Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


28 de setembro de 2009

Resultados das Eleições

Este blog nunca pretendeu influenciar as votações, limitando-se a dizer a verdade sobre os «concorrentes» e a recomendar o voto útil nos pequenos partidos, como explicado no post imediatamente anterior.

De acordo com o observado, a vitória do PS era mais que previsível, tendo em consideração as recentes medidas de carácter social que fizeram os eleitores esquecer-se das medidas anti-sociais precedentes, que incluíram uma extorsão de mais 33% de impostos cobrados aos reformados, entre outras boas obras. Pior que tudo, não resolveu o caso de insolvência da Segurança Social e da Saúde, deixando-a em aberto e ao gosto do próximo governo. Imprudente, imprevisão e incapacidade em governar. A margem de ganho do partido teria sido consideravelmente superior se não tivessem espantado os professores, tradicionalmente votando no PS, na sua maioria.

O PSD, inicialmente em queda livre, menos por sua causa do que devido às políticas do governo, que se limitou em pôr as suas ideias em prática, perdeu o pio, ficou sem argumentação e teve que contradizer todas as suas ideias precedentes, visto estas terem sido concretizadas pelo governo. Sub-repticiamente, a Manela ainda disse à socapa que iria avançar com o projecto do comboio a alta velocidade na sua (então, já apenas talvez) segunda legislatura. O Sócrates encolheu o rabo quanto à sua arrogância, o que lhe melhorou a actuação, enquanto ela apostou forte na maledicência, qualidade tão querida e aceite pela falta de civismo nacional. A sua arrogância também não a podia favorecer, pois que disso estavam os portugueses fartos da parte dele. Ainda assim, o resultado final do partido foi muito superior ao que seria de esperar, fossem os eleitores menos atrasados. Aliás, recordemos que todo o marketing político sujo da Manela se baseou sobre essa certeza: o atraso mental, a falta de civismo e a desinformação da populaça em geral. Não esquecer também que, ainda que ligeiramente, a Manela foi favorecida por ser mulher. A fuga do partido para a direita, justamente lembrada pelo Sócrates, também impediu o PSD de sacar mais votos à esquerda. De recordar que o partido subiu relativamente às eleições anteriores e que se não subiu mais foi por causa da Leiteira.

O Louçã do BE esforçou-se por meter a foice em seara alheia (não foi o único) e também numa maledicência, todavia num modo menos criticável do que o arrogante e sujo da Manela. Não mostrou arrogância e soube aproveitar os descontentes que anteriormente tinham votado no PS. Mesmo assim não teve muito êxito.

O Paulinho, o vigarista mestre de serviço de sempre, foi de certo aquele que mais procurou meter a foice em seara alheia do modo mais baixo e mais porco. O sabujo passou o tempo a enganar e a gozar os mais pobres, convencendo-os a votar contra eles mesmos. Só em Portugal a população mais pobre está tão embrutecida (os outros pouco menos) que pode ser persuadida a votar ser explorada pelos mais ricos, porque é isso a base da existência dos partidos mais à direita: tirar aos que menos têm para dar aos que mais têm. Quando o partido esteve no governo assassinou um grande número de pobres por intermédio da Santa Casa da Misericórdia, por ordem da então cruel provedora Mizé das Nozes Pintainho, que cortou as ajudas de emergência e para medicamentos e reduziu todas as outras por metade. Foi a solução desse governo para diminuir a crise e reduzir o deficit. Os portugueses são estúpidos e já o esqueceram, ou corroboram os assassínios em série? Valendo-se da insegurança, em lugar de professar métodos humanitários para a resolver o Paulinho andou por aí a assustar o pessoal. Valendo-se da incapacidade, mândria e irresponsabilidade dos funcionários e dos assistentes sociais que têm atribuído o Rendimento de Reinserção à toa e sem a discriminação que se impõe, em lugar de exigir a correcção do erro e a expulsão dos culpados, o malandreco espertalhão propôs reduzir ou eliminar essa ajuda essencial num país com tanta gente a passar fome. Para dar mais aos que já têm, evidentemente. Que infâmia impensável para os antigos alunos do Colégio S. João de Brito, tais como os filhos do General Norton de Matos, os D'Orey, os Pignatelis e tantos outros mais honestos. A ovelha ranhosa do Colégio. Note-se que até ambos os nomes adoptados pelo seu partido são autênticos embustes do tipo atrappe-nigauds (caça-parrecos). Só a burla, literalmente, lhe conseguiu aumentar os resultados. Num país de tão grande miséria, os mais pobres (a grande maioria) só podem votar nesta direita se forem masoquistas e pretenderem aumentar a sua própria miséria ou se forem completamente desmiolados. O resultado do CDS é a melhor prova da imaturidade política que as oligarquias não desperdiçam. Nem sabem em quem votam, vão atrás de qualquer balela que lhes contem. Se estivéssemos num país rico esta conclusão não seria bem a mesma, evidentemente.

O PC foi de certo o grande perdedor. Não por culpa sua, mas por todos tentarem extorquir-lhe os eleitores, o crescimento do BE e até mesmo o CDS o partido contra o povo!

Os governos corruptos nacionais surgem das lutas facciosas das oligarquias pelo poder mafioso. Há, contudo, factos de mais alto interesse nacional do que as eleições e que não devem ser preteridos, pois que são perenes e válidos para qualquer que seja o governo. A corrupção não é atributo dum só partido, mas característica geral da vida política nacional. Os partidos não querem governar para servir o país, mas para o roubarem e dele se servirem, enriquecendo facilmente à custa da pobreza nacional. Se pelo menos fizessem progredir o país em lugar do recuo que lhe impõem, não teriam desculpa pelo seu modus vivendi, mas cumpririam uma pequena parte das suas funções. Ora isso não acontece e todos os deputados menos um mostraram ser canalhas, ladrões e vigaristas ao votarem a lei sobre o financiamento dos partidos. O Porco em Pé do PSD, que grunhe, guincha, gesticula e foi para o Parlamento Europeu, berrou a plenos pulmões que ética e política são coisas diferentes. Reconheça-se-lhe a coragem em confessá-lo e o arrojo em vomitar essa afronte à nação.

Não podemos continuar a ser roubados e vigarizados deste modo.

A jamais esquecer. Qualquer que seja o governo, impõe-se um referendo para a construção de linhas de comboio a alta velocidade e para qualquer reforma dos sistemas de Segurança Social e de Saúde. São assuntos de interesse universal e que não podem ser decididos contra nós. Para fazer progredir o país torna-se indispensável uma reforma da Administração Pública, expulsando dela todos os parasitas. Tanto os militantes dos partidos que se apoderam dela e a paralisam pela sua incompetência, em vez dos lugares serem postos a concurso como em qualquer outro país, como os próprios funcionários que se constituíram num bando de calões incompetentes, actualmente incapazes te tratarem de qualquer assunto sem que cometam uma enxurrada de erros. Idem com os magistrados e juízes. As interferências dos políticos não podem desculpá-los pela sua arrogante incapacidade, não se misturem.

Por último, após a contagem dos votos, ouvimos os animais jornaleiros (sem ofensa para os primeiros) dizerem-nos que o governo só poderia ser constituído pelo PS mais o CDS, porque com os outros partidos da esquerda não perfazia o número de deputados necessários a uma maioria parlamentar. Ou seja, não querem admitir que possa haver coligações de três ou mais partidos. Não é querer estupidificar-nos, sabendo nós que na Finlândia, por exemplo, em fins da década de 1990 houve um governo constituído por uma coligação de 14 (catorze) partidos? Aliás, trata-se de acontecimentos comuns nos países nórdicos. São democracias e não paródias delas dirigidas por máfias. Porque no-lo escondem?

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26 de setembro de 2009

Um Voto Mais Democrático

Não, se é mais democrático não pode ser em Portugal. Por vários motivos, dos quais os principais são os mencionados nos dois parágrafos seguintes.

As pessoas não têm cultura democrática. Desde que voltaram a poder votar em quem quisessem julgaram logo que já sabiam tudo e que sempre o souberam, mas só não o puderam fazer. Que obtiveram imediatamente a mesma prática dos que cresceram em famílias de gerações democráticas.

Por mais que o afirmem, a constituição não é democrática, pois que os governos formados em consequência das eleições não representam os resultados dos escrutínios. Portanto, também não representam a vontade dos eleitores. Basta uma simples conta para nos apercebermos da diferença da democracia entre os países mais democráticos e a nossa pseudo-democracia. Nesses países, os governos são compostos pelos eleitos de todos os partidos na sua proporção segundo as regras, como no parlamento nacional. Cá, como o partido que forma governo é geralmente eleito com aproximadamente 40% dos votos, os restantes cerca de 60% vão directamente para o lixo. No caso do governo se coligar pode fazê-lo com quem quiser e não com os que acumularam mais votos. É isto a pseudo-democracia portuguesa. Os governos representam apenas uma minoria dos eleitores (cerca de 40%), ou seja, são formados contra a vontade duma maioria de eleitores de cerca de 60%. Não representam os eleitores, não têm representação nacional. É uma constatação real e irrefutável duma palhaçada que alcunham de democracia representativa. Afirmação que, logicamente, só pode ter por trás os interesses obscuros anti-democráticos.

Na altura destas eleições, o voto útil, não para a cambada oligárquica mas para nós, só pode ser num pequeno partido e continuar assim a fazê-lo no futuro. Existe um número suficiente para praticamente todos os gostos, tanto à esquerda como à direita. Uma democracia não pode ser polarizada, nem entregar os destinos sempre aos mesmos, nem deixar uma parte dos interesses individuais e nacionais da população sem representação. A distribuição dos votos é uma das condições para a existência duma democracia. A julgar pelos resultados, o exemplo dos EUA é de longe a evitar. As maiorias governamentais e parlamentares são a evitar e aproximam qualquer regime duma ditadura arrogante.

O controlo dos políticos deve ser processado pelos eleitores, pela população e não por eles mesmos, o que é ridículo e desastroso, como se conhece por experiência. Contribui eficientemente para evitar o compadrio e a corrupção. Previne que os actos dos políticos sejam contra os desejos da população.

Um voto mais democrático, como refere o título do presente artigo é também aquele em uso na Alemanha e lá usado nas eleições deste domingo. O método está explicado num blog vizinho, onde se pode ler a descrição. Cá, seria inconcebível, pois que isso limitaria a liberdade dos partidos para substituírem os votados pelos seus barões e diminuiria o tráfico de interesses ilícitos e obscuros.

Como de costume, raros são os que conhecem factos semelhantes de inegável interesse geral. Como de costume também, a culpa não recai apenas na corrupção mafiosa das oligarquias políticas que o ocultam por interesse próprio, contra o interesse da população: é por elas partilhada com a jornaleirada que, na realidade, de nada serve senão para nos desinformar e fazer scoops diários, frequentemente sobre falsidades, como os da gripe A, há meses provado ser de longe mais benigna que a gripe comum sazonal. Aqui, também, os políticos não têm perdido a ocasião para se aproveitaremm tirando partido da desorientação provocada pelas historietas aldrabadas pela jornaleirada.

A não esquecer. Qualquer que seja o governo, impõe-se um referendo para a construção de linhas de comboio a alta velocidade e para qualquer reforma dos sistemas de Segurança Social e de Saúde. Para fazer progredir o país torna-se indispensável uma reforma da Administração do Estado, expulsando dela todos os parasitas. Tanto os militantes dos partidos que se apoderam dela e a paralisam pela sua incompetência, como os próprios funcionários que se constituíram num bando de calões incompetentes, actualmente incapazes te tratarem de qualquer assunto sem que cometam uma enchurrada de erros. Idem com os magistrados e juízes. As interferências dos políticos não podem desculpá-los pela sua arrogante incapacidade, não se misturem.

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A Grande Fantochada

A estupidez dos portugueses cresce a olhos vistos com o emprenharem pelos ouvidos. A pouco e pouco, até aqueles que aconselhavam o voto em branco ou apoiavam a Democracia Directa – movimento condenado à morte devido à falta de consciência, discernimento e inteligência nacional – aconselham agora a saber escolher em quem se deve votar! Será possível ser-se mais idiota?

