Contrariamente ao que possa aparentar, o povo não está a começar a acordar. Senão, vejamos. A inversão do resultado eleitoral era esperada; o que não era lógico era que fosse na medida verificada. Claro que a arrogância do actual governo ligada à sua política neoliberalista que afastou os verdadeiros socialistas de si e se afastaram tanto para a esquerda e para a direita, assim como as medidas e mezinhas tomadas que têm prejudicado altamente a população em geral, deveria ser castigada nas urnas por ser tão recente. Não nos preocupemos, porém, que em relativamente pouco tempo o povo paspalho tudo esquecerá tal como se esqueceu das misérias do Cavaco.
Além do mais, estes resultados, devido à ganância partidária corrupta de corrida ao tacho, mais do que conhecida e assumida desavergonhadamente como o maior roubo e afrontamento ao país, pode mesmo tornar o país ingovernável durante algum tempo. O que talvez não seja assim tão mau como parece caso o povo se revolte, mas alguns oportunistas aