmente pertençam ou com que mais simpatizem. Como em democracia é suposto que a soberania reside nos cidadãos, estes devem esclarecer-se para que, no momento em que são chamados às urnas, emitam o seu voto conscientemente de que estão a contribuir para a solução que pensam ser a melhor para o futuro do País. Essa preparação obtém-se no dia-a-dia adquirindo o máximo de informação que for possível e digerindo-a, comparando com o conhecimento possuído do anterior e indagando os «porquês» e os «para quês».

É costume ouvir-se que o povo não está esclarecido e apenas se interessa por telenovelas e pelo futebol, mas quando se indaga se deve haver ou não referendo ao tratado europeu, muitos populares dizem que sim, mas o diálogo morre logo a seguir com a declarada total ignorância do conteúdo do tratado e da sua importância para as nossas vidas.

Mas o meu «optimismo» mostra-me sinais de esperança de que começa a haver tendência para os eleitores se interessarem por assumir a propriedade das suas ideias e digerir a informação que lhes chega. Há dias, em Felgueiras, a proposta orçamental apresentada pela presidente da câmara foi chumbada por 34 dos 65 deputados municipais. Talvez aqui não fosse propriamente a liberdade de voto dos deputados mas sim a obediência aos respectivos partidos, o que não reforça o optimidsmo. Mas já antes neste conselho os eleitores votaram pela sua convicção em sentido contrário aos dos partidos elegendo um candidato independente… talvez pelas piores razões, as sentimentais.

Também, uns dias antes, Manuel Alegre, vice-presidente da Assembleia da República em representação do PS, votou - ao lado de todas as bancadas da oposição - a revogação dos dois decretos-leis do Executivo que promoveram a reestruturação da empresa da Estradas de Portugal, entretanto transformada em sociedade anónima. Declarou não estar de acordo com esta solução, que não o convence e ter muitas dúvidas, pelo que votou em consciência.

É justo referir também as preocupações em evidenciar isenção nas análises e comentários que alguns colaboradores fazem nas televisões e nos jornais, não citando nomes para não cometer o pecado de omissão. É inquestionável que Portugal precisa do voto de cada um e é imprescindível que cada um assuma a sua responsabilidade individual, esclarecendo-se com vistas largas e imparciais, e emita um voto em consciência e não porque lhe foi exigido, em nome de valores menos democráticos. Terá que agir em função daquilo que realmente afecta a vida dos portugueses, porque o futuro do País depende de cada um e não podemos ficar à espera de um milagre que nos torne um Estado evoluído com uma população feliz e com boa qualidade de vida. O milagre tem de ser feito pelo esforço persistente e bem intencionado de cada um, segundo as suas capacidades.

Ontem ao almoço uma senhora professora reformada, quando o marido comentava um acontecimento nacional, disse que não se interessa pela política. Mas quando lhe perguntei se vota, disse que sim, o que me fez perguntar em que baseia a sua decisão de voto. Ficou atrapalhada, e a minha convicção é que ela, como a grande maioria do povo ignorante, vota da forma que lhe é aconselhada nas campanhas eleitorais pelo partido de que se habituou a gostar!!! Desta forma nunca mais se sai da cepa torta e os vindouros irão dizer muito mal dos seus avós, que não serão considerados «egrégios avós»

Ler mais...

14 de dezembro de 2007

Referendo ao tratado de Lisboa?

O que valem as palavras
Por Manuel António Pina, jornalista do JN

Vários eurodeputados receberam Sócrates com vaias e apupos durante a proclamação da Carta dos Direitos Fundamentais no Parlamento Europeu. Sócrates teve que interromper várias vezes o discurso e, por um momento, o hemiciclo de Estrasburgo mais parecia uma final Porto-Benfica.

Pelos vistos, o "hooliganismo" pegou no PE, o que não surpreenderá sabendo-se que grande parte dos arruaceiros, que exigiam que o Tratado de Lisboa fosse referendado, pertence à selecta claque "eurocéptica" britânica (talvez seja altura de, como nos estádios, os plenários do PE serem vigiados por câmaras e os eurodeputados obrigados a soprar no balão).

No final, Sócrates desvalorizou o incidente, classificando-o de "folclore democrático".

Convenhamos, no entanto, que prometer uma coisa e fazer outra não deixa igualmente de caber na lamentável e comum categoria do "folclore democrático". "O PS - diz o Programa de Governo com que Sócrates se apresentou aos portugueses e com base no qual foi eleito - entende que é necessário reforçar a legitimação democrática do processo de construção europeia, pelo que defende que a aprovação e ratificação do Tratado deve ser precedido de referendo popular".

Já não falta muito para descobrirmos (mais uma vez) o que valem as palavras em política.

NOTA: Considero muito interessante este texto, embora já tivesse expressado a minha opinião contrária ao referendo como a seguir transcrevo:

O referendo ainda poderá ser decidido. Mas não tem significado, porque...
Para exprimir a vontade real do povo, não devia haver campanha de mentalização pelos partidos e cada um votaria segundo os seus sentimentos e conhecimentos sobre a matéria. Com campanhas dos partidos, a maior parte das pessoas vota em quem o seu partido aconselha.
A maior anedota em caso de referendos, foi com o da IVG. Os políticos disseram que, por ser um problema de grande sensibilidade, não o decidiam na AR e deixavam a decisão ao povo. Parecia uma posição séria, honesta, democrática. Mas não passou de um logro, porque esses mesmos partidos, fizeram uma campanha que foi uma terrível pressão nas consciências do povo para votar em quem eles (políticos) queriam. Houve muitas abstenções porque as pessoas mais desconfiadas em relação aos políticos não quiseram fazer o jogo de uns ou de outros. Essa falta de confiança nos políticos tem sido notada em muitas eleições. Os políticos deixaram de representar a vontade dos eleitores e estes respondem com a abstenção ou votando em independentes, que embora sejam do mesmo naipe, não estão a jogar pelo partido. É uma atitude do povo, que não é tão burro como os políticos pensam.

Ler mais...

11 de dezembro de 2007

Crimes violentos. Chaga infecciosa

A criminalidade violenta que é trazida a nosso conhecimento através da Comunicação Social constitui uma chaga infecciosa com tendência a alastrar por todo o País e exige uma urgente e eficaz terapia a fim de ser evitado o contágio endémico ou epidémico.

Se é certo que ela se localizava na vida nocturna da cidade do Porto, o que não seria uma ameaça para as pessoas de bem do País, é grave que esteja a contaminar a cidade de Lisboa com alguns salpicos no interior. Foi o proprietário da discoteca Avião, José Gonçalves, vítima de atentado à bomba que, segundo entidades ligadas à Justiça, "nada tem a ver com os casos do Porto e, mais recentemente, o alto quadro dos CTT, Maurício Levy que foi assassinado, à facada, em sua casa e transportado para uma falésia da praia da Adraga, em Sintra. Tinha 50 anos e era director de qualidade, formação e desenvolvimento sustentável dos CTT. Estamos perante uma grave falta de respeito pela vida e uma sofisticação de procedimentos violentos que levam a suspeitar de profissionais de quem seria de esperar um melhor culto de valores humanitários e éticos.

A morte mais recente na vida nocturna do Porto, até hoje, de Alberto Carvalho, atribuída pela viúva ao chamado gangue da Ribeira, pode estar relacionada com o assassinato de Aurélio Palha numa madrugada de Agosto junto à discoteca Chic, de que era testemunha presencial, e com a morte do segurança Nuno Gaiato de que era suspeito, o que fazia compreender a sua presença numa alegada lista de alvos a abater. O Nuno foi assassinado a tiro na discoteca El Sonero, em Julho passado.

Este segurança, de 36 anos, sucumbiu às 23.20 de domingo, em Gaia, a três rajadas de metralhadora disparadas", baleado diversas vezes no tórax, abdómen e crânio à porta da sua residência, por vários indivíduos encapuzados que, segundo relatos de moradores à polícia, actuaram à queima-roupa e terão fugido num BMW preto e num Seat Leon. No local, foram recolhidos cerca de meia centena de invólucros.

Segundo as notícias, o surto de criminalidade associado à noite do Porto no qual este homicídio se insere é interpretado como uma "guerra" entre grupos rivais de seguranças profissionais na disputa de território, mas também é relacionado com negócios de droga e tráfico de sexo.

Segundos os jornais, "os crimes que têm ocorrido no Porto não têm nada a ver com as casas de diversão nocturna", como disse ao DN Mário Carvalho, proprietário da discoteca Indústria, na Foz, que considera que estas mortes estão ligadas a outros negócios e tanto podem acontecer à noite como de dia. "São execuções muito bem pensadas, servindo os bares e discotecas apenas de bodes expiatórios". Começa a haver um sentimento de insegurança, "porque as pessoas não percebem o que se está a passar". Nos media "associam-se estes crimes aos estabelecimentos nocturnos e, como a polícia não actua, há uma grande confusão", diz. Se até aqui, nota, "não existia quebra de afluência de clientes, agora as coisas estão a mudar". A população, "a que sai e a que não sai à noite", precisa, "começa a sentir que há impunidade nestes crimes".

António Fonseca, presidente da Associação de Bares e Discotecas da Zona Histórica do Porto (ABZHP), diz que "mesmo os bares da moda se começam a ressentir" e não hesita em culpar polícias e Governo por esta "onda de homicídios". «Os envolvidos são pessoas que fazem segurança a diplomatas, políticos e outra gente importante, embora só os bares e as discotecas sejam referidos".

"Aquando da segunda morte ocorrida este ano, a polícia disse tratar-se de grupos identificados e que tudo estava sob controlo. Não está, porque os crimes, com alvos estratégicos, continuam". O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, também não é poupado. "Devia ser honesto e não andar aí a dizer que a criminalidade violenta diminuiu. Não há memória de tanta morte em tão pouco tempo no Porto, a cidade está a ferro e fogo, com uma lista de pessoas a abater, segundo fontes da própria polícia. Por muito menos já foram demitidos ministros". À critica do líder da ABZHP nem o primeiro-ministro escapa, por "não ter dito uma palavra sobre o assunto, a fim de tranquilizar as pessoas".

Outro artigo diz que Alberto Ferreira foi executado por profissionais, quase quatro meses depois de ter escapado aos disparos que mataram o seu "patrão" Aurélio Palha, tendo sido abatido com cerca de dezena e meia de tiros de metralhadora, à porta do prédio onde vivia, em Gaia, sendo a quarta vítima de uma guerra sem precedentes na noite do Porto ou no país. São referidas opiniões que relacionam este homicídio com ajustes de contas entre grupos rivais de seguranças dos meios nocturnos e de claques de futebol.

«Esta lógica de violência poder-se-á inverter se o Estado não continuar a demitir-se das suas funções como regulador da vida colectiva e da ordem pública. O Estado tem de investir na área da segurança e não a fazer entrar no domínio da privatização. Em vez de se preocupar com a redução da despesa em nome do défice, devia investir no sector e não entregá-lo aos privados. O que se está a passar na noite do Porto acontece porque ninguém preveniu ao longo de vários anos e as coisas aconteceram».

«Como os negócios dos "bandidos" são economias paralelas e criminosas, eles não podem recorrer aos mecanismos legais da ordem e fazem "justiça" de outra forma, pelas próprias mãos». «A noite está "entregue" aos seguranças privados, por demissão do Estado, desde 1999 . O facto explica em grande parte a quase total ineficácia da actuação policial, perante os sucessivos homicídios dos últimos meses». «A culpa é dos sucessivos governos que desde 1999 se demitiram de assegurar a presença policial em estabelecimentos de diversão nocturna».

Espantosamente, com a nova legislação, aumentaram as restrições aos requisitos de aplicação de prisão preventiva, tendo de ser dada preferência a medidas de coacção menos danosas e havendo mais benevolência para os crimes de associação criminosa, coacção grave, ofensas corporais, extorsão, armas proibidas, tráfico de droga.

Ler mais...

6 de dezembro de 2007

Ministro perdeu a compostura

Ontem, numa mirada fugaz à televisão que temos e de que sou fraco consumidor, vi um deputado da oposição, na AR, afirmar ser todos os dias bombardeado com notícias de criminalidade violenta, cada vez mais frequentes e mais graves e, de seguida, ser violentamente agredido verbalmente pelo ministro da Administração Interna que, esquecendo que estava perante um elemento do segundo órgão de soberania (o ministro é do terceiro!), o chamou mentiroso de forma bem soletrada e lhe disse que o deputado não estava a ofender o ministro, mas sim a GNR, a PSP e a PJ que o têm informado da redução do crime violento. Disse isto depois de lhe estalar o verniz, de arriar a giga e de colorir a face que ficou com aspecto apopléctico usando um tom irado impróprio daquilo que é desejável de um governante.

Não era de esperar uma tão ardente defesa dos polícias (não dele). Mas, pelo que tem chegado a público das queixas dos polícias, pode dizer-se que quando se tem um tal amigo não se precisa de inimigos.

Porém, o que muito me espantou foi encontrar hoje no jornal diário «Destak» o seguinte pequeno texto:
CRIME. O DIRECTOR NACIONAL DA PJ AFIRMOU QUE SE ASSISTE A «UMA CRIMINALIDADE VIOLENTA A QUE NÃO SE ESTAVA HABITUADO ASSOCIADA AOS NEGÓCIOS DA NOITE» E ADMITIU EXISTIR «UM CONTEXTO FAVORÁVEL A ESSE TIPO DE CRIMES».

Estou perplexo. Então quem é o MENTIROSO? O deputado da oposição? Ou o director nacional da PJ? Ou o Sr. MINISTRO?


Ler mais...

4 de dezembro de 2007

Os imponderáveis da Paz e a guerra

A paz é uma situação muito instável, porque os poderosos podem «brincar» com os seus armamentos e exércitos e colocar um país ou uma região ou mesmo o mundo em polvorosa sem se saber bem porquê. Grande número de pessoas perde a vida ou fica estropiada sem ter qualquer culpa do estado de loucura que afectou cérebros movidos por interesses não confessados. Haveres destruídos, obras de arte, com valor histórico e arqueológico desaparecidas apenas porque um indivíduo irado e precipitado não merecia ter à sua disposição tanto poder demolidor.

Há dias vi a notícia de que «Ben Laden exige a europeus que deixem o Afeganistão». A televisão Al-Jazeera transmitiu uma cassete áudio do chefe da Al-Qaeda dirigida aos europeus em que este exige o fim das operações militares no Afeganistão, e iliba o povo afegão de qualquer responsabilidade nos atentados nos Estados Unidos em 11 de Setembro de 2001.

Segundo ele, "a América obstinou-se em invadir o Afeganistão; a Europa seguiu-lhe os passos". E apela "Convém que peçam aos vossos dirigentes, que se acotovelam diante da Casa Branca, que actuem de forma consequente para acabar com a injustiça imposta aos oprimidos."

Confessa: "a verdade é que os acontecimentos de Manhattan (Nova Iorque) foram a resposta aos massacres pela aliança americano-israelita do nosso povo na Palestina e no Líbano. Sou o responsável. Todos os afegãos, governo e povo, não tiveram qualquer conhecimento [disso]."

E acusou também os países que participam na guerra no Afeganistão de visarem "as mulheres, as crianças e os civis", não respeitando a "ética da guerra". E acrescentou "o avançado americano está prestes a perder terreno. Vão partir."

Isto faz-nos pensar nos objectivos e nos resultados das operações militares no estrangeiro. O que melhorou na vida do povo afegão? Quais os verdadeiros resultados para a felicidade das populações obtidos com a presença dos militares? E no Iraque? Que respostas lógicas e verdadeiras serão dadas a estas perguntas? O mesmo para o Kosovo e a Sérvia? Depois de tantas destruições de vidas e haveres, resultou algum benefício para alguém, além dos fabricantes de armamento? E queriam agora iniciar outro crime semelhante no Irão com base em mentiras pois hoje sabe-se que já desistiram há quatro anos de construir armas nucleares.

Seria mais interessante, humano e moral desenvolver o diálogo a fim de se implementar um bom entendimento, abolir a desconfiança e criar um ambiente de harmonia e colaboração para benefício de todos, principalmente dos mais carecidos. A verdade é que, em caso de conflito, são sempre os mais desprotegidos que acabam por sofrer mais e verem a sua miséria acrescida.

Ler mais...

19 de novembro de 2007

Vil Propaganda à Conta dos Mortos

No dia de memória pelos mortos na estrada, o propagandista do ministro da administração interna (nome pomposo para um ministro do interior – se não fosse administração, que seria? Máfia?) no seu estilo de cúmulo de cinismo, não quis desperdiçar a ocasião para mais um afronto aos mortos na estrada e às suas famílias. A sua propaganda enoja mais que os desventrados dos acidentes.

Que outra coisa se poderá dizer dum aborto que em lugar de providenciar para o fim da matança na estrada se aproveita para uma propaganda infame e abjecta e para roubar a população com multas que os construtores e sinalizadores deveriam pagar? Que demonstração de desonestidade e de malvadez mais descaradas! Se fosse honesto, em lugar de se aproveitar da desgraça dos outros para a sua propaganda asquerosa, proveria a que as cartas de condução fossem dadas apenas a quem soubesse conduzir, que os instrutores fossem competentes, que o manual fosse compreensivo. Se quisesse verdadeiramente terminar com a matança, além disto deixaria de ser cobarde e diria aos portugueses que se matam por serem selvagens incivilizados, que se comportam na estrada como na vida comum, mas que neste caso a consequência é a morte ou a invalidez.

Para que serve ter uma carta de condução quando a sua posse não tem qualquer significado nem garante seja o que for, pelo que nem justifica multar que conduza sem ela? Porque é que conduzem embriagados? Porque é que excedem uma velocidade razoável? Gente civilizada não o faz, nem nos países onde a velocidade não é limitada em auto estradas.

Que é isso da chamada Prevenção Rodoviária em Portugal, se não mais um acto propagandista para pretender justificar multas que para nada servem senão para o saco azul para os ministérios e outros comprarem veículos de luxo? Uma máfia podre que rouba e assassina os cidadãos.

Afinal, segundo o seu comportamento, este ministro não passa dum execrando cobarde depravado e nojento, um repugnante como todos os outros cobardes da sua laia, mas pior, pois que com a sua cobardia é o maior contribuidor nacional para o massacre, o assassino da estrada número um.


Sobre o mesmo assunto:
Férias – Aproveite Para se Matar (artigo e diapositivos)
Os Assassinos da Estrada
Bloqueio dos Carros é Prova de Irracionalidade
A Estrada Espelha o «Civismo» dos Portugueses
Mortes na Estrada Continuam
Acabar com Mortes na Estrada
As Mortes na Estrada Continuam
A Tragédia Rodoviária Continua
O Trânsito, as Leis e a Realidade

Ler mais...

18 de novembro de 2007

Governantes abusam do erário

Em 14 do corrente, o jornalista Manuel António Pina referiu na última página do DN um mau uso dos dinheiros públicos.

Mão amiga trouxe-me o recorte do artigo com o título «parabéns portugueses» de que extraio algumas linhas, por serem interessantes no sentido de comprovarem, mais uma vez, o desrespeito, despudor e ausência de escrúpulos dos políticos em relação aos dinheiros que nos são sacados através de crescentes impostos.

Diz que o Ministério da Justiça «comprou cinco limusinas de luxo, uma para o ministro, duas para os secretários de Estado, outra para o presidente do Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça (mais que justificadamente, pois esta só já tinha uns velhíssimo Audi A6 e Peugeot 404 de 2003) e mais uma para a secretaria-geral».

Refere também outra notícia que lhe «dava conta de que o OE gastará, em 2008, 3,4 milhões de euros (mais 15,4% do que este ano) com viagens de deputados». E cita mais aspectos interessantes que não transcrevo, para não perder mais tempo a digitar, porque o tempo é dinheiro e este é muito pouco para os impostos!

Temos que pagar a crise para eles se gaudiarem.

Mas, pensando melhor, talvez isto não passe de más línguas. Não se pode exigir que a secretaria-geral do Ministério, os secretários de Estado e o Ministro se desloquem em carros tão velhos e de fraca potência como os agentes da polícia e da GNR, nem tão obsoletos como as viaturas blindadas Chaimites e as espingarda automáticas G3 do Exército. Estes que apertem o cinto e se conformem com as fracas performances no cumprimento das suas missões!!!

