Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


30 de dezembro de 2008

Os Novos Nazis

O facto mais significante do movimento nazi na Alemanha da Segunda Guerra Mundial era os seus seguidores crerem ser duma raça superior. Desde 1947 temos um novo povo nazi: Israel sionista.

Aqueles que mais sofreram com os idealismos nazis alemães são os que melhor adoptaram as suas doutrinas, modernizando-as. Israel é um país pária e com a falsidade característica do velho ditado «falso como um judeu», que sempre diz aceitar as resoluções da Organização das Nações Unidas, mas nunca as cumpre = falsidade.

O povo de Israel já era considerado terrorista antes da sua independência, sobretudo devido aos atentados bombistas efectuados contra a administração territorial inglesa. Esta nação tem sido um autêntico espinho maléfico na região já anteriormente à sua fundação, um impedimento da paz. Com efeito, Israel com o apoio incondicional do monstro anti-democrático representado pelos EUA, tem roubado terras e territórios aos árabes, colonizado construindo em terreno alheio e promovido o povoamento das colónias em terras que jamais lhe pertenceram. Israel tem o direito de o fazer e os massacrados não têm o de os expulsar! Israel atacou os vizinhos e a declaração oficial dos EUA foi que o Hamas mostrou mais uma vez o seu comportamento!

Israel é hoje a personificação do mal ma região, mantido nesse lugar pelos EUA como um cão polícia na defesa dos seus interesses. Tal estado tem que acabar. O desequilíbrio actual que abençoa a malvadez dum povo maldito pelas suas obras e acções tem que ter um fim. Esperemos que seja o Irão a pôr-lhe um fim e quanto mais cedo melhor. Que se extermine esse povo amaldiçoado que escraviza os seus vizinhos. Basta de lamentar o que sofreram durante a guerra. A sua maldade é agora tão profunda que sem temer de se ser injusto se pode antes lamentar por os alemães não terem tido tempo para os exterminar por completo. Má semente, semente de Satanás. Os judeus, em actos de pérfida malvadez atroz e segundo um método regular que nada tem a ver com guerra, cortam os bens necessários à vida , como água e electricidade e fecham a passagem para víveres aos miseráveis forçados a viver entre barreiras de arame farpado. Cometem os mais hediondos crimes sem razão aparente. Sabe-se, mas é abafado, tal como tantas outras barbaridades.

Não se compreende que por um lado se diga que existe uma guerra e por outro se forneçam armas ao mais forte e ocupante e se bloqueie o fornecimento e as ajudas ao mais fraco, aquele que é escravizado. É esta a ideia democrática dos EUA. Que o Irão destrua a nação pária, que não deixe pedra sobre pedra, que arranque o espinho do mal da região, que semeia o ódio e as desavenças, a guerra e todas as suas consequências. Que se faça a limpeza necessária para a obtenção duma paz duradoura em nome da justiça e dos direitos humanos.

Em complemento do tamanho reduzido deste post veja-se um texto mais abrangente, que dele faz parte completar e integrante sobre esta conjuntura que se eterniza, nesta página em lugar de o transcrever.

O costume de chamar terroristas aos lutadores pela liberdade inconvenientes, implantado pela política imperialista dos EUA apoiada por escravisadores tradicionais, como os castelhanos (ver sobretudo aqui) e outras nações incivilizadas mantêm outros povos sob a sua pata, em plena contradição com o terrorismo francês durante a Segunda Guerra Mundial, este apoiado pelos EUA e pelos restantes Aliados, também acrescenta e elucida algo de muito útil a este post.

O número exíguo de blogs portugueses que se referem aos correntes acontecimentos não dignifica aqueles que se abstêm.

Adenda: Israel é sobejamente conhecido em todo o mundo como cometendo crimes de guerra do tipo nazi e iugoslavo. Que se esperará para os julgar e os pendurar como aos outros? A não esquecer que «punição colectiva» é um crime de guerra, qualquer que seja a provocação ou o motivo.
Se os castelhanos (outro povo escravizador) ocupassem terras portuguesas, expulsassem os seus donos, confiscassem as terras e nelas implantassem imigrantes castelhanos, não se sentiriam os nacionais com direito ao uso da violência como uma forma de resistência enquanto restringidos a uma faixa ou única província, como o Algarve?
Vejam-se, sobretudo, os links na página acima mencionada como complemento a este post.

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26 de dezembro de 2008

Como se Inventa uma Tradição
ou A Impostura Jornaleira

Os brutos da jornaleiragem imunda continuam a crer que a sua profissão é a de desinformar toda a gente, de mentir e de embrutecer a população. É o que fazem com a maioria do que falam. Filtram as notícias, contam meias verdades e meias mentiras. A rasquice ignóbil apoderou-se duma profissão que foi digna, mas que foi deixando de o ser até chegar ao ponto actual de ser a vergonha do país.

Esta corja meteu-se-lhes na mioleira atrasada de basbaques arrogantes que havia de convencer todos aqueles que desconhecem de que o bacalhau é o prato tradicional do Natal. Não é difícil de enganar os que nasceram na era dos atrasados mentais e fazê-los acreditar naquilo que não podem ter conhecido. Sobretudo se considerarmos a acção paternal pelos seus resultados: a pobre escória que têm criado. Além disso, o português é hoje, por herança paterna, um animal selvagem, egoísta, invejoso, vindicativo, cobarde e incapaz de pedir contas aos políticos para que ninguém também lhas peça. Vive na cloaca que construiu, nela bebe e come, e a sua cobardia fá-lo considerar-se satisfeito. Melhor é impossível de deduzir pelo seu comportamento.

Como já referido, a realidade é que cada região tem os seus costumes, tradições e expressões que agora a jornaleiragem, por ignorância e arrogância, quer transformar à viva força. Embora o bacalhau não seja hoje um alimento barato, foi, durante séculos, o alimento principal dos pobres do interior. Devido à falta de meios de transporte rápidos e de refrigeração adequada, era o único peixe cuja qualidade se mantinha por muito tempo, razão por que no litoral sempre se comeu mais peixe (fresco) do que no interior. Por isso, o bacalhau foi para o interior o que as tripas foram para os tripeiros: o alimento de base dos pobres que com pouca frequência subia à mesa dos mais afortunados.

Tendo em consideração que durante épocas festivas toda a gente, ricos e pobres, se esforçam por comer melhor do que no resto do ano, de comer aquilo que não comiam no seu quotidiano, é compreensível que o bacalhau fosse rejeitado nessas alturas. Razão mais do que aparentemente lógica, que em tudo é o normal na vida de todos. Desde logo, não poderia haver qualquer tradição de enfardar bacalhau em dias que iguarias seriam altamente preferíveis. O bacalhau era posto de parte nestas épocas e só começou a tornar-se mais «aceitável» quando o seu preço principiou a escalar.

As regiões tinham os seus pratos preferidos (caso também já abordado no link acima). Entre estes, e consoante a região, sempre se distinguiram o peru, o pato, a galinha, o porco, o cabrito, o carneiro, a caça, os mariscos, os enchidos, o polvo e a canja entre outros. O peixe, embora com todas as suas apreciadas qualidades e vantagens, embora fazendo uma aparição por aqui e por ali, nunca fez realmente parte dos menus festivos, sobretudo no interior, onde até era considerado um fraco alimento a ponto de haver o costume de se dizer «nunca vi um peixe a puxar uma carroça».

Em muitas povoações e cidades, mesmo na capital, haverá quem se recorde de pouco antes das épocas festivas do Natal e da Páscoa circularem pelas ruas uns interessantes rebanhos de gru-grus e de grasnos de perus e patos que os seus condutores apregoavam e vendiam sem grande dificuldade. Tratava-se de gente do campo que criava essas aves para as vender nessas alturas, visto, evidentemente, ser costumes terem-se à mesa, não o bacalhau, sempre considerado como alimento plebeu do corrente do ano.

