Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


29 de maio de 2008

O absolutismo de Luís XIV e a actualidade portuguesa

Transfiro para aqui, pelo seu interesse para melhor compreensão da nossa realidade actual, o comentário muito elucidativo deixado por Manuela no post «Ex-combatentes desprezados».

Concordo consigo, João. Essa referência ao “rei-sol”, Luís XIV de França, que afirmou que “O estado sou eu”, fez-me recordar alguns conceitos desse poder absolutista da época e que a História parece estar a querer repetir. Chegam a ser irónicas as coincidências, salvaguardadas as devidas diferenças nos séculos que nos separam. Senão, repare:

1) A condição fundamental para o poder absoluto foram os conflitos entre classes que o próprio rei instigou, sobrepondo-se a eles e deles tirou proveito;

2) Protegeu a alta burguesia, garantindo-lhe ascensão social;

3) Calou a nobreza, atraindo-a com cargos;

4) O rei seria o representante de Deus na Terra, defensor da pátria e representante do Estado, cujos interesses estavam acima dos interesses particulares... ...mas,

5) Embora o Tesouro estivesse perto da falência quando Luís XIV assumiu o poder, muito dinheiro era gasto “alimentando” a Corte Real.

Sou só eu que vejo semelhanças com a actualidade?

Apenas numa área vejo distinção: Luís XIV, o rei absolutista, o REI-SOL, o rei que adorava ser adulado, reconheceu a lealdade dos militares que o serviram e que ficaram feridos ou já estavam em idade avançada, mandando construir o Hôtel des Invalides (Palácio dos Inválidos) para lhes servir de hospital/lar, caso contrário, ficariam na miséria!!!

Já agora, e para deixar esta comparação entre Portugal e a França do séc. XVII, prefiro nem pensar na sorte do Luís XVI que, 1 século depois, não conseguiu evitar a Revolução, pelo facto de não dar ouvidos a quem o aconselhava a “olhar” para o povo, nem se tornou “líder” popular por não “ouvir” o povo e...acabou como acabou: na guilhotina!

NOTA: Este texto, que surgiu como comentário, dá-me oportunidade de fazer algumas considerações sobre o que penso do papel dos blogues. Gosto de ter visitantes e bons comentários, embora não seja esse o meu objectivo, pois, se o fosse, colocaria posts mais espaçados no tempo, para não passarem despercebidos sob os mais recentes.

Gosto de escrever sobre as reflexões que as realidades me inspiram. Sei que não mudo o mundo, mas procuro contribuir para que seja mais justo e torne as pessoas mais felizes. Não dou lições mas procuro sugerir pistas que me pareçam positivas e incentivar as pessoas a pensar pela sua cabeça sobre problemas importantes para a sociedade.

Há quem me critique por ser superficial, mas penso que ninguém procura aqui, em poucas palavras, um tratado científico ou uma tese de doutoramento. Ficarei satisfeito se os visitantes ficarem a reflectir sobre os temas apresentados e com curiosidade de irem procurar maior aprofundamento em local mais adequado. Um blogue não é uma revista especializada, ou um manual académico.

E tenho a sensação de que os visitantes não vêm com disposição para estarem muito tempo a ler um post demasiado longo e com muitos pormenores técnicos e exaustivos.

Estas palavras surgem a propósito da crítica que ouvi a um amigo, que me parecem desproporcionadas e fora das características de um blogue ou de um jornal generalista.

O comentário de Manuela concretiza esta minha opinião, ao ir em busca de mais aspectos na intenção de testar, positiva ou negativamente, a referência à frase de Luís XIV. Um bom comentário é isto: contribui para aprofundar o conhecimento do tema do post. Trazê-lo para aqui é uma justa homenagem à sua autora.

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28 de maio de 2008

Ex-combatentes desprezados

Todos nós temos na família, mais ou menos próxima, ex-combatentes que foram obrigados a tomar parte numa guerra e da qual vieram com sequelas várias, algumas impeditivas de uma vida autónoma.

Foram arrastados para «a defesa do território nacional», e mentalizados com o slogan «honrai a Pátria que a Pátria vos contempla». Mas a Pátria, pela mão dos seus maus representantes, não só não os contempla como os tem esquecido, desprezado. Esse desprezo para quem tudo arriscou, muitos lá perderam a vida, contrasta com a acumulação de subsídios de políticos parasitas e de muita gente que nada produziu nem para o País nem para a vida económica nacional.

O tema foi ontem focado pelo «Público» no artigo de Paula Torres de Carvalho e pelo jornal gratuito «Global-Notícias» no editorial de Silva Pires, em que se referia que «o provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues, manifestou ao ministro da Defesa Nacional a sua preocupação quanto à existência de atrasos que considerou "excessivos" e "injustificados" na tramitação de processos de invalidez de ex-combatentes e de qualificação como deficientes das Forças Armadas».

Tasso de Figueiredo, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) disse que a situação é "inqualificável", e saudou a iniciativa do provedor.

O gabinete de Nascimento Rodrigues explicou que, na sequência da apreciação das queixas de ex-combatentes, se apurou que "os atrasos ficam a dever-se à excessiva demora na marcação e realização de juntas hospitalares de inspecção e na elaboração de pareceres pela Comissão Permanente de Informações e Pareceres da Direcção dos Serviços de Saúde, que atinge um atraso médio de cerca de três anos".

Apesar de a guerra ter terminado já há 34 anos, esta questão tem vindo ser arrastada e já tinha sido colocada ao anterior ministro da Defesa que suscitou um parecer da Direcção-Geral de Pessoal e Recrutamento Militar, determinando a necessidade de realizar uma "revisão do percurso dos processos de reconhecimento de invalidez ou da qualificação como deficiente das Forças Armadas (DFA), ponderando a efectiva necessidade de intervenção de determinadas entidades do Exército".

Agora, na sua nota, o provedor salienta que ainda não são conhecidas as conclusões da criação de um grupo de trabalho pelo actual Governo, incumbido de estudar e reformar o sistema de saúde militar até ao fim de 2006. Continua assim sem se saber que medidas serão tomadas quanto aos atrasos relativos aos processos de invalidez ou qualificação como deficientes das Forças Armadas.

Esses atrasos "são fortemente penalizadores dos interesses legítimos dos cidadãos afectados, constituindo uma violação grave dos seus direitos", considera o provedor: "Num determinado contexto histórico e político, o Estado exigiu a estes cidadãos o exercício do serviço militar num teatro de guerra, física e psicologicamente, violento. Hoje, o Estado de Direito democrático deve-lhes o respeito pelos seus mais elementares direitos, ou seja, deve avaliar e decidir, com rigor e celeridade, a respectiva situação jurídica e, nos casos que se mostrem devidos, a recompensa de uma adequada protecção social."

Os atrasos são "fortemente penalizadores dos interesses legítimos" dos ex-combatentes, diz Nascimento Rodrigues. E pode suspeitar-se que os adiamentos são intencionais, esperando, o Poder, que eles vão morrendo e aliviando o Estado de tal encargo! Imoralidade, falta de honradez e de sentido de Estado.

Agora, que terminaram com o serviço militar obrigatório (SMO), e que os militares, em contrato voluntário, estão ser enviados para missões de perigo, no estrangeiro, irá levantar-se o problema de os jovens de hoje se consciencializarem do desprezo que a Pátria votou aos seus pais e avós, projectem em si as mesmas «recompensas» e comecem a deixar de ser voluntários para tais missões que poderão lançá-los na miséria para o resto da vida. O que farão então os nossos iluminados políticos?

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19 de maio de 2008

No Auge da Corrupção

Segundo o último estudo, a corrupção nas altas esferas vai de vento em poupa em Portugal e nenhuma medida anti-corrupção toca os corruptos, que continuam a gozar de toda a liberdade para a perpetração das suas acções criminosas.