Temos que compreender (!) que, para haver justiça, legal e social, neste pobre País, temos que reverenciar um ministro que se sinta feliz e ufano da sua posição. E, para ser feliz, o Sr. Alberto precisa imperiosamente de luxos básicos, coerentes com a sua condição de ex-colonialista de Macau, onde foi brilhante (!) e impoluto (1), de elemento influente do denominado grupo de Macau, de ex-MAI onde ficou célebre com o espectáculo dos «secos e molhados» e com a frase «esta não é a minha polícia», e, agora, de ministro da Justiça onde se fez notar com a guerra às férias judiciais, do fecho de tribunais no interior do País, da despenalização de «pequenos» crimes, do novo, brilhante (!) e incontroverso (!) Código do Processo Penal e, também, da nomeação da assessora Susana Dutra de quem os jornais muito falaram sem pretenderem beliscar a honorabilidade da licenciada, pois o alvo era o despudor de seu pai.

Teve o referido Sr. a «coragem» de garantir publicamente que não existem escutas telefónicas ilegais, como se alguém possa ser tão genial ao ponto de dar garantias credíveis de que, em qualquer sector da vida nacional, não existam acções ilegais! Os próprios tribunais só tomam conhecimento de ilegalidades muito após a sua ocorrência e desde que haja denúncia, queixa ou rumor público.

A sua obstinação na «reforma» jurídica ficou bem patente quando, há dias, disse que a sua política irá para a frente, mesmo que a oposição tenha opinião adversa!

Quanto às limusinas de luxo, ficou bem patente que o Sr. Alberto tem absoluta necessidade de sinais exteriores de valor intelectual e cultural, neste caso, constituídos por boas máquinas de quatro rodas de topo de gama obtidas à custa dos pagadores de impostos cujo cintos já têm falta de mais furos para apertar, dado que a grave crise criada e alimentada por tais políticos sem escrúpulos cuja vaidade os impede de ver à frente do nariz, os deixou na miséria e quase sem estômago.

Ler mais...

8 de novembro de 2007

Lamento de um professor

À Sra Dra Fátima Campos Ferreira

Os meus respeitosos cumprimentos:

Para vosso conhecimento envio cópia da carta aberta por mim endereçada ao Sr. Presidente da República.

Grato pela atenção

Carta aberta ao Senhor Presidente da República Portuguesa

Ílhavo, 22 de Outubro de 2007

Senhor Presidente da República Portuguesa

Excelência:

Disse V. Excia, no discurso do passado dia 5 de Outubro, que os professores precisavam de ser dignificados e eu ouso acrescentar: "Talvez V. Excia não saiba bem quanto!"

1. Sou professor há mais de trinta e seis anos e no ano passado tive o primeiro contacto com a maior mentira e o maior engano (não lhe chamo fraude porque talvez lhe falte a "má-fé") do ensino em Portugal que dá pelo nome de Cursos de Educação e Formação (CEF).
A mentira começa logo no facto de dois anos nestes cursos darem equivalência ao 9º ano, isto é, aldrabando a Matemática, dois é igual a três!
Um aluno pode faltar dez, vinte, trinta vezes a uma ou a várias disciplinas (mesmo estando na escola) mas, com aulas de remediação, de recuperação ou de compensação (chamem-lhe o que quiserem mas serão sempre sucedâneos de aulas e nunca aulas verdadeiras como as outras) fica sem faltas. Pode ter cinco, dez ou quinze faltas disciplinares, pode inclusive ter sido suspenso que no fim do ano fica sem faltas, fica puro e imaculado como se nascesse nesse momento.
Qual é a mensagem que o aluno retira deste procedimento? Que pode fazer tudo o que lhe apetecer que no final da ano desce sobre ele uma luz divina que o purifica ao contrário do que na vida acontece. Como se vê claramente não pode haver melhor incentivo à irresponsabilidade do que este.

2. Actualmente sinto vergonha de ser professor porque muitos alunos podem este ano encontrar-me na rua e dizerem: "Lá vai o palerma que se fartou de me dizer para me portar bem, que me dizia que podia reprovar por faltas e, afinal, não me aconteceu nada disso. Grande estúpido!"

3. É muito fácil falar de alunos problemáticos a partir dos gabinetes mas a distância que vai deles até às salas de aula é abissal. E é-o porque quando os responsáveis aparecem numa escola levam atrás de si (ou à sua frente, tanto faz) um magote de televisões e de jornais que se atropelam uns aos outros. Deviam era aparecer nas escolas sem avisar, sem jornalistas, trazer o seu carro particular e não terem lugar para estacionar como acontece na minha escola.
Quando aparecem fazem-no com crianças escolhidas e pagas por uma empresa de casting para ficarem bonitos (as crianças e os governantes) na televisão.
Os nossos alunos não são recrutados dessa maneira, não são louros, não têm caracóis no cabelo nem vestem roupa de marca.
Os nossos alunos entram na sala de aula aos berros e aos encontrões, trazem vestidas camisolas interiores cavadas, cheiram a suor e a outras coisas e têm os dentes em mísero estado.
Os nossos alunos estão em estado bruto, estão tal e qual a Natureza os fez, cresceram como silvas que nunca viram uma tesoura de poda. Apesar de terem 15/16 anos parece que nunca conviveram com gente civilizada.
Não fazem distinção entre o recreio e o interior da sala de aula onde entram de boné na cabeça, headphones nos ouvidos continuando as conversas que traziam do recreio.
Os nossos alunos entram na sala, sentam-se na cadeira, abrem as pernas, deixam-se escorregar pela cadeira abaixo e não trazem nem esferográfica nem uma folha de papel onde possam escrever seja o que for.
Quando lhes digo para se sentarem direitos, para se desencostarem da parede, para não se virarem para trás olham-me de soslaio como que a dizer Olha-me este!" e passados alguns segundos estão com as mesmas atitudes.

4. Eu não quero alunos perfeitos. Eu quero apenas alunos normais!!! Alunos que ao serem repreendidos não contradigam o que eu disse e que ao serem novamente chamados à razão não voltem a responder querendo ter a última palavra desafiando a minha autoridade, não me respeitando nem como pessoa mais velha nem como professor. Se nunca tive de aturar faltas de educação aos meus filhos por que é que hei-de aturar faltas de educação aos filhos dos outros? O Estado paga-me para ensinar os alunos, para os educar e ajudar a crescer; não me paga para os aturar! Quem vai conseguir dar aulas a alunos destes até aos 65 anos de idade?
Actualmente só vai para professor quem não está no seu juízo perfeito mas se o estiver, em cinco anos (ou cinco meses bastarão?...) os alunos se encarregarão de lhe arruinar completamente a sanidade mental.
Eu quero alunos que não falem todos ao mesmo tempo sobre coisas que não têm nada a ver com as aulas e quando peço a um que se cale ele não me responda: "Por que é que me mandou calar a mim? Não vê os outros também a falar?"
Eu quero alunos que não façam comentários despropositados de modo a que os outros se riam e respondam ao que eles disseram ateando o rastilho da balbúrdia em que ninguém se entende.
Eu quero alunos que não me obriguem a repetir em todas as aulas «Entram, sentam-se e calam-se!»
Eu quero alunos que não usem artes de ventríloquo para assobiar, cantar, grunhir, mugir, roncar e emitir outros sons. É claro que se eu não quisesse dar mais aula bastaria perguntar quem tinha sido e não sairia mais dali pois ninguém assumiria a responsabilidade.
Eu quero alunos que não desconheçam a existência de expressões como obrigado", "por favor" e "desculpe" e que as usem sempre que o seu emprego se justifique.
Eu quero alunos que ao serem chamados a participar na aula não me olhem com enfado dizendo interiormente "Mas o que é que este quer agora?" e demorem uma eternidade a disponibilizar-se para a tarefa como se me estivessem a fazer um grande favor. Que fique bem claro que os alunos não me fazem favor nenhum em estarem na aula e a portarem-se bem.
Eu quero alunos que não estejam constantemente a receber e a enviar mensagens por telemóvel e a recusarem-se a entregar-mo quando lho peço para terminar esse contacto com o exterior pois esse aluno "não está na sala", está com a cabeça em outros mundos.
Eu sou um trabalhador como outro qualquer e como tal exijo condições de trabalho! Ora, como é que eu posso construir uma frase coerente, como é que eu posso escolher as palavras certas para ser claro e convincente se vejo um aluno a balouçar-se na cadeira, outro virado para trás a rir-se, outro a mexer no telemóvel e outro com a cabeça pousada na mesa a querer dormir?
Quando as aulas são apoiadas por fichas de trabalho gostaria que os alunos, ao sair da sala, não as amarrotassem e deitassem no cesto do lixo mesmo à minha frente ou não as deixassem "esquecidas" em cima da mesa.
Nos últimos cinco minutos de uma aula disse aos alunos que se aproximassem da secretária pois iria fazer uma experiência ilustrando o que tinha sido explicado e eles puseram os bonés na cabeça, as mochilas às costas e encaminharam-se todos em grande conversa para a porta da sala à espera que tocasse. Disse-lhes: "Meus meninos, a aula ainda não acabou! Cheguem-se aqui para verem a experiência!" mas nenhum deles se moveu um milímetro!!!
Como é possível, com alunos destes, criar a empatia necessária para uma aula bem sucedida?
É por estas e por outras que eu NÃO ADMITO A NINGUÉM, RIGOROSAMENTE A NINGUÉM, que ouse pensar, insinuar ou dizer que se os meus alunos não aprendem a culpa é minha!!!

5. No ano passado tive uma turma do 10º ano dum curso profissional em que um aluno, para resolver um problema no quadro, tinha de multiplicar 0,5 por 2 e este virou-se para os colegas a perguntar quem tinha uma máquina de calcular!!! No mesmo dia e na mesma turma outro aluno também pediu uma máquina de calcular para dividir 25,6 por 1.
Estes alunos podem não saber efectuar estas operações sem máquina e talvez tenham esse direito. O que não se pode é dizer que são alunos de uma turma do 10º ano!!!
Com este tipo de qualificação dada aos alunos não me admira que, daqui a dois ou três anos, estejamos à frente de todos os países europeus e do resto do mundo. Talvez estejamos só que os alunos continuarão a ser brutos, burros, ignorantes e desqualificados mas com um diploma!!!

