Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


29 de abril de 2010

Quem tem poder efectivo em Portugal?

A notícia «Berardo diz que ministra da Cultura mentiu na Assembleia da República», se é verdadeira, levanta um problema de autoridade. Pode bem acontecer que se confirme aquilo que é muitas vezes afirmado de que o poder financeiro (incluindo as grandes construtoras) dominam o governo. É que na realidade Joe Berardo, perante o Poder do Estado, não pode ser comparado ao professor Fernando Charrua, perseguido pela D. Guida da DREN por uma simples conversa entre colegas amigos em ambiente restrito.

Estejamos atentos à forma como este «equívoco» terminará, se é que já não terminou, com uma justificação conveniente da ministra perante o capitalista. E estamos em democracia!!! Mas o poder efectivo está nas mãos de pessoas não eleitas pelos cidadãos!!!

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19 de abril de 2010

Eliminação das armas nucleares

Depois de verificados no Japão os efeitos das armas nucleares, estas têm sido apenas utilizadas para fins dissuasores e tornaram possível que a Guerra Fria se mantivesse sem ebulição durante mais de três décadas, ou, em termos realistas, desde a II Guerra Mundial.

Mas há um aspecto pouco racional que carece ser explicado. Porque razão, sendo uma arma tão perigosa que acham não dever ser utilizada, ao ponto de os detentores quererem impedir a sua proliferação, isto é que não haja mais nenhum Estado de posse delas, porque não começam por destruir as que possuem? Que direito têm uns de as possuir e quererem impedir esse direito aos outros? Não havendo imperialismo nem colonialismo, não se compreende essa atitude.

E assim aparece a notícia «EUA não sabem como travar um Irão nuclear». Não sabem nem têm poder legal para o conseguir.

Mas não lhes seria tão difícil se, em vez dos tratados para a redução das AN, com os outros detentores confessos, assinassem tratados de compromisso de eliminação imediata das armas existentes e de não construírem outras nem permitirem, diplomaticamente, que surgissem novos Estados com poder nuclear. Deveria ser também assinada a aceitação e imposição de sistemas de verificação da energia nuclear para impedir a sua utilização bélica.

Dados esses passos para a desnuclearização do planeta para fins militares, deixaria de haver o problema que os EUA parecem ter com o Irão, com Coreia do Norte ou com a Líbia.

Os cidadãos de todo o mundo regozijariam muito com tais tratados e com o seu rigoroso cumprimento.

Utopia? Talvez, dada a loucura do Poder que transtorna os comportamentos dos políticos mais influentes. Mas se o é não deixa de ser solucionável se houver boa vontade e interesse em criar um ambiente de confiança e segurança, em que a guerra seja substituída pelo diálogo e pela negociação dos pequenos conflitos antes de se tornarem dramáticos. A inteligência dos animais racionais deve ser utilizada para benefício da humanidade.

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15 de abril de 2010

Violência Doméstica –
Mais Incompetência Escondida –
Mais um Crime dos Governantes

Aumenta em Portugal enquanto tem diminuído noutros países europeus. Porquê? Nada acontece sem razão. Como de costume, escondem-nos e avançam razões que não o são.

Este género de violência é dos mais vulgares entre os povos incivilizados. Simplesmente, para viver em sociedade é necessário ter um mínimo de civismo para reconhecer os direitos do próximo. Ora, como se sabe tão bem, nem esse mínimo está na mente dos portugueses. Crendo viver democraticamente, mas não cumprindo os deveres democráticos e sem tampouco compreender como o fazer, a quase totalidade dos cidadãos nacionais tem mentalidade de atrasado e de incivilizado.

Na realidade, as bases da liberdade individual em democracia não são as que dependem dos direitos, mas pelo contrário o cumprimento dos deveres que os garantem. Não o compreendendo, vivem em estado selvático em que os direitos não podem ser respeitados.