A prova da idiotice não surgiu com as eleições. Há muito que os mesmos se esforçam por a demonstrar. O lixo que espalham pelas caixas de correio não é novo, só o género mudou por uns tempos. Não fazem como em todo o mundo, escrevendo as suas ideias num blog lido por quem o desejar. Compraram um computador e acreditaram pia e tolamente ser um brinquedo cuja única utilidade era a de lhes permitir impingir as suas ideias deformadas a quem quer que fosse. Pensam que isso é comunicar sem jamais terem estabelecido relações de comunicação com gente de outros países. Tampouco vão ver o que se passa na imprensa internacional e continuam a ignorar tudo o que a jornaleirada esconde. Não se interessam em conhecer e aprender o que quer que seja sobre o mundo em que vivem. O computador, para a maioria dos portugueses não passa dum instrumento para incomodar os outros com as suas idiotices diárias que pretendem embutir nos seus semelhantes. Em conjunto com os brasileiros deve ser um caso único mundial. Único no atraso, como sempre. Povos embrutecidos que se vedam qualquer avanço, tal como o provam repetidamente nas urnas. Têm o que merecem, aquilo por que votam e, sobretudo, o que aceitam.

O português típico de hoje propenso a criticar tanto o que está mal como bem, mas incapaz de tomar qualquer acção (só bla-bla-bla); em apoiar o que está mal sem ser capaz de usar o seu cérebro raquítico. É presa fácil do marketing político (ou não) sem escrúpulos. Vive na cauda de tudo, como merece.

Para nos darem estes conselhos de mentecaptos, enchem-nos as caixas de e-mail com lixo podre contendo múltiplos exemplos. Só que, pobres aldrabões baratos, os exemplos de cada e-mail individual só pesam para um lado quando o mal este em todos. São mal dizentes, têm esse valor. Lógico que para quem quisesse votar sem ser em branco, o melhor seria fazê-lo sem ser instruido por vigaristas obtusos.

Nos dias que se vivem não há partido isento de criminalidade política que por vezes atinge o próprio crime de sangue ou equivalente (como o Cavaco ou o Sócrates). O mal não está nos partidos, pedras basilares para o jogo da democracia – quando ela existe e não é apenas aparente, como em Portugal –, mas nos que os compõem, os criminosos que só merecem ser corridos e presos. Que credibilidade atribuir a quem critique uma parte deles e dê carta-branca aos restantes assassinos? Que conselhos, pois, nos podem dar esses hipócritas com as baboseiras que nos escrevem? Quem lhes pede a opinião? Contudo, as críticas falsas, quer dum lado quer doutro, são bem fáceis de distinguir.

Estas eleições, mais do que a corrupção, a maledicência e o vale tudo na luta pelo tacho imerecido dos burlões políticos, patenteiam o estado mental da população nacional.

Por outro lado, recebemos uma incrível desinformação constante pela parte jornaleirista. Quem quer que o desconheça, saiba que à parte a segunda estrumeira maior da União Europeia a seguir à nossa, o nosso vizinho indesejável e selvagem, nunca existiu nem houve um país em que os noticiários só falam sem parar nos porcos dos parasitas políticos e suas oligarquias mafiosas durante eleições como cá. Deve ir para o livro do Guineess. Quanto mais importância se der a essa corja pior nos farão; nos países civilizados e avançados conhecem-no bem e por isso não se vê esta palhaçada constante. Contrariamente aos países que avançam, o que interessa aos portugueses não é um programa governamental para nele se votar; é a vigarice, a maledicência, a difamação, a mordacidade, a calúnia, a má-língua e todas as qualidades de malvados que caracterizam a cambada de todos os nossos queridos políticos. São estes sentimentos de cloaca que fazem vibrar os eméritos burros dos eleitores portugueses.

É nesta cambada que querem que votemos? Todos os votos que eles receberem só podem obtê-los por atraso e defiência mental de quem neles votar.

Não obstante e embora seja impossível dar uma sugestão honesta de voto na conjuntura actual, há factos – e não ideias ou opiniões, nem qualquer história reescrita à laia do Fernando Rosas – demonstrados pela história e consagrados na liguística mundial, que podem ser verificados por quem quer que simplesmente consulte um dicionário. São os vocábulos direita e esquerda. Basicamente, a direita é conservadora, anti-progressista e favorece os mais ricos em desfavor dos mais pobres; a esquerda é progressista e favorece a igualdade. Certamente, há muitas direitas e muitas esquerdas, pelo que a partir daqui se podem fazer várias sínteses, todas elas, porém, sobre as mesmas duas bases. Embora ambos os termos actuais tenham a sua origem nos governos que se seguiram à Revolução Francesa, a ideia-princípio sempre existiu por si mesma. Alguns exemplos da nossa história demonstram as diferenças. Os nossos reis que diminuíram o poder da nobreza de então em favor das populações foram reis de esquerda, se assim se pode dizer, pelo menos na aplicação do princípio. Foram esses poucos que fizeram progredir o país. Sempre assim foi. As lutas Miguelistas pelo poder absoluto contra a Carta Constitucional (o embrião da Constituição e da democracia que terminou em 5-10-1910) apoiada Por D. Pedro IV e por sua filha D. Maria II, idem. Exemplos não faltam.

Um povo desmiolado e corrupto, pelo que aceita o inédito assalto da corja partidária aos lugares de administração pública a cada mudança de governo sem dar um pio. A sobreposição da raiva partidaria aos verdadeiros interesses pessoais promove a corrupoção e dá aos corruptos todos os meios para assegurar a sua continuidade com êxito e impunidade. Melhor prova de estupidez crassa?

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17 de setembro de 2009

José Niza Sobre o Caso MMG – TVI

José Niza, médico e músico, que foi director de programas e administrador da RTP, fala sobre o caso de Manuela Moura Guedes, do seu afastamento como apresentadora do Jornal Nacional de sexta-feira da TVI e de factos precedentes relacionados. Publicado no jornal O Ribatejo por Bruno Oliveira.

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TVI - A Minha Leitura (José Niza)

Fui director de programas da RTP e depois seu administrador. E garanto-vos que, se alguma vez algum apresentador ou jornalista desse uma entrevista a chamar-me "estúpido", a primeira coisa que aconteceria seria o cancelamento imediato do seu programa, independentemente de haver ou não eleições em curso.

Por isso me parece incompreensível que, embora rios de tinta já se tenham escrito sobre o cancelamento do jornal nacional que Manuela Moura Guedes (MMG) apresentava na TVI, todos os analistas e comentadores tenham ignorado a explosiva e provocatória entrevista que MMG deu ao Diário de Notícias dias antes de a administração da TVI lhe ter acabado com o programa.

