Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


24 de outubro de 2007

Todos à pala no Dia B

Milhares de pessoas concentraram-se no dia B no Pavilhão de Portugal no Parque das Nações. Grande parte dos presentes é autor de blogues que, saídos do espaço virtual, ali vieram fazer uma manifestação inédita.

Quase todos levaram uma pedra que colocaram sobre uma folha A4 no pavimento da pala do edifício. Cada folha que se foi pousando ao longo do dia, continha uma palavra de ordem dirigida ao poder, assinada com o nome do blog de origem.

Podiam também ser vistas algumas pessoas que, de megafone em punho, discursavam as suas ideias criando um cenário que fazia lembrar o londrino Speakers’ Corner.

Não parece existir nenhuma organização formal por detrás desta iniciativa. Tudo levando a crer que se trata de um movimento espontâneo, gerado pelas sinergias intrínsecas da blogosfera portuguesa. O presente texto terá sido divulgado entre os blogues, criando um efeito pirâmide que terá culminado nesta manifestação. A assinatura de uma petição online e a colocação de selos de adesão nas barras dos blogs terá assegurado a viabilidade e o sucesso da iniciativa.

Divulga este texto e verás no que isto vai dar!

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23 de outubro de 2007

Referendo para quê?

Os jornais de hoje mostram haver opiniões contraditórias quanto à conveniência ou não da realização de um referendo sobre o novo tratado da UE. Conviria que as pessoas com voz audível no assunto nos esclarecessem sobre o significado real do tratado e do referendo. O significado teórico deste é conhecido e aproxima-nos da Democracia directa, mas a realidade é frontalmente oposta.

Recordemos o que se passou com o referendo sobre a IVG. Os políticos disseram que, por ser um problema de grande sensibilidade, não o decidiam na AR e deixavam a decisão ao povo para exprimir os seus conhecimentos, experiências e sentimentos. Parecia uma posição séria, honesta, democrática. Mas não passou de um logro, porque esses mesmos partidos saltaram para a rua e fizeram uma campanha tão intensa que constituiu uma terrível pressão nas consciências dos eleitores para votar SIM ou NÃO conforme eles (políticos) queriam. O resultado correspondeu à vontade dos partidos e à «festa» da campanha, pesada para os dinheiros públicos, e que nada trouxe melhor do que se a decisão saísse da AR, pelo voto dos deputados.

Apesar dessa autêntica lavagem de cérebros e de violação das consciências, acabou por haver muitas abstenções porque as pessoas mais desconfiadas em relação aos políticos não quiseram fazer o jogo de uns ou de outros e ousaram recusar as pressões que os estavam a empurrar. Essa falta de confiança nos políticos tem sido notada em muitas eleições. Os políticos deixaram de representar a vontade dos eleitores e estes respondem com a abstenção ou votando em independentes, que embora sejam do mesmo naipe, não estão a jogar pelo partido. É uma atitude do povo, que não é tão burro como os políticos pensam.

Quanto ao referendo sobre a UE, se tiver lugar, será conveniente levá-lo a sério, com os partidos a manterem-se silenciosos deixando o povo ser espontâneo e sincero. Só assim terá significado. Mas há quem alegue que o povo não está esclarecido ao ponto de poder emitir um voto consciente e fundamentado. Nesse caso evite-se o referendo e toda a festa de campanhas demagógicas que apenas servem para gastar recursos vários e para treinar os «boys» e «girls» que iniciam o estágio para a carreira política de assessores, vereadores, deputados, e por aí acima, à imagem dos seus parentes e amigos da oligarquia reinante.

O jornalista Manuel António Pina, no Jornal de Notícias, refere «o argumento de Vital Moreira, porta-voz oficioso do Governo, contra o referendo: o Tratado é complicado de mais para a mente simples do "cidadão comum", se o "cidadão comum" tentar lê-lo não passa da segunda página. Acha Vital Moreira que os "cidadãos incomuns" que se sentam na AR lerão o Tratado de fio e pavio e só o votarão depois de o compreenderem. Ora só quem não conhece o espírito crítico e a independência e craveira intelectuais que vão pela AR é que não lhe dará razão.»

Quererá dizer que, com referendo ou sem ele, o tratado da UE será aprovado de cruz. Os vindouros arcarão com as boas ou más consequências deste novo tratado que agora foi congeminado pelos génios da Europa que não serão muito melhores do que a amostra que temos em casa!