É intuitivo que gente com tal mentalidade, não sabendo como viver em sociedade de modo a garantir os direitos a todos (aos outros como a si próprios), não pode saber fazer o mesmo em casa. Daí o aumento das queixas, instigado pela pressão publicitária no sentido de o fazer. É uma causa saudável desse aumento, mas não uma justificação do número efectivo de casos que se constatam ou restam escondidos. Outra causa incontornável do aumento das altercações familiares é o aumento da pobreza: »Em casa que não há pão todos berram e ninguém tem razão».

A culpa, contrariamente ao que nos fazem acreditar em Portugal e tal como se passa noutros países, não reside normalmente apenas numa das partes. A intenção e a vontade são absolutamente iguais, embora o modo de as expressar seja diferente devido à diferença física. Cada um utiliza o modo que melhor pensa lhe convir. Um homem, por exemplo, espanca uma mulher, enquanto uma mulher paga a quem espanque um homem ou usa qualquer outro processo para o mesmo fim. Qual é a diferença? Evidentemente, qualquer deles que assim actue fora do calor do momento só pode fazê-lo com premeditação.

A culpa nas desavenças familiares está geralmente de ambos os lados, dada a falta de civismo ser comum. O tratamento nacional destes casos, porém, é sistematicamente o de colocar a culpa dum só lado, quando a realidade prova geralmente o contrário, e ainda separar os agressores e tratá-los de modo desigual. Não é o que se passa em países civilizados.

Nesses países também acontecem alguns casos de violência doméstica. A primeira posição tomada é a da assistência a ambas as partes por aconselhamento psicológico, com e sem confronto. Psicólogos especializados nestes problemas esforçam-se por os solucionar. Em grande número destes casos o êxito é completo. Quando esse objectivo não é alcançável, as pessoas são encaminhadas para uma separação ou divórcio, tudo se passando de modo cívico. Que diferença do que se passa por cá! Note-se que se as pessoas já vivem numa sociedade baseada no civismo, a sua compreensão e reacção às sessões psicológicas será muito mais produtiva do que no caso dos portugueses, na sua maioria sem qualquer base ou noção válida de civismo.

Em Portugal, todo o sistema é invertido. A ênfase publicitária deveria focalizar-se numa possível conciliação em lugar de agressão judicial. Estabelece-se culpabilização, dividem-se as partes e estimulam-se-lhes os sentimentos agressivos. Qual é o resultado a esperar?

Segundo declarações ouvidas unicamente no programa Sociedade Civil, da RTP-2 (ninguém mais se lhe referiu num sentido construtivo), por pessoas directamente ligadas ao problema, este governo, tal como os anteriores, não concede os meios necessários para abordar o problema consciente e adequadamente. A escassez de psicólogos dedicados a esta causa – muito menos nela especializados – é flagrante e desanimadora, não permitindo tratá-los.

Duas conclusões tiramos deste assunto: o enorme número destes casos de violência deve-se à extrema falta de civismo e o seu aumento ao caminho desadequado que os governantes escolheram para os abordar.

O ministério do interior, dirigido por um aldrabão profissional e incapaz, procede com este caso como com todos os outros, lisonjeando-se a si mesmo pela estupidez verificada nas consequências dos caminhos que escolhe.

Uma terceira conclusão, esta do âmbito geral, podemos ainda tirar: como de costume, todos pretendem desinformar-nos o mais eficazmente. Pelo que, se quisermos conhecer alguma coisa, temos que procurar informações que nos venham para lá dos Pirenéus.

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12 de abril de 2010

Chamam-lhe Democracia

É um ultraje nacional a jornaleirada asquerosa proporcionar aos partidos políticos todas as ocasiões para a sua suja propaganda partidária feita

Este artigo é um pouco longo, mas como explicar factos e circunstâncias sobre as quais a jornaleirada e desinformadora e o interesse da corrupção política têm sistematicamente persistido em enganar a população, mentindo e encobrindo num conluio vergonhoso e irresponsável? Nesta altura, a maioria das pessoas assim mentalizadas, nem conhecee o que é uma democracia nem como nela se vive. Esta maioria está convencida de que sabe e bem, facto que, logicamente, a impede mesmo de saber.