Em meu entender essa entrevista, realizada com antecedência para ser publicada no dia do regresso de MMG com o seu jornal nacional, foi a gota de água que precipitou a decisão da TVI. É que, o seu conteúdo, de tão explosivo e provocatório que era, começou a ser divulgado dias antes. E se chegou ao meu conhecimento, mais cedo terá chegado à administração da TVI.

Nessa entrevista MMG chama "estúpidos" aos seus superiores. Aliás, as palavras "estúpidos" e "estupidez" aparecem várias vezes sempre que MMG se refere à administração.

É um documento que merece ser analisado, não somente do ângulo jornalístico, mas sobretudo do ponto de vista comportamental. É uma entrevista de uma pessoa claramente perturbada, convicta de que é a maior ("Eu sou a Manuela Moura Guedes"!) e que se sente perseguida por toda a gente. (Em psiquiatria esse tipo de fenómenos são conhecidos por "ideias delirantes", de grandeza ou de perseguição).

MMG diz-se perseguida pela administração da TVI; afirma que os accionistas da PRISA são "ignorantes"; considera-se "um alvo a abater"; acusa José Alberto de Carvalho, José Rodrigues dos Santos e Judite de Sousa de fazerem "fretes ao governo" e de serem "cobardes"; acusa o Sindicato dos Jornalistas de pessoas que "nunca fizeram a ponta de um corno na vida"; diz que o programa da RTP 2, Clube de Jornalistas, é uma "porcaria"; provoca a ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social); arrasa Miguel Sousa Tavares e Pacheco Pereira, etc.

E quando o entrevistador lhe pergunta se um pivô de telejornal não deve ser "imparcial", "equidistante", "ponderado", ela responde: "Então metam lá uma boneca insuflável"!

Como é que a uma pessoa que assim "pensa" e assim se comporta, pode ser dado tempo de antena em qualquer televisão minimamente responsável?

Ao contrário do que alguns pretendem fazer crer - e como sublinhou Mário Soares - esta questão não tem nada a ver com liberdade de imprensa ou com a falta dela. Trata-se, simplesmente, de um acto e de uma imperativa decisão administrativa, e de bom senso democrático.

Como é que alguém, ou algum programa, a coberto da liberdade de imprensa, pode impunemente acusar, sem provas, pessoas inocentes? É que a liberdade de imprensa não é um valor absoluto, tem os seus limites, implica também responsabilidades. E quando se pisa esse risco, está tudo caldeirado. Há, no entanto, uma coisa que falta: uma explicação totalmente clara e convincente por parte da administração da TVI, que ainda não foi dada.

Vale também a pena considerar os posicionamentos político-partidários de MMG e do seu marido.

J. E. Moniz tem, desde Mário Soares, um ódio visceral ao PS. Sei do que falo. MMG foi deputada do CDS na AR.Até aqui, nada de especialmente especial.

O que já não está bem - e é criminoso - é que ambos se sirvam de um telejornal para impunemente acusarem pessoas inocentes, sem quaisquer provas, instilando insinuações e induzindo suspeições.

Ainda mais reles é o miserável aproveitamento partidário que, a começar no PSD e em M. F. Leite, e a acabar em Louçã e no BE, está a ser feito. Estes líderes políticos, tal como Paulo Portas e Jerónimo de Sousa, sabem muito bem, que nem Sócrates nem o governo tiveram qualquer influência no caso TVI. Eles sabem isto. Mas Salazar dizia: "O que parece, é"!

E eles aprenderam.


- 1984. Eu era, então, administrador da RTP. Um dia a minha secretária disse-me que uma das apresentadoras tinha urgência em falar comigo: - "Venho pedir-lhe se me deixa ir para a informação, quero ser jornalista"! Perguntei-lhe se tinha algum curso de jornalismo. Não tinha. Perguntei-lhe se, ao menos, tinha alguma experiência jornalística, num jornal, numa rádio... Não tinha. "O que eu quero é ser jornalista"! Percebi que estava perante uma pessoa tão determinada quanto ignorante. E disse-lhe: "Vá falar com o director de informação; se ele a aceitar, eu passo-lhe a guia de marcha e deixo-a ir". A magricelas conseguiu. Dias depois, na primeira entrevista que fez - no caso, ao presidente do Sporting, João Rocha - a peixeirada foi tão grande que ficou de castigo e sem microfone uma data de tempo.

P.S.
A jovem apresentadora chamava-se Manuela Moura Guedes.
E se eu soubesse o que sei hoje...


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Porque nos escondem os jornaleiros estas opiniões? Esses trambolhos insultuosos, pretensos profissionais, tão rascas, falsos e incompetentes como aquela que defendem, encobrem tudo o que não lhes convém a eles ou a outros interesses obscuros e querem ser fazedores de opiniões. Que confiança nos merece esta cambada reles? É este um caso que sob o ponto informativo muito se assemelha ao da corrupção e roubo na Comissão e no Parlamento Europeus, como recentemente revelado. Felizmente que ainda restam alguns de entre eles que são excepções honestas. Quanto às informações internacionais, o melhor é mesmo procurá-las no estrangeiro.

Há muito quem diga que a Manuela Moura Guedes é uma boa jornalista. Bom, se assim é e pelo seu percurso que o Dr. José Niza nos conta fica provado que para o ser não é preciso seguir qualquer curso nem aprender seja o que for.

Não obstante a sua saida do jornal tenha sido adequada às circunstâncias e ao modo cmo ele era conduzido, de acordo com o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, note-se bem que não foi uma decisão tomada no tempo certo. Donde, mais uma vez se deduz a incapacidade generalizada de responsáveis, direcções, gestores, decisores e afins.

Sob o presente tópico, veja-se ainda este poste, também muito elucidativo por conter menções a publicações oficiais escamoteadas pelos mesmos energúmenos.

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15 de setembro de 2009

Voto Com ou Sem Discernimento?

Em quem votam os portugueses? Pelo resultados que se registam só podem ser masoquistas ou atrasados mentais.

Alguns dos mais votados foram:

  • O Mário Soares, aquele que mais roubou o Estado de todos os modos possíveis e por outros que ele inventou;

  • O Cavaco, o chefe da quadrilha de ladrões dos enriquecimentos do dia para a noite; mas pior ainda, aquele que esbanjou os fundos de coesão da União Europeia ou utilizou mal, provocando a miséria actual; a reestruturação faz-se de avanço e as consequências vêem-se muitos anos após, tal como a falta de médicos actual, consequência da sua enorme redução de vagas nas universidades (quantas pessoas matou com esta decisão?); proclamam que foi quando o país mais progrediu, mas as estatísticas do Eurostat revelam que se o atraso de Portugal antes da Abrilada era de cerca de 22 anos, 30 anos depois tinha passado para 52; não obstante os fundos arrecadados da UE, recebeu o governo do Mário Soares com as contas em dia e entregou-o ao Guterres com um défice de 5,2%; é obra!

  • O Porco em Pé do Rangedor foi o mais votado em Portugal nas eleições para o parlamento europeu por ser aquele que mais bestialidades diz, gesticula e berra como um capado; é aquele que diz que ética e política são coisas diferentes; afirma que ética e política são coisas diferentes; tudo isto é o que atrai os desmiolados;

O método da Manela Leiteira para obter apoio tem sido dar lições de arrogância ao próprio Sócrates e o de fazer de papão, simultaneamente contradizendo-se em tudo o que até há pouco proclamou como suas ideias; no entanto, lendo nas entrelinhas, ela já disse que se conseguir formar governo, na segunda legislatura (se lá chegar) destruirá a Segurança Social e o Sistema de Saúde, ou seja, os ricos passam a descontar menos ou nada e a fossa entre eles e os pobres – já de si de longe a maior em toda a Europa – alargar-se-á impreterivelmente.

O Sá Carneiro deve dar voltas na tomba com o que a Manela Arenque Defumado e o seu gang fizeram do seu partido. E vêm eles ultrajá-lo pespegando o nome dele nos seus comícios!

Isto não cabe no presente tópico, mas devem mencionar-se alguns pontos importantes de grande interesse para os que não se podem dispensar dos sistemas de Segurança Social e Saúde. O regime de Saúde custa tanto como o dos países avançados em que as pessoas escolhem os seus médicos e todos eles trabalham para o serviço nacional. É evidente que o problema português está na incapacidade de organização e de planeamento. A Segurança Social está em risco de bancarrota e os mais novos vão ficar à fome. O governo do Sócrates aplicou-lhe uma mezinha que de nada adianta por evitar a sua falência; o que ele fez foi uma imbecilidade crassa. A Leiteira e o Cagão Feliz anunciaram múltiplas vezes aos sete ventos como iam destruir a Segurança Social, não menos estúpidos que os outros, de igual a igual. A incapacidade de todos estes animais arrogantes é de gritos. Com efeito, os outros países da Europa também se viram em face do mesmo problema e foram capazes de resolvê-lo sem destruírem o sistema solidário e as pensões de reforma permitem aos reformados de viver. Existem sistemas ou métodos que resolvem o problema, longos a explicar, exigem maiores contribuições, como é evidente, as quais são suportadas por empregados e empresas. O problema com a Manela e o Cagão é que eles querem assassinar o sistema e fazer pagar apenas os empregados; aqueles que podem, claro. Sistemas idênticos existem mesmo em países tradicionalmente de direita, como a Suíça. O problema em Portugal é que o povo, sem cultura democrática, não é soberano e dispensa-se da aprovação das decisões políticas.

Idem para o comboio – segunda legislatura. Parece estar difícil livrarmo-nos desta treta ridícula e desnecessária para qualquer país pequeno, que nenhum o tem.

O Portas visita feiras e romarias e fala muito com toda a gente. Parece um comportamento simpático, mas apenas esconde simpático a verdadeira intenção que só pode ser a de enganar os que menos têm para o roubar e dar aos mais ricos. Francamente, que outra intenção poderia ter um partido que se rege exclusivamente por esses princípios? Sempre assim foi e em todo o mundo. Se os portugueses o desconhecem só pode ser por uma ignorância básica e crassa da realidade, como outras vezes aludido. Nem pode haver outro motivo. Um outro ponto bem esclarecedor é ele dizer que não se deve tirar o rendimento mínimo aos que quase morrem de fome, porque muitos o recebem sem necessidade. É verdade que a última alusão é certa, mas a solução que ele sugere é irracional. Se existem efectivamente muitas pessoas a receber esse abono é um acontecimento que se deve simplesmente à incompetência, relaxe e mandria dos assistentes sociais, praga geral do país. Se há erros, aqueles que os cometem que os paguem com o seu próprio ordenado. Bate propositadamente ao lado do prego por não ter um argumento plausível.

Todos os deputados menos um votaram a impunidade para roubo e corrupção da canalha oligárquica e mafiosa partidária, aprovando a lei de financiamento dos partidos. Donde, todos menos um são ladrões e corruptos. O único motivo que os leva a conquistar o governo é o roubo e não os interesses nacionais. É nesta escória que vamos votar?

Nota-se que um povo que passa os serões a «educar» a mente com Morangos e outros lixos idênticos não pode ter idoneidade nem capacidade para saber o que lhe convém. Ou então é masoquista e procura enriquecer os corruptos e empobrecer-se a si mesmo. Difícil de se ser mais bronco, quando conhecemos o seu comportamento face à pub normal, quanto mais ao marketing seleccionado e aplicado. As televisões da Europa têm muito menos publicidade precisamente porque não vale a pena fazer mais. Diga-se de passagem que as televisões nem por isso perdem dinheiro nem disso se lamentam como por cá.

De certo que uma mentalidade não se muda em pouco tempo. Por isso que tendo levado pontapés, punhaladas e sido arruinados por todos os partidos, numa altura ou noutra, vão de novo votar em massa nos mesmos, quais pobres diabos lambendo a mão que os assassina.

As maiorias governamentais têm demonstrado a sua iniquidade em muitos países, levando geralmente à arrogância do governo. Alguns têm tido coligações constituídas por mais de uma dúzia de partidos, como a Finlândia, mas em Portugal pouco mais se vota para além de dois partidos. Erro que se tem pago. Todos eles têm ideias úteis e rejeitáveis.

O que não se pode de algum modo pensar é que se um partido de bases sociais não os defende, esperar que um da direita o faça. Isto é um erro fatal e uma demonstração de profunda ignorância, cujas consequências se sofrerão inevitavelmente mais ano menos ano. A questão dos eleitores dos países mais avançados terem virado um pouco mais à direita é assunto que não cabe aqui, mas saiba-se que os seus motivos não se aplicam nem podem aplicar a Portugal, que continua com 52 anos de atraso sobre eles. A questão de um país tão miserável como Portugal e com o maior fosso entre ricos e pobres vote à direita mostra simplesmente que os eleitores aprovam a sua miséria e querem perpetuar a situação; tendo em consideração a história universal, nem pode haver outra justificação, são os princípios básicos da política. Os partidos existem para defenderem os interesses de facções.

Têm-se ouvido todos, sabe-se tudo. Quem votar neles e obter aquilo em que votou, para si e seus descendentes, não tem o direito de mais tarde vir a reclamar. Uma votação em branco em massa deve parecer o mais apropriado até aos mais incrédulos neste método. Mas em massa é em massa, enquanto apenas uma meia dúzia de nada serve.

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9 de setembro de 2009

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8 de setembro de 2009

Falem-nos de Política

Transcrevo o artigo de Ferreira Fernandes e acrescento uma Nota em que cito outro artigo, de Pedro Marques Lopes.

E que tal discutir política?
DN. 090908. por Ferreira Fernandes

O jornal i fez, ontem, o levantamento de algumas das exportações portuguesas durante o Governo de José Sócrates. Fez o levantamento, sim: aqueles negócios levantaram voo. Com a Venezuela (em quatro anos, quintuplicaram), Angola (triplicaram), Argélia (quadruplicaram), Rússia (triplicaram), Líbia e China (em ambas, quase duplicaram) e Jordânia (quase triplicaram)...

Esse sucesso foi acompanhado (e, em alguns casos, foi motivado) por uma diplomacia económica em que os governantes não se importaram de fazer de caixeiros-viajantes. Nesses destinos há um país muito importante (Angola, já o quarto comprador) e outros são mercados tentadores (bastava lá estar a China). Eis, pois, um balanço extraordinário - mas que merecia discussão, agora que julgamos quem nos governou nos últimos quatro anos.

Todos aqueles países são susceptíveis de crítica (mais uns que outros) sobre o seu comportamento democrático. Eu digo que sim, há que fazer esses negócios - e, daí, eu achar bons os resultados conseguidos.

Mas gostaria de saber se isso divide os partidos. Gostaria que na campanha se discutisse política. E não hipóteses de primos, hipóteses de asfixias e tricas sobre carros oficiais.

NOTA: Sobre o mesmo tema – conteúdo da campanha política - e com o titulo As eleições sem política, Pedro Marques Lopes, em estilo diferente, refere a predominância da política com p muito minúsculo e a ausência da verdadeira Política, a arte e ciência de governar que, neste momento, devia traduzir-se em projectos estratégicos, em propostas honestas, para o futuro de Portugal com incidência nas gerações mais novas e na qualidade de vida de todos os portugueses.

Perdem tempo em questiúnculas secundárias que procuram desgastar a imagem dos concorrentes ao pódio, sem mostrarem o que cada um tem de válido para os portugueses.

Sendo as eleições comparadas a uma competição atlética, constatamos a péssima qualidade dos concorrentes que preferem dopar-se para melhor rasteirarem o competidor em vez de evidenciarem a verdadeira força dos seus músculos e as suas capacidades físicas e mentais.

Na minha situação de vulgar cidadão, sem obrigação para qualquer dos partidos, concluo que, após as eleições, tudo irá continuar na mesma, sejam quais forem os vencedores.

São todos iguais: desprezam a verdadeira Política e apenas se preocupam com a politiquice interpartidária que se sobrepõe aos reais interesses nacionais; ignoram e desprezam a ética e são todos coniventes com as palavras de um seu parceiro que disse que ética e política são líquidos não miscíveis; ninguém se opôs à candidatura de pessoas suspeitas e arguidas que não inspiram confiança ao eleitor honesto e escrupuloso; todos votaram a lei de financiamento dos partidos a que nenhum cidadão medianamente informado ficou indiferente; nenhum tomou uma atitude frontal, bem visível, a favor do combate efectivo à corrupção e ao enriquecimento ilegal; todos aceitam a bagunça em que o País vai vivendo sob a ameaça da criminalidade violenta e da insegurança generalizada; a Educação, a Saúde, a Justiça, não têm evitado as ácidas críticas da generalidade dos cidadãos; a burocracia emperra todas as actividades, etc., etc.

Parece que estes pontos precisam ser resolvidos com eficácia e brevidade, mas na campanha são ignorados. Para eles não foram debatidos os respectivos projectos de solução. Os políticos que querem o nosso voto passam, olham para o lado e assobiam, para irem debater questões sem real valor em comparação com estas.

Daí o apelo: Por favor, falem-nos de Política nacional, estratégica, de preparação de um futuro melhor para os mais novos não terem de emigrar todos.

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5 de setembro de 2009

Demissões na TVI
(continuação)

Observando os últimos acontecimentos e os noticiários a ales relativos, é impossível deixarmos de constatar que nenhum dos repulsivos e impostores fabricantes de notícias fez qualquer referência aos factos mencionados no post imediatamente anterior no que respeita ao Clube de Jornalistas da RTP2 nem ao Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.

Por si só, este procedimento revela-nos o ponto a que estes asnos insolentes são impostores, falsos, mentirosos e como moldam as notícias à sua própria conveniência, aos seus interesses muitas vezes ocultos, repugnantes como eles e de declarada má fé. São o espelho dos noticiários, do comportamento dos políticos e da mentalidade nacional.

É evidente que se tomarmos o julgamento do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas como sabedor e por justo e normal dentro do direito e da própria deontologia e das suas atribuições oficiais, se o considerarmos como honesto e nós próprios queiramos sê-lo também, teremos que reconhecer que a Manuela Moura Guedes deveria há muito ter sido oficialmente penalizada, afastada ou impedida de prosseguir no seu modo de apresentação de informações, as quais desse modo deixaram de o ser. Não pelo assuntos que abordava, maspelo modo como os apresentava e pelo seu comportamento ordinário. O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas assim o julgou e se para alguma coisa ele serve não se compreende que agora seja abafado com a sofisma que se observa. Note-se que a condenação se resumiu apenas ao modo como ela trabalha: «Consideramos esta forma de estar no jornalismo e de fazer jornalismo reprovável».

O que jamais deveria ter acontecido era que se aproveitasse o momento mesmo das eleições para o fazer. Esta actuação veio pousar muitas perguntas em aberto e trazer muitas dúvidas, até sobre outros casos que têm alimentado os noticiários fabricados e encenados pela canalha nojenta. Em consequência, somos levados imaginar que este assunto, assim como outros do género, podem muito bem ser golpes montados pela desorientação política em que o PSD tem nadado netes últimos tempos devido à orientação de direita dum governo que se apresenta falsamente como socialista. Se o PSD não anda desorientado, disso se mascara e a maneira como os acontecimentos nos são apresentados implica-o. mO desorientamento político do PSD patenteia-se ainda na falta de apresentação de qualquer plano governamental ou orientação, encobrindo agora as suas intenções na toma de medidas que agravarão o afastamento entre ricos e pobres para que mais tarde não se lhas possa reprovar. Os seus discursos encerram apenas palavras que revelam ódio, inveja, malediscência, etc., o tudo expresso por palavras e modos que os técnicos de marketing político sabem serem queridas às populações prones aus de maus princípios e valores como a actual nacional. Ela sabe que assim será ouvida e tem-o estampado nas ventas.

Afinal, os políticos não são assim tão diferentes duma população que se mostra profundamente incivilizada, roída de maus instintos, de baixíssima educação, que se comporta como um povo selvagem, que procura a pequena vingança, se rege por slogans e ditinhos, profundamente ignorante e sem instrução a ponto de copiar, escrever e dizer tudo o que está mal como papagaios desmiolados e completamente domesticada por publicidade e marketing, em que é levada como um bando de tolos, não tem a mínima ideia do que é uma democracia nem quer saber por pensar saber bem e viver numa. O pior nem é tudo isto, mas o simples facto de que, inchada pela jornaleirada ignóbil e por políticos malvados que pensam ser esse o melhor modo de conquistar votos, se encontra cheia de orgulho injustificado por baseado em falsos valores e princípios, orgulho que disfarça a seus próprios olhos alcunhando-o de auto-estima. Nesta conjuntura, dificilmente se vê como poderá tal população vir a reconhecer a sua miséria mental, condição sine qua none para se corrigir e poder progredir saindo da estrumeira em que se encontra.

Com efeito, sobre os acontecimentos aqui em foco nada sabemos e por norma geral somos constantemente enganados e tomados como lorpas por o sermos, por todos aqueles que estudaram o modo adequado para lidar com um povo como o nosso e o domar. Afinal, todos os acontecimentos que têm dominado os noticiários podem muito bem ser montados. No caso do post anterior, notando o modo como a Manela Leiteira fala sobre estes assuntos, entre outras possibilidades, todas em aberto, podemos muito bem imaginar que se trate de golpe montado por militantes dum partido politicamente desorientado e sem rumo, que se sente perdido e relegado, querendo abrir caminho à força, de qualquer modo ou forma. Devido à desinformação e ao que realmente sabemos (não o que nos impingem), as possibilidades são infindas e todas possíveis.

Obrigado jornaleirada asquerosa.

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Aditamento:

Acrescentam-se alguns links para informações publicadas e ainda o texto completo do comunicado do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.

Diário de Notícias

Discussão sobre a ética no programa Clube de Jornalistas da RTP2/Rádio Renascença

Entrevista do Bastonário da Ordem dos Advogados, contendo o vídeo

Petição para oferta do Código Deontológico a Manuela Moura Guedes

Oferta do Código Deontológico a Manuela Moura Guedes

Decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social sobre o conhecido caso do Carlos Cruz contra o abuso da TVI, em que esta foi condenada



Comunicado do Conselho Deontológico


Comunicado

Posição do CD a propósito a última edição do «Jornal Nacional – 6.ª feira»


Na sequência de queixas chegadas nos últimos dias, a propósito da recente polémica suscitada pela entrevista concedida pelo bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, à jornalista Manuela Moura Guedes, na edição do «Jornal Nacional - 6ª feira», do passado dia 22 de Maio, o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas considera o seguinte:
  1. Ao contrário de discussões anteriores, centradas sobre casos concretos de conteúdo de notícias e da investigação jornalística, a polémica surgida na sequência da entrevista dada pelo bastonário da Ordem dos Advogados a Manuela Moura Guedes teve o condão de reposicionar as questões no justo ponto da deontologia jornalística, nomeadamente quanto ao papel da pivô naquele serviço noticioso da TVI.
  2. O caso em apreço surge no contexto de um avolumar de situações sobre o «Jornal Nacional - 6ª feira» que têm merecido acompanhamento e discussão no seio do Conselho Deontológico.
  3. A questão que nos parece central neste debate prende-se com o facto de se saber até onde pode ir a intervenção de um ou de uma jornalista pivô num espaço noticioso, ainda que regendo-se por uma estratégia editorial própria, distinta dos restantes serviços informativos, como acontece no caso «Jornal Nacional - 6ª feira».
  4. O Conselho Deontológico considera que um jornalista que desempenha funções de apresentador de um noticiário televisivo continua vinculado aos princípios éticos e deontológicos que norteiam o exercício da profissão. Nesse sentido, considera-se inaceitável que, para além de outros aspectos, na apresentação das notícias, o jornalista confunda factos e opiniões e se exima da responsabilidade de comentar as notícias com honestidade.
  5. Por isso, os apresentadores do serviço noticioso devem abster-se de introduzir apartes, comentários, expressões e recorrer à linguagem não oral, susceptíveis de conotarem e contaminarem o conteúdo informativo, comprometendo a própria isenção dos profissionais que, conjuntamente, trabalham naquele espaço de informação.
  6. O Conselho Deontológico considera que, sem prejuízo dos sempre discutíveis aspectos editoriais, os pivôs devem estar claramente conscientes de qual o seu papel, se o de entertainer ou o de jornalista, não devendo confundir o conflito e o espectacular com a importância das notícias.
  7. Do mesmo modo, considera-se que os jornalistas não podem substituir a acutilância pela agressividade e devem, em nome do objectivo último de contribuir para um juízo final do público, permitir que os seus entrevistados expressem os seus pontos de vista com serenidade e não sejam apenas convidados a participar num espectáculo de enxovalho, em que eles são as vítimas.
  8. O Conselho Deontológico não pode deixar de reprovar o desempenho de Manuela Moura Guedes na condução do «Jornal Nacional – 6.ª feira» e concitar a própria e a direcção da TVI ao cumprimento dos valores éticos da profissão.