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21 de outubro de 2007

Cidadania. Dicas para reflexão

É suposto que em democracia, sendo o povo o detentor da soberania, e cabendo-lhe o dever e direito de votar para a escolha dos seus representantes para gerirem, em seu nome, a condução dos interesses colectivos, designados por interesses nacionais, deve manter-se atento ao evoluir quotidiano das situações e ir formando a sua opinião sobre o que mais interessa ao País, por forma a não ficar totalmente dependente das promessas falaciosas próprias das campanhas eleitorais.

Para esse esclarecimento permanente são necessários todos os tipos de comunicação social, principalmente atendendo à iliteracia generalizada na maioria da população. A blogosfera, embora ao alcance de uma minoria ainda pequena, tem a vantagem da clareza e da possibilidade de comentários e do debate que eles geram e alimentam. Os artigos devem incidir sempre em pontos fulcrais que permitam um aprofundamento de análise e de discussão aberta dos temas. O debate, a polémica, a discussão dão clareza aos assuntos focados.

Por vezes, as gafes dos políticos dão aso a interpretações sardónicas, irónicas, humorísticas, pelo facto de eles serem figuras públicas. Este fenómeno vem de longe, sendo bem conhecidos os textos de Eça de Queirós e de outros escritores da sua época e de outras mais recentes. Presentemente, como os políticos exageram o seu aparecimento quase diário na TV, o que tem para eles o inconveniente de ficarem demasiado visíveis, qualquer aspecto da sua insegurança, desde a fuga a respostas até a contradições ou hesitações, fica mais exposto à observação do povo, constituindo estímulo para o humor.

Os meios modernos de comunicação ampliam os comentários mais picantes. São abundantes as anedotas que circulam na Internet, nem todas sendo originais e, por isso, não sendo pessoais, mas, por vezes, adaptações de outras de épocas anteriores, inclusivamente do antigo regime.

Seria conveniente procurar usar sempre o critério de que criticar não é apenas dizer mal, mas também dar tópicos de reflexão, pistas para melhores decisões, escolhas mais adequadas. Certamente, não são soluções milagrosas, mas apenas pontos que pareçam dever ser apreciados como possíveis, como merecedores de ponderação, por poderem encerrar aspectos úteis. Neste blog podem ser encontrados artigos que consubstanciam este critério construtivo, participativo.

Um político experiente, sensato e amigo do nosso País, deverá ter a humildade e o «jogo de cintura» adequados para não se irritar com comentários mais duros ou bem dirigidos para as suas vulnerabilidades e não os afastar, mas olhá-los com o sentimento de que poderá neles encontrar pontos válidos para as suas meditações.

Ser político não quer dizer deixar de ser humano e, portanto, sujeito a errar. Esta vulnerabilidade de qualquer humano deve ser contemplada nos políticos quer por eles próprios quer pelos cidadãos em geral. Por isso, todos os cidadãos devem ser tolerantes, benevolentes, complacentes, compreensivos, indulgentes, clementes, mas apenas em casos pontuais, concretos e não em conceitos estratégias, decisões de efeitos continuados que prejudiquem a felicidade dos cidadãos actuais e vindouros. Sem isto, seriam coniventes, conluiados, etc.

Por esta razão, e para ajudar o Governo a agir em benefício dos cidadãos, é conveniente que a população raciocine livremente e não se deixe condicionar por um ou outro partido sem ter opinião própria. Nestes problemas da gestão dos interesses do país não há coisas sagradas, tabus, tudo sendo e devendo ser discutível, analisável em todos os aspectos. Se assim não for, não se pode, em dado momento, esperar que o cidadão vote conscientemente neste ou naquele candidato, nesta ou naquela solução.

Agora, há quem defenda que deve haver um referendo acerca o tratado europeu. É pena que não se tenha retirado conclusões daquele que foi efectuado sobre a IVG. Quanto a este, os partidos na AR esquivaram-se à sua votação alegando que se tratava de um assunto que mexia com a sensibilidade de muitas pessoas e que era um tema do foro íntimo de cada um, devendo, por isso, ser dada ao povo a liberdade de escolha através do referendo. Mas, ironia das ironias, os mesmos partidos que disseram querer dar ao povo liberdade de escolha, saíram à rua a pressionar de todas as formas as pessoas, condicionando-lhes a liberdade de decisão, para votarem no sentido que cada um deles pretendia. Dessa forma, a decisão não foi realmente entregue ao povo. Tratou-se de uma contradição, uma falácia, um logro. Infelizmente, coisas deste género são muito frequentes e é indispensável que os cidadãos se habituem a reflectir sobre as virtudes e os defeitos do regime, sobre as características reais da democracia em que lhes é dito que a soberania está nas suas mãos.

Mas como pode o povo estar esclarecido se há restrições bem conhecidas à liberdade de opinião e de expressão? Se existem escutas telefónicas tão generalizadas e tão comentadas até pelo Procurador Geral da República, se Mário Soares vê conveniência em dizer que é preciso exercer o direito de expressar o «direito à indignação» e se Cavaco Silva também já achou conveniente aconselhar que não devemos resignarmo-nos, então não estamos em democracia plena então o povo não é soberano.

Regressa-se aos tempos em que corria o slogan «o que faz falta é avisar a malta». E para isso, a blogosfera tem um papel importante a desempenhar e deve fazê-lo com sentido de responsabilidade plena, sem precipitações apressadas, mas sem esmorecer, sem parar.

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19 de outubro de 2007

Um amplo movimento popular

Tendo vindo a analisar a forma como o sistema político e económico actual funciona, cheguei a diversas conclusões, a primeira das quais é a de que o poder é escravo das regras das grandes corporações económicas. Vivemos numa época em que impera o neoliberalismo, uma forma mais selvática de capitalismo, caracterizada por negar qualquer intervenção reguladora do Estado na economia e por valorizar o lucro acima de tudo o resto, desprezando a pessoa humana. É sob este sistema que vivemos, não só em Portugal, como também no resto do planeta.

Angustiante, não é verdade? Não! Como anarquista, luto por uma sociedade diferente, igualitária, e continuo a acreditar firmemente que a mudança é possível. E dou um belo exemplo. Realizou-se ontem a manifestação da CGTP, que juntou, no Parque das Nações, cerca de 200 mil tabalhadores. No final da manifestação, o líder da central sindical, o Carvalho da Silva, afirmou que “pela sua dimensão e pelas suas características, hoje é um dia histórico” e acrescentou que agora “vão ampliar-se as alianças sociais e a luta dos portugueses”. Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente sobre este acontecimento.

Este é o caminho para que o sistema possa ser modificado. Juntar as massas em movimentos de contestação populares, independentemente do facto de serem ou não organizados por sindicatos ou centrais sindicais. Não ignoro que estas organizações dependem, de uma ou outra forma, de orientações político-partidárias e que os partidos políticos se aproveitam delas para os seus propósitos pró-sistema. Contudo, estas organizações também podem contribuir para mobilizar as massas, como foi o caso de ontem. O próprio anarquismo teve, há dois séculos, uma dimensão sindical, designada por anarco-sindicalismo. Acredito firmemente que será através de um amplo movimento popular que o sistema poderá, um dia, ruir.

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17 de outubro de 2007

Escândalo com dinheiro público na CML

Os assessores da Câmara Municipal de Lisboa vão receber salários mensais de cerca de 4.000 € (quatro mil euros), um aumento de 29% em relação ao ano anterior, o que é um ultraje aos restantes trabalhadores da Câmara e a muitos funcionários que, ao fim de carreiras de total dedicação não chegarão a receber tanto.

Em período já prolongado de sacrifícios devido ao défice criado pela má gestão dos governantes, é escandaloso este desbaratar dos dinheiros públicos.

E surge a interrogação: eles, com o seu desempenho merecem um tal salário?. Qual a sua competência, a sua preparação, o critério da sua escolha?

A resposta veio há tempos da boca de uma vereadora, quando na Câmara foi muito badalada a enorme quantidade de assessores. Ela deixou bem claro, em entrevista a um jornal, que os assessores não são contratados após concurso público e seleccionados em função de currículo de experiências e competências. São nomeados com base na confiança política, isto é, podem nada saber mas ser da família ou das amizades de um militante do partido. Trata-se de uma espécie de agência de emprego para os boys e girls sem capacidade para competir no mercado de emprego. Daí que onde há muitos assessores não deixa de haver gafes, decisões erradas que muitas vezes são mais tarde rectificadas após manifestações populares de desagrado. Apesar dos salários escandalosos, não melhoram a eficiência do serviço, simplesmente porque não sabem, não têm para isso a menor competência.

Mas o certo é que essa oportunidade, se for bem conduzida, com atitudes politicamente correctas, sem desagrado para o chefe, serão em eleições próximas candidatos a deputados, e daí poderão ir a governantes ou para bons lugares em institutos e empresas de capitais públicos. É o início da carreira de político profissional, é o prémio de não terem sido bons alunos, de não terem capacidade para competir no mercado de trabalho, como os seus colegas de escola não ligados a políticos.

Não é apenas na Câmara de Lisboa, é também em muitos gabinetes do Governo. Circulam na Internet muitas imagens do Diário da República, com nomeações de familiares de políticos bem conhecidos.

Mas, apesar destes escândalos, os trabalhadores por conta de outrem, de mais baixos rendimentos, vêm os seus impostos a aumentar já há vários anos e o seu poder de compra a emagrecer anualmente a um ritmo preocupante. A crise é só para alguns. E a pobreza em Portugal aumenta a ponto de o próprio PR se ter referido a ela com palavras de preocupação.
O défice é resolvido à custa dos contribuintes que não podem evitar os impostos, mas as despesas públicas com vários parasitismos, não mostram sinais de diminuir, antes pelo contrário, como mostra o caso referido.

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16 de outubro de 2007

E as promessas de emprego? Uma solução!!!

Autorizados 6752 contratos a prazo

O Governo calculou em 6752 os contratos a prazo por um ano a realizar para cobrir as necessidade do Serviço Nacional de Saúde para este ano. A contabilidade surge na sequência do levantamento das necessidades feito por cada administração regional de saúde, depois de uma nova lei aprovada em Agosto ter acabado com os contratos a prazo por três meses renováveis......


NOTA: Estes contratos, podem não traduzir mais empregos, mas sim o mascaramento de uma lei que ainda não passou do papel. As tais promessas piedosas que não são concretizadas! Não costumo ver televisão, pelo que perco pérolas da inteligência dos governantes que temos. Segundo os jornais, o Sr. ministro Vieira da Silva, brilhante na sua argumentação, referindo-se ao aumento do desemprego afirmou que “os balanços são feitos no final do ano”. Esta «lata» com que nos é atirada poeira para os olhos é uma falta de respeito imperdoável pela nossa inteligência, a qual não diminui apesar dos sucessivos apertos de cinto a que nos obrigam.
Se o resultado da comparação entre períodos homólogos deste ano e do anterior mostram aumento do desemprego, só por grande milagre, este aparecerá diminuído no fim do ano!
Mas, como as críticas devem apontar pistas para soluções, sugiro uma para que esse milagre aconteça, para que se cumpra a promessa dos 150.000 empregos, e que não está fora do alcance destes descarados políticos. Consiste simplesmente em dar a cada assessor dois ou três assessores, à semelhança dos assistentes que deram aos deputados!!!
Se fizerem isso, darão emprego a todos os filiados no partido e granjearão muitos mais filiados, principalmente se tornarem esta solução extensiva às empresas públicas, institutos, autarquias, forças de segurança, forças armadas, etc.
Não faltará dinheiro para isso, bastando aumentar os impostos, fazer empréstimos, aumentar a venda de certificados de aforro, obrigações do tesouro, ou contas poupança, vender património e privatizar serviços públicos. A propósito, repare-se no afã de captar mais dinheiro dos incautos, para contas tipo PPR geridas pelo Estado? O povo em geral, anda de olhos fechados, resignado, amedrontado, sem coragem para usar o direito a manifestar a indignação e deixar-se-á induzir nessas manobras.
A propósito desse PPR do Estado, pergunta-se aos Governantes em que condições está o fundo de pensões dos militares. Se estes, em vez de terem descontado para ele, tivessem colocado o dinheiro a prazo ou em fundos de investimento num banco, teriam hoje mais proventos.
Estas habilidades não têm limites, o mal é começar!!!

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14 de outubro de 2007

Rasteira detectada a tempo!!!

OE 2008: Finanças admite gralha beneficiando reformas altas

O Ministério das Finanças admitiu a existência de uma gralha no Orçamento do Estado para 2008, que gerava benefícios aos pensionistas com reformas mais elevadas, num comunicado distribuído à comunicação social.

A admissão da gralha no OE surge depois de vários órgãos de comunicação social (OCS) terem noticiado que as alterações propostas no âmbito das deduções de IRS para os pensionistas teriam como efeito um benefício das reformas mais altas e uma penalização daqueles que aufiram pensões mais baixas.

Resta a dúvida de esta gralha poder ter sido intencional, como aconteceu no Código do Processo Penal (Ver Fantasmas entre os legisladores???!!!) e, se os OCS não tivessem detectado essa injustiça, ela ficaria com orça de lei a aumentar as distâncias sociais entre ricos e pobres.

A lição a retirar é a que tem sido repetida com as sugestões de usar o direito de expressar a indignação, ou de não se resignar. É preciso estar atento às tropelias dos detentores do Poder e levantar a voz. Com as manifestações de desagrado, algumas localidades fizeram o ministro da Saúde recuar no encerramento de maternidades, de centros de saúde e de urgências. Eles deitam o barro à parede a ver se pega. O povo tem de estar de olho abertos, para impedir a consolidação de trafulhices.

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13 de outubro de 2007

Mais Um

O actual Ministro da Administração Interna é um homem considerado de relevo e ilustrado, com um brilhante curriculum académico e profissional, cujos cargos ocupados parecem justificar a fama. Será mesmo uma pessoa digna?

Quanto aos cargos de nomeação política não podem servir de referência, pois que os exemplos em contrário e que abundam nessa área não só poderiam ser pejorativos como o são na grande maioria dos casos. Em geral, nomeação política = corrupção degradante para ambos, nomeado e nomeador. Disto, é ele um exemplo gritante.

Não obstante a formação e todas as competências e conhecimentos evidenciados por qualquer pessoa, raramente estes servem de abono à sua integridade e honestidade, tampouco de garantia de comportamento humano decente.

Em princípios Agosto último, no decorrer da luta contra um incêndio em Rexaldia, Torres Novas, o piloto dum Dromadair despenhou-se, o avião explodiu e incendiou-se e o piloto faleceu.

O ministro apresentou-se no local. Os noticiários televisivos apresentaram uma reportagem em que lhe dirigiram diversas perguntas directas sobre o acidente e sobre o piloto. O ministro, porém, como se não as ouvisse, enveredou por uma propaganda política sobre os incêndios, as acções tomadas pelo governo no sentido de as minimizar, os resultados obtidos e os que garantia para o futuro. Uma verdadeira enxurrada de palavreado tolo e despropositado à ocasião, sob a clássica forma de venda de banha da cobra, a qual os repórteres interromperam várias vezes sem ele desse mostras de ouvi-los e sem abandonar a sua propaganda que teria decorado durante o caminho.

Ouvindo essa reportagem era-se levado a concluir que o único e óbvio propósito da presença do ministro no local do acidente não poderia ser outra senão a de fazer uma propaganda política suja. Suja, porque cego pela ganância política e sem o mínimo tacto, sem quaisquer escrúpulos, honestidade e humanidade, aquele aborto humanóide desprezou o luto, o respeito pelo defunto e pela sua família, os problemas e as preocupações humanas específicas locais do momento.

Os dotes de qualquer pessoa num determinado campo não provam nada noutros. Não é novidade. O que provam, no final, é que determinadas atitudes desmascararam aquilo que afinal não passava duma fachada indigna para impressionar tordos, como um espantalho.


Quando aconteceu a profanação das campas de judeus, não vimos todos o ministro, também judeu, apresentar-se publicamente com a mitra da judaica? Não, o acto em si não é proibido, nem degradante, nem recriminável. O que é injurioso é que nunca o infame impostor se tenha apresentado assim em público, mas apenas nessa ocasião, o que declara a ignóbil e vergonhosa mise en scène dum abusador abjecto é o oportunismo para a sua nojenta propaganda de apoio à corrupção. Falsidade que não pode deixar de também envergonhar judeus honestos.


Mais recentemente, referiu-se ao caso da inconstitucional invasão do sindicato dos professores do centro pela polícia,

Uma investigação corrupta, devido às mentiras inventadas de que a sua conclusão foi impregnada, levada a efeito pela Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), que nega qualquer infracção por parte das forças de segurança. A infracção não necessita de qualquer investigação quanto à sua legalidade, todos sabem que é inconstitucional. O que se quer saber é o que a originou, quem a “encomendou”. Em qualquer caso, também não é necessário que nos digam que a culpa não é da polícia, já o sabemos.

Vem aquele poço de mentira e falsidade declarar que encerrou o inquérito porque (como consta no seu relatório) «Não há indício de qualquer facto ilícito. Por conseguinte, não há lugar à instrução de processo de inquérito ou processo disciplinar.»

Mas que fantochada! Porque haveria de haver qualquer processo disciplinar contra quem se limita a cumprir ordens? O ministro impostor vem contar mais uma das suas histórias de dormir de pé, falseando o verdadeiro objecto da questão para encobrir a podridão daqueles que deram as ordens à polícia. Será possível ser-se mais corrupto e vigarista? É possível que o sindicato tenha apresentado uma queixa dialecticamente mal redigida em que alguns termos tivessem dado oportunidade às más intenções congénitas da máfia política para dirigir o inquérito numa direcção diversa da intencionada, o que essa máfia não desperdiçou.

Mais uma vez um governo altamente encobre a sua corrupção. O inquérito era sobre quem mandou executar a ordem, nunca sobre quem a executou. Alguém acredita que a polícia lá foi por iniciativa própria? As associações de polícia, que tanto recalcitram, parecem acobardar-se sobre este assunto.


As acções contra sindicatos não são novas, pois que já se verificam há sete anos. O PSD pretende mesmo abertamente fabricar uma nova constituição que garanta mais poder à máfia oligárquica. Nesta altura o governo prepara um ataque, um descalabro aos direitos e necessidades dos trabalhadores, sempre em favor dos mais ricos, para cavar mais o fosso, como já nos habituaram e a população autoriza. Não há que eleger nesta ambiente de cultura corrupta.

Fora com este impostor e com toda a manada que compõe a máfia corrupta, independente dos partidos. Há que encurtar a rédea a estas bestas, que lhes fira as beiças ao mais pequeno movimento desautorizado.

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Combate ao défice fica caro aos contribuintes

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2008, o combate ao défice orçamental vá continuar a ser feito, pelo «pior dos caminhos», ou seja, pela via dos impostos.

«Durante o próximo ano, haverá um aumento da cobrança de impostos na ordem dos 3 mil milhões de euros. O défice orçamental baixa 800 milhões de euros», frisou um líder parlamentar.

«Quem está a combater o défice são os contribuintes, as famílias e as empresas, e a factura não vai para o Estado, vai para os contribuintes». Não afecta as centenas de parasitas que enxameiam os gabinetes e de cujo trabalho não são visíveis resultados benéficos para o País, mas afecta os contribuintes que têm de continuar a apertar os cintos sem verem vislumbres de melhorias das suas condições de vida. Alguém beneficia com os sacrifícios da «classe civil», mas não esta.

O combate ao défice por via dos impostos acarreta a quebra na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) como sublinhou o prémio Nobel da Economia em cuja opinião, a redução dos impostos provoca maior dinamismo na economia no aspecto de produção de riqueza.

«Não fosse o aumento previsto no investimento público e a quebra seria muito maior». Mas resta saber quais destes investimentos serão geradores de riqueza para a população de amanhã.

Toda a argumentação do Ministério da Finanças assenta num encadeamento de números que traduzem previsões, algumas de difícil explicação, porque não dependem da acção directa do Governo. Isto faz recordar as promessas eleitorais do PS que não foram cumpridas e de uma previsões para o défice de 2005, feitas pelo Banco de Portugal com um rigor de várias casas decimais, que poucas semanas depois foram emendadas para outro número que, não aprendendo a lição do falso rigor anterior, continuaram com igual quantidade de algarismos à direita da vírgula!

Nós, pobres cidadãos, que temos que acatar as torturas dos carrascos, somos bombardeados, sem a mínima consideração por estas vis falácias. Mas será conveniente estarmos atentos e, quando oportuno, mostrarmos a nossa discordância por estes vícios do regime.

Texto elaborado com base na consulta do artigo publicado em Diário Digital / Lusa 12-10-2007 19:05:00

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6 de outubro de 2007

AS HISTÓRIAS (IN) CONTÁVEIS...

Ao longo do tempo e, enquanto vou descobrindo tantas verdades acerca do quotidiano político, vou criando, quase sem dar por isso, os chamados «ódios de estimação». Dia a dia o mundo vive com espanto o que se passa nos «corredores secretos» das instituições. Tal como Catalina Pestana, Ex-provedora da "Casa Pia", que vem agora dizer: - "Quando estalou o caso da pedofilia, estranhei não ver casapianos como Maldonado Gonelha ou Soares Louro a defender a instituição"; também eu, enquanto cidadão do mundo, me perturbam os episódios incríveis que umas vezes desmascaram e outras escondem a verdade dos factos. Não é de ânimo leve que o "homem médio" assiste às tentativas de mascarar a verdade genuína no interior de certas instituições civis e militares. Quando alguém se afoita a analisar os contornos em que se materializam - nestas instituições - os interesses instalados dos "poderes ocultos" e verifica que os responsáveis, intervenientes directos, se acomodaram com as mordomias - ao invés de denunciarem a carência e os traumas terríveis dos utentes de tais instituições -; sentem a pressão do "polvo" a esmagar-lhes a honra, o bom nome, a família e a paciência.Quando alguém tem a audácia de trazer ao domínio público alguns factos susceptíveis de ferir a sensibilidade dos que sempre tentaram mascarar a verdade, estes escondem-se em labirintos com aromas de Maçonaria ou atravessam as fronteiras do seu País para, lá longe, "limparem" a "lama"- sem remorso - que lhes escorre pelo rosto sem sinais de vergonha. Outros infiltram-se nos corredores da justiça na esperança de alterarem as leis em seu proveito e em proveito daqueles que "comeram na mesma marmita".Entretanto, a justiça, na sua demora assustadora, parece ir dizendo aos culpados : "Para a prossecução dos teus desígnios, serás cirúrgico e asséptico no modo de contornar as leis, os regulamentos e os códigos, e atrairás a ti os melhores especialista para te ajudarem a camuflar e a fazerem desaparcer todos os traços das tuas actividades criminosas".As vítimas..., essas..., ao sentirem que a mãe pátria os abondonou, na profundeza dos seus traumas tentam «viver» com os seus "fantasmas". Pois nada se vislumbra capaz de "matar" o "polvo". Os outros, os cidadãos comuns, face a tudo isto, vão criando os seus "ódios de estimação"e, por vezes, a medo, lá vão outorgando a sua disponibilidade para a "guerra".
Paulo
Foto: Eu, em 2004.

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5 de outubro de 2007

Tirania e Liberdade
Em nome do 5 de Outubro

Thomas Jefferson foi o terceiro presidente dos EUA e um dos mais importantes e celebrados. Embora tivesse sido um dos fundadores do partido Democrata-Republicano, predecessor do actual partido conservador Republicano, que hoje espalha a miséria na sua nação, os seus sentimentos e a sua ideologia não foram esses.


Uma das suas frases mais célebres foi a seguinte.

When the government fears the people, there is liberty. When the people fear the government, there is tyranny.

Impregnada de sentido e de fundamento, a sua tradução é simples.
Quando o governo receia o povo, há liberdade. Quando o povo receia o governo, há tirania.

O que ele escreveu no rodar do século XVIII para o XIX continua tão actual como o era na altura.

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3 de outubro de 2007

Não há senso!

O Sr. Ascenso Simões teve a falta de senso de atribuir à governação todo o mérito do balanço positivo da fase "charlie" («C» de chuva?) do plano de combate aos incêndios florestais».

Segundo ele, «entre os dias 1 de Julho e 30 de Setembro - os meses de maior risco - a área ardida foi significativamente menor do que em 2006, com 16.605 hectares ardidos até ao momento contra os 75.335 hectares ardidos no ano passado». E atribuiu este êxito a:
- «um aumento da área intervencionada»,
- uma melhor articulação dos sapadores florestais e a
- uma melhor vigilância da GNR.

Já há duas ou três semanas que, em conversa, previa que acabassem por surgir palavras deste género!