Um artigo sobre este assunto foi há pouco aqui publicado, mas a persistência doentia merece nova alusão. Este género de aproveitamento não é facto constatado em países que se querem democráticos. Desta vez foi com o PSD, mas com os outros não é melhor. As datas dos seus debates são geralmente escolhidas, não em função do que ocorre dentro dos próprios partidos, como eles afirmam mentindo, mas em função do impacto que pretendem causar numa população embrutecida por falta de esclarecimento informativo, imparcial e útil, da jornaleirada ordinária. Do que falam, idem. Pouco vemos ou ouvimos sobre as podridões internas, mas sobre o que nos querem impingir.

Este problema apenas existe porque, contrariamente aos países democráticos, somos obrigados a ouvir a banha da cobra constantemente e a cada vez que os vigaristas nos querem lograr. Os últimos noticiários têm sido um abuso e um insulto à população. O tempo de televisão acordado aos partidos é superior ao que se conhece em qualquer país democrático. Os noticiários das televisões dedicaram mais de 20 minutos por edição, às causas particulares e interiores do PSD, que assim deveriam ter sido tratadas e não como assunto publicitário de banha da cobra. Nó sábado e no domingo, a RTP2 estragou mais de 3/4 dos seus noticiários atirando-nos com esse estrume à cara. No entanto, não nos informaram nem esclareceram sobre as ideias de base que nos afectam directamente. Bando de desinformadores e impostores!

Apenas em ditaduras se vê algo de semelhante. Não é de admirar, pois que nada em Portugal nos diz que estamos numa democracia. Absolutamente nada, tudo se passa ao invés. A saúde, a justiça e o direito a ela, os sistemas solidários, as reformas, as diferenças salariais, o ensino, o comportamento de todos e o civismo em geral, o roubo contínuo e descarado dos políticos; nem vale a pena continuar, que a lista é quase infindável se se nomear cada caso um por um. Um facto de realçar é o perfeito estado de ignorância em que o povo se encontra imaginando que numa democracia se têm todos os direitos, esquecendo completamente que uma democracia se baseia em deveres, pelo que sem se cumprirem as obrigações democráticas se eliminam todos os direitos. Convencido, também, que basta votar para se ter uma democracia, esquecendo ainda que até nalgumas ditaduras também se vota, como aconteceu durante a maioria do tempo durante o Estado Novo.

Vota, por si só, não é tão importante nem tem grande valor. Importante é que o povo possa ter a última palavra sobre as decisões dos governantes. Isso, sim, demonstra a existência de alguns princípios democráticos. Que importa votar nos políticos, quando após serem eleitos eles tomem decisões contra o querer do povo? Que ridículo! Que autêntica democracia de fantoches!

Desta feita ouvimos o Pedro Coelho berrar algumas boas ideias, mas não nos podemos esquecer de coisas que ele disse antes, repetidamente. Aliás, como de costume, ouvimo-lo dizer o que as pessoas querem ouvir, contra o que está mal, o que não é novidade em procedimento de atrair votos. Honestamente, não se pode afirmar que no futuro venha a fazer de conta de que as esqueceu tudo o que agora afirmou com veemência, esse futuro o dirá. O que é mais que certo é que as suas ideias principais, embora apresentadas de forma sedutora, alargarão o fosso entre ricos e pobres. Embora neste momento conte com o embrutecimento geral dos desmiolados esquecidos, ele esclareceu-nos por várias vezes de como o queria fazer.

De certo que se acabar com o assalto aos empregos do estado pelos militantes, familiares e amigos dos partidos e outros parasitas, pondo os lugares a concurso, só por si será uma decisão das mais louváveis. Excluir os políticos das chefias do estado e das empresas é uma medida que em conjunto com a anterior será o princípio do caminho para uma grande redução da corrupção. O nivelamento dos salários ao nível nacional e não apenas a redução dos ganhos exagerados e injustificados dos gestores seria outra medida louvável.

Tudo isto, porém, é independente doutras modificações que ele tem apregoado. Cada vez se justifica menos a ideia que partilha com o Cagão Feliz e a Manela Leiteira – que não chegaram a concretizar por o governo a que pertenciam ter sido corrido –, em substituir os sistemas solidários de saúde e de reformas por um do tipo anti-democrático contra o direito universal e que aprofunda as desigualdades, o que é um dos Direitos Humanos. Cada vez se justifica menos por, entretanto, outros países que já há muito têm um sistema de acordo com os Direitos Humanos o terem ainda aperfeiçoado nestas últimas décadas.

Um exemplo flagrante é a adaptação operada na Suíça nesse sentido. A Suíça é o melhor exemplo por ser conhecida como talvez o país mundialmente mais capitalista e com a maioria de eleitos da direita. Este facto não impede, porém, que também o melhor exemplo de democracia em que os políticos fazem leis que geralmente não podem ser promulgadas sem a aprovação do povo realmente soberano. Nesse país existe um único serviço de saúde nacional para todos, seja para um drogado ou para o presidente da confederação. As reformas são calculadas para todos segundo as mesmas tabelas nacionais e com limite máximo. Todos têm os mesmos direitos a assistência jurídica. Em poucas palavras: Todos têm os mesmos deveres e direitos = democracia

Um ponto sobre os direitos democráticos e humanitários para com os imigrantes e na defesa dos nacionais, está no modo como os primeiros são tratados. Todos os direitos, humanitários ou civis lhes são reconhecidos, mas devem adaptar-se ao país que os acolhe e não o contrário, sendo-lhes logicamente negada a permissão de colonizarem os autóctones. Nem mudanças na arquitectura que transformem o aspecto tradicional nacional.

Ora, tudo o mencionado no parágrafo que precede o imediatamente anterior está em perfeita contradição com as ideias do Pedro Coelho, do Cagão Feliz e da Manela Leiteira. Ainda no seu discurso final ele o disse nas entrelinhas. Muitos não terão compreendido, embebedados pelas outras palavras que queriam ouvir e com que ele satisfez a gleba bruta. Quanto mais mentiroso se for, maior será o sucesso em Portugal. O exemplo do Sócrates, ainda que de certo modo exagerado nalguns pontos apenas, assim o demonstra. De uma coisa, todavia podemos estar certos: o civismo partidário vai melhorar mais que sensivelmente em relação ao que foi no tempo da gosma da leiteira. Pior que no tempo desse monstro seria inimaginável. O Pedro Coelho não é tão estúpido como ela e nem de longe tão comido de malvadez. O seu único mal é ter algumas ideias verdadeiramente anti-democráticas.

Preparemo-nos, pois, para novo afastamento dos países democráticos, caso o PSD de hoje venha a açambarcar o governo. Se este partido foi um exemplo nacional e europeu, desiludamo-nos, isso é do passado e caso não volte ao que foi, emendando o que estragou, será de rejeitar ou de sofrer sob o seu jugo. Melhor o CDS, pois que com esse – que não esconde tanto as más intenções (salvo o vigarista do Portas nas feiras e mercados) – sabemos melhor com o que contar. Além disso é mais nacionalista, pelo que defenderá sempre melhor os interesses e os direitos do país.

O Pedro Coelho fala ainda em mudanças na constituição. Certamente, ela necessita bem de ser democratizada, pois que não o é; palavreado democrático tem, mas a aplicação de certos princípios fundamentais nem está nela prevista. Não é de crer que com as suas ideias ele possa democratizar a constituição. Pelo contrário, tentará introduzir uma maior permissão para o afastamento entre ricos e pobres. Democratizá-la interessa, mudar-lhe o palavreado para aumentar a promiscuidade, não.