Lisboa, 29 de Maio de 2009

O Conselho Deontológico
do Sindicato dos Jornalistas


Aprovado por maioria, com o voto contra de Otília Leitão e a seguinte declaração de voto: "Voto contra, porque não se provou que tenha sido infringida qualquer norma do Código Deontológico do Sindicato dos Jornalistas."

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3 de setembro de 2009

Demissões na TVI

A Manuela Moura Guedes já tinha sido devidamente criticada por Orlando César, Presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas e recusou o convite do programa Clube de Jornalistas da RTP2. O seu procedimento é reprovável. Porém, daí ao que se passou vai um grande passo.

Primeiro que tudo, trata-se duma intromissão ilegal por parte duma administração. Muito mais ilegal por ser uma administração estrangeira que interfere na vida nacional. Este facto por si só deve ser tomado em conta para expulsar a maldita canalha castelhana, uma autêntica sanguessuga que rouba o país e o atrasa ainda mais. Uma pata que não tem cá lugar.

Caso se verifique qualquer interferência por parte do governo, trata-se dum caso de repressão da liberdade de informação. O cartaz com os princípios da Amnistia Internacional a este propósito, entre o nome deste blog e o alto dos postes, ataesta-o. Isto não exclui o que se constata no parágrafo anterior.

Caso não se verifique qualquer sorte de interferência da parte do governo, após o comportamento do PSD pode tratar-se dum golpe montado por esse partido a fim de ganhar um avanço significativo para as eleições deste mês. Seria o partido que mais vantagens teria, e vistos os temas da chefe do clã oligárquico e como estes são apresentados, com abertas entoações de raiva na fala, uma campanha apoiada na maledicência e a contar com o atraso mental da população em aceitar um marketing político dos mais porcos, atrevidos e nojentos, enquadra-se perfeitamente.

Sobretudo, neste caso e noutros semalhantes, não esquecer que contráriamente aos países avançados, nem nas escolas se ensinam os portugueses a defenderem-se contra a publicidade. Evidentetemente, esta falta deixa-os presas da mais simples ou hedionda forma de marketing, já de si estudada para enganar até gente inteligente. É lógico, pois, que seja esta a razão porque cá nada se vende sem publicidade e tudo se vende com ela. Os políticos, assim como todos os que estudam um pouco de marketing sabem-no muito bem, não mandam ensinar nas escolas para se poderem aproveitar e abusam como malvados. Para cúmulo, veja-se agora a publicidade sobre publicidade que passa nas televisões. É monstruoso! Ainda mais por ser permitido no estado de miséria mental em que o país se encontra.

Se se vier a verificar a influência de qualquer partido, este acontecimento terá um precedente: o do Marcelo, do PSD e do CDS. Por isso que o PSD deveria agora manter-se calado e não estrebuchar, mas contrariamente ao espírito de decência, pôs-se a espernear como um epiléptico, o que pode muito bem ter o seu significado, pois que os que ladraram foram precisamente aqueles que estiveram implicados no caso Marcealo. Este seu procedimento é uma afronta e um insulto à mentalidade de quem quer que os possa ouvir, um nojo de gente bnandalha e malvada com um arrojo ultrajente. São eles que fazem da política nacional aquilo que ela é.

Com efeito, o PSD é hoje um partido desorientado, devido à oligarquia pseudo-socialista do Sócrates ter virado à direita e ocupado o seu lugar, deixando-o assim sem possibilidade de argumentação, a não ser fugindo ainda mais para a direita (já há alguns anos publicado nestes blogs). As contradições constatadas nas suas opiniões sobre as ideias que eles próprios pariram e a pouco e pouco deixaram cair é cabal e de espantar. A monstruosa impostura nos cartazes das suas reuniões com referências ao honesto Francisco Sá Carneiro são a mais estrondosa ofensa pessoal ao defunto e lesam a sua memória. Jamais ele teria apadrinhado o rumo que o partido tomou e que o transformou na maior vigarice da já podre política nacional. Este facto não pode ser ignorado por quem quer que seja que tenha conhecido o PPD. O PSD actual é uma fantochada de si mesmo.

Incapaz de promover uma campanha eleitoral virada para os verdadeiros interesses nacionais e jamais confessando que a miséria actual do país se deve às horrorosas políticas do Cavaco, a sua primeira intenção, como múltiplas vezes referido neste blog e no do Leão Pelado, assim como de acordo com o proclamado com trombetas pelos próprios elementos do partido, é a de destruir os regimes de solidariedade da Segurança Social e da Saúde. Ou seja, o de alargar a já maior brecha de todos os países da Europa entre os ricos e os pobres.

Mais uma vez chagamos às mesmas conclusões. Nenhum destes partidos convém para nos governar. Dum lado temos o embuste e a mentira dum partido que se diz socialista, mas que não o é, dum Sócrates que tem mentido a torto e a direito. Do outro temos a malignidade dum outro que pretende enriquecer os mais ricos à custa da desgraça dos restantes.

As matilhas que se lançam sobre o roubo dos portugueses valem-se dos mais desonestos meios. Não apenas entre eles, o que pouco interesse teria para nós, mas mentindo, encanando e contando histórias de dormir de pé à população, contando com a sua imbecilidade ingénua, crédula e atrasada para a poder ludibriar e sacar-lhes votos. Sabem que o atraso e a desinformação são descomunais e por isso confiam na obtenção de resultados.

Com gentalha desta estirpe podemos estar seguros de que vamos continuar na mesma miséria ou no seu agravamento. Não há modo de sair deste beco sem saída consequente do abuso sem que um controlo dos governantes pela população. Os políticos eleitos representam-nos a nós e às nossas necessidades para o cumprimento dos nossos desejos ao os elegermos. Quando eles abandonam esta função deixam de ser nossos representantes, pelo que se impõe uma forma de controlo das suas acções.



Adenda:
A este post foi dado seguimento no seguinte.

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