6. São estes os alunos que, ao regressarem à escola, tanto orgulho dão ao Governo. Só que ninguém diz que os Cursos de Educação e Formação são enormes ecopontos (não sejamos hipócritas nem tenhamos medo das palavras) onde desaguam os alunos das mais diversas proveniências e com histórias de vida escolar e familiar de arrepiar desde várias repetências e inúmeras faltas disciplinares até famílias irresponsáveis.
Para os que têm traumas, doenças, carências, limitações e dificuldades várias há médicos, psicólogos, assistentes sociais e outros técnicos, em quantidade suficiente, para os ajudar e complementar o trabalho dos professores?
Há alunos que têm o sublime descaramento de dizer que não andam na escola para estudar mas para "tirar o 9º ano".
Outros há que, simplesmente, não sabem o que andam a fazer na escola…
E, por último, existem os que se passeiam na escola só para boicotar as aulas e para infernizar a vida aos professores. Quem é que consegue ensinar seja o que for a alunos destes? E por que é que eu tenho de os aturar numa sala de aula durante períodos de noventa e de quarenta e cinco minutos por semana durante um ano lectivo? A troco de quê? Da gratidão da sociedade e do reconhecimento e do apreço do Ministério não é, de certeza absoluta!

7. Eu desafio seja quem for do Ministério da Educação (ou de outra área da sociedade) a enfrentar ( o verbo é mesmo esse, "enfrentar", já que de uma luta se trata…), durante uma semana apenas, uma turma destas sozinho, sem jornalistas nem guarda-costas, e cumprir um horário de professor tentando ensinar um assunto qualquer de uma unidade didáctica do programa escolar.
Eu quero saber se ao fim dessa semana esse ilustre voluntário ainda estará com vontade de continuar. E não me digam que isto é demagogia porque demagogia é falar das coisas sem as conhecer e a realidade escolar está numa sala de aula com alunos de carne, osso e odores e não num gabinete onde esses alunos são números num mapa de estatística e eu sei perfeitamente que o que o Governo quer são números para esse mapa, quer os alunos saibam
Estar sentados numa cadeira ou não (saber ler e explicar o que leram seria pedir demasiado pois esse conhecimento justificaria equivalência, não ao 9º ano, as a um bacharelato…).
É preciso que o Ministério diga aos alunos que a aprendizagem exige esforço, que aprender custa, que aprender "dói"! É preciso dizer aos alunos que não basta andar na escola de telemóvel na mão para memorizar conhecimentos, aprender técnicas e adoptar posturas e comportamentos socialmente correctos.

Se V.Excia achar que eu sou pessimista e que estou a perder a sensibilidade por estar em contacto diário com este tipo de jovens pergunte a opinião de outros professores, indague junto das escolas, mande alguém saber. Mas tenha cuidado porque estes cursos são uma mentira…

Permita-me discordar de V. Excia mas dizer que os professores têm de ser dignificados é pouco, muito pouco mesmo…

Atenciosamente

Domingos Freire Cardoso
Professor de Ciências Físico-Químicas
Rua José António Vidal, nº 25 C
3830 - 203 ÍLHAVO
Tel. 234 185 375 / 93 847 11 04
E-mail: dfcardos@gmail.com

NOTA: Como vai o nosso ensino!!! Como serão os cidadãos de amanhã? Como será a produtividade da nossa economia? E a sua competitividade? Como sobreviverão as futuras gerações na economia globalizada?

Ler mais...

3 de novembro de 2007

Os Assassinos da Estrada

Os portugueses continuam a matar-se nas estradas a si mesmos e aos outros. A quantidade de mortes é maior do que nalguns países em guerra. As diminuições, tão frequentemente proclamadas por uma jornaleirada mentirosa, nunca têm passado de meras flutuações num aumento que se tem verificado mais ou menos contínuo. Este ano, para não variar, o aumento é mais uma vez aterrorizador. Como se o facto não fosse só por si suficiente, ainda matam cada vês mais peões.

Durante as últimas décadas, levados pelos exemplos dos políticos corruptos, os portugueses tornaram-se num dos povos mais incivilizados do mundo, independentemente das classificações atribuídas aos países sob qualquer critério. Daí também a desconfiança que reina entre eles. Em toda a Europa se conhece, menos em Portugal, onde tudo é escondido pela corrupção política e jornaleira. Quando um repórter pergunta a um estrangeiro a sua opinião sobre Portugal, a população ou a comida, só um campeão da estupidez poderá acreditar que o interpelado vá dizer que não gosta de alguma coisa. Vão ouvi-los de volta nos seus países a falar das suas férias e logo conhecerão a verdade.

Esta falta de civismo e de consideração pelo próximo, de serem incapazes de viver em sociedade é descomunal e mostra-se claramente no seu comportamento e por todo o lado, sobretudo pelas pequenas coisas. Um exemplo gritante é como estacionam num espaço de dois lugares, ocupando ambos. Os outros que se lixem. São mentalmente incapazes de se juntarem. Continuam a cantarolar que “O povo unido jamais será vencido”, não compreendendo que o contrário também é verdade. Em Portugal não existe consciência cívica; foi totalmente apagada pela corrupção política. Em seu proveito.

Nenhum português se considera mau condutor, são sempre os outros. No entanto, ao conduzirem, retiram a máscara e revelam claramente como são. Políticos e jornaleiros insuflaram um orgulho demente na população e que disfarçam, chamando-lhe auto-estima, unicamente por interesses próprios corruptos. Em consequência, crendo-se tão avançados e perfeitos, ficaram inibidos de reconhecerem os seus defeitos para os poderem corrigir, pelo que só puderam piorar continuamente, logicamente, atingindo o ponto em que se encontram.

Como podem, pois, reconhecer que o seu ridículo orgulho, oco e fútil, sem base nem justificação, para além de lhes impedir o progresso os transformou nos piores assassinos da estrada? Tanto que transformou e que não o compreendem, que persistem e continuam a matar-se.

A obrigação dos políticos governantes seria a de corrigir o mal, compelindo e ajudando a população a civilizar-se, mas no meio de tudo isto, os políticos, com uma pura malvadez assassina, em lugar de tomarem as medidas necessárias para evitar a desgraça, gozam os carneiros, sacando-lhes dinheiro com controlos de velocidade, dos quais muitos dificilmente poderiam ser mais estúpidos. Põem obstáculos nas estradas, como se fossem gincanas. Mandam a polícia fazer caça à multa, dizem que a culpa de tudo é da velocidade e do álcool. Se assim for, então porque o fazem e continuam? E porque é que os países onde a velocidade nas auto-estradas não tem limite, são dos que menos acidentes registam? A questão da velocidade ser demasiada ou não é bastante subjectiva e particular em cada caso, dependendo de vários factores, os quais nem são suficientemente analisados nos manuais de aprendizagem mal concebidos e praticamente inúteis.

A selvajaria geral é a causa número um das mortes na estrada, mas não só. Nunca falam nas armadilhas que os parasitas que nomeiam têm sistematicamente espalhado pelas estradas de todo o país, como delegados de Satanás.

  • Os semáforos não são adequadamente sincronizados, obrigando frequentemente os condutores a acelerar. Vemos nas outras cidades europeias que a sincronização possibilita atravessar as cidades sem parar fora das horas de ponta, mantendo uma velocidade regular de 50Km/h.
  • Não há radares nos semáforos para fotografarem quem passa ao vermelho. Quebram o direito de defesa e de prevenção ao tornarem os detectores de radares ilegais. Afinal, o que importa não é a prevenção, mas a extorsão. Quem souber da existência dum rada,r abranda; se não souber pode matar-se, mas paga a multa.
  • A sinalização é desadequada, por vezes contradizendo-se. Os sinais de fim de qualquer obrigatoriedade são raros. As marcações nas vias estão frequentemente invisíveis e grande número delas parece ter sido copiada de desenhos de atrasados mentais.
  • Um enorme número de estradas foi mal concebido. Algumas delas até ganharam renome internacional. Foram concebidas pelos nomeados dos partidos que as construíram, tão aclamados na altura do crime pelos corruptos que os nomearam e cujos crimes continuam impunes. Algumas estradas encontram-se em estado impraticável.
  • Muitas passagens de peões não promovem a segurança para que se justifique a sua existência. Outras estão colocadas em locais que os peões rejeitam por inconvenientes. Seria preciso colocá-las onde os peões as querem e torná-las seguras. Em países civilizados, quando mal colocadas são deslocadas.
  • Estacionamentos perigosos são permitidos, tanto em curvas como até em cima das passagens de peões (o Código da Estrada proíbe-os, mas não passa de teoria; veículos da polícia passam constantemente por eles como se nada fosse). Não é raro ver veículos da polícia estacionarem em lugares proibidos precisamente devido ao perigo que geram. Preocupam-se com bloquear rodas obrigando os veículos a continuar a infringir as regras em lugar de os rebocarem. É mais uma cópia do que está mal noutros países. Esta vem-nos dos EUA, em que passa primeiro um polícia a cavalo e faz marcas no rodado dos pneus com um ponteiro longo; algum tempo depois passa a carrinha com os bloqueadores e aqueles que ainda lá se encontrarem são bloqueados.


Somos governados por verdadeiros tarados, pois que todos os postos de responsabilidade estão nas mãos de corruptos parasitas e incompetentes, que ocupam esses cargos por nomeação e não por concurso, por serrem militantes das oligarquias políticas ou seus amigos. Ou serão apenas malvados que querem que o povo se mate nas estradas?

Mais factos elucidativos podem ser encontrados nos links ao alto da coluna azul, sob o título "Sangue na Estrada".

Aditamento

Leia-se a opinião da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados no seu artigo intitulado Uma tragédia à espera de acontecer, sobre os recentes assassínios no Terreiro do Paço, assim como as armadilhas espalhadas pelos corruptos parasitas que ficam sempre impunes, como citado no presente artigo.

Ler mais...

2 de novembro de 2007

Ajudar não é coisa fácil

Ajudar poderá significar o exercício de um esforço em colaboração com o agente principal da acção em curso, com vista a incrementar os resultados do esforço total, aliviando um pouco o daquele agente.

A ajuda só se compreende quando for desejada pelo agente principal e que este a saiba utilizar com vista a potenciar o seu esforço, obtendo melhores resultados. Quem ajuda deve ter a sensatez e o cuidado de coordenar o seu esforço de forma integrada com a acção e os resultados pretendidos, evitando substituir o agente principal ou a ele se sobrepor.

Hoje, numa visita rápida a dois jornais diários, retirei cinco títulos que nos fazem meditar seriamente neste assunto.