As maiores necessidades de democratização da constituição encontram-se em dois pontos fulcrais que são os mais significativos em qualquer democracia e sem os quais ela não pode existir. Um deles é a impossibilidade de políticos ou partidos impedirem um referendo, como se tem visto a canalha anti-democrática ter feito; além disso, o referendo deve ser generalizado. O outro ponto é a constituição de governos que representem a vontade dos eleitores, ou seja, constituídos pelos eleitos, como no parlamento, e não apenas pelos eleitos dum só partido, deitando em geral 60% dos votos para o lixo e constituindo sempre governos minoritários; subentende-se, ainda, que os deputados não podem continuar a ser, na sua maioria, escolhidos e nomeados pelos partidos, mas apenas eleitos pelos eleitores. Sem estes pontos e sem um povo com bons costumes cívicos e valores reais não pode haver democracia. Afirmar que haja será apenas mentir descaradamente.

Esperemos para ver, mas se dermos crédito ao que ouvimos antes desta palhaçada, um governo do PSD com as ideias que têm apregoado só poderá fazer aumentar a distância já tão grande que nos separa da democracia.

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7 de abril de 2010

Irresponsabilidade da Justiça –
A Conhecida Justiça Corrupta

O jornalista Emídio Rangel reiterou hontem as acusações que fez no Parlamento, apesar de os visados - Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMM) e Associação Sindical dos Juízes (ASJ) - terem anunciado que o vão processar. [Jornal Público - Seguir o link para ler o artigo completo.]

É o cúmulo! Juízes calões – a deduzir das publicações do Eurostat que diz por ano não resolverem mais do que metade da média dos casos dos seus colegas europeus – formados em sindicato como os funcionários públicos, recusam responsabilidade pelo que lhes é pago em exagerados ordenados e privilégios inexistentes em qualquer estado democrático. Os arrogantes incapazes, altamente politizados e a quem cabe a maioria da culpa do miserável estado da justiça em Portugal, na qual só os políticos dizem acreditar devido à sua influência sobre os juízes corruptos, pretendem desresponsabilizar-se tal e qual como os políticos corruptos que ficam sempre impunes.

Os juízes são oficialmente os primeiros responsáveis pelo que se passa nas suas varas ou juízos. Se rejeitam esta responsabilidade, então que rejeitem os ordenados que para isso lhes é pago e que vão cavar batatas para as suas terreolas – livrar-se-ão, assim, de responsabilidades por que responder.

Porém, sendo como é, são eles os incontestáveis primeiros responsáveis pela divulgação de documentos processuais ocorridos dentro das fronteiras dos seus feudos.

Juntando-se sindicalmente em bando de cobardes, prometem processar Emídio Rangel por (como diz o ditado popular) lhes ter descoberto a careca. Juram processá-lo e exigir uma indemnização por os ter justamente acusado. Quem estará mais apto a fazer tais declarações profissionais do que o Rangel? É um verdadeiro jornalista conhecido pela sua comprovada integridade, não como tantos paspalhos aldrabões da sua profissão que por aí pululam e que degradaram um ofício outrora honroso.

Algumas perguntas nos surgem sobre estes acontecimentos. Iria o Rangel, homem experiente, aventurar-se avançando acusações no ar? Sem provas concretas? O futuro o dirá, mas não é de crer que seja tão ingénuo e desprevenido? Sobretudo tendo um irmão juiz, o qual possivelmente lhe teria falado em casos concretos de seu perfeito conhecimento.

Ao que assistimos não é mais do que mais um circo montado onde palhaços galhofeiros pretendem representar a seriedade. Que risota, que pouca vergonha dos juízes, que malandragem por todo o país, que fantochada de justiça em que se deixou de acreditar e que apenas serve para distribuir o nosso dinheiro por pantomineiros a quem se atribuem privilégios inexistentes em sistemas democráticos. Cuja profissão é, como se conhece, arruinar a vida das pessoas com o incompreensível arrastar dos processos, como os mandriões incapazes permitem, ou por sentenças e acórdãos irrazoáveis e em contradição com os factos.