Um caso com algumas semelhanças se passa com o bolo-rei. Nos noticiários, tal como fazem com o bacalhau, vemos a mesma banda impingir-nos a ideia de que o bolo-rei é a tradição do Natal português. Aí mentem a dobrar. Não só o bolo não se restringe ao país, como ainda, tal como o seu nome indica, não é propriamente do Natal. Do Natal são os troncos e outras guloseimas do género, agora quase desaparecidos no país, mas cuja tradição se mantém nos outros países, sobretudo nos germânicos, com as suas seculares tradições gastro-religiosas. Também vemos bolos a que chamam de rei sem a menor afinidade, nem na massa nem na forma, mas o pobre Zé Povinho esparvante aceita tudo o que lhe impingem com um imperturbável orgulho tanto mais ridículo quanto inadequado e infundado.

Porque é que hoje esses biltres e pulhas de jornaleiros não nos falam da verdadeira tradição e nos querem impingir as manias que as suas desmioladas e mais que ignorantes cabeças inventaram. Como pode essa canalha chamar tradição àquilo que nunca o foi? Há ainda pessoas que nunca na vida comeram bacalhau pelo Natal.

Claro que com o tempo tudo muda. Não é apenas que possa mudar, muda mesmo. Um facto conhecido é, por exemplo, que nenhuma raça humana ultrapassa o milhão de anos. Quanto às opiniões sobre o bacalhau até pode admitir-se que pode ter começado a mudar com o fim das frotas bacalhoeiras nacionais e com o aumento do seu preço após um período de raridade, dois factores que o elevaram à mesa dos que melhor o podiam pagar. Daí a se mentir descaradamente como verdadeiros sacanas descarados e ordinários vigaristas vai um grande passo.

Como se conclui, o nojo das mentiras dos jornaleiros, que da sua profissão de iletrados fizeram fé de desinformação, constata-se em todos os campos e a todos os níveis, não apenas no que concerne o da política. Esta classe, hoje tão miserável como as estirpes mafiosas e oligárquicas políticas está no cerne da ignorância geral da população na maioria dos assuntos que lhe interessam. Donde, por exemplo, não quererem lidar com a corrupção política e domá-la. Porém, mexericos e noticiários para porteiras não nos faltam.

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23 de dezembro de 2008

Estradas Assassinas

Este mesmo título foi usado num artigo escrito há cerca de dez anos sobre o mesmo tópico e em seguida adaptado e publicado no Site da Mentira há já anos. O tempo passou, as circunstâncias permaneceram imutáveis. O artigo continua tão actual como no dia em que foi escrito.

É o progresso português a passos de gigante, só que vai no sentido contrário.

Esta semana publicou-se mais um relatório do Observatório de Segurança de Estradas e Cidades (OSEC) – pouco visto nos jornais –, de novo condenando a má construção das estradas. Não é de longe o primeiro, é apenas mais um numa longa lista, esta todavia bem curta se a justapusermos à realidade.

As estradas sofrem dum defeito congénito pela sua inerente má construção geral, corrupção durante o seu planeamento e vícios de construção bem claros para quem por elas tem passado e ainda mais claros para todos aqueles que nelas ficaram inválidos, já que para os que nelas morreram só no momento dos seus acidentes viram ainda mais claramente o que lhes ia roubar a vida nos segundos que seguiam.

Não obstantes as sucessivas condenações do OSEC e o conhecimento comprovado da corrupção e irresponsabilidade dos responsáveis, – sobretudo quando a construção de auto estradas na Europa era já velha, visto Portugal ter sido na época o último país da União Europeia a construir uma rede de auto estradas – ainda não se imaginou tampouco em acusar os assassinos, sobretudo o número um, os quais continuam tranquilamente à solta, pois sabem que neste país só os pilha galinhas são presos. Mais uma bênção dos governos do Cavaco e dos seus acólitos.

Em Portugal, o crime de alto nível compensa. Para que não subsistam dúvidas, veja-se o que se passa na actualidade com os criminosos do caso Casa Pia. Porque haveria pois o ministro responsável pela sua construção temer uma justiça corrupta e administrada por pobres poltrões arrogantes, muitos deles já da geração rasca? O pior que esse ministro pode arriscar é que o Cavaco lhe dê uma medalha como deu à assassina dos hemofílicos anos após a consumação dos seus crimes. Nestas circunstâncias só um impostor e cobarde poderá hoje aceitar a mesma medalha dada a criminosos. É uma desonra receber tal medalha. Bom, isto seria se estivéssemos num país de cidadãos honrados.

Por agora, tudo o que temos a esperar será a impunidade costumeira dos criminosos políticos e alocuções em seu louvor para realçarem os seus méritos, ou seja, os seus métodos criminosos e mafiosos, por parte da máfia que na altura se encontre no poleiro.

A carnificina nas estradas tem mais de uma causa, como descrito no artigo acima mencionado. A segunda causa também depende da acção dos políticos, pois que para não abordarem nenhuma delas têm substituído a prevenção pela caça à multa, muito mais lucrativa e convincente para os pobres desmiolados eleitores, a ponto de em noticiários se ouvirem dirigentes da polícia dizerem com o maior à-vontade que os ataques de caça à multa são para a população ver que a polícia quer prevenir os acidentes. Tão estúpido que até custa a compreender.

E porquê, afirmar tão bestialmente que a causa principal é a da velocidade, quando nos países sem limite de velocidade nas auto estradas são precisam,ente aqueles em que menos acidentes de viação se verificam? As auto estradas são para andar depressa; de vagar é dentro das povoações, onde se dão a maioria dos acidentes por culpa dos condutores.

Que a carnificina continue, pois, e que os responsáveis recebam medalhas. Talvez que o título de «Estradas Assassinas» não esteja tão certo. As estradas talvez não sejam as assassinas, mas simplesmente a cena do crime e os assassinos são aqueles que as construiram e recusam a responsabilidade depois de terem embolsado o dinheiro, tanto na efectuação da obra como responsável como ministro da pasta e como chefe da máfia oligárquica governamental.

Assim vai Portugal e assim irá impreterivelmente enquanto os carneiros não exigirem o fim da corrupção, o qual só poderá começar peço fim das nomeações de cargos que deveriam ser entregues por concursos públicos. É esta a pedra angular e o barómetro da corrupção. Enquanto isto não acontecer não há absolutamente nada a esperar a nenhum nível nem sobre qualquer que seja o assunto. Sem isto, todas as declarações de políticos sobre a diminuição da corrupção não passam de meros discursos de criminosos mafiosos. Somos governados por criminosos. Que de admiração, também, que a população siga o exemplo que lhe vem de cima?

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14 de dezembro de 2008

Agarra Que É Ladrão!

Temos assistido ultimamente a uma espécie de jogo do gato e do rato. Ou quase, pois que a diferença é que o gato parece ter medo do rato e até à data ainda não teve a coragem de se manifestar.

Por estranho que possa parecer é um jogo comum em Portugal quando se trata de corrupção a alto nível em que o gato cobarde seria representado pelo ministério público e sempre se retrai com receio de poder vir a prejudicar o rato, o corrupto, o vigarista ou de qualquer outro modo criminoso quando este pertença a alguma seita oligárquica da máfia política, da família faça parte ou da máfia tenha sido instrumento. A esses dá-se uma indemnização e outro tacho ainda melhor que aquele em que ele praticou o seu crime. Não é a isto que nos habituaram a contemplar? Não obstante ainda há pacóvios e lorpas que acreditam nos discursos da máfia e julgam que Portugal é uma democracia. Portugal é uma oligarquia no sentido pleno do termo. e uma oligarquia que, pela maneira que distribui a riqueza e esmaga os pobres, viola abertamente os direitos humanos na sua redacção estrira.

