Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


26 de agosto de 2010

Portugueses na linha da frente

Depois do post Aluno português brilhou em competição no Japão e dos muitos factos semelhantes referidos na lista de links nele inseridos, surge agora a notícia que cita dois investigadores portugueses, Alexandre Correia, da Universidade de Aveiro, e Nuno Cardoso Santos, do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa como pertencerem à «equipa europeia que descobriu um novo sistema planetário» constituído por três planetas semelhantes a Neptuno. Este sistema, agora conhecido por terrestres, e baptizado como "Tridente de Neptuno", tem, tal como o nosso sistema solar, uma cintura de asteróides e um dos planetas encontra-se em zona potencialmente habitável por seres parecidos com os humanos.

A descoberta constitui um passo na evolução da ciência do conhecimento do espaço, mas para nós representa mais uma prova de que temos cérebros que nada devem ao melhor que há no mundo, que não temem comparações. É a confirmação de que não há razões para pessimismos. Apenas precisamos de melhorar a capacidade cívica, a ética geral, e saber fazer melhores escolhas de gente válida para gerir com eficácia os valores nacionais, sem esbanjamentos, nem fanfarronices, nem arrogâncias, nem desejos desmiolados de enriquecimento rápido sem olhar a meios.

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25 de agosto de 2010

Judeu Assassina Portugueses

O mais falso, vigarista dissimulado, manhoso e obstrutor de medidas destinadas a reduzir eficientemente os crimes na estrada, que por isso os incentiva, assassinando os utilizadores, só pode ser o responsável máximo no alto da pirâmide, como em tudo.

O ministro do interior tem obrigação de zelar pela diminuição das mortes na estrada, mas o seu modo de abordar o problema está provado ser aquele que mais mortes poderá causar. Faz praticamente o contrário, em tudo diferente das medidas tomadas nos países europeus que na década de 1950 tinham um número de mortes dos mais elevados.

As medidas adoptadas foram de dois tipos. Civilizar as pessoas na condução e corrigir a sinalização de modo a torná-la informativa e simultaneamente adequada, tornando-a quase intuitiva, donde fácil de seguir, lógica e credível.

Em Portugal, no que respeita à sinalização, após os curtos ou longos documentários de erros, confusões e outras barbaridades que nos têm mostrado através dos anos, não se tem verificado interesse da parte dos responsáveis da sinalização nem mesmo pela fiscalização. À parte estes erros, existem outros não menos importantes sempre com a sinalização. São aqueles que convidam ao desrespeito dos próprios sinais. Entre estes destacam-se os limites de velocidade estupidamente afixados. Nos outros países a velocidade máxima é fixada com uma margem de 10Km/h abaixo da máxima sem perigo, como margem de segurança. Em Portugal, pelo que se observa, as velocidades máximas sinalizadas devem ser atribuídas de acordo com um lançamento de dados, ou então segundo a opinião de qualquer perturbado mental a quem o irresponsável do serviço se lembrou de perguntar que limite deveria fixar. Em alguns desses sinais, a disparidade entre o lógico e o afixado é verdadeiramente descomunal.

Que poderá isto originar nos condutores, senão a noção correcta de que essa sinalização não tem qualquer utilidade? Conduz-se sem realmente se saber a que velocidade se deve adaptar em circunstâncias com sinais de limites, pelo que na maioria dos casos não se dá a mínima importância ao sinal, a não ser que poderá haver alguma diferença do restante percurso, mas nem isso é sempre certo. A desobediência à sinalização é deste modo eficientemente favorecida e estimulada.

Que tem feito o ministério desse banha da cobra de ministro no sentido de corrigir a enorme quantidade de sinais nestas condições ou nas restantes acima mencionadas? Deste modo, tem prestado o seu melhor contributo para a manutenção das mortes, dos acidentes e de outras dificuldades com origem nestas causas. O alarve tem feito o contrário que se fez nos países para reduzir drasticamente as mortes na estrada e acidentes em geral. Está a matar as pessoas.

Quanto à outra parte, a do civismo e da educação dos condutores, jamais o assunto foi abordado. Pior, visto ser a causa número um da grande maioria dos acidentes e ninguém o mencionar, tudo leva a crer que até a polícia deva estar proibida de tocar no assunto. Nos outros países, as autoridades, associações e clubes automobilistas, anúncios em jornais e revistas, etc., jogaram forte nesse ponto para obterem os resultados necessários. Mesmo depois das grandes campanhas que produziram drásticas diminuições do número de acidentes, prosseguiram o esforço com lembretes sobre o comportamento na condução na óbvia intenção duma redução contínua. Sempre com êxito.

É este o fulcro da questão e a origem da grande maioria dos acidentes: o civismo e o comportamento de quem conduz, tanto na estrada como quando bebe.

É bem conhecido o ditado que em Portugal se encobre e que diz que «é na estrada que se vê o civismo dum povo». Pelo que todos os que conduzem conhecem, do modo como os portugueses em geral conduzem, dificilmente poderiam ser mais incivilizados e mal educados. Evidentemente, o civismo não se limita ao modo de conduzir, e a educação está patenteada em todas as situações da vida ou quase. Ao longo das últimas décadas, um povo política e democraticamente imaturo desenvolveu a crença aberrante e catastrófica de que democracia era fazer (ou poder fazer) tudo que der na gana de qualquer abrutado, em que os direitos dos outros estão sempre depois dos seus, muito depois; que só se devem respeitar os direitos alheios desde que eu faça o que me aprouver. Ora aqui está o princípio básico da má educação e da falta de civismo no seu mais puro estilo selvagem. Como quase todos assim se comportam, passou a ser a característica geral nacional.