Se o povo não toma conta dos políticos e a justiça não cumpre o seu dever de servir o mesmo povo, cada vez esta paródia que enche algibeiras a ladrões será mais aquilo que já é. Não se espere que eles se emendem – utopia – e ninguém nem nenhum santo virá modificar seja o que for. Se os portugueses continuarem a esperar e não o fizerem eles mesmos nada mudará. Apenas mezinhas para atirar areia aos olhos, enquanto por trás e na realidade tudo continuar na mesma.


Adenda

7-4-2010 às 23h27

Foi finalmente conhecido o acórdão da condutora que matou peões numa passadeira do Terreiro do Paço, indo a cerca de 120Km/h. Trata-se dum crime pesado que em qualquer país civilizado é severamente punido. A cegueira da justiça revelada até hoje sobre casos de atropelamento mostra a sua desumanização e incompetência. O que se pergunta é se a justiça tem o direito de fazer dum caso comum (porque é um crime comum sem premeditação, como tratado em qualquer país civilizado) um exemplo? Será necessário um exemplo? De acordo com os Direitos Humanos, tem a justiça o direito de fazer exemplos dos réus em lugar de todos os julgamentos serem exemplares? Segundo se ouviu, a pena foi mais pesada por a criminosa não ter carpido rios de lágrimas. Teremos ouvido bem, que com um pouco de teatro a pena teria sido mais leve?

Um criminoso é um criminoso. A acção foi cometida e comprovada. Que porcaria de justiça é esta que pretende fazer exemplos de casos comuns e que se apoia em golpes teatrais para julgar? De certo que a defesa não contou com este tique dos juízes, senão teria montado a cena teatral apropriada.

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Assassínios em Massa

Minados por diversos problemas que lhes foram criados, os serviços de saúde atingem o ponto mais baixo de sempre. Gente morre todos os dias por falta de assistência médica ou desapropriada. A percentagem é assustadora.

Mesmo com a importação de médicos planeada pelo governo, o problema vai continuar a agravar-se. Este problema tem uma dupla origem que uns negam e outros desmentem. Como com tudo, sem que a realidade seja reconhecida não se aplicarão as curas necessárias. Aplicando-se não se cura o problema num clique. Donde, o título deste artigo não é exagerado.

Uma das causas, como é largamente conhecido, mas sempre desvalorizado por mera corrupção e impunidade, é a decisão tomada pelo Cavaco no último ano do seu governo, em diminuir drasticamente as vagas para medicina nas faculdades. Um médico, juntamente com o estágio, leva bastantes anos a formar-se até poder exercer em pleno. A sua falta só poderia começar a notar-se após esse período, quando começasse a não haver suficientes para substituir os que se iam reformando. Quanto mais anos se passaram mais a sua falta foi crescendo a ponto de hoje se ter tornado dramática. Este facto tem sido observado e sofrido desde há alguns anos pela população inteira.

O governo do Guterres passou por cima como sobre uma ponte e ninguém atribuiu valor ao assunto. O governo do Barroso fez uma enorme publicidade falsa anunciando que iam diminuir o tempo de espera na saúde, mas vimos bem que em lugar disso aumentou exponencialmente.

A segunda causa do problema é o espírito de bandalheira geral que se instalou bem no seio da população, que do tempo do Cavaco já pensava não precisar de trabalhar por o país ter aderido à UE (ver explicação detalhada de como se passou).

Para superar o atraso fenomenal do país, provocado pelas más políticas e roubos da corja do Cavaco (ver o mesmo link anterior) os governos puseram-se a atribuir subsídios em substituição de salários normais que não podem ser pagos devido ao tal atraso tecnológico provocado pelo governo dos ladrões do Cavaco e sua má administração do que sobrou do roubo e da inflação planeada. (De onde pensarão as pessoas que veio o dinheiro para a multidão de políticos parasitas que enriqueceram da noite para o dia? – eles diziam que chagava para tudo, mas vê-se.)