Trata-se dum estudo feito pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal em conjunto com o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE sobre as participações de corrupção às autoridades em 2002 e 2003, publicado na semana passada. Esta análise incide apenas sobre a corrupção que a justiça consegue averiguar e confirmar, que corresponde à pequena corrupção. 64,4% dos processos de corrupção foram arquivados; apenas 7,3% foram a julgamento; 23,2% continuam em investigação.

A corrupção participada é pontual e envolve valores financeiros baixos não ultrapassando os €500. donde sobressai a continuada impunidade dos grandes corruptos. Não é plausível que aqueles que têm mais oportunidades para deitar a mão à caça grossa não o façam e que apenas os peões apanhem um coelhito de vez em quando.

Este estudo concluiu ainda que a maior corrupção se passava nas câmaras municipais (50% do total), logo seguidas pelas polícias, pela construção civil e pelos serviços funerários. O responsável pelo estudo, pelo do ISCTE, afirma que “a justiça não chega à grande corrupção”. A Direcção Nacional da Polícia Judiciária admitiu mais 150 novos agentes, dos quais metade se destina à investigação da corrupção. Não são de esperar grandes frutos no que respeita à corrupção que mais afecta o país, a dos políticos, pois que estes continuam a controlar as investigações por intermédio de chefias de parasitas políticos (corruptas). Não se pode esperar grande avanço sobre este ponto, mas apenas na pequena criminalidade. Como de costume, os verdadeiros criminosos protegem a sua corrupção pela corrupção.

Nenhum alto cargo da maioria das grandes empresas é confiado a gente competente; apenas aos canalhas com cartão de militante dum partido. o mesmo com os altos cargos do Estado. Os cães atiram-se às presas após cada mudança de governo, é bem conhecido por todos. Imagine-se o que se pode esperar do estreita ligação e colaboração entre essas empresas e e a máfia política.

É nesta cambada de sacanas parasitas que vivem à nossa custa que vamos votar? Os papalvos e os que se sentem bem na estrumeira resultante que o façam. Quem pretender contribuir para uma mudança põe uma grande cruz no boletim de voto e inscreve um palavrão que exprima a sua repugnância pela máfia. A abstenção é um modo de consentir e não demonstra desaprovação, apenas desinteresse. A abstenção é faltar a um dever cívico. Quem comete tais faltas também não merece consideração, é tão bom como os corruptos, pois que está a admitir tudo o que se passa, muito semelhante a aprovação. A abstenção só vai permitir a continuidade e não tem consequência. Votar como descrito acima é dar uma bofetada nos focinhos dos corruptos e tem consequência; ficou provado noutros países, mesmo que em Portugal se desconheça, como de costume.

Nada poderá mudar no país enquanto não se estirpe a origem,enquanto não se esmagarem os monstros abjectos da corrupção.


Fonte: publicações em vários jornais.

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18 de maio de 2008

"ESTOU SEM CARRO"

11/09/1954
Senhor Presidente (Craveiro Lopes)
«Como Vossa Excelência não estará livre a partir do meio-dia, eu poderei passar pela Cidade, pelas 11 horas. Entre as 11 e o meio-dia se poderiam, querendo Vossa Excelência, trocar algumas impressões.
Será porém necessário que Vossa Excelência tivesse a bondade de mandar-me buscar, pois estou sem carro»
Ass: Oliveira Salazar.
(Cartas de Salazar a Craveiro Lopes - 1951-1958- edições 70)
Será que este tipo de relação ainda existe entre Cavaco Silva (Presidente da República) e José Sócrates (Primeiro Ministro)?
Em 1954, tivemos o primeiro Código da Estrada. Será que o condutor, que foi buscar o Professor Salazar, tinha carta de condução?.
Paulo Sempre

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Atenção às viagens no verão

Aproximam-se os feriados de Junho e as férias. Todos os anos morrem muitos viajantes e maior é o número de feridos que ficam incapacitados para o resto da vida.

