Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


29 de janeiro de 2009

A Cobardia e a Ignorância

O Dr. Fernando Nobre, director da AMI,
é suficientemente conhecido para dispensar apresentações ou introduções. Transcreve-se uma declaração sua, acrescentando apenas uma conclusão referente ao futuro do caso que ele cita. Este texto já teve várias publicações, entre eles o http://ferrao.org/, mas parece não ter sido notado.



Grito e choro por Gaza e por Israel

Há momentos em que a nossa consciência nos impede, perante acontecimentos trágicos, de ficarmos silenciosos porque ao não reagirmos estamos a ser cúmplices dos mesmos por concordância, omissão ou cobardia.

O que está a acontecer entre Gaza e Israel é um desses momentos. É intolerável, é inaceitável e é execrável a chacina que o governo de Israel e as suas poderosíssimas forças armadas estão a executar em Gaza a pretexto do lançamento de roquetes por parte dos resistentes ("terroristas") do movimento Hamas.

Importa neste preciso momento refrescar algumas mentes ignorantes ou, muito pior, cínicas e destorcidas:

- Os jovens palestinianos, que são semitas ao mesmo título que os judeus esfaraditas (e não os askenazes que descendem dos kazares, povo do Cáucaso), que desesperados e humilhados actuam e reagem hoje em Gaza são os netos daqueles que fugiram espavoridos, do que é hoje Israel, quando o então movimento "terrorista" Irgoun, liderado pelo seu chefe Menahem Beguin, futuro primeiro ministro e prémio Nobel da Paz, chacinou à arma branca durante uma noite inteira todos os habitantes da aldeia palestiniana de Deir Hiassin: cerca de trezentas pessoas. Esse acto de verdadeiro terror, praticado fria e conscientemente, não pode ser apagado dos Arquivos Históricos da Humanidade (da mesma maneira que não podem ser apagados dos mesmos Arquivos os actos genocidários perpetrados pelos nazis no Gueto de Varsóvia e nos campos de extermínio), horrorizou o próprio Ben Gourion mas foi o acto hediondo que provocou a fuga em massa de dezenas e dezenas de milhares de palestinianos para Gaza e a Cisjordânia possibilitando, entre outros factores, a constituição do Estado de Israel..

- Alguns, ou muitos, desses massacrados de hoje descendem de judeus e cristãos que se islamizaram há séculos durante a ocupação milenar islâmica da Palestina. Não foram eles os responsáveis pelos massacres históricos e repetitivos dos judeus na Europa, que conheceram o seu apogeu com os nazis: fomos nós os europeus que o fizemos ou permitimos, por concordância, omissão ou cobardia! Mas são eles que há 60 anos pagam os nossos erros e nós, a concordante, omissa e cobarde Europa e os seus fracos dirigentes assobiam para o ar e fingem que não têm nada a ver com essa tragédia, desenvolvendo até à náusea os mesmos discursos de sempre, de culpabilização exclusiva dos palestinianos e do Hamas "terrorista" que foi eleito democraticamente mas de imediato ostracizado por essa Europa sem princípios e anacéfala, porque sem memória, que tinha exigido as eleições democrática para depois as rejeitar por os resultados não lhe convirem. Mas que democracia é essa, defendida e apregoada por nós europeus?

- Foi o governo de Israel que, ao mergulhar no desespero e no ódio milhões de palestinianos (privados de água, luz, alimentos, trabalho, segurança, dignidade e esperança ), os pôs do lado do Hamas, movimento que ele incentivou, para não dizer criou, com o intuito de enfraquecer na altura o movimento FATAH de Yasser Arafat. Como inúmeras vezes na História, o feitiço virou-se contra o feiticeiro, como também aconteceu recentemente no Afeganistão.

- Estamos a assistir a um combate de David (os palestinianos com os seus roquetes, armas ligeiras e fundas com pedras...) contra Golias (os israelitas com os seus mísseis teleguiados, aviões, tanques e se necessário...a arma atómica!).

- Estranha guerra esta em que o "agressor", os palestinianos, têm 100 vezes mais baixas em mortos e feridos do que os "agredidos". Nunca antes visto nos anais militares!

- Hoje Gaza, com metade a um terço da superfície do Algarve e um milhão e meio de habitantes, é uma enorme prisão. Honra seja feita aos "heróis" que bombardeiam com meios ultra-sofisticados uma prisão praticamente desarmada (onde estão os aviões e tanques palestinianos?) e sem fuga possível, à semelhança do que faziam os nazis com os judeus fechados no Gueto de Varsóvia!

- Como pode um povo que tanto sofreu, o judeu do qual temos todos pelo menos uma gota de sangue (eu tenho um antepassado Jeremias!), estar a fazer o mesmo a um outro povo semita seu irmão? O governo israelita, por conveniências políticas diversas (eleições em breve...), é hoje de facto o governo mais anti-semita à superfície da terra!

- Onde andam o Sr. Blair, o fantasma do Quarteto Mudo, o Comissário das Nações Unidas para o Diálogo Inter-religioso e os Prémios Nobel da Paz, nomeadamente Elie Wiesel e Shimon Perez? Gostaria de os ouvir! Ergam as vozes por favor! Porque ou é agora ou nunca!

- Honra aos milhares de israelitas que se manifestam na rua em Israel para que se ponha um fim ao massacre. Não estão só a dignificar o seu povo, mas estão a permitir que se mantenha uma janela aberta para o diálogo, imprescindível de retomar como único caminho capaz de construir o entendimento e levar à Paz!

- Honra aos milhares de jovens israelitas que preferem ir para as prisões do que servir num exército de ocupação e opressão. São eles, como os referidos no ponto anterior, que notabilizam a sabedoria e o humanismo do povo judeu e demonstram mais uma vez a coragem dos judeus zelotas de Massada e os resistentes judeus do Gueto de Varsóvia!

Vergonha para todos aqueles que, entre nós, se calam por cobardia ou por omissão. Acuso-os de não assistência a um povo em perigo! Não tenham medo: os espíritos livres são eternos!

É chegado o tempo dos Seres Humanos de Boa Vontade de Israel e da Palestina fazerem calar os seus falcões, se sentarem à mesa e, com equidade, encontrarem uma solução. Ela existe! Mais tarde ou mais cedo terá que ser implementada ou vamos todos direito ao Caos: já estivemos bem mais longe do período das Trevas e do Apocalipse.

É chegado o tempo de dizer BASTA! Este é o meu grito por Gaza e por Israel (conheço ambos): quero, exijo vê-los viver como irmãos que são.

Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre, 4 de Janeiro de 2009.


Pelo que se pode deduzir, jamais haverá paz na região enquanto a razão e a justiça não forem restabelecidas. As contínuas agressões do estado sionista geram o ódio não só nos adultos, mas sobretudo nas crianças que nele nasceram e cresceram e viram os seus pais assassinados pela sua Resistência ao terrorismo sionista, lutando pela liberdade e pelos Direitos Humanos. Assim, cada vez cresce mais o ódio de geração em geração. O caso é tão claro que pode dizer-se sem receio de errar que quem não o compreender melhor deverá ir tratar-se num psiquiatra. Para detalhes mais alongados sobre este assunto veja-se neste link.

O ensurdecedor silêncio da maioria dos blogs portugueses sobre este assunto não pode deixar de revelar o estado da mentalidade geral nacional.

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7 de janeiro de 2009

A nossa estrada mata tanto como uma guerra

Depois do post de 30Dez08 «A estrada continua um meio de morte», deparamos hoje com a notícia em que são citados os números da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária que referem ter havido em 2008 nas estradas portuguesas 772 mortos e 2.587 feridos graves – uma autêntica guerra! Porém quem se limitar a ler o título fica com uma noção errada e sem estímulo a melhorar as precauções na condução.