Após crer não ser preciso trabalhar, a população habituou-se a viver à custa dos subsídios. Hoje, poucos trabalham, limitando-se a ocupar os lugares e a fazer presença. De certo, quem tenha ido a hospitais deve ter notado os magotes de enfermeiros em conversa amena em lugar de se azafamarem nas suas funções. Produtividade = 0. Quem quer que tenha tido que tratar dom as diversas repartições da administração pública não pode deixar de ter visto comportamentos semelhantes. Produtividade = 0. Se os enfermeiros têm razão em reclamar que ganham menos que os obscenos calões da administração, a verdade é que todos eles já ganham muito acima daquilo que merecem, mesmo que já seja pouquíssimo.

Este procedimento, associado a uma burocracia obtusa, aumenta muito mais o número de mortes, como relatado no jornal Público de hoje(Há doentes que morrem à espera de cuidados continuados). É um autêntico vê-se-te-avias numa matança para a qual não vai haver solução rápida.

A conjunção destas duas causas tem ocasionado e vai continuar a ocasionar uma grande mortandade entre a população. É um assassínio colectivo aberto de que os culpados se lavam as mãos e continuam a sacar votos dos carneiros que sangram.

Entretanto, partidos formados por políticos que idealizam aumentar o fosso entre ricos e pobres, anunciam medidas de solução opostas às adoptadas em países democráticos. O que querem é obviamente criar mais hobbies da saúde à custa duma maior exploração da população, oficializando as duas velocidades já existentes. Matam-se ainda mais aqueles que não podem pagar e extorque-se o dinheiro aos que podem. Para fazer passar a ideia fazem declarações falsas em que o povo, desinformado pela cambada jornaleira, cai como tordos. Espezinham os Direitos Humanos.

A solução para pelo menos diminuir a corrupção, o roubo, o abuso, a impunidade, etc., tem sido mencionada múltiplas vezes. Para não repetir mais uma, veja-se aqui. Todavia, nada se puderá jamais fazer sem a vontade popular.

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2 de abril de 2010

Era Uma Vez

Era uma vez um país ocidental que estava socioeconomicamente miserável. Era uma vez um país ocidental que estava socioeconomicamente miserável que era mal gerido e governado.

Era uma vez um país ocidental que estava socioeconomicamente miserável que era mal gerido e governado por políticos corruptos. Era uma vez um país ocidental que estava socioeconomicamente miserável que era mal gerido e governado por políticos corruptos que para tirar o seu país da crise propuseram um peculiar programa de estabilidade e crescimento.

Era uma vez um país que se via entre a espada e a parede entre um primeiro-ministro corruptível e com curso de engenharia e inglês técnico, e um líder da oposição de índole muito, muito perigosa para esse país.

Era uma vez um país com 3% de défice e 60% de dívida pública que congela salários, corta pensões, reduz o investimento público e privatiza empresas e serviços públicos. Era uma vez um país que absorvido e sufocado pelos interesses capitalistas, submete mais uma vez a classe trabalhadora aos seus caprichos económicos e ao sustento dos seus monopólios privados. Era uma vez um país que imerso numa crise em que o próprio se incluiu, devido às suas políticas económicas monopolistas, promulgou um programa económico de "estabilidade e crescimento" que exige mais trabalho a quem já passa uma vida a fazê-lo e protecção aos grandes grupos económicos que cada vez mais se delineiam na nossa sociedade. Um país mais atrasado, com uma inflação galopante e imensa, com a luz ao fundo do túnel cada vez mais baça e utópica.

Era uma vez um país com mais de 700 mil desempregados e tremendamente endividado, que pretende congelamento das prestações sociais não contributivas como o abono de família, a acção social escolar, o complemento solidário para idosos, o subsídio social de desemprego e do rendimento social de inserção, prevendo corte de 27% até 2013. Era uma vez um país onde o seu Governo pretende privatizar e isolar do Estado empresas-chave da economia (TAP, ANA, GALP, EDP, CTT, REN), degradar os direitos dos trabalhadores e serviços nacionais, para que possam gerir de forma corrupta e obscura e branquear mais capital que antes era do Estado e que possam empregar os seus amigos gestores, filhos dos amigos dos amigos dos pais dos filhos dos seus primos, que muito provavelmente tiraram um curso nas Novas Oportunidades ou nem sequer curso têm.