Esta característica e os hábitos que a definem estão tão arreigados no espírito das pessoas que elas estão sincera e estupidamente convencidas de que são realmente democráticas e civilizadas. Foram assim amestradas pelas oligarquias políticas que aplicaram o princípio basilar do marketing, que diz «se tu és OK, eu sou OK». Traduzindo para política, «se te crês honesto, civilizado e cumpridor, mesmo que não o sejas, eu também assim pareço para ti, pelo que votarás em mim». A corja jornaleira procedeu de modo idêntico com a intenção de encobrir a podridão política concomitante com a de vender papel. De lembrar que, contrariamente àquilo de que esses mesmos nos têm querido convencer, de que a Abrilada foi a conquista da liberdade para todos, a realidade é que ele foi-o apenas para esses dois grupos, pois que a restante população nada ganhou com o golpe, basta ver o estado em que ambos em conjunto puseram o país.

Foi deste modo que um povo, na sua generalidade de bons sentimentos, honesto, civilizado (pelo menos para a época) e trabalhador foi moldado por esses dois bandos que o transformaram naquilo que actualmente são: uns pobres diabos miseráveis pedantes, pobretões por não terem cabeça para conseguir o que lhes faz falta, mal educados dissimulados, incivilizados e mesmo ladrões (até do material de escritório dos seus locais de trabalho se apossam). Não se compreende que reclamem pelo comportamento dos políticos, sendo como eles. Não foram todos criados por pais idênticos e em escolas idênticas. Por isso que não são iguais, mas idênticos. Isto tornou o povo no mais atrasado, incivilizado, calão e de maus fundos da Europa, não obstante crerem-se o oposto. Obviamente, sem reconhecimento do que está mal nada se pode melhorar.

Pelos discursos dos políticos, pelo modo como utilizam o marketing político e como disso se servem, sabemos que eles sabem o que vale população, pois que quase sempre conseguem enganá-la com sucesso e ela jamais consegue dominá-los nem obrigá-los a cumprir os seus deveres de procurarem o bem da população.

O mesmo faz o dito ministro do interior. Só que neste caso o resultado é mesmo mortes, centenas, milhares de mortes, de inválidos, de gente para sempre infeliz. As proporções são bastante variáveis, mas pode supor-se 1 morto para 4 feridos graves e 12 ligeiros. É o criminoso número um nacional por não tomar as medidas adequadas para reduzir o número de acidentes, como é seu dever. Estupidificante, nem os que ficam aleijados nem as famílias dos assassinados reclamam. Ridículo, apenas pedem dinheiro, como se tais calamidades pudessem, ser pagas.

Para o ministro-assassino, a culpa é sempre da velocidade ou do álcool e nada mais conta, mas isso é muito relativo. Quanto ao abuso álcool, é coisa que depende directamente do tal civismo, pelo que sem que a origem da falta seja devidamente reconhecida e atacada, nada mudará. Não é com o medo, nem com e a caça à multa, nem com os grandes espectáculos de circo de repressão para papalvo ver que algo mudará, que assim que os espectáculos diminuem de frequência tudo volta ao mesmo, a experiência assim no-lo conta. Sem civismo, todos os que bebem assim seguirão.

A questão da velocidade é absolutamente relativa. Os livros de estudo de condução dos países que primeiro dominaram a questão dos acidentes rezam que a velocidade deve ser relativa às condições de condução, do clima, da estrada e do estado do condutor e do veículo. É nisto que se baseia, por exemplo, a velocidade ilimitada nas auto-estradas alemãs sem que o facto aumente o número de acidentes. Nem todos têm capacidade para fazer a avaliação necessária, donde o limite em Portugal tem alguma justificação, embora haja outros factores a considerar.

Daí que dizer dum modo curto que a velocidade provoca os acidentes é só mencionar uma parte da história. O resto esconde-se. A sua relatividade, assim como o civismo, jogam mais uma vez o papel principal.

Uma sinalização correcta e logicamente concebida é essencial para a segurança rodoviária. O civismo, a base duma circulação mais segura e com menos acidentes da responsabilidade dos condutores , tem sido sempre preterido pelos políticos. O ministério do interior, por armar circos e o seu ministro fazer discursos babosos escamoteando os factos, sacudindo o pó do fato enquanto isso vai matando gente, é um assassino.


Sobre o mesmo assunto, aqui e algures:

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24 de agosto de 2010

Tira-teimas de Vigaristas

PS e PSD arremessam-se palavras ocas sobre as intenções neoliberais do PSD relativamente a uma possível revisão constitucional. Trata-se de verdadeiras birras de de filhos de gentalha malcriada. O que eles são.

O PS acusa o PSD das intenções que este há anos vem proclamando, cujo essencial é dizerem que a Segurança Social e Sistema de Saúde não podem manter-se gratuitos e universais. Este blog e o do Leão Pelado contêm imensas referências a declarações concretas avulso e em entrevistas. Desde há anos. Tudo isto, portanto, bem anterior à presente discussão balofa para enganar pacóvios esquecidos. Só um falsário impostor pode negá-lo.