Desta última vez o rato é eximiamente representado pelo governador do Banco de Portugal, o qual, após constatação do seu comportamento frente a crimes financeiros que lhe seriam impossíveis de desconhecer por pelo menos dois anos, não actuou. Talvez ache que não ganhe o suficiente para se interessar pelo seu trabalho e seja assim dispensado de cumprir as suas obrigações. Tinha o dever de ter participado os seus conhecimentos ou dúvidas ao ministério público. Afinal veio a saber-se que teve provas nas mãos, escritas pelo BPN e pelo fundo das questões que ele pousou a esse banco, por cuja resposta esperou mais de quatro meses sem tugir nem mugir, impávido, sereno e tranquilo, como costumam dizer os corruptos e os culpados.

Veio depois o cara de sola contar balelas numa entrevista que concedeu à RTP. Não era necessário ouvir as suas palavras de desculpa para se ler claramente a impostura na sua cara. Não obstante as suas desculpas, ainda veio contar aos lorpas (segundo o que de certo pensava) que nos outros países acontece semelhante ou pior sem que os seus homónimos fossem inculpados. Não compreende ele que se em Portugal a corrupção é maior, mais fortes deverão ser os meios para a combater? Não compreende ele que tem obrigação de justificar o seu salário vergonhoso, superior ao de qualquer dos seus homónimos. Por sua causa e consequente decisão do governo, somos nós quem paga pelo gatuno.

Queixa-se ainda o pobre parasita que nos rouba o seu ordenado escandaloso de que o Banco de Portugal é uma organização prestigiosa e que não deveria ser atacado. Que se põe em causa o bom nome do BP? Ah sim? Então não é o dele? Não compreenderá esse aborto que se o bom nome do Banco de alguma forma ficar manchado serão apenas ele e os seus acólitos a emporcalhá-lo? De certo que sabe, só que espera escudar-se atrás desse bom nome como se fosse o seu. Quer que o seu nome seja confundido com o do Banco e protegido pela sua sombra. Que monstro! O banco é uma instituição e o bom ou mau nome que ele possa ter ou criar só pode depender estritamente do comportamento de quem o dirigir.

Já para a grelha com o rato. Que esperará o gato para o apanhar e com ele brincar até que as tripas lhe saiam?

Contudo, todos conhecemos como os políticos transformaram o BP num antro de parasitas mamões que nos roubam os seus ordenados escandalosos e tudo de que usufruem.

Enquanto os corruptos forem irresponsabilizados por uma justiça ineficaz que só manda os pilha galinhas para a prisão, num país em que roubar um pão é crime e roubar um milhão é inteligência, que melhoria esperar? Porque será que o descrédito popular na justiça não tem parado de aumentar? Os sentimentos colectivos têm sempre uma razão de ser. Para vergonha e opróbrio dos juízes cada vez há mais quem pense que quem realmente quiser justiça terá que a fazer por suas próprias mãos

As previsões sobre o futuro do país, feitas na altura dos governos do Cavaco e Silva, que criou a crise portuguesa, agora a juntar-se à internacional, há anos publicadas continuam a cumprir-se. Na verdade não é preciso ser-se bruxo nem grande intelectual para se ver aquilo que brilha no escuro; para o não ver é que é necessário estar-se embutido em excremento de burro. Para não o ver é preciso, sim, estar-se anestesiado pelas palavras de encantar de políticos traidores cujo único alvo na vida é roubarem os cofres do Estado e distribuírem o que reste pela família, por amigos, compinchas, etc., e ainda apoderarem-se dos lugares melhor remunerados que deviam ser postos a concurso público. É um escândalo que uma população meio aparvalhada tem admitido e continua a admitir. Até os empregos roubam ao povo. Enquanto a corrupção não terminar em Portugal ou baixe para um nível menos aterrorizador, nada melhorará. E ainda não tocámos no fundo…

Este caso do BPN, do BP e do rato, já dura há algum tempo. De certo que o incapaz enriquecido à força por um sistema que contraria os Direitos Humanos – orquestrado por um primeiro-ministro que essa mesma organização classificou de traidor dos Direitos Humanos, como se pode ler no site da Amnistia Internacioinal – acabará por ser ilibado, para não destoar do costume em vigor neste miserável bananal.