Era uma vez um país, desgraçado de cima a baixo pelo seu Governo, eleito democraticamente por duas vezes consecutivas.
Era uma vez um triste país.
Era uma vez.


Eu achava que a política era a segunda profissão mais antiga. Hoje vejo que ela se parece muito com a primeira.
- Ronald Reagan

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1 de abril de 2010

Sócrates prepara saída

Nas primeiras horas de hoje, 1 de Abril, fonte normalmente bem informada declarou que José Sócrates está a preparar a sua retirada de funções alegando motivos de saúde por cansaço excessivo, desejando entregar o cargo a uma figura credível do PS e indo para embaixador de Portugal nas ilhas Fidji, com as quais Portugal pretende reforçar as relações comerciais e culturais.

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No Auge da Corrução
Cravinho Aprova Máxima Deste Blog

João Cravinho foi ouvido de novo em 30-3-2010 nas Audições na Comissão Eventual contra a Corrupção. Na sua alocução sobre a corrupção citou o facto mais que evidente de que para terminar com a corrupção deve haver total separação entre o estado e os partidos políticos. Que os políticos devem ser afastados dos tachos em empresas. Que os lugares devem ser postos a concurso. Falou também sobre a incrível impunidade dos crimes dos políticos.

Quem quer que faça uma busca neste blog encontrará repetidamente estas condições mínimas indispensáveis para o começo da supressão da corrupção em Portugal. Sem qualquer dúvida, estas condições formam um pequeno conjunto sine qua non para um combate que comece a produzir algum efeito palpável. Qualquer outra medida não poderá passar dum arremesso de areia aos olhos dos que sofrem pela corrupção em proveito dos bandos de ladrões e associações de criminosos à solta e protegidos por leis que fizeram com a única intenção de lhes garantir a impunidade dos seus crimes.

Os parasitas que invadem a administração pública, por exemplo, têm-na destruído e aumentado a burocracia, a qual promove tanto o atraso geral como a corrupção. As lutas entre os partidos pelos tachos provocam o mesmo efeito. As instituições são fábricas de tachos para sugar o nosso dinheiro. Nada disto existe em países evoluídos e democráticos. Este facto nenhum dos canalhas o pronuncia, porque entre várias verdades que teriam de admitir, uma delas seria o facto de Portugal não é nem pode ser uma democracia. Tanto que não é que eles não param de o dizer para convencerem os incautos, os ingénuos e os ignorantes.

Todas as outras soluções apontadas por tantos que protestam, tanto na vida real como nos blogs, são pura ficção, batem ao lado do prego e são consequentes da desinformação e de incapacidade intelectual de reflectir e tirar conclusões com qualquer valor útil.

Aqueles que se atacam a um só partido, quando a peste está em todos, são os animais fanáticos, traidores à nação e à população, pois que espalhando as suas mentiras para influenciar ignorantes e espíritos obtusos, estão a prestar os melhores serviços contra todos. Nesta gentalha de impostores incluem-se muitos que se cobriram com capa de verniz e têm feito nome de grandes defensores da democracia (inexistente em Portugal desde 1910), quando não passam de miseráveis traidores do povo.

Estão a todos os níveis e em todas as profissões, destacando-se aqueles que mais escrevem e não só os jornalistas. Não é necessário citar nomes, basta ler o que escrevem e as conclusões que eles próprios pretendem impingir. Leiam-se com imparcialidade e a sua banha da cobra de má fé torna-se clara e evidente.

É possível que este post ou uma sua adaptação venha a ser republicado, pois não é de crer que a corrupção termine de um dia para o outro. Quem acreditará que a malandragem criminosa irá matar já a sua galinha dos ovos de ouro? Vão mantê-la viva por tanto tempo quanto puderem; até com oxigénio, se necessário.

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