Há que praticar uma condução cuidadosa, defensiva. Já que não pode melhorar as condições da estrada nem a condução dos outros, seja prudente e procure sobreviver á barbárie devastadora. Cuide da manutenção do seu carro e conduza com prudência para garantir o regresso seu e dos seus familiares em boas condições.

Deixo a seguir uma lista de textos publicados em blogues que merecem ser tios em consideração

- A beber enquanto conduzia
- O Melhor Presente de Natal
- Férias – Aproveite Para se Matar
- Vil Propaganda à Conta dos Mortos
- Os Assassinos da Estrada
- Crime na Estrada
- Bloqueio dos Carros é Prova de Irracionalidade
- A Estrada Espelha o «Civismo» dos Portugueses
- Mortes na estrada continuam
- Acabar com mortes na estrada
- As Mortes na Estrada Continuam
- A Tragédia Rodoviária Continua
- O Trânsito, as Leis e a Realidade
- Segurança rodoviária. Mais do mesmo
- A beber enquanto conduzia
- Segurança rodoviária. Memória acusa governantes
- A estrada espelha o «civismo» dos portugueses
- Tragédia rodoviária
- Segurança rodoviária 3
- Segurança rodoviária 2
- Segurança rodoviária 1
- Segurança rodoviária no Natal


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Compadrio escandaloso nos «tachos dourados»

Foi ontem noticiado no Diário de Notícias e no Correio da Manhã, a "progressão salarial por mérito" do funcionário do Banco de Portugal, Vítor Bento, que se traduz em «benefícios salariais por mérito relativamente ao desempenho do empregado durante o ano de 2007», ano em que não trabalhou na instituição por se encontrar nas funções de administrador da SIBS e da UNICRE (instituições que actuam no âmbito da gestão dos cartões bancários), onde se encontra desde 8 de Junho de 2000, pelo que não há razões para esta promoção pelo BdP.

Quando se fala em equidade, justiça social, avaliação de desempenho, contenção salarial, quando são generalizadas as queixas do aumento do fosso de rendimentos e o alastramento da pobreza, é escandaloso aumentar por mérito alguém que não está no serviço activo em determinada instituição" que vive dos dinheiros públicos. Parece haver compadrio, favorecimento e conivência entre os beneficiados dos «tachos dourados»

A CT informa que a própria regulamentação interna do Banco de Portugal estabelece, como regime para a duração da licença sem retribuição, o limite de um ano, podendo ir ao máximo de três, seguida ou interpolada. Mas, «embora o normativo interno admita a hipótese de situações excepcionais, a administração não objectivou qualquer eventual excepcionalidade do caso em apreço», pelo que estão também por esclarecer as razões para o quadro estar fora do BP desde 2000, há 8 (oito) anos. É lógico que ninguém "pode avaliar quem nem sequer se encontra ao serviço da instituição".

A promoção vale mais 820 euros mensais (mais dois salários mínimos!) quando o economista regressar ao banco. Um director do banco central com o nível 18 tem um vencimento mensal da ordem dos 11 mil euros (perto de 30 salários mínimos!), onde se integra o ordenado contratualizado ao abrigo do ACT, as diuturnidades e o complemento remuneratório da isenção de horário equivalente a mais 47 por cento do salário-base. A decisão de promover Vítor Bento por mérito tem reflexos a dois níveis; na promoção salarial (passagem do nível 18A para o nível 18B, o que equivale a um aumento de mais 368 euros por mês) e na progressão na carreira (passagem do grau oito para o grau nove, o que dá direito a mais 452 euros).

PERFIL: Vítor Augusto Brinquete Bento licenciou-se em Economia em 1978 pelo Instituto Superior de Economia e foi assistente na cadeira de Política Monetária. Em 1980 entra no Banco de Portugal para o departamento de Estudos Económicos, para, em 1987, ser responsável pelo Instituto Emissor de Macau. De 1992 a 1994, ocupa o lugar de director-geral do Tesouro. Em 2000 é nomeado administrador da VISA.