Aliás, para tirar todas as teimas pode-se muito bem ler a proposta de constituição do PSD que se encontra na Internet em ficheiro PDF, que para aqui não se transcreve por ser longo de mais, mas que é fácil de encontrar, para isso bastando clicar aqui.

Note-se nos modos como estas corjas oligarcas de mafiosos, indignos bandalhos se servem para enganar os desmiolados sem memória. Será que os portugueses, para além do seu atraso e de todas as suas mazelas mentais também sofrem todos de Alzheimer, único modo de justificar o benefício que os políticos poderão tirar de tal comportamento? Pelo menos, esse modo de discutir a que assistimos e por eles seguido não existiria por inutilidade e ridículo se os portugueses fossem possuidores duma mentalidade normal.

Dois outros sujeitos que se ouvem com grande frequência, apoiam-se ainda sobre a mesma pobreza mental nacional. Um é a referência à miséria e à crise que corre sem jamais referir a sua causa. O outro é ter sido o PSD que provocou a miséria e querer agora tirar os recursos de vida àqueles a quem a infligiu. Que se pode chamar a isto senão, no mínimo, malvadez?

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Saber fazer é necessário

A vida é feita de sucessivas escolhas entre várias alternativas, diversas decisões que, por vezes, parecem iguais às anteriores mas diferem em pormenores circunstanciais. Daí que seja conveniente sabermos que existem métodos úteis, embora tenham que ser adaptados ao caso concreto. Um exemplo é referido em «Pensar antes de decidir».

Ao olharmos para o fluir da vida nacional verificamos que este método nem sempre é utilizado e, muitas vezes, as decisões surgem por «inspiração» de momento ou, como é costume dizer, são feitas em cima do joelho. Além da indevida preparação das decisões, existem sábios que são capazes de dizer de cor largas tiradas de eruditos manuais universitários, mas que não fazem uma ideia correcta da utilidade prática de tais conhecimentos, não sabem como agir, como decidir, perante o caso concreto ou os sintomas de um problema que, se detectado precocemente, bem poderia ser evitado.

Este raciocínio conduz a dúvidas talvez exageradas mas que estimulam o raciocínio sobre aquilo que ficou atrás. Será que neste País alguém percebe de política? Realmente, parece que ninguém se entende nesse campo e estamos permanentemente em crise com os partidos em luta pelo poder, esquecendo as pessoas que dependem das decisões dos governantes. A essas pessoas parece ser dada menos atenção do que os jogadores de futebol dão à relva dos estádios que pisam sem nela pensarem.

E de economia, alguém percebe? Parece que ninguém notou os sintomas iniciais da crise em que estamos afundados, depois de uma queda a pique de que ninguém nos livrou com antecedência e em que não há ninguém que nos indique a porta de saída. Os políticos continuam com o habitual espectáculo das «rentrées» a trocar galhardetes envenenados, sem falarem nem pensarem nos objectivos e nas estratégias para a recuperação da crise. Entretanto a Alemanha, com políticos eficientes, anuncia que no fim deste ano vai registar o seu nível de desemprego mais baixo desde 1992. E, por cá, o que têm feito os nossos economistas para nos levantarem do nível terceiro mundista a que descemos, com a sua indiferença ou conivência?

E a Justiça? Alguém saberá realmente organizar um sistema de Justiça adequado aos hábitos, virtudes e vícios da nossa população? Parece que ninguém sabe. Pelo menos a leitura de jornais mostra-nos «casos» muito estranhos, «casos» que nunca chegam ao fim, criminosos reincidentes sem sanção, discussões entre os juízes e magistrados acerca de confusões e falta de rapidez e de eficácia, sentimento generalizado de insegurança, etc.

Na saúde, parece que tendo sido colocada em primeira prioridade a redução das despesas e desprezando as condições de eficiência do apoio à população, não param de aumentar as razões para generalizadas lamentações das pessoas que são um facto iniludível. Quem sabe e quer reorganizar o sistema com a coordenação de todos os seus agentes, com a sua convergência de esforços, para maximizar os resultados sem esquecer as despesas?

E no ensino, quem sabe estruturar a preparação das nossas crianças e jovens para virem a ser adultos capazes de dar boa continuidade ao Portugal soberano e desenvolvido? Desde 1974 houve 28 ministros, quase um por ano. A baralhação começa a ser preocupante, com a chegada à universidade de alunos com preparação cada vez mais fraca e com a má figura feita por licenciados e mestrados em concursos televisivos em que a ignorância demonstrada leva a elogiar com saudade a antiga 4ª classe. Mas as reformas inteligentes estão a concentrar-se em fecho de escolas e na «proibição» de chumbos e de retenções, o que leva a recear muito do que será o futuro de Portugal.

A desertificação do interior e a ausência de uma prevenção satisfatória dos fogos florestais são outros aspectos em que se não vê uma escolha de soluções minimamente aceitáveis, quanto a resultados visíveis. E não se vê a definição de linhas de rumo esboçadas pelo MAI, pela Agricultura e pelo Ambiente

Isto, se continuar sem rumo, em breve deixará de se poder chamar País.

No entanto, apesar da crise que nos coloca no fim da UE e ao nível do terceiro mundo, os políticos perdem tempo a brincar às tricas entre pares, entres jogadores dum mesmo campeonato em que o povo é a relva dos estádios, que serve para ser pisado e suportar, com pesados e crescentes impostos, os inconvenientes da crise que os «chefes» foram criando e agravando com crescentes despesas de um Estado cada mais obeso e mais ostensivamente perdulário e esbanjador.

