Transcrição integral dum e-mail recebido do conhecido movimento Fartos Destes Recibos Verdes sobre uma tentativa de calar as justas reclamações e comentários no site dos Precários Inflexíveis. Lendo-o, vemos como uma justiça corrupta se esforça por defender ladrões de justas críticas e reclamações.
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A pestilenta jornaleiragem também não faz qualquer referência. Ladrões é o termo adequado à corja que diz que os esforços são para repartir por todos, mas que se conserva imune a esse esforço e protege todos os que estão a roubar o Estado com os seus privilégios e ganhos desmesurados, grupo que inclui gestores, juízes, magistrados e tantos outros chupistas e parasitas.
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[Início da transcrição integral – conservam-se os erros]
Pedimos que tenham em atenção este comunicado de imprensa, pelo enorme ataque à liberdade de expressão que constitui. O tribunal colocou-se do lado de um empresa que pretende que mais de 350 comentários, muitos deles denunciado situações fraudulentas, sejam apagados.
Apelamos ainda que este seja divulgado pelos meios que considerarem adequados.
O movimento Precários Inflexíveis foi alvo de uma Providência Cautelar pela empresa Ambição International Marketing. Esta empresa, dizendo-se injuriada por vários comentários (escritos por centenas de pessoas) num post de denúncia, avançou com um processo em tribunal para forçar o movimento a apagar todos os comentários do blogue. Independentemente de serem ou não contra esta empresa, independentemente do que está escrito, a empresa quer que sejam apagados cada um dos mais de 350 comentários. Infelizmente o Tribunal colocou-se do lado da empresa de uma forma mais do que inesperada: na sentença proferida, condena o PI a retirar, não todos, mas muitos dos comentários escritos pelos cidadãos que por vezes nem sequer referem a empresa . Como sempre dissemos, nunca faremos qualquer censura nem julgaremos ninguém pelas suas opiniões, por isso, discordamos frontalmente da justiça executada.
Apresentamos alguns factos:
- A empresa em causa, Ambição Internacional Marketing exige que se retirem os comentários sobre um texto que é sobre outra empresa a Axes Market, e não sobre qualquer texto em que fosse citada.
- A Ambição International Marketing, que avançou com o processo, nunca pediu direito de resposta ao PI, nunca dirigiu qualquer carta ou contacto ao movimento.
- Nenhuma das empresas (ou talvez a mesma com nome diferente) avançou com qualquer processo ou queixa contra quem escreveu os comentários. Portanto, o que preocupa a administração da empresa é a liberdade de expressão na internet. O mesmo preocupa o Tribunal.
O movimento Precários Inflexíveis defende e defenderá sempre, a liberdade de expressão e a igualdade na exposição de textos e ideias, críticas, ou outras, na internet, salvo excepções sobre textos violentos sob qualquer ponto de vista, físico ou social. A internet deve continuar a ser um espaço de liberdade e igualdade.
O PI vai reagir judicialmente, porque não aceita que o Tribunal e a Justiça possam ser os instrumentos para afirmar que as empresas podem exigir que os comentários negativos sejam apagados ou os seus textos e marcas valem mais do que as opiniões e denúncias dos cidadãos. Particularmente quando centenas de pessoas denunciam actividades suspeitas de empresas como esta. A liberdade é a base da democracia, porque, antes de mais, significa igualdade. Lutaremos por elas até ao fim.
Pedimos a divulgação ampla desta luta que diz respeito a todos e a todas – é a de quem defende que a liberdade e o espaço público, virtual ou não, não pode ser contra a democracia.
Alguns dos comentários que o Tribunal sentenciou como sendo para suspender ou ocultar:
“Eu fui lá ontem,e achei que a empresa era séria,agora chama-se International Marketing Lda e encontra-se na Rua dos Fanqueiros Nº277 2ºesq,chamaram-me para ir lá hoje passar o dia e não sei o que fazer,sei que disseram-me o mesmo que vós disseram,mas não parece que estejam a enganar.mas hoje vou tirar isso a limpo com a Ana Santos”
“ola boa tarde
na sexta feira ligou me uma senhora a dizer que fui seleccinada e deu os parabens
tinha que ir la hoje as 18h falar com o director
a empresa encontra-se rua dos fanqueiros nº277 2ºesq e falar com uma senhora chamada ana santos com o contacto 910903870
a vaga era para gestora de marketing. a empresa e a mesma internacional marketing lda... mas qdo fui ver o site deparei com os vossos testemunhos. era para ir la hoje mas ja nao vou.... muito obrigada”
“Boa tarde,
Fui a primeira entrevista ontem na rua dos fanqueiros e confirmo tudo o que está aqui, uma espanhola a falar a mil, fui "selecionado" para passar um dia com eles na segunda-feira, podem me explicar em que consiste o trabalho??”