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13 de maio de 2008

Impor democraticamente

Este governo que nos calhou em triste sorte – como aliás todos os governos, na óptica anarquista – continua a tentar impor pela via supostamente democrática directivas e orientações que as pessoas, os sindicatos, não querem. Diga-se, de passagem, que “impor democraticamente” é um novo conceito, retirado da não-ideologia destes pêésses que nos governam.

Conforme podem ver nesta notícia que publiquei no meu site Contracorrente, os sindicatos e o governo não chegaram a acordo sobre a proposta de contrato de trabalho em funções públicas. A explicação é dada pelo próprio governante responsável por estas negociações, que afirma: “não se trata de cedências, trata-se de ouvir os sindicatos e perceber se essas propostas se adequam ao espírito da reforma que é adaptar o novo contrato de trabalho ao Código de Trabalho”.

Espectacular. O governo parte para as negociações com os sindicatos com uma meta predefinida, que espera vir a ser aceite natural e cordatamente pelos sindicatos. Nesse caso, para quê negociar? Para dar um ar de democracia? Naturalmente que os sindicatos não estão dispostos a aceitar esta postura ditatorial por parte do governo. Mais uma vez, o Estado pretende impor relações laborais com os seus próprios trabalhadores do mesmo tipo das empresas privadas. Estado-Empresa, eis a nova cara do poder nacional-socialista do Sócrates.

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5 de maio de 2008

Reformar o regime

A humanidade brinda-nos de quando em vez com pensadores que contribuem para que o mundo avance passos mais largos para uma vida mais feliz. Porém, as pessoas agarradas a vícios, preconceitos e interesses inconfessáveis, ou não dão importância a palavras sábias ou as utilizam de forma enviesada obtendo resultados indesejáveis. O último caso foi em meados do século XIX.

Mas as ideias não deixam de brotar, embora as melhores se ocultem pela modéstia dos seus autores que, como no caso que a seguir apresento, procuram disfarçar toda a sua sapiência e sensatez como sendo apenas um sonho e uma «brincadeira», mas confessam que se sentiriam muito felizes se deixassem de ser utopia e se tornassem realidade.

Vejamos este acordar idealista, generoso, talvez profético, da pensadora e escritora Alexandra Caracol que entre outras coisas conseguiu criar uma filha, a Débora, de forma que, para a sua tenra idade, é uma exímia pianista e violinista. É o fruto prático das teorias que tem divulgado nos seus livros.

Vejamos o seu sonho ou profecia:

Hoje acordei mais idealista do que o costume e com vontade de partilhar os meus devaneios. Nunca gostei de politica e, cada vez, tenho menos respeito pelos políticos, mas acordei com uma forte vontade de ser escolhida para chegar a um lugar de destaque e poder apresentar propostas de lei. Claro que isto são apenas sonhos até porque teria que receber uma grande Luz Divina e Ele me cegar de tal maneira que eu não conseguisse pensar no horror que a politica me inspira.

Mas, continuando nos meus devaneios e fazendo de conta que pudesse possuir algum talento e poder, apresentaria as seguintes propostas:

- Todos aqueles que têm algum cargo político (começando por mim) se possuem outro sustento que não advém desse mesmo cargo político, das duas uma: ou deixam de usufruir qualquer ganho resultante desse cargo político ou passam a ganhar o salário mínimo nacional.

- Aos que somente se sustentam através do que resulta da sua actividade politica ou cargo então passam a ganhar 1500 euros mensais que serão acertados todos os anos, de acordo com os acertos feitos na população restante de Portugal.

- Os salários mínimos para o cidadão comum passarão a ser de 750 euros mensais.

- Nenhum ordenado na nação deve ultrapassar os 5000 euros, com excepção dos empresários, que deverão aplicar parte do lucro na abertura de novos postos de trabalho.

- Está suspensa a compra de viaturas de luxo para qualquer pessoa em cargo de eminência na politica nacional.

- Está suspenso todo e qualquer subsidio para as pessoas em cargo de eminência na politica nacional.

- As viagens, jantares, ou qualquer outro evento relacionado com o serviço público devem ser previamente submetidos a aprovação de uma comissão de fiscalização competente que não tenha qualquer cargo político e seja constituída paritariamente por elementos de todos os partidos, mesmo sem assento na AR. Quando for aprovado algum evento as despesas inerentes serão pagas através de uma rubrica existente para esse mesmo efeito. No final será apresentado um relatório que explique os benefícios obtidos para o Estado.

- Todas as instituições religiosas independentemente da religião ou ensinamentos que professam devem pagar impostos ao Estado, à semelhança de qualquer associação ou clube.

- Será estabelecida uma comissão fiscalizadora isenta de partidarismos que fiscalizará, com rigor e isenção, as instituições religiosas, políticos, clubes de futebol, futebolistas e artistas para que todos passem a cumprir correctamente suas obrigações fiscais.

- Será estabelecido um limite (1500 euros) para os ordenados dos futebolistas.

- As reformas de todos os portugueses (políticos e futebolistas incluídos) não serão superiores a 7500 euros mensais devendo ser feito acertos anuais de acordo com a inflação, e indexadas ao salário mínimo nacional.

- Para além do ordenado mínimo nacional (750 euros), cada cidadão receberá por cada membro a seu cargo 500 euros para que possa suportar todos os encargos de educação, saúde e outras despesas inerentes.

- Haverá um incentivo monetário (para além do ordenado base) para quem estiver a trabalhar em emprego como efectivo. O subsídio será dividido pela entidade empregadora e pelo funcionário (250 euros para cada um).

Penso que, para começar, estas medidas seriam por si suficientes para diminuir o desemprego e a divida externa.

Quanto ao desejo desenfreado de se ser político seria diminuído, ou seja muitos actuais políticos ou pessoas em cargos de eminência quereriam demitir-se pois o "tacho" ganho não os satisfaria. Pelo contrário, os que aceitassem continuar a trabalhar seriam os que estariam de coração sincero para levantar o país e para lutar pelo bem dos portugueses. Isso seria garantia de que os políticos se dedicariam a defender os interesses de Portugal acima dos interesses próprios e do seu partido.

Estas e outras propostas creio que ajudariam a melhorar a vida dos portugueses e, quiçá, poderiam elevar a confiança dos portugueses nos políticos e fomentar um forte patriotismo, infelizmente esquecido há muito.

E fico por aqui com os meus devaneios.

Alexandra Caracol"

NOTA: Cara Alexandra, será um sonho ou uma profecia, uma premonição? Achei graça ao pormenor do Futebol. Deixaria de haver profissionalismo e regressaríamos ao desporto por desporto, por amor à camisola, aos jogos de solteiros contra casados. O desporto passaria a seguir o lema do criador dos Jogos Olímpicos modernos, barão Pierre de Coubertin (1863-1937), «alma sã em corpo são».

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4 de maio de 2008

Preço dos combustíveis

Transcrição de uma carta enviada aos jornais, por um leitor identificado, e que não foi publicada

Portugueses pagam combustíveis em dólares ou em euros?

Finalmente, ao 14.º aumento dos combustíveis em 2008 (em 122 dias, um em cada nove dias!) alguém começou a reagir. Desde os revendedores até ao ministro da Economia, passando por toda a comunicação social, com relevo para as televisões.

Mas, em meu entender, raros foram os que tocaram no âmago da questão. Que reside, muito simplesmente nisto: os portugueses pagam os combustíveis em euros - e não em dólares.

Por isso, estamos a ser duplamente penalizados: primeiro pelo aumento do custo do petróleo (que é negociado em dólares); e depois pela valorização do Euro. Um exemplo: em 2002, o barril de petróleo custava 63 dólares (USD), equivalente então a 70 € (1.00 € = 0.90 USD) e o litro de gasóleo custou-me (na bomba, no dia 3 de Março de 2002) 0,648 €.