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23 de agosto de 2010

Pedro Coelho Continua a Chamar-nos Estúpidos

Se ele insiste, provavelmente somos de verdade, pois que aceitando as patranhas que nos enfia e a falsidade que revela temos mesmo que ser. Doutro modo, como explicar aceitarmos que sejam os mais pobres a pagar a crise?

Os mais pobres que paguem! O cobarde não o diz abertamente, mas as raras soluções que aponta não podem ter outro desfeixe. É a ideia de base a concluir do que ele fala quando menciona que o governo deve reduzir as despesas jamais menciona reduções nos vencimentos e todos os outros ganhos dos políticos, nas benesses, pagamentos de viagens, ajudas de custos (ex.: casos do ministro das finanças e da pega deputada que diz que vive em França), dos automóveis novos (este ano foram mais de M€ 75) para governantes e pessoal dos seus gabinetes, as mobílias renovadas a cada mudança de governo, acabar com as múltiplas instituições parasitárias e outros antros de roubo dos partidos, nem os ordenados monstruosos dos dirigentes de departamentos do estado.

Quantas centenas de milhões ou biliões não se economizariam se isto fosse posto em prática? Até hoje, nenhum imundo corrupto, político ou jornaleiro tocou neste importante assunto ou tentou apresentar cálculos sobre estas despesas (roubos) que tentam esconder.

Já se ouviu o Coelho fazer esta proposta ou outra similar? Afinal, ele não acordou e votou também com os outros oportunistas que apoiaram em uníssono (com uma única excepção) a tal lei dr financia,emto dos partidos para aumentar as suas fortunas, mas que felizmente o Cavaco vetou?

A enorme disparidade entre mais ricos e mais pobres, o fosso que os separa, de longe o maior na União Europeia, tem sido objecto da maioria dos e-mails de tema político que circulam pela Internet, o que revela a grande preocupação dos portugueses a esse respeito. Um deles, para ser curto, menciona

... os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro, mas os nossos gestores recebem, em média:

- mais 32% do que os americanos;
- mais 22,5% do que os franceses;
- mais 55 % do que os finlandeses;
- mais 56,5% do que os suecos.


Já alguém ouviu o Coelho fazer a mínima referência a esta disparidade, uma enorme desgraça anti-democrática? O Sócrates, idem. Qual é a diferença entre estes dois neoliberais? Um mente com mezinhas em lugar de financiar a Seg. Social e a Saúde; o outro quer destruí-las por completo e cavar o tal fosso ainda mais profundamente. Entre o mau e o pior é só escolher.

Ninguém reclama com voz suficientemente forte e convicta. Estar-se-á à espera que os ladrões matem a sua galinha dos ovos de ouro? Que desgraçada mentalidade.

Precisamos de propostas efectivas e adequadas, não de criticas babosas dirigidas a desmiolados. Não pode ser esta a intenção honesta do Coelho, pois que se fosse não teria desperdiçado a ocasião de falar na justa baixa dos ganhos dos políticos e cargos oficiais e despesas correlacionadas. Fala apenas no ar, sem a necessária precisão. Nunca apresenta propostas honestas, adequadas, concretas e reais.

Já alguém o ouviu ter a mais genial ideia concreta que existe para diminuir o desemprego daqueles que trabalham? Ela é bem simples, basta seguir o que se passa em qualquer país com um mínimo de democracia. Pelo que se constata, em Portugal nem esse mínimo há. Correr com toda a canalha de parasitas partidários que assalta os lugares de administração do estado como se do espólio duma batalha ao estilo do Grande Khan se tratasse, a cada vez que o governo mude de partido e lá permanece até que outro partido tome posse dos tachos e mude as moscas. Fazer ocupar todos esses lugares por gente competente, por concurso público. Competente? Isto não condiz com político corrupto e inepto, pelo que poucos desses parasitas conseguiriam um lugar por concurso.

Os políticos só devem ocupar os lugares dos gabinetes ministeriais, ponto final. Porque é que é assim em todo o mundo e em Portugal os corruptos roubam os empregos à população? Porquê?

Já alguém ouviu o Coelho fazer esta proposta para diminuir o desemprego?

Sendo o estado o maior empregador a nível nacional, de certo que o emprego diminuiria sensivelmente para os trabalhadores e que a administração, dirigida por gente competente seria muito mais eficiente.

As suas críticas são despropositadas, mas mesmo que não o fossem não levam a lado nenhum. O que precisamos é de propostas sensatas, de soluções comprovadas que conduzam ao que os outros países alcançaram. Porém, o vigarista só ladra aos porcos.

Afinal, do Pedro Coelho, o mínimo, ou o melhor que se possa dizer é que não é melhor que os outros corruptos, que defende a corrupção e o abuso, que é um tachista igual. Enfim, um vigarista e aldrabão, um mentiroso e autêntica moeda falsa. O comum dessa gentalha a quem os pacóvios portugueses continuam a permitir que os roubem, aprovando as suas estratégicas lavagens cerebrais e marketing político selvagem dirigido a mentecaptos. Mentecaptos, por não terem nem a capacidade elementar de distinguir entre o útil e o falso, entre o conveniente e o que produzirá desgraça.