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6 de janeiro de 2009

A Loucura do Espírito do Mal

Israel, a incarnação do mal, dizendo que quer destruir o Hamas destrói tudo por onde passa. Os EUA demonstram mais uma vez como encaram os Direitos Humanos não só na sua própria nação, mas em todo o mundo. Não esqueçamos que sempre apoiaram e apoiam as ditaduras, como aconteceu com a nossa.

A ignorância geral – provocada por uma propaganda sionista e pelos EUA – permite acreditar aos mais pobres de espírito que qualquer acção do género da parte de Israel poderá alguma vez acabar com a violência na região. A Besta a que nos EUA chamam de presidente diz que compreende o direito de Israel, o agressor contínuo de há sessenta anos, tem em se defender.

Israel não se contentou com o território que lhe foi graciosamente concedido, já sem ter perguntado ao povo que lá estava se o aceitava ou não. A violência começou com as agressões contínuas e aprovadas pelos EUA para roubarem territórios, estabelecerem colónias (na segunda metade do séc. XX!), o que fez nascer o ódio entre os povos da região.

Não se pode falar em paz sem abordar as suas causas e restabelecer a ordem quebrada pelos sionistas. Os assassinos podem assassinar metade da população ou mais, porém quantos mais matarem mais ódio justo geram contra eles. As crianças não nascem com ódio, mas assim que começam a ter compreensão do que se passa à sua volta, o ódio contra o país malvado que os desgraça e o que acontece com os seus familiares só pode crescer dentro deles e ganhar as mais profundas raízes. Assim, a realidade é que o procedimento de Israel só pode aumentar a pilha de lenha para se queimar, perpetuar o mal e até a morte do seu próprio povo e eventualmente um novo extermínio do seu próprio país.

Pelos noticiários que ouvimos e pelo modo como este caso está a ser abordado, os jornaleiros estão a dar a imagem falsa de que história dos distúrbios provocados por Israel começou pelo caso do Hamas. Miseráveis desinformadores que enganam os já de si ignorantes.

Nenhum processo de paz poderá estabelecer a ordem sem que os factos que provocam a violência sejam tomados seriamente em lugar de querer estabelecer novas regras sobre novas falsidades. Dêem o seu a seu dono, expulsem o agressor em casa alheia e julguem os criminosos de guerra de acordo com o direito internacional que os EUA abertamente repudiam. Só assim se poderá chegar à paz, o resto são patranhas inventadas para roubar o agredido e aplaudir o agressor. Se Israel quer tanto a paz, há tantos anos, como falsamente apregoa, como continuam a roubar os territórios e a construir colónias neles? Não é um paradoxo, é a realidade nua e crua, a demonstração da má fé dos agressores e das suas más intenções em que os logrados de todo o mundo acreditam. Há um rol de razões contra a paz por parte dos agressores, mas este é talvez o mais claro.

Os noticiários nunca falam neste assunto básico, preocupando-se com as notícias da hora e encobrindo as causas e a realidade histórica. Repete-se um simples ponto já evocado: Se os castelhanos (outro povo que a história define como escravizador) ocupassem terras portuguesas, expulsassem os seus donos, confiscassem as terras e nelas construíssem bairros e implantassem imigrantes castelhanos e metessem a população portuguesa expulsa em campos de concentração, não se sentiriam os nacionais com direito ao uso da violência como uma forma de resistência enquanto restringidos a uma faixa ou única província, como o Algarve ou o Minho, por exemplo, se outro método para os expulsar não existisse? Ou talvez que os carneiros tudo aceitassem… Mas nem todos os povos são carneiros.

Por muito, muito menos, os heróis franceses da Résistance fizeram explodir tudo o que prejudicasse os alemães e mataram tantos quanto puderam. A não esquecer que a maior cerimónia nacional francesa das últimas décadas foi a homenagem prestada a esses «terroristas» pela altura da primeira eleição presidencial de François Mitterrand. Quem são os heróis?

Quem desejar recordar alguns dos acontecimentos desta triste história desumana, assim como tem sido o comportamento de Israel desde um pouco antes da sua existência, pode fazer uma pequena revisão em http://www.leaopelado.org/exodus.htm.

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