Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


23 de setembro de 2012

Muitas cigarras e poucas formigas

Costuma ser perda de tempo ler ou ouvir os ditos dos governantes porque, depois de espremido, sai apenas água e nem sempre potável. Mas há exceções e, agora, surge, talvez por descuido do Sr. Ministro Miguel Macedo, a afirmação de que Portugal é “um país de muitas cigarras e poucas formigas” (para ler o artigo faça clic no link). A frase tem muito de verdade e merece ser devidamente ponderada.

Em quantidade de pessoas, as formigas são mais numerosas e são as maiores, ou únicas, vítimas da voracidade das medidas de austeridade que não param de lhes sugar o tutano, para benefício das cigarras. Para mais, muitas formigas, na sua vontade de produzir, queixam-se de não as deixarem labutar para seu sustento e das suas famílias e estão confinadas ao desemprego.

Por outro lado, as cigarras (preguiçosas e improdutivas que não param de «cantar» na comunicação social e de explorar as formigas) , embora possam ser em menor quantidade do que as formigas, possuem uma voracidade que não se satisfaz com a total exploração das pobres formigas que pouco usufruem do muito que labutam.

Parece que o Sr. Miguel Macedo advoga a redução das cigarras e a melhoria das condições de trabalho das laboriosas formigas. Convém recordar-lhe que são bem conhecidos os enxames de cigarras a controlar e a reduzir: assessores, deputados, jotinhas, sanguessugas de fundações desnecessárias, peste ligada à invenção de «observatórios» e de instituições que, aparentemente, nada fazem de útil ou indispensável, mas que custam caro às formigas que constroem o «morro de salalé» do erário que alimenta todas as cigarras, PPPs, empreas públicas e autarquicas, etc.

Realmente, estando atento aos muitos e-mails que circulam com informação acerca das cigarras de luxo que abundam escandalosamente num País em crise, em que as formigas sofrem de carências vitais, é justo que se afirme com maiúsculas que somos «UM PAÍS DE MUITAS CIGARRAS E POUCAS FORMIGAS”, pois não há formigas que cheguem para alimentar toda ambição de ostentação das cigarras.

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