- Um dos títulos coloca em evidência a oferta de um carro de lixo que já não está em condições de exercer a função para que foi construído. Em «Moçambicanos e mal agradecidos» o autor com muita ironia, diz « O camião do lixo que Rui Rio ofereceu à Cidade da Beira e esta recusou poderá "não conferir" utilização na recolha do lixo, mas sempre há-de "conferir" outra utilização qualquer. A Câmara da Beira poderia, por exemplo, oferecê-lo por sua vez à Câmara de Ouahigouya (Burkina Faso), esta à Câmara de Phuntsholing (Butão), esta à de Tanjakent (Tajikistão), esta à de Natitingou (Benin), esta à de Nak'fa (Eritreia), e por aí fora, e o camião do lixo do Porto tornar-se-ia (como os medicamentos fora de prazo que as multinacionais farmacêuticas desinteressadamente doam aos países pobres, poupando milhões em impostos) num verdadeiro embaixador da generosidade internacional, perpetuando o nome de Rui Rio junto dos descamisados de todo o Mundo. A coisa seria ainda mais louvável se o génio económico de Rui Rio se tivesse lembrado de, em vez do camião, oferecer o próprio lixo da cidade (e por que não mesmo a vereação PSD/CDS?) ao Terceiro Mundo.» Não são necessários comentários.

- Em «Ajudar não é para todos» são bem expressivas as seguintes palavras: «A trapalhada em que caiu a ONG Arca de Zoé, no Chade, demonstra que o trabalho humanitário é sério de mais para ser deixado nas mãos de amadores. Dir-me-ão que amador e amar estão ligados e que sem amar não se pode fazer trabalho humanitário. Pois acho preferível a secura profissional. De boas intenções estão os campos de refugiados cheios de gente que só atrasa e, isso, com a presunçosa intenção de ajudar. (...) Os lugares de intervenção das ONG são por definição trágicos. O mínimo de prudência aconselha que para essas circunstâncias tão más só acorra quem sabe. É como num incêndio: pataratas só servem para atrapalhar os bombeiros. Entre os crimes da Arca de Zoé já há este, provado: atrapalharam as ONG sérias.»

- Em «Arca de Zoé e crianças do Chade» podem destacar-se as seguintes palavras «Os elementos da ONG (organização não governamental) Arca de Zoe podem até merecer o benefício da dúvida quanto às suas intenções. Mas são indesculpáveis na sua irresponsabilidade. Estes "amadores", como escreveu em editorial o Libération, foram longe de mais. Ao tentarem levar 103 crianças do Chade para França - pelas quais várias famílias francesas já tinham pago milhares de euros -, puseram em causa toda a constelação de ONG. Países como o Sudão já ameaçaram expulsar as organizações humanitárias estrangeiras. (...)
A acção humanitária é algo de nobre. Mas é preciso cautela, porque sob a sigla de ONG se escondem realidades muito diferentes. Tanto pode haver uma Arca de Zoe como uma Amnistia Internacional com o seu profissionalismo irrepreensível. Quando se trata de vidas, profissionalismo é o mínimo que se pode exigir. Não chegam boas intenções.

- Em «Crianças raptadas tinham pais e não eram de Darfur» pode ler-se «Um relatório de duas agências da ONU e da Cruz Vermelha, ontem divulgado, afirma que a maioria das 103 crianças africanas que um grupo francês planejava levar do Chade para a Europa tinha famílias. O relatório diz que 91 das crianças vieram de um lar com "pelo menos um adulto considerado um dos pais" e que, portanto, não eram órfãs, como alegavam os franceses. O documento também afirma que a maioria das 21 meninas e 82 meninos, com idades entre um e dez anos, veio de aldeias no Chade, perto da fronteira com o Sudão, e não das zonas de conflito de Darfur, contrariando outra alegação dos franceses que pertencem à Arche de Zoé.»

- No artigo «Sentimento anti-ocidental está a crescer no Chade» lê-se «O governo de Idriss Deby já declarou que os ocidentais se aproveitaram do conflito de Darfur e que não seria a primeira vez que os franceses fariam tráfico de crianças. O governador do sul de Darfur afirmou: "Todos sabemos que as ONG ocidentais têm um impacto negativo na cultura islâmica. Dizer que há demasiadas aqui não é uma opinião, é um facto". Entre a população e nos jornais, os estrangeiros, à excepção dos árabes, são agora vistos como esclavagistas e raptores. Um dos diários publicava: "Negreiros violadores dos tempos modernos". E Idriss Deby, responsável pela campanha, incendeia a fogueira do nacionalismo africano e do perigo do neo-colonialismo, recusando, que esta seja uma forma de hostilizar a presença ocidental no Darfur, e de paralisar as conversações de paz para a região, organizadas pela ONU na Líbia.»

Enfim, não bastam as boas vontades. É preciso saber actuar de modo a não produzir catástrofes em vez de salvar vítimas das circunstâncias. O bom senso é indispensável. A adequada preparação prévia é fundamental. A escolha criteriosas dos componentes das missões das ONG é imprescindível. AJUDAR NÃO É TRABALHO PARA MEROS AMADORES.

Ler mais...

Confusões no ensino

Há pouco tempo era a confusão da TLEBS que nos proporcionou dois secretários de Estado a fazerem declarações, com muito calor, de sinais opostos, com poucos minutos de intervalo. Antes tinha sido o problema de os professores terem de passar todo o horário dentro das escolas, mesmo que não tivessem aulas calendarizadas para essas horas. Outros pomos de discórdia têm surgido, como o problema da violência escolar e o controlo da disciplina.

Agora o Diário de Notícias diz que o «PS recua no novo estatuto do aluno». O leitor fica sem perceber se «os alunos do ensino básico com excesso de faltas poderão ficar retidos no mesmo ano de escolaridade, caso não tenham aproveitamento na prova de recuperação. Na mesma situação, os estudantes do secundário serão excluídos da disciplina em que falharam a aprovação na prova» ou se haverá alteração desta proposta.

Qualquer recuo mostra humildade dos dirigentes que aceitam o seu lado humano de errarem. Mas evidencia também a sua incapacidade de analisar rigorosamente o assunto, por forma a decidir da forma mais correcta e inatacável que não obrigue a recuos. Tais erros são incongruentes dada a quantidade de assessores e de outros «trabalhadores» que superlotam os gabinetes e serviços afins. Seria suposto que a colaboração de tanta gente «bem escolhida» resultasse numa gestão impecável do ensino e da educação. Mas, pelos vistos, não é!

Se as faltas dos professores não devem ser negligenciadas, as dos alunos também não devem ser ignoradas. Os alunos devem aprender a ser responsáveis, a saber gerir as suas vidas de adultos que virão a ser. Para isso devem ser estimulados a estudar, embora, pelo que me dizem, os psicólogos defendem que não se devem forçar as crianças porque isso as traumatiza e impede que cresçam naturalmente. Mas, com a falta de valores, do culto pela excelência, do prestígio do saber, da meritocracia, teremos um futuro de ignorantes que só pensam na ostentação de riqueza, adquirida de qualquer forma. Exceptuam-se, certamente, uns poucos, curiosamente, de famílias onde ainda se respeita a ética, a moral e outros valores tradicionalmente válidos, que, por se distinguirem numa sociedade mal preparada, acabarão por ser alvos da inveja dos medíocres.

Muitas faltas e o abandono escolar poderia ser evitado com a reactivação das escolas técnicas de outrora, em que se formariam técnicos necessários à economia nacional. Hoje é reconhecido que o encerramento das escolas comerciais e industriais foi uma asneira crassa. Alegava-se que se condenavam as crianças a não seguirem para a universidade. Mas é errado porque temos muitos licenciados e até professores universitários oriundos dessas escolas.
Profissões como as de serralheiro, marceneiro, etc. aprendem-se na adolescência e não na vida adulta depois de se ter falhado na universidade, altura em que já não se tem disposição para ser aprendiz, por falta de humildade e de motivação.

A falta de preparação profissional metódica e sistemática resulta em Portugal ficar nas mãos de imigrantes que vêm fazer aquilo que os portugueses não querem ou não sabem fazer, acabando por haver desemprego ao mesmo tempo que termos cá muitos estrangeiros a trabalhar. Por isso, o futuro do país está em risco.

Ler mais...

24 de outubro de 2007

Todos à pala no Dia B

Milhares de pessoas concentraram-se no dia B no Pavilhão de Portugal no Parque das Nações. Grande parte dos presentes é autor de blogues que, saídos do espaço virtual, ali vieram fazer uma manifestação inédita.

Quase todos levaram uma pedra que colocaram sobre uma folha A4 no pavimento da pala do edifício. Cada folha que se foi pousando ao longo do dia, continha uma palavra de ordem dirigida ao poder, assinada com o nome do blog de origem.

Podiam também ser vistas algumas pessoas que, de megafone em punho, discursavam as suas ideias criando um cenário que fazia lembrar o londrino Speakers’ Corner.

Não parece existir nenhuma organização formal por detrás desta iniciativa. Tudo levando a crer que se trata de um movimento espontâneo, gerado pelas sinergias intrínsecas da blogosfera portuguesa. O presente texto terá sido divulgado entre os blogues, criando um efeito pirâmide que terá culminado nesta manifestação. A assinatura de uma petição online e a colocação de selos de adesão nas barras dos blogs terá assegurado a viabilidade e o sucesso da iniciativa.

Divulga este texto e verás no que isto vai dar!

Ler mais...

23 de outubro de 2007

Referendo para quê?

Os jornais de hoje mostram haver opiniões contraditórias quanto à conveniência ou não da realização de um referendo sobre o novo tratado da UE. Conviria que as pessoas com voz audível no assunto nos esclarecessem sobre o significado real do tratado e do referendo. O significado teórico deste é conhecido e aproxima-nos da Democracia directa, mas a realidade é frontalmente oposta.

Recordemos o que se passou com o referendo sobre a IVG. Os políticos disseram que, por ser um problema de grande sensibilidade, não o decidiam na AR e deixavam a decisão ao povo para exprimir os seus conhecimentos, experiências e sentimentos. Parecia uma posição séria, honesta, democrática. Mas não passou de um logro, porque esses mesmos partidos saltaram para a rua e fizeram uma campanha tão intensa que constituiu uma terrível pressão nas consciências dos eleitores para votar SIM ou NÃO conforme eles (políticos) queriam. O resultado correspondeu à vontade dos partidos e à «festa» da campanha, pesada para os dinheiros públicos, e que nada trouxe melhor do que se a decisão saísse da AR, pelo voto dos deputados.

Apesar dessa autêntica lavagem de cérebros e de violação das consciências, acabou por haver muitas abstenções porque as pessoas mais desconfiadas em relação aos políticos não quiseram fazer o jogo de uns ou de outros e ousaram recusar as pressões que os estavam a empurrar. Essa falta de confiança nos políticos tem sido notada em muitas eleições. Os políticos deixaram de representar a vontade dos eleitores e estes respondem com a abstenção ou votando em independentes, que embora sejam do mesmo naipe, não estão a jogar pelo partido. É uma atitude do povo, que não é tão burro como os políticos pensam.

Quanto ao referendo sobre a UE, se tiver lugar, será conveniente levá-lo a sério, com os partidos a manterem-se silenciosos deixando o povo ser espontâneo e sincero. Só assim terá significado. Mas há quem alegue que o povo não está esclarecido ao ponto de poder emitir um voto consciente e fundamentado. Nesse caso evite-se o referendo e toda a festa de campanhas demagógicas que apenas servem para gastar recursos vários e para treinar os «boys» e «girls» que iniciam o estágio para a carreira política de assessores, vereadores, deputados, e por aí acima, à imagem dos seus parentes e amigos da oligarquia reinante.

O jornalista Manuel António Pina, no Jornal de Notícias, refere «o argumento de Vital Moreira, porta-voz oficioso do Governo, contra o referendo: o Tratado é complicado de mais para a mente simples do "cidadão comum", se o "cidadão comum" tentar lê-lo não passa da segunda página. Acha Vital Moreira que os "cidadãos incomuns" que se sentam na AR lerão o Tratado de fio e pavio e só o votarão depois de o compreenderem. Ora só quem não conhece o espírito crítico e a independência e craveira intelectuais que vão pela AR é que não lhe dará razão.»

Quererá dizer que, com referendo ou sem ele, o tratado da UE será aprovado de cruz. Os vindouros arcarão com as boas ou más consequências deste novo tratado que agora foi congeminado pelos génios da Europa que não serão muito melhores do que a amostra que temos em casa!

Ler mais...

21 de outubro de 2007

Cidadania. Dicas para reflexão

É suposto que em democracia, sendo o povo o detentor da soberania, e cabendo-lhe o dever e direito de votar para a escolha dos seus representantes para gerirem, em seu nome, a condução dos interesses colectivos, designados por interesses nacionais, deve manter-se atento ao evoluir quotidiano das situações e ir formando a sua opinião sobre o que mais interessa ao País, por forma a não ficar totalmente dependente das promessas falaciosas próprias das campanhas eleitorais.

Para esse esclarecimento permanente são necessários todos os tipos de comunicação social, principalmente atendendo à iliteracia generalizada na maioria da população. A blogosfera, embora ao alcance de uma minoria ainda pequena, tem a vantagem da clareza e da possibilidade de comentários e do debate que eles geram e alimentam. Os artigos devem incidir sempre em pontos fulcrais que permitam um aprofundamento de análise e de discussão aberta dos temas. O debate, a polémica, a discussão dão clareza aos assuntos focados.

Por vezes, as gafes dos políticos dão aso a interpretações sardónicas, irónicas, humorísticas, pelo facto de eles serem figuras públicas. Este fenómeno vem de longe, sendo bem conhecidos os textos de Eça de Queirós e de outros escritores da sua época e de outras mais recentes. Presentemente, como os políticos exageram o seu aparecimento quase diário na TV, o que tem para eles o inconveniente de ficarem demasiado visíveis, qualquer aspecto da sua insegurança, desde a fuga a respostas até a contradições ou hesitações, fica mais exposto à observação do povo, constituindo estímulo para o humor.

Os meios modernos de comunicação ampliam os comentários mais picantes. São abundantes as anedotas que circulam na Internet, nem todas sendo originais e, por isso, não sendo pessoais, mas, por vezes, adaptações de outras de épocas anteriores, inclusivamente do antigo regime.

Seria conveniente procurar usar sempre o critério de que criticar não é apenas dizer mal, mas também dar tópicos de reflexão, pistas para melhores decisões, escolhas mais adequadas. Certamente, não são soluções milagrosas, mas apenas pontos que pareçam dever ser apreciados como possíveis, como merecedores de ponderação, por poderem encerrar aspectos úteis. Neste blog podem ser encontrados artigos que consubstanciam este critério construtivo, participativo.

Um político experiente, sensato e amigo do nosso País, deverá ter a humildade e o «jogo de cintura» adequados para não se irritar com comentários mais duros ou bem dirigidos para as suas vulnerabilidades e não os afastar, mas olhá-los com o sentimento de que poderá neles encontrar pontos válidos para as suas meditações.

Ser político não quer dizer deixar de ser humano e, portanto, sujeito a errar. Esta vulnerabilidade de qualquer humano deve ser contemplada nos políticos quer por eles próprios quer pelos cidadãos em geral. Por isso, todos os cidadãos devem ser tolerantes, benevolentes, complacentes, compreensivos, indulgentes, clementes, mas apenas em casos pontuais, concretos e não em conceitos estratégias, decisões de efeitos continuados que prejudiquem a felicidade dos cidadãos actuais e vindouros. Sem isto, seriam coniventes, conluiados, etc.

Por esta razão, e para ajudar o Governo a agir em benefício dos cidadãos, é conveniente que a população raciocine livremente e não se deixe condicionar por um ou outro partido sem ter opinião própria. Nestes problemas da gestão dos interesses do país não há coisas sagradas, tabus, tudo sendo e devendo ser discutível, analisável em todos os aspectos. Se assim não for, não se pode, em dado momento, esperar que o cidadão vote conscientemente neste ou naquele candidato, nesta ou naquela solução.

Agora, há quem defenda que deve haver um referendo acerca o tratado europeu. É pena que não se tenha retirado conclusões daquele que foi efectuado sobre a IVG. Quanto a este, os partidos na AR esquivaram-se à sua votação alegando que se tratava de um assunto que mexia com a sensibilidade de muitas pessoas e que era um tema do foro íntimo de cada um, devendo, por isso, ser dada ao povo a liberdade de escolha através do referendo. Mas, ironia das ironias, os mesmos partidos que disseram querer dar ao povo liberdade de escolha, saíram à rua a pressionar de todas as formas as pessoas, condicionando-lhes a liberdade de decisão, para votarem no sentido que cada um deles pretendia. Dessa forma, a decisão não foi realmente entregue ao povo. Tratou-se de uma contradição, uma falácia, um logro. Infelizmente, coisas deste género são muito frequentes e é indispensável que os cidadãos se habituem a reflectir sobre as virtudes e os defeitos do regime, sobre as características reais da democracia em que lhes é dito que a soberania está nas suas mãos.

Mas como pode o povo estar esclarecido se há restrições bem conhecidas à liberdade de opinião e de expressão? Se existem escutas telefónicas tão generalizadas e tão comentadas até pelo Procurador Geral da República, se Mário Soares vê conveniência em dizer que é preciso exercer o direito de expressar o «direito à indignação» e se Cavaco Silva também já achou conveniente aconselhar que não devemos resignarmo-nos, então não estamos em democracia plena então o povo não é soberano.

Regressa-se aos tempos em que corria o slogan «o que faz falta é avisar a malta». E para isso, a blogosfera tem um papel importante a desempenhar e deve fazê-lo com sentido de responsabilidade plena, sem precipitações apressadas, mas sem esmorecer, sem parar.

Ler mais...

19 de outubro de 2007

Um amplo movimento popular

Tendo vindo a analisar a forma como o sistema político e económico actual funciona, cheguei a diversas conclusões, a primeira das quais é a de que o poder é escravo das regras das grandes corporações económicas. Vivemos numa época em que impera o neoliberalismo, uma forma mais selvática de capitalismo, caracterizada por negar qualquer intervenção reguladora do Estado na economia e por valorizar o lucro acima de tudo o resto, desprezando a pessoa humana. É sob este sistema que vivemos, não só em Portugal, como também no resto do planeta.

Angustiante, não é verdade? Não! Como anarquista, luto por uma sociedade diferente, igualitária, e continuo a acreditar firmemente que a mudança é possível. E dou um belo exemplo. Realizou-se ontem a manifestação da CGTP, que juntou, no Parque das Nações, cerca de 200 mil tabalhadores. No final da manifestação, o líder da central sindical, o Carvalho da Silva, afirmou que “pela sua dimensão e pelas suas características, hoje é um dia histórico” e acrescentou que agora “vão ampliar-se as alianças sociais e a luta dos portugueses”. Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente sobre este acontecimento.

Este é o caminho para que o sistema possa ser modificado. Juntar as massas em movimentos de contestação populares, independentemente do facto de serem ou não organizados por sindicatos ou centrais sindicais. Não ignoro que estas organizações dependem, de uma ou outra forma, de orientações político-partidárias e que os partidos políticos se aproveitam delas para os seus propósitos pró-sistema. Contudo, estas organizações também podem contribuir para mobilizar as massas, como foi o caso de ontem. O próprio anarquismo teve, há dois séculos, uma dimensão sindical, designada por anarco-sindicalismo. Acredito firmemente que será através de um amplo movimento popular que o sistema poderá, um dia, ruir.

Ler mais...

17 de outubro de 2007

Escândalo com dinheiro público na CML

Os assessores da Câmara Municipal de Lisboa vão receber salários mensais de cerca de 4.000 € (quatro mil euros), um aumento de 29% em relação ao ano anterior, o que é um ultraje aos restantes trabalhadores da Câmara e a muitos funcionários que, ao fim de carreiras de total dedicação não chegarão a receber tanto.

Em período já prolongado de sacrifícios devido ao défice criado pela má gestão dos governantes, é escandaloso este desbaratar dos dinheiros públicos.

E surge a interrogação: eles, com o seu desempenho merecem um tal salário?. Qual a sua competência, a sua preparação, o critério da sua escolha?

A resposta veio há tempos da boca de uma vereadora, quando na Câmara foi muito badalada a enorme quantidade de assessores. Ela deixou bem claro, em entrevista a um jornal, que os assessores não são contratados após concurso público e seleccionados em função de currículo de experiências e competências. São nomeados com base na confiança política, isto é, podem nada saber mas ser da família ou das amizades de um militante do partido. Trata-se de uma espécie de agência de emprego para os boys e girls sem capacidade para competir no mercado de emprego. Daí que onde há muitos assessores não deixa de haver gafes, decisões erradas que muitas vezes são mais tarde rectificadas após manifestações populares de desagrado. Apesar dos salários escandalosos, não melhoram a eficiência do serviço, simplesmente porque não sabem, não têm para isso a menor competência.