Em lugar de propostas bem formadas, o miserável vigarista de meia tigela pica as mentalidades atrasadas com o fantasma do aumento dos impostos, para assustar todos. Muito mais efectivo, fácil e que não compromete os roubos, ganhos ilícitos, impunidade e tantos outros tachos e privilégios injustificáveis de que o partido pretende sacar proveito quando estiver no governo (a sua galinha dos ovos de ouro), que lá chegará com estas ideias e desgraçará ainda mais este povo devido à sua imbecilidade, credulidade e imaturidade política e democrática. Mais um grande passo para trás. Pedro Passos Coelho, o homem dos passos para trás que volta para a toca.

Menos 5% e apenas sobre os ordenados dos parasitas – aventurou o infame aldrabão.

Vejam-se os seguintes artigos recentes e tire-se a conclusão sobre as suas mentiras e falsidades, sobre a podridão que ele esconde sob a sua máscara. Esclarecimentos sobre alguns temas bastante elucidativos que nos têm sido maliciosamente escondidos, como quanto tempo têm durado as constituições em países democráticos ou como os países europeus resolveram o problema do deficit da saúde, alguns há já quase vinte cinco anos, mas ninguém cá o sabe e por isso os políticos se aproveitam em nada fazer ou apresentam ideias escandalosas como o Pedro Coelho ou o Cagão Feliz.


  1. Atraso Planeado

  2. Grande Pata em Pequena Poça

  3. A Desgraça do PSD

  4. Sem Alternativa

  5. Discurso Vazio dum Sonso Vigarista

  6. Pedro Coelho Contra os Direitos Humanos

  7. Redução do Deficit Método Neoliberal

  8. Pedro Coelho Chamou Estúpidos aos Portugueses.
    Mais uma Vez. Terá razão?

Já alguém ouviu o energúmeno falsário apresentar soluções ou propostas concretas no interesse nacional? A única foi a da tal redução dos 5% a gozar os que estão a pagar a crise provocada pelos governos do Cavaco. Críticas desonestas e interesseiras apenas para os seus autores e sem propostas com soluções de interesse nacional, que as guarde dentro da comua.

Se os dados apresentados pelo Sócrates sobre a evolução da conjuntura económica são pura fantasia de aldrabão, a resposta do Coelho e a sua falta de respostas só podem demonstrar a sua irresponsabilidade e má fé. Sobretudo quando as suas críticas não são dirigidas aos autênticos crimes que o primeiro cometeu contra a sociedade. Porquê? Porque os planos do segundo são ainda mais destruidores. Não há escolha.

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15 de agosto de 2010

Pedro Coelho Chamou Estúpidos aos Portugueses.
Mais uma Vez. Terá razão?

Não há outro modo de interpretar as palavras do aborto e dos seus acólitos. Pelo menos para quem conheça um pouco a sua biografia de parasita partidário que conseguiu todos os tachos por ser militante assíduo, ainda que pouco brilhante em ideias.

Não obstante, na reunião dos tachistas parasitas e ladrões da sua oligarquia mafiosa, um tordo zurrou, aclamando esses delitos e defeitos como qualidades.

Como interpretar, também, o seu enorme abuso em gozar os portugueses, ao propor uma baixa de 5% nos ordenados dos políticos, deixando os restantes ganhos intactos? Como ousar avançar ridiculamente 5% e não 30% ou mais, dada a enorme disparidade? Eles estão em Portugal, pelo que os seus ganhos devem ser paralelos aos da restante população. Mais é um roubo, e ele defendeu o roubo gozando o povo. Como interpretar as suas palavras de protecção aos mais pobres, quando nada diz sobre o governo tirar-lhes o pouco que ainda têm e não tocar nos exploradores impunes que mais possuem? Como interpretar a sua defesa do povo, quando jamais avançou qualquer ideia ou opinião sobre acabar com as inumeráveis fundações e funções desnecessárias, em lugar de terminar com os subsídios de desemprego nesta altura fatídica? O mafioso só pode estar à espera da vez da sua oligarquia se apoderar desses postos inúteis para roubar impunemente. Ou não? Como nunca propôs que os cargos do estado fossem atribuídos por concurso, como nos outros países, em lugar de dados a ignorantes parasitas dos partidos?

Afinal, em que é que esse monte de podridão é melhor que o Sócrates? Não apoiam ambos a corrupção e o roubo de modo idêntico? Pior ainda, quer tirar mais do que o Sócrates já tira aos que menos têm para dar aos que menos precisam e criar classes naquilo a que alcunha de democracia.

Só um canalha pode falar como esse animal podre de cinismo. Porquê? Porque, pela sua estupidez, os portugueses não conhecem nem entendem por terem sido embrutecidos pela corja de jornaleiros desinformadores que lhes encobriram sistematicamente o que se passa pela Europa nas circunstâncias que lhes interessam e filtram o restante para proteger a máfia política. Só nos falam de outras estrumeiras, como a Espanha e o Brasil. O povo de carneiros tudo suporta, podem calcá-lo com o calcanhar que nem bule; desabafa à socapa e jamais se revolta. Cada povo tem o governo que merece e votando nestes ou noutros iguais é isso mesmo que se está a querer.