Como a maior parte dos portugueses, durante o período acima referido esteve mais atenta às condições meteorológicas, por estar em férias, todos sabemos que o MÉRITO dessa vitória contra os fogos florestais, erradamente atribuída ao Governo, cabe à não comparência dos fogos por virtude de S. Pedro, ou melhor Daquele Deus a quem Sócrates prestou homenagem quando se benzeu, durante uma das muitas cerimónias oficiais de abertura do ano escolar. Em termos de temperatura e humidade do ar, todos sabemos a diferença entre 2006 e 2007. Os fogos não gostam muito de chuva e esta caiu com frequência e intensidade na maior parte dos dias da fase «charlie» de 2007.

Não há senso, não há vergonha, de abusar tanto da propaganda balofa, partindo da hipótese de que os portugueses somos todos estúpidos. Alguns o serão, mas não somos todos políticos ou devedores de favores à oligarquia..

Os governantes deviam fazer um esforço para compreender que, quando falam para o público em geral, não devem utilizar os argumentos comicieiros. Uma coisa são os políticos que batem palmas e aplaudem sem perceber o que estão a ouvir, outra coisa são os portugueses medianamente inteligentes que têm neurónios e os usam.

Origens desta notícia:
Balanço positivo no combate a incêndios
Área ardida foi 12 vezes inferior à média dos últimos cinco anos
Governo faz balanço positivo da fase "Charlie" de combate aos fogos

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Deficit, Esbanjamento e Roubo
Propaganda para Tolos Encobre-os

O governo quer diminuir as despesas do estado?* É mentira! Se quisesse seguia os exemplos doutros países nesse sentido, em lugar de só copiar o que está errado e só nos falar da atrasada Espanha. O facto dela nos ter ultrapassado não significa que seja um país avançado, apenas demonstra o atraso acumulado por Portugal, pelo que não serve de exemplo se se quiser progredir.

O parlamento Italiano "deixou cair" a Microsoft e adoptou um sistema livre, o Linux/Suse da Novel, para os seus 3.500 computadores, calculando-se a economia em três milhões de euros. Não é uma novidade, outros países, serviços do estado e municípios os precederam nesta disposição. Outros países europeus, entre eles os mais ricos, têm seguido o mesmo caminho. O parlamento francês adoptou o sistema em 2006. Na Noruega dão-se prémios aos tradutores de programas de código aberto. O do ano passado foi ganho pela Fundação Norueguesa de Software Livre para Usos Profissionais. Este prémio é atribuido pelo Grupo de usuários Norueguese de Unix e pela Politécnica de Oslo

Quanto se economizaria em Portugal se o princípio fosse levado a efeito para todos os serviços do estado?

Para os governantes portugueses, só o que é caro é que convém. A toleima, o desperdício, o aproveitamento em proveito corrupto próprio são as bases do seu pensamento. O sistema Linux, no seu ver de baixos horizontes, só é bom para os países subdesenvolvidos, como se Portugal fosse desenvolvido e esses não tivessem atingido o seu nível com ideias inteligentes em lugar das tacanhas da máfia portuguesa.

Novas despesas foram inventadas: a passeata e o espectáculo dos fantoches do governo pelo país, acarretando com enormes despesas adicionais com logística, deslocação de gabinetes inteiros, toda aquela gentalha de parasitas, secretários, secretários de secretários, escriturários. Descomunais despesas de hotéis, de ajudas de custos e todas as sanguessuguisses habituais, acumuladas e aumentadas para roubarem o máximo. É este, aliás o motivo de base para toda esta fantochada dos parasitas.

O logro dos computadores é outro esbanjamento provado e abandonado noutros países devido aos maus resultados, contrários ao que se pretendia.

Os preços são um roubo e o governo está a favorecer abertamente os fornecedores de serviços que praticam preços exorbitantes.

Os governos continuam a travar o desenvolvimento, pondo as comunicações fora do alcance da maioria. As chaves do desenvolvimento são a instrução e todas as comunicações. Para que serve a tecnologia se está fora do alcance da maioria? Para que servem as estradas se são caras?

Os governos favorecem os lobbies, que alimentam a sua corrupção e saca dinheiro aos que menos têm. É este o plano: esbanjar e enriquecer à custa da pobreza do país. Porque se lhes permite.

Veja-se este post elucidativo num outro blog e os links nele indicados.

* Posteriormente à publicação, uma palavra foi subtraida a esta frase, a fim de corrigir um erro de interpretação por ela provocado.

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