Mas o certo é que essa oportunidade, se for bem conduzida, com atitudes politicamente correctas, sem desagrado para o chefe, serão em eleições próximas candidatos a deputados, e daí poderão ir a governantes ou para bons lugares em institutos e empresas de capitais públicos. É o início da carreira de político profissional, é o prémio de não terem sido bons alunos, de não terem capacidade para competir no mercado de trabalho, como os seus colegas de escola não ligados a políticos.

Não é apenas na Câmara de Lisboa, é também em muitos gabinetes do Governo. Circulam na Internet muitas imagens do Diário da República, com nomeações de familiares de políticos bem conhecidos.

Mas, apesar destes escândalos, os trabalhadores por conta de outrem, de mais baixos rendimentos, vêm os seus impostos a aumentar já há vários anos e o seu poder de compra a emagrecer anualmente a um ritmo preocupante. A crise é só para alguns. E a pobreza em Portugal aumenta a ponto de o próprio PR se ter referido a ela com palavras de preocupação.
O défice é resolvido à custa dos contribuintes que não podem evitar os impostos, mas as despesas públicas com vários parasitismos, não mostram sinais de diminuir, antes pelo contrário, como mostra o caso referido.

Ler mais...

16 de outubro de 2007

E as promessas de emprego? Uma solução!!!

Autorizados 6752 contratos a prazo

O Governo calculou em 6752 os contratos a prazo por um ano a realizar para cobrir as necessidade do Serviço Nacional de Saúde para este ano. A contabilidade surge na sequência do levantamento das necessidades feito por cada administração regional de saúde, depois de uma nova lei aprovada em Agosto ter acabado com os contratos a prazo por três meses renováveis......


NOTA: Estes contratos, podem não traduzir mais empregos, mas sim o mascaramento de uma lei que ainda não passou do papel. As tais promessas piedosas que não são concretizadas! Não costumo ver televisão, pelo que perco pérolas da inteligência dos governantes que temos. Segundo os jornais, o Sr. ministro Vieira da Silva, brilhante na sua argumentação, referindo-se ao aumento do desemprego afirmou que “os balanços são feitos no final do ano”. Esta «lata» com que nos é atirada poeira para os olhos é uma falta de respeito imperdoável pela nossa inteligência, a qual não diminui apesar dos sucessivos apertos de cinto a que nos obrigam.
Se o resultado da comparação entre períodos homólogos deste ano e do anterior mostram aumento do desemprego, só por grande milagre, este aparecerá diminuído no fim do ano!
Mas, como as críticas devem apontar pistas para soluções, sugiro uma para que esse milagre aconteça, para que se cumpra a promessa dos 150.000 empregos, e que não está fora do alcance destes descarados políticos. Consiste simplesmente em dar a cada assessor dois ou três assessores, à semelhança dos assistentes que deram aos deputados!!!
Se fizerem isso, darão emprego a todos os filiados no partido e granjearão muitos mais filiados, principalmente se tornarem esta solução extensiva às empresas públicas, institutos, autarquias, forças de segurança, forças armadas, etc.
Não faltará dinheiro para isso, bastando aumentar os impostos, fazer empréstimos, aumentar a venda de certificados de aforro, obrigações do tesouro, ou contas poupança, vender património e privatizar serviços públicos. A propósito, repare-se no afã de captar mais dinheiro dos incautos, para contas tipo PPR geridas pelo Estado? O povo em geral, anda de olhos fechados, resignado, amedrontado, sem coragem para usar o direito a manifestar a indignação e deixar-se-á induzir nessas manobras.
A propósito desse PPR do Estado, pergunta-se aos Governantes em que condições está o fundo de pensões dos militares. Se estes, em vez de terem descontado para ele, tivessem colocado o dinheiro a prazo ou em fundos de investimento num banco, teriam hoje mais proventos.
Estas habilidades não têm limites, o mal é começar!!!

Ler mais...

14 de outubro de 2007

Rasteira detectada a tempo!!!

OE 2008: Finanças admite gralha beneficiando reformas altas

O Ministério das Finanças admitiu a existência de uma gralha no Orçamento do Estado para 2008, que gerava benefícios aos pensionistas com reformas mais elevadas, num comunicado distribuído à comunicação social.

A admissão da gralha no OE surge depois de vários órgãos de comunicação social (OCS) terem noticiado que as alterações propostas no âmbito das deduções de IRS para os pensionistas teriam como efeito um benefício das reformas mais altas e uma penalização daqueles que aufiram pensões mais baixas.

Resta a dúvida de esta gralha poder ter sido intencional, como aconteceu no Código do Processo Penal (Ver Fantasmas entre os legisladores???!!!) e, se os OCS não tivessem detectado essa injustiça, ela ficaria com orça de lei a aumentar as distâncias sociais entre ricos e pobres.

A lição a retirar é a que tem sido repetida com as sugestões de usar o direito de expressar a indignação, ou de não se resignar. É preciso estar atento às tropelias dos detentores do Poder e levantar a voz. Com as manifestações de desagrado, algumas localidades fizeram o ministro da Saúde recuar no encerramento de maternidades, de centros de saúde e de urgências. Eles deitam o barro à parede a ver se pega. O povo tem de estar de olho abertos, para impedir a consolidação de trafulhices.

Ler mais...

13 de outubro de 2007

Mais Um

O actual Ministro da Administração Interna é um homem considerado de relevo e ilustrado, com um brilhante curriculum académico e profissional, cujos cargos ocupados parecem justificar a fama. Será mesmo uma pessoa digna?

Quanto aos cargos de nomeação política não podem servir de referência, pois que os exemplos em contrário e que abundam nessa área não só poderiam ser pejorativos como o são na grande maioria dos casos. Em geral, nomeação política = corrupção degradante para ambos, nomeado e nomeador. Disto, é ele um exemplo gritante.

Não obstante a formação e todas as competências e conhecimentos evidenciados por qualquer pessoa, raramente estes servem de abono à sua integridade e honestidade, tampouco de garantia de comportamento humano decente.

Em princípios Agosto último, no decorrer da luta contra um incêndio em Rexaldia, Torres Novas, o piloto dum Dromadair despenhou-se, o avião explodiu e incendiou-se e o piloto faleceu.

O ministro apresentou-se no local. Os noticiários televisivos apresentaram uma reportagem em que lhe dirigiram diversas perguntas directas sobre o acidente e sobre o piloto. O ministro, porém, como se não as ouvisse, enveredou por uma propaganda política sobre os incêndios, as acções tomadas pelo governo no sentido de as minimizar, os resultados obtidos e os que garantia para o futuro. Uma verdadeira enxurrada de palavreado tolo e despropositado à ocasião, sob a clássica forma de venda de banha da cobra, a qual os repórteres interromperam várias vezes sem ele desse mostras de ouvi-los e sem abandonar a sua propaganda que teria decorado durante o caminho.

Ouvindo essa reportagem era-se levado a concluir que o único e óbvio propósito da presença do ministro no local do acidente não poderia ser outra senão a de fazer uma propaganda política suja. Suja, porque cego pela ganância política e sem o mínimo tacto, sem quaisquer escrúpulos, honestidade e humanidade, aquele aborto humanóide desprezou o luto, o respeito pelo defunto e pela sua família, os problemas e as preocupações humanas específicas locais do momento.

Os dotes de qualquer pessoa num determinado campo não provam nada noutros. Não é novidade. O que provam, no final, é que determinadas atitudes desmascararam aquilo que afinal não passava duma fachada indigna para impressionar tordos, como um espantalho.


Quando aconteceu a profanação das campas de judeus, não vimos todos o ministro, também judeu, apresentar-se publicamente com a mitra da judaica? Não, o acto em si não é proibido, nem degradante, nem recriminável. O que é injurioso é que nunca o infame impostor se tenha apresentado assim em público, mas apenas nessa ocasião, o que declara a ignóbil e vergonhosa mise en scène dum abusador abjecto é o oportunismo para a sua nojenta propaganda de apoio à corrupção. Falsidade que não pode deixar de também envergonhar judeus honestos.


Mais recentemente, referiu-se ao caso da inconstitucional invasão do sindicato dos professores do centro pela polícia,

Uma investigação corrupta, devido às mentiras inventadas de que a sua conclusão foi impregnada, levada a efeito pela Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), que nega qualquer infracção por parte das forças de segurança. A infracção não necessita de qualquer investigação quanto à sua legalidade, todos sabem que é inconstitucional. O que se quer saber é o que a originou, quem a “encomendou”. Em qualquer caso, também não é necessário que nos digam que a culpa não é da polícia, já o sabemos.

Vem aquele poço de mentira e falsidade declarar que encerrou o inquérito porque (como consta no seu relatório) «Não há indício de qualquer facto ilícito. Por conseguinte, não há lugar à instrução de processo de inquérito ou processo disciplinar.»

Mas que fantochada! Porque haveria de haver qualquer processo disciplinar contra quem se limita a cumprir ordens? O ministro impostor vem contar mais uma das suas histórias de dormir de pé, falseando o verdadeiro objecto da questão para encobrir a podridão daqueles que deram as ordens à polícia. Será possível ser-se mais corrupto e vigarista? É possível que o sindicato tenha apresentado uma queixa dialecticamente mal redigida em que alguns termos tivessem dado oportunidade às más intenções congénitas da máfia política para dirigir o inquérito numa direcção diversa da intencionada, o que essa máfia não desperdiçou.

Mais uma vez um governo altamente encobre a sua corrupção. O inquérito era sobre quem mandou executar a ordem, nunca sobre quem a executou. Alguém acredita que a polícia lá foi por iniciativa própria? As associações de polícia, que tanto recalcitram, parecem acobardar-se sobre este assunto.


As acções contra sindicatos não são novas, pois que já se verificam há sete anos. O PSD pretende mesmo abertamente fabricar uma nova constituição que garanta mais poder à máfia oligárquica. Nesta altura o governo prepara um ataque, um descalabro aos direitos e necessidades dos trabalhadores, sempre em favor dos mais ricos, para cavar mais o fosso, como já nos habituaram e a população autoriza. Não há que eleger nesta ambiente de cultura corrupta.

Fora com este impostor e com toda a manada que compõe a máfia corrupta, independente dos partidos. Há que encurtar a rédea a estas bestas, que lhes fira as beiças ao mais pequeno movimento desautorizado.

Ler mais...

Combate ao défice fica caro aos contribuintes

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2008, o combate ao défice orçamental vá continuar a ser feito, pelo «pior dos caminhos», ou seja, pela via dos impostos.