Recentemente, no dia 3 de Março de 2008, o barril custava 100 USD, ou seja, agora, 66,6 €. Então porque é que paguei na bomba 1,234 € - praticamente o dobro de 2002?
Por isso, será importante centrar a discussão no câmbio das moedas e não noutros quaisquer parâmetros que, como é óbvio, não justificam tal evolução.

Diz-se que uma das razões do aumento do preço do petróleo é a desvalorização do dólar. Que culpa têm os Portugueses disso, se estão a pagar em moeda forte, neste caso o Euro?

Há que denunciar as gasolineiras pelo aproveitamento da situação, se é que não foram elas que a provocaram. E também que censurar o Governo, que se está a aproveitar de tudo isto para aumentar as suas receitas - e até teve a ousadia de alterar a fórmula de cálculo. E porque é que o Presidente da República, que se mantém estranhamente calado?

Espero que a Comunicação Social não cale a profunda indignação que começa a grassar, a avaliar pelos mails trocados nas últimas semanas."

Alberto RS (omito a identificação completa)

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1 de maio de 2008

Fome versus biocombustíveis

Um tema actual muito debatido pela rama, nos jornais, é a fome e o elevado preço dos alimentos devido à obsessão provocada pela febre dos biocombustíveis. É assunto de extrema importância para a humanidade e a sobrevivência da espécie humana que deve conduzir a reflexões realistas, desapaixonadas e libertas de interesses partidários.

Que benefício obtém o Homem da evolução da civilização, da ciência e da tecnologia? Temos visto que muitas inovações acabam por escravizá-lo, retirando-lhe todos os direitos à sobrevivência com dignidade, ao ponto de estarmos perante a hipótese de grande parte da humanidade ir morrer de fome devido à escassez de alimentos e ao elevado preço dos poucos que persistirem.

Em democracia representativa, os cidadãos delegam em pessoas supostamente competentes e bem intencionadas para defenderem os interesses colectivos. Pergunta-se o que fazem tais eleitos em benefício dos eleitores, para evitar ou suprir tais ameaças estruturais?

Esses eleitos criaram a ONU, supostamente para defender os seres humanos mais desprotegidos da arbitrariedade de tiranos. Pergunta-se o que tem feito a ONU na prossecução desses objectivos, em cada um dos aspectos mais preocupantes?

A ONU tem evidenciado total inabilidade para prevenir situações de conflito e injustiça e, quando elas surgem, incapacidade para as resolver rapidamente e com o mínimo de custos humanos e de recursos patrimoniais. Pergunta-se quem está por detrás das decisões da ONU, quem condiciona os seus trabalhos? Quem é mais beneficiado com a suas tomadas de posição? Que esperança inspira nas pessoas mais necessitadas, das áreas mais pobres do Mundo?

Nem é preciso referir as guerras, de maior ou menor intensidade, que proliferam por todos os continentes, mas pergunta-se que medidas estão previstas para os problemas energéticos actuais: nuclear, hídrica, eólica, das marés, das ondas, solar, do petróleo (em vias de extinção e controlado por capitalistas sem escrúpulos) e, agora, o que é muito mais grave, os biocombustíveis que colocam em risco a produção de alimentos e, portanto a sobrevivência da humanidade. E já nem podem dizer que isso só afecta povos muito atrasados, pois todos os menos abastados de todos os continentes vão sentir na pela a crise de alimentos que já se tornou bem visível. E mesmo que fossem poucos os lesados, estes, como seres humanos, mereceriam a máxima atenção.

Quanto à ONU, referem-se os seguintes posts:

- A independência do Kosovo
- Crises em África
- Vulnerabilidades da ONU
- Paz. Ocidente. Continentes. Futuro
- ONU desrespeitada
- Ausência de autoridade internacional. ONU ineficaz
- Tibete anexado pela China em 1950
- A Pobreza no Mundo
- Pobreza e fome no Mundo
- Paz pela negociação.

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