Como interpretar a sua receita para matar a Seg. Soc. e os Serviços de Saúde universais, se o cínico jamais se atreveu em tocar no modo democrático como países avançados solucionaram o seu financiamento, limitando-se a vociferar imposturas irreais? Tudo isto passa devido à ignorância geral, e ele bem o sabe, que dela se aproveita.

Como interpretar todas estas ideias que só podem aprofundar o fosso entre os mais ricos e os mais pobres, sendo já Portugal o país europeu onde essa diferença é maior? Alguém ouviu o vigarista que finge preocupar-se tanto com os mais pobres, fazer alguma proposta para um nivelamento social comparável ao dos países europeus? Se não, que feche a comua.

Vem agora o impostor com mais discursos dirigidos a idiotas – que não faltam – roncar que a crise não passa por causa do governo. Que o governo tem feito erros monumentais não é novidade, mas assimilá-los à crise é um abuso de falsário para quem quer que tenha memória e capacidade para pensar pela sua própria cabeça. Não foi o Cavaco quem destruiu as fontes de riqueza nacionais e cujos membros do governo e do partido, familiares e amigos, roubaram e esbanjaram os fundos de coesão europeus que deveriam ter preparado o país para o futuro? Futuro que chegou com país desadaptado e improdutivo, os gestores ignorantes e incapazes. O que foi feito da frota de pesca abatida, da indústria inepta para a concorrência e que desapareceu (um operário português, mesmo ganhando tão pouco, está a ganhar mais do que o que produz)? Que é da agricultura que nos outros países se desenvolveu e cresceu com as ajudas da UE? Quem foi o autor destas desgraças?

É evidente que quando o Coelho diz que a crise não passa por causa do governo, só pode estar a contar com a credulidade pacóvia de quem o ouve e a usar métodos de marketing para virar a opinião geral de que qualquer outro governo não teria feito melhor (neste caso). Toda a gente deveria estudar um pouco de marketing a fim de poder compreender as artimanhas dos publicitários. Em países avançados e democráticos a protecção contra a publicidade abusadora é ensinada nas escolas para as crianças aprendam a defender-se, mas em Portugal nem pensar, poderia fazer diminuir os lucros abusivos dos exploradores do povo. O povo que compre lixo que para nada serve senão para enriquecer os grandes grupos dirigidos por políticos e militantes dos partidos mais votados. É extremamente fácil enganar um povo assim tão profundamente embrutecido e que não foi ensinado a discernir estas armadilhas.

Os problemas da justiça, que ele mencionou tentando cinicamente virar o bico ao prego, são um bom sinal, pois que só reconhecendo os erros se pode emendar o que está mal, e eles estão a vir à superfície. Continuará a haver muito sofisma, mas a semente está lançada e o PGR, bom ou mau, tem prestado uma indubitável e valiosa ajuda a uma polémica útil. A podridão só pode estar dentro da própria justiça e não fora, ou a lógica é uma batata. Se acaso ela se deixa manipular é porque condescende por conveniência. Nas décadas de 1970 e 80 foi de modo idêntico que em França se começaram a responsabilizar os médicos. Aqui, também, estamos com 30 anos de atraso sobre um país que não é muito avançado; lá estão os mais de 50 anos de atraso citados pelo Eurostat. O vigarista pretende desculpar a sua seita, como se o mal da justiça pudesse ter nascido durante o tempo de um só governo; tal como o atraso planeado do país, da crise ou da falta de médicos. Os juízes e os magistrados são tão ineptos, podres e corruptos quanto os gestores, os médicos, os políticos e o povo que em geral os admite como são, mas que o pagam com a própria carne. O mal está nos pais e na geração. Não foram todos criados juntos? São também uns calões, pois que não resolvem mais que metade dos processos que a média dos seus colegas europeus (Eurostat).

Como não sofrerão os verdadeiros adeptos do PPD/PSD ao verem a direcção que este nojento e acólitos neoliberais deram ao partido? Como eles destruíram o partido. Como eles se serviram do seu nome para o remodelarem e reviraram no sentido oposto. Os malditos assassinaram o partido.

A democracia directa poderia pôr uma rédea neste e noutros animais da mesma espécia.


Artigos complementares:
Redução do Deficit Método Neoliberal
Pedro Coelho Contra os Direitos Humanos
Discurso Vazio dum Sonso Vigarista
A Desgraça do PSD

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11 de agosto de 2010

O Incrível Salto para as Energias Renováveis

Para se ter um mínimo de credibilidade há que dizer mal do que está mal e bem do que está bem.

Em Portugal não é tarefa fácil por dois motivos. Um é tão pouco ser feito correctamente e de modo completo e adequado; outro é cada um dizer mal sistematicamente de todos que não sejam da sua cor, seja qual for o sujeito: futebol ou política. No futebol ainda se compreende que para formar uma selecção nacional tem que se pôr o partidarismo de parte e trabalhar em conjunto. Na política, as mentalidades ainda não atingiram suficiente maturidade nem têm capacidade intelectual para compreenderem que os interesses nacionais (de todos) devem colocar-se acima dos partidários. A selecção nacional serve-se dos jogadores de diversos clubes para tentarem ganhar em nome do país, enquanto os políticos se servem do país para si próprios, roubando-o. O resultado dificilmente seria mais evidente; sem sair da Europa, constatamos que quanto mais este modo de actuar persiste num país, maior é o seu atraso, sem excepção. Os últimos países que aderiram à União Europeia já todos ultrapassaram Portugal ou estão próximo de o fazer. No entanto, os portugueses continuam na sua estúpida cegueira, completamente na mão da corrupção política e à sua completa mercê, tais fantoches de tenda puxados por cordelinhos, ora elegendo um grupo mafioso, ora outro, à vez.

A estupidez, cegueira e fanatismo são tão profundos que não se vê o que se faz de bem. A justiça é uma vergonha administrada por um bando de vergonhosos politizados, incapazes e corruptos. Porém, não existe a mínima reprovação em grupo, como manifestações contra essa canalha. Quando essas bestas anedotas parem leis onde mencionam textualmente raças de cães perigosas, ninguém lhes aponta o dedo acusando-os de falsários ou de ignorantes incompetentes para legislar. Por demais sendo amplamente conhecido que cães de tamanho maior são mais dóceis que os pequenos. Os nossos legisladores provam nitidamente a sua ignorância e incapacidade, serem impostores e asquerosos pedantes. A lei das raças de cães perigosos foi votada por uma grande maioria por todos os partidos. Uns inúteis que nos roubam e nos projectaram na miséria por décadas. Des bons à rien como dizem os franceses, pauvres connards.

Idêntica mentalidade têm os bandos de jornaleiros deesinformadores, iletrados talhados da mesma merda que os políticos, cujo procedimento apenas difere por adaptação à profissão que enxovalham quotidianamente.

Ouvem-se e lêem-se apreciações de elogio às ideias anti-pobres e anti-democráticas do Portas, mas nada sobre os seus bem fundados princípios patrióticos em correcta defesa do país. Gaba-se o cinismo do Pedro Coelho que, com mansa voz, tenta atraiçoar a democracia, esquecendo o seu passado em que se espelha o presente e que nos diz que dele só se pode esperar a defesa dum clã desnorteado que mudou de rumo, mas quer continuar a ser reconhecido pelos factos que hoje renega à socapa.

Idem com o Sócrates, autor de autênticas a atrozes barbaridades, mas que, segundo as sondagens, constata-se poucos serem os que crêem que outro governo teria feito melhor nas condições actuais. O seu maior crime, para além dos mencionados nos blogs do autor e que são em grande número, foi o que fez da Segurança Social, dos Serviços de Saúde e das reformas. Em lugar de lhes garantir um financiamento do género do adoptado em países avançados em democracia e bem-estar dos seus cidadãos, aplicou-lhes mezinhas de pouca duração que permitirão aos outros neoliberais aproveitar a ignorância geral nacional para convencerem a população de que a única salvação desses sistemas passa por tratar os mais pobres como sub-humanos.

Um seu grande plano publicitário enganador foi o Simplex. Consta dum certo número de mezinhas que se limitam a aliviar casos pontuais de burocracia, quando esta é um pesado mal geral que se abate sobre tudo e que agrava o atraso originado pelos que roubaram os fundos de coesão da UE destinados a preparar o país para o futuro e a dar-lhe a competitividade, cuja consequente deficiência de ambas provocou a crise nacional.

Contudo, nunca se ouviu uma pessoa, fosse ela um político corrupto, um emérito jornaleiro aldrabão ou um mero cidadão, mencionar o enorme avanço que ele deu a Portugal na política económica das energias renováveis.

O New York Times publicou ontem um artigo sobre este assunto. Segue-se a sua transcrição traduzida para quem quiser ter a paciência de a ler e tomar conhecimento de apenas mais um dos enumeráveis casos que a jornaleirada imunda nos esconde sistematicamente, pois que o larguíssimo tempo dos noticiários (o dobro do comum nos países europeus) não lhes chega para a trampa com que diariamente nos atiram acima. A história repete-se: se quisermos saber algo sobre o nosso país temos que o procurar na imprensa internacional. Que miséria de jornaleiros nacionais!


Portugal Makes the Leap to Renewable Energy
New York Times — 10-8-2010


A Wind Farm at Barão de São João, south of Lisbon

LISBOA - Cinco anos atrás, os líderes desta nação queimada pelo sol, varrida pelo vento fizeram uma aposta: Para reduzir a dependência de Portugal dos combustíveis fósseis importados, embarcaram numa série de ambiciosos projectos de energia renovável - principalmente aproveitando o vento do país e a energia hidráulica, mas também a sua luz solar e das ondas do oceano.

Hoje, os bares chiques de Lisboa, as fábricas do Porto e de estâncias glamourosas do Algarve são substancialmente alimentados por energia limpa. Quase 45 por cento da rede eléctrica de Portugal virá este ano de fontes renováveis, um acréscimo sobre os 17 por cento de há apenas cinco anos.

Energia eólica terrestre - este ano considerado "potencialmente competitivos" com os combustíveis fósseis pela Agência Internacional de Energia, em Paris - expandiu-se sete vezes nesse período. Portugal espera, em 2011, tornar-se o primeiro país a inaugurar uma rede nacional de estações de carregamento para automóveis eléctricos.

"Vvi todos os sorrisos – sabe: É um bom sonho. Ele não pode competir. É demasiado caro", disse o primeiro-ministro José Sócrates, recordando a forma como Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano, zombeteiramente se ofereceu para lhe construir um Ferrari eléctrico. Sócrates acrescentou: "A experiência de Portugal mostra que é possível fazer essas mudanças num espaço de tempo muito curto."

O derramamento de petróleo no Golfo do México renovou perguntas sobre os riscos e custos imprevisíveis da dependência incessante da América em combustíveis fósseis. O presidente Obama aproveitou a oportunidade para promover a sua meta de ter 20 a 25 por cento da electricidade consumida nos EUA produzida a partir de fontes renováveis até 2025.

Embora a experiência de Portugal mostre que o progresso rápido é possível, também destaca o preço de tal transição. As famílias portuguesas há muito pagam cerca de duas vezes o que os norte-americanos pagam pela electricidade, e os preços subiram 15 por cento nos últimos cinco anos, provavelmente em parte devido ao programa de energia renovável, diz a Agência Internacional de Energia.

Apesar de um relatório de 2009 pela Agência, esta considerou a transição Portugal nas energias renováveis um "sucesso notável", acrescentou, "Não é bem claro que os seus custos, tanto financeiros e económicos, bem como seu impacto sobre os preços da energia ao consumidor final, sejam bem compreendidos e apreciados."

Com efeito, as reclamações sobre as taxas de aumento da electricidade são um dos pilares do cochicho dos pensionistas aqui. O Sr. Sócrates, que, após uma vitória esmagadora em 2005, empurrado por meio dos elementos principais da reforma de energia sobre as objecções da indústria do país sobre combustíveis fósseis, sobreviveu a eleição do ano passado apenas como o líder de uma fraca coalizão.

"Não se pode imaginar a pressão que sofremos no primeiro ano", disse Manuel Pinho, ministro, da economia e da inovação de Portugal a partir de 2005 até ao ano passado, que praticamente comandou a transição, acrescentando: "Os políticos devem tomar decisões difíceis."

Ainda assim, políticas nacionais agressivas para acelerar a utilização de energias renováveis estão a conseguir em Portugal nalguns outros países, de acordo com um relatório recente do IHS Emerging Energy Research de Cambridge, Massachusetts, uma empresa líder em consultoria de energia. Em 2025, o relatório projectou que a Irlanda, a Dinamarca e a Grã-Bretanha também irão obter 40 por cento ou mais de sua electricidade de fontes renováveis, se a potência energética de grandes barragens hidroeléctricas, um velho tipo de energia renovável, é incluído, países como Canadá e Brasil juntam-se à lista.

Os Estados Unidos, que no ano passado geraram menos de 5 por cento de sua energia a partir de novas formas de energias renováveis, vão ficar para trás em 16 por cento (ou pouco mais de 20 por cento, incluindo as hidroeléctricas), de acordo com o mesmo IHS.

Para forçar a transição de Portugal em matéria de energia, o governo do Sr. Sócrates reestruturou e privatizou ex-companhias de energia do estado para criar uma rede mais adequado às fontes de energia renováveis. Para atrair as empresas privadas em novos mercados de Portugal, o governo deu-lhes contratos bloqueados a um preço estável por 15 anos – um subsídio que variou por tecnologia e foi inicialmente alto, mas que decresceu diminuiu a cada nova série de contratos.

Comparados com os Estados Unidos, os países europeus têm fortes incentivos para desenvolver energia renovável. Muitos, como Portugal, têm pouco combustível fóssil próprio, e o sistema de emissões da União Europeia desencoraja o uso de combustíveis fósseis requerendo pagamento da indústria por emissões de dióxido de carbono excessivo.

Portugal estava bem posicionado para ser uma cobaia porque tem grandes recursos inexplorados de energia eólica e fluvial, as duas mais rentáveis fontes de energia renováveis. Membros do governo dizem que a transformação da energia não necessita de qualquer aumento de impostos ou da dívida pública, precisamente porque as novas fontes de energia não requerem combustível e não produzem nenhuma emissão, substituíram a electricidade previamente produzida pela compra e queima do gás natural, carvão e petróleo importados. Em 2014 o programa de energias renováveis permitirá a Portugal fechar totalmente, pelo menos duas centrais de energia convencionais e reduzir a exploração de outras.

"Até agora, o programa não provocou stress sobre o orçamento nacional" e não criou dívida pública, disse Shinji Fujino, chefe d a divisão de estudos da Agência Internacional de Energia.

Se os Estados Unidos quiserem seguir o caminho de países como Portugal, dizem especialistas em energia, é necessário ultrapassarem obstáculos como uma obsoleta rede de energética fragmentada, desactualizada e inadaptado às energias renováveis, um histórico de dependência em fontes abundantes e baratas de combustíveis fósseis, especialmente carvão; as poderosas indústrias do petróleo e da carvão que muitas vezes se opõem a incentivos para o desenvolvimento de energias renováveis; e a política energética que é fortemente influenciada por estados individuais.

Os custos relativos de uma transição energética seria inevitavelmente mais elevados nos Estados Unidos do que em Portugal. Mas com a despesa de energia renováveis em baixa, um número crescente de países vê essa mudança como de valor, disse Alex Klein, director de pesquisa, geração de energia limpa e renovável, do IHS.

"A diferença de custo vai desaparecer na próxima década, mas o que adquirimos imediatamente é uma fonte de energia que é controlada a nível nacional e mais segura", disse Klein.


Notas:
Pela electricidade que consomem, há muito que os portugueses pagam mais do dobro da média europeia e cerca de quatro vezes o que pagam os franceses. Isto, já muito antes da viragem para as energias renováveis.
O autor fala em coligação governamental, mas como se sabe é um erro.

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