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12 de dezembro de 2008

Um movimento de massas anarquista


Como anarquista convicto, tenho-me dedicado neste blogue - O Anarquista - à luta permanente contra o poder e o Estado, especialmente no que toca à realidade portuguesa. Contudo, o anarquismo pretende igualmente ser internacionalista e ignora os limites impostos artificialmente pelas fronteiras entre os Estados. Por esse motivo, venho agora dar destaque a um acontecimento internacional da maior importância para a luta anarquista. Num movimento único pela sua dimensão e significado, pelo sexto dia consecutivo, a Grécia foi ontem palco de novos confrontos, no rescaldo da morte de um adolescente de 15 anos pela polícia, no sábado passado. Em Atenas ocorreram confrontos entre jovens e agentes da autoridade, frente à Faculdade de Economia, ocupada pelos estudantes. Para além dos confrontos ocorridos frente à Faculdade, registaram-se igualmente alguns incidentes diante da prisão de Korydallos, em Atenas, a principal do país, e em outros dois bairros da capital grega. Para mais pormenores, sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente.

Como se não bastasse, a agitação grega espalhou-se entretanto até Espanha – a Madrid e a Barcelona – e um um atacante lançou um engenho incendiário, na noite do dia anterior, contra o consulado grego em Moscovo. Em Bordéus, no sudoeste de França, dois carros foram incendiados diante do consulado da Grécia. De acordo com uma fonte policial, 15 estabelecimentos universitários e uma centena de liceus em Atenas e Salónica, a segunda maior cidade grega, estão ocupados desde o início da semana por estudantes e jovens, em sinal de protesto contra a morte do adolescente. A Grécia está, desta forma, mergulhada numa onda de violência urbana sem precedentes desde a restauração da democracia, em 1974.

Não há autoridade ou forma de poder que consiga travar uma onda tão violenta e vasta como esta, utilizando os seus meios tradicionais. Um movimento tão espontâneo como este mergulha definitivamente as suas raízes num descontentamento generalizado das massas populares face ao sistema estabelecido. O porquê e o quando este movimento teve o seu início não é tão importante quanto o seu significado perante a forma de funcionamento das democracias ocidentais. Encurralados em sistemas partidários rígidos, os regimes parlamentares encontram-se de costas voltadas às verdadeiras necessidades do povo que deveriam representar. Um movimento de massas anarquista e libertário de tal amplitude mina, em última análise, a forma como os actuais regimes democráticos neoliberais estão organizados. Elitistas e corruptos.

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11 de dezembro de 2008

Portugueses mais pobres

Alerta-se para que os dados referidos no artigo do Público que se transcreve referem-se à média estatística, o que quer dizer que à maior pobreza da maioria corresponde o enriquecimento dos privilegiados com «tachos dourados» e «reformas milionárias acumuladas» como circula em abundância pelos e-mails e vem ocasionalmente nos jornais, como as notícias referidas aos patrões do BPN do BPP e do BdP, além de muitos outros.

Portugueses perderam poder de compra entre 2005 e 2007 e estão na cauda da Zona Euro
Por Lusa, PÚBLICO. 11.12.2008 - 13h50

Estes dados não incluem este ano de forte abrandamento económico, em particular do consumo
Dados do INE elaborados com base no Eurostat

Os portugueses perderam poder de compra entre 2005 e 2007 relativamente à média da União Europeia e Portugal surge na cauda da lista dos 15 países da Zona Euro, com o pior poder de compra de todos, nos 76,2 por cento, segundo dados hoje apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Produto Interno Bruto (PIB) por habitante expresso em Paridades de Poder de Compra (PPC) elevou-se no ano passado a 76,2 por cento, face à média europeia, de acordo com as estimativas do INE que têm por base informação do Eurostat.

Esta avaliação não inclui os dados deste ano, onde se verifica uma deterioração acentuada das condições económicas das empresas e das famílias, dificuldades acrescidas de acesso ao crédito e o agravamento do preço dos produtos alimentares e dos combustíveis até, pelo menos, Outubro deste ano.

Em 2005, o poder de compra português correspondia a 76,9 por cento da média da UE (valor final apurado) e em 2006 era de 76,4 por cento, de acordo com as estimativas elaboradas pelo gabinete de estatísticas da União Europeia.

Trata-se da segunda queda consecutiva de Portugal no indicador anualmente calculado pelo Eurostat para avaliar o poder de compra dos países da União Europeia, com o objectivo de estabelecer comparações sobre a riqueza "real" (sem efeito da inflação) dos 37 países analisados.

O INE adverte, contudo, que "os resultados publicados devem ser analisados com alguma prudência, quer devido a limitações de ordem metodológica, quer a deficiências de homogeneidade que ocorram eventualmente na informação de base".

Os cálculos para a elaboração desta tabela do Eurostat são feitos com base nas estimativas da paridade de poder de compra (PPC), uma moeda artificial que tem em consideração os níveis de preços domésticos e as taxas de câmbio, permitindo tornar comparáveis alguns indicadores económicos e ajustar os valores absolutos do PIB de acordo com o custo de vida em cada país.

Portugal surge no 22º lugar de uma lista liderada pelo Luxemburgo, país onde o poder de compra é mais de duas vezes (266,6 por cento) superior à média da UE, que assume o valor de 100 por cento.

Entre os 15 países da Zona Euro, Portugal é o país onde o poder de compra é mais baixo em relação à média da UE, seguido de Malta (77,4 por cento), Eslovénia (89,3 por cento), Chipre (90,8) e Grécia(94,9 por cento).

O PIB "per capita" expresso em PPC dos restantes dez países encontra-se acima da média da UE.

Este indicador da riqueza de cada Estado-membro varia entre 37 por cento na Bulgária e 267 no Luxemburgo.

O Estado-membro vizinho de Portugal, a Espanha, tem um nível de riqueza seis por cento superior à média comunitária.

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8 de dezembro de 2008

Pensar antes de decidir

O pensamento estruturado, metódico, deve preceder a decisão e a acção. Já por várias vezes foi aqui referida a necessidade de estudo dos problemas antes de ser tomada uma decisão. Por exemplo, o post de 6 de Janeiro do corrente ano, Não existe mentalidade de planeamento nos serviços públicos abordava este problema e, posteriormente, num comentário, ficou exposta uma metodologia que, adaptada a cada situação, pode dar uma forte ajuda e que é a seguinte:

Em termos resumidos, as normas de preparação da decisão e deplaneamento devem passar por

1) definir com clareza e de forma que ninguém tenha dúvidas, o objectivo ou resultado pretendido.

2) Em seguida, descrever com rigor o ponto de partida, isto é, a situação vigente, com análise de todos os factores que possam influenciar o problema que se pretende resolver.

3) Depois, esboçar todas as possíveis formas ou soluções de resolver o problema para atingir o resultado, a finalidade, o objectivo ou alvo; nestas modalidades não deve se preterida nenhuma, por menos adequada que pareça.

4) A seguir, pega-se nas modalidades, uma por uma e fazem-se reagir com os factores referidos em 2) e verificam-se as vantagens e inconvenientes; é um trabalho de previsão de como as coisas iriam passar-se se essa fosse a modalidade escolhida.

5) Depois desta análise das modalidades, uma por uma, faz-se a comparação entre elas, das suas vantagens e inconvenientes, com vista a tornar possível a escolha.

6) O responsável pela equipa, o chefe do serviço, da instituição, o ministro, o primeiro-ministro, conforme o nível em que tudo isto se passa, toma a sua decisão, isto é, escolhe a modalidade a pôr em execução, tendo em conta aquilo que ficou exposto na alínea anterior.

7)Depois de tomada a decisão, há que organizar os recursos necessários à acção, elaborar o planeamento e programar as tarefas.

8)Após iniciada a acção é indispensável o controlo eficaz do qual pode resultar a necessidade de ajustamentos, para cuja decisão deve ser utilizada a metodologia aqui definida, por forma a não se perder a directriz que conduz à finalidade inicialmente pretendida.

As várias insistências neste tema, são agora «premiadas» pela notícia do Jornal de Notícias Daniel Bessa: Governo deve "parar para pensar" de que se extraem algumas ideias:

O Governo deve dirigir o grosso dos investimentos para as exportações, em prejuízo das grandes obras públicas que vêm sendo anunciadas.

O país importa muito mais do que exporta e a diferença equivale a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), o que o obriga a sobre-endividar-se no estrangeiro, para pagar aquela factura. Há 17 mil milhões de euros, por ano, que "saem mesmo da Banca portuguesa" e vão direitos aos bancos estrangeiros.

No actual contexto de recessão internacional, que parece resolvido o défice de confiança dos cidadãos nos bancos, mas não o da confiança entre bancos, sobretudo, de países diferentes. "Os [movimentos] interbancários continuam em muito mau estado".

A garantia de 20 mil milhões que o Governo deu à banca nacional foi uma boa medida, para esta conseguir dinheiro emprestado no estrangeiro, mas frisou que ela não dura para sempre e, em breve, "teremos de ouvir mais notícias do Estado português"...

Considerou ser "tempo de olhar para as debilidades estruturais", e defendeu que a economia portuguesa só ultrapassará a crise, se conseguir diminuir o défice das transacções correntes. "Precisamos, como de pão para a boca, de pôr dinheiro em coisas que exportem".

"O nó górdio desta crise continua no sistema financeiro". O antigo ministro começara justamente por observar que a actual crise "é diferente das outras", porque "deixou a própria banca em condições de não se poder financiar", para concluir que, "se o dinheiro não circular no sistema financeiro, a crise não se resolve".

NOTA: Estamos numa situação difícil que não se compadece com pequenos remendos, nem paliativos. É preciso um estudo imparcial, isento, competente, sem preconceitos partidários, com dedicação aos verdadeiros interesses nacionais, com vista a encontrar a solução estrutural que vá ao encontro de um Portugal que seja melhor amanhã e que possa continuar a desenvolver-se no futuro.

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4 de dezembro de 2008

Uma greve histórica


Como seria de esperar neste tipo de conflito de interesses, a greve dos professores de ontem foi alvo de posições diferentes quanto aos números de adesão. O Ministério da Educação admitiu que a greve teve o que designou por "adesão significativa", de 61 por cento, e que a paralisação obrigou ao encerramento de 30 por cento das escolas do país. No entanto, o balanço do Ministério ficou longe dos números da Plataforma Sindical de Professores, segundo a qual a paralisação foi a maior de sempre no sector, com uma adesão de 94 por cento. Para mais pormenores sugiro a leitura desta notícia, que publiquei no meu site Contracorrente.

A Plataforma Sindical dos Professores anunciou, em conferência de imprensa, que esta greve teve o que designou como uma participação "histórica". "É a maior greve de sempre dos professores em Portugal, salientou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma e secretário-geral da Fenprof, que recordou a paralisação de 1989 como a segunda maior depois desta e onde os números se ficaram pelos 90 por cento. Mário Nogueira escusou-se a comentar os números avançados pelo governo. "Nem sequer os discutimos, o que nós registamos daquilo que foi dito pelo governo foi que pela primeira vez teve a capacidade de dizer que estávamos perante uma greve significativa".

Pondo de lado esta típica guerra de números, na qual o governo aposta em minimizar a magnitude deste movimento laboral, a conclusão que podemos tirar desta greve dos professores é que se criou um fosso entre a atitude arrogante do poder e a luta de todo um vasto conjunto de profissionais que exigem peremptoriamente o respeito pelos seus direitos. A alternativa a este, como a todos os modelos autoritários de poder, encontra-se nos movimentos contestatários que percorrem horizontalmente a sociedade. Esta teria sido a ocasião para um governo democrático reconhecer que errou e agir em conformidade com esse facto. No entanto, o governo PS continua agarrado à sua confortável maioria absoluta, permitindo-se ignorar, desta forma, as vozes do povo que o elegeu.

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1 de dezembro de 2008

Como Nascem os Políticos

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