«Durante o próximo ano, haverá um aumento da cobrança de impostos na ordem dos 3 mil milhões de euros. O défice orçamental baixa 800 milhões de euros», frisou um líder parlamentar.

«Quem está a combater o défice são os contribuintes, as famílias e as empresas, e a factura não vai para o Estado, vai para os contribuintes». Não afecta as centenas de parasitas que enxameiam os gabinetes e de cujo trabalho não são visíveis resultados benéficos para o País, mas afecta os contribuintes que têm de continuar a apertar os cintos sem verem vislumbres de melhorias das suas condições de vida. Alguém beneficia com os sacrifícios da «classe civil», mas não esta.

O combate ao défice por via dos impostos acarreta a quebra na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) como sublinhou o prémio Nobel da Economia em cuja opinião, a redução dos impostos provoca maior dinamismo na economia no aspecto de produção de riqueza.

«Não fosse o aumento previsto no investimento público e a quebra seria muito maior». Mas resta saber quais destes investimentos serão geradores de riqueza para a população de amanhã.

Toda a argumentação do Ministério da Finanças assenta num encadeamento de números que traduzem previsões, algumas de difícil explicação, porque não dependem da acção directa do Governo. Isto faz recordar as promessas eleitorais do PS que não foram cumpridas e de uma previsões para o défice de 2005, feitas pelo Banco de Portugal com um rigor de várias casas decimais, que poucas semanas depois foram emendadas para outro número que, não aprendendo a lição do falso rigor anterior, continuaram com igual quantidade de algarismos à direita da vírgula!

Nós, pobres cidadãos, que temos que acatar as torturas dos carrascos, somos bombardeados, sem a mínima consideração por estas vis falácias. Mas será conveniente estarmos atentos e, quando oportuno, mostrarmos a nossa discordância por estes vícios do regime.

Texto elaborado com base na consulta do artigo publicado em Diário Digital / Lusa 12-10-2007 19:05:00

Ler mais...

6 de outubro de 2007

AS HISTÓRIAS (IN) CONTÁVEIS...

Ao longo do tempo e, enquanto vou descobrindo tantas verdades acerca do quotidiano político, vou criando, quase sem dar por isso, os chamados «ódios de estimação». Dia a dia o mundo vive com espanto o que se passa nos «corredores secretos» das instituições. Tal como Catalina Pestana, Ex-provedora da "Casa Pia", que vem agora dizer: - "Quando estalou o caso da pedofilia, estranhei não ver casapianos como Maldonado Gonelha ou Soares Louro a defender a instituição"; também eu, enquanto cidadão do mundo, me perturbam os episódios incríveis que umas vezes desmascaram e outras escondem a verdade dos factos. Não é de ânimo leve que o "homem médio" assiste às tentativas de mascarar a verdade genuína no interior de certas instituições civis e militares. Quando alguém se afoita a analisar os contornos em que se materializam - nestas instituições - os interesses instalados dos "poderes ocultos" e verifica que os responsáveis, intervenientes directos, se acomodaram com as mordomias - ao invés de denunciarem a carência e os traumas terríveis dos utentes de tais instituições -; sentem a pressão do "polvo" a esmagar-lhes a honra, o bom nome, a família e a paciência.Quando alguém tem a audácia de trazer ao domínio público alguns factos susceptíveis de ferir a sensibilidade dos que sempre tentaram mascarar a verdade, estes escondem-se em labirintos com aromas de Maçonaria ou atravessam as fronteiras do seu País para, lá longe, "limparem" a "lama"- sem remorso - que lhes escorre pelo rosto sem sinais de vergonha. Outros infiltram-se nos corredores da justiça na esperança de alterarem as leis em seu proveito e em proveito daqueles que "comeram na mesma marmita".Entretanto, a justiça, na sua demora assustadora, parece ir dizendo aos culpados : "Para a prossecução dos teus desígnios, serás cirúrgico e asséptico no modo de contornar as leis, os regulamentos e os códigos, e atrairás a ti os melhores especialista para te ajudarem a camuflar e a fazerem desaparcer todos os traços das tuas actividades criminosas".As vítimas..., essas..., ao sentirem que a mãe pátria os abondonou, na profundeza dos seus traumas tentam «viver» com os seus "fantasmas". Pois nada se vislumbra capaz de "matar" o "polvo". Os outros, os cidadãos comuns, face a tudo isto, vão criando os seus "ódios de estimação"e, por vezes, a medo, lá vão outorgando a sua disponibilidade para a "guerra".
Paulo
Foto: Eu, em 2004.

Ler mais...

5 de outubro de 2007

Tirania e Liberdade
Em nome do 5 de Outubro

Thomas Jefferson foi o terceiro presidente dos EUA e um dos mais importantes e celebrados. Embora tivesse sido um dos fundadores do partido Democrata-Republicano, predecessor do actual partido conservador Republicano, que hoje espalha a miséria na sua nação, os seus sentimentos e a sua ideologia não foram esses.


Uma das suas frases mais célebres foi a seguinte.

When the government fears the people, there is liberty. When the people fear the government, there is tyranny.

Impregnada de sentido e de fundamento, a sua tradução é simples.
Quando o governo receia o povo, há liberdade. Quando o povo receia o governo, há tirania.

O que ele escreveu no rodar do século XVIII para o XIX continua tão actual como o era na altura.

Ler mais...

3 de outubro de 2007

Não há senso!

O Sr. Ascenso Simões teve a falta de senso de atribuir à governação todo o mérito do balanço positivo da fase "charlie" («C» de chuva?) do plano de combate aos incêndios florestais».

Segundo ele, «entre os dias 1 de Julho e 30 de Setembro - os meses de maior risco - a área ardida foi significativamente menor do que em 2006, com 16.605 hectares ardidos até ao momento contra os 75.335 hectares ardidos no ano passado». E atribuiu este êxito a:
- «um aumento da área intervencionada»,
- uma melhor articulação dos sapadores florestais e a
- uma melhor vigilância da GNR.

Já há duas ou três semanas que, em conversa, previa que acabassem por surgir palavras deste género!

Como a maior parte dos portugueses, durante o período acima referido esteve mais atenta às condições meteorológicas, por estar em férias, todos sabemos que o MÉRITO dessa vitória contra os fogos florestais, erradamente atribuída ao Governo, cabe à não comparência dos fogos por virtude de S. Pedro, ou melhor Daquele Deus a quem Sócrates prestou homenagem quando se benzeu, durante uma das muitas cerimónias oficiais de abertura do ano escolar. Em termos de temperatura e humidade do ar, todos sabemos a diferença entre 2006 e 2007. Os fogos não gostam muito de chuva e esta caiu com frequência e intensidade na maior parte dos dias da fase «charlie» de 2007.

Não há senso, não há vergonha, de abusar tanto da propaganda balofa, partindo da hipótese de que os portugueses somos todos estúpidos. Alguns o serão, mas não somos todos políticos ou devedores de favores à oligarquia..

Os governantes deviam fazer um esforço para compreender que, quando falam para o público em geral, não devem utilizar os argumentos comicieiros. Uma coisa são os políticos que batem palmas e aplaudem sem perceber o que estão a ouvir, outra coisa são os portugueses medianamente inteligentes que têm neurónios e os usam.

Origens desta notícia:
Balanço positivo no combate a incêndios
Área ardida foi 12 vezes inferior à média dos últimos cinco anos
Governo faz balanço positivo da fase "Charlie" de combate aos fogos

Ler mais...

Deficit, Esbanjamento e Roubo
Propaganda para Tolos Encobre-os

O governo quer diminuir as despesas do estado?* É mentira! Se quisesse seguia os exemplos doutros países nesse sentido, em lugar de só copiar o que está errado e só nos falar da atrasada Espanha. O facto dela nos ter ultrapassado não significa que seja um país avançado, apenas demonstra o atraso acumulado por Portugal, pelo que não serve de exemplo se se quiser progredir.

O parlamento Italiano "deixou cair" a Microsoft e adoptou um sistema livre, o Linux/Suse da Novel, para os seus 3.500 computadores, calculando-se a economia em três milhões de euros. Não é uma novidade, outros países, serviços do estado e municípios os precederam nesta disposição. Outros países europeus, entre eles os mais ricos, têm seguido o mesmo caminho. O parlamento francês adoptou o sistema em 2006. Na Noruega dão-se prémios aos tradutores de programas de código aberto. O do ano passado foi ganho pela Fundação Norueguesa de Software Livre para Usos Profissionais. Este prémio é atribuido pelo Grupo de usuários Norueguese de Unix e pela Politécnica de Oslo

Quanto se economizaria em Portugal se o princípio fosse levado a efeito para todos os serviços do estado?

Para os governantes portugueses, só o que é caro é que convém. A toleima, o desperdício, o aproveitamento em proveito corrupto próprio são as bases do seu pensamento. O sistema Linux, no seu ver de baixos horizontes, só é bom para os países subdesenvolvidos, como se Portugal fosse desenvolvido e esses não tivessem atingido o seu nível com ideias inteligentes em lugar das tacanhas da máfia portuguesa.

Novas despesas foram inventadas: a passeata e o espectáculo dos fantoches do governo pelo país, acarretando com enormes despesas adicionais com logística, deslocação de gabinetes inteiros, toda aquela gentalha de parasitas, secretários, secretários de secretários, escriturários. Descomunais despesas de hotéis, de ajudas de custos e todas as sanguessuguisses habituais, acumuladas e aumentadas para roubarem o máximo. É este, aliás o motivo de base para toda esta fantochada dos parasitas.

O logro dos computadores é outro esbanjamento provado e abandonado noutros países devido aos maus resultados, contrários ao que se pretendia.

Os preços são um roubo e o governo está a favorecer abertamente os fornecedores de serviços que praticam preços exorbitantes.

Os governos continuam a travar o desenvolvimento, pondo as comunicações fora do alcance da maioria. As chaves do desenvolvimento são a instrução e todas as comunicações. Para que serve a tecnologia se está fora do alcance da maioria? Para que servem as estradas se são caras?

Os governos favorecem os lobbies, que alimentam a sua corrupção e saca dinheiro aos que menos têm. É este o plano: esbanjar e enriquecer à custa da pobreza do país. Porque se lhes permite.

Veja-se este post elucidativo num outro blog e os links nele indicados.

* Posteriormente à publicação, uma palavra foi subtraida a esta frase, a fim de corrigir um erro de interpretação por ela provocado.

Ler mais...