“É para vendas porta-a-porta ou "peditórios", conforme a campanha com que estejam actualmente. É 100% à comissão, logo não tens direito a nenhum subsídio, ou seja, pagas a tua alimentação, roupa (que tem que ser formal!) e deslocações para o "escritório", e daí para o local para onde te enviem. Espera-se que trabalhes 12h/dia, de segunda a sábado.
Ah, e quando te vais embora não te pagam sequer as comissões das vendas que fizeste, que foi o que me aconteceu a mim.”
"Olá a todos. Obrigada pelos vosso comentários. Recebi um mail de resposta à candidatura para o INTERNATIONAL MARKETING LDA, mas achei estranho a forma como estava redigido, centrando-se muito na "sorte" que se teve ao ser-se um dos escolhidos entre muitos. Também achei estranho o facto de termos de ser nós a telefonar-lhes e não oposto. Fui procurar na net informação sobre a empresa e não encontrei nada, deparei-me apenas com os vossos testemunhos.
Isto assusta-me muito. na realidade já existem empregos em que o patrão se aproveita do trabalhador perante a garantia do seu desespero em manter-se empregado. Questiono-me se não nos fizermos respeitar onde é que as injustiças laborais vão parar. O esquema dessa empresa parece-me um futuro negro que se pode multiplicar e tornar a realidade. Obrigada a todos."
“Só queria dizer, que fui a essa BF Group, e também passei o dia das 10h as 19h, com eles porta-a-porta, e rejeitei o que eles me pediam. Tou desempregado, mas hj vi um anuncio de emprego para essa international markting portugal, e obrigado pelos vossos testemunhos, mas assim ja n vou la fazer nada.....”
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Linha Precários Inflexíveis: 925335549
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FERVE
Fartos/as d'Estes Recibos Verdes
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INICIATIVA LEGISLATIVA DE CIDADÃOS:
Lei Contra Precariedade
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1 MAIO - O PRECARIADO SAI À RUA!
MayDay Porto
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[Fina de transcrição]
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Querem fazer-nos aceitar a desgraça e a miséria que nos impõem enquanto eles mesmos – os verdadeiros autores da crise nacional – se arrogam o direito de nada sofrerem. Sem que eles e os incapazes e arrogantes fidalgos da justiça podre dêem o exemplo não devemos segui-lo nós. Pode ser-se mais justo e claro?
Até antes da campanha eleitoral, os ladrões do presente governo diziam abertamente o que queriam fazer. Desde o início da campanha não param de mentir em todos os azimutes. Aproveitam-se da desculpa da crise para porem em prática o que antes anunciaram. É mais que evidente que uma das razões por que nos mentem e dizem que tudo em breve irá bem é por terem medo duma revolta e de serem corridos e mandados à mãe. As instruções dadas recentemente a uma polícia inapta por falta de treino e de ensino adequados, para espancar os participantes, é uma prova real. Há já cerca de três meses que verdadeiros economistas de renome mundial, não a soldo do neoliberalismo nos afirmavam que «com a política deste governo Portugal está morto.» Literalmente. Não obstante, os malvados continuam a negar as consequências das suas acções. O ministro da economia apenas provou que as teorias que publicou nas suas obras eram todas inaplicáveis: errou em todas as direcções.
Em países até menos afectados pela crise que Portugal, os governos inteiros e os políticos deram o exemplo em colaborarem, reduzindo os seus ganhos entre 20% e 30%. Na semana passada, a França juntou-se ao grupo dos -30%. Em Portugal os F. da P. roubam-nos, escarnecem-nos e gozam-nos com 5%.
Nestas condições, esta canalha infecta e ordinária não têm o direito de reduzir os ganhos a quem quer que seja. Nem tampouco merece um mínimo de consideração. Salteadores.
Quando a injustiça se torna lei, a resistência torna-se um dever.
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