Agora que se fala tanto da relação, digamos, heterodoxa, que o novo ministro dos Negócios Estrangeiros manteve com a Sociedade Lusa de Negócios, proprietária do BPN, talvez seja o momento indicado para puxar pela memória – não é preciso fazer um grande esforço – e recordar outra grande figura que também manteve uma relação, digamos, pouco católica, com o banco liderado por Oliveira e Costa.
Os mais distraídos certamente não se lembram mas a verdade é que não foi apenas Rui Machete a adquirir acções da SLN a um preço pornograficamente baixo. Cavaco Silva também o fez. O amigo Oliveira e Costa, que ele levara para o seu Governo, vendeu-lhe – a ele e à sua filha Patrícia – um lote de 250 mil acções a metade do preço a que estavam a ser vendidas ao comum investidor. Entre a data da aquisição e a da venda as acções valorizaram 140%. Espectacular. Leiam com a reportagem que a Sábado publicou sobre o tema – um trabalho mais vasto, da autoria de António José Vilela, que fala de um crédito concedido pelo BPN ao genro de … Cavaco Silva – e digam lá que não queriam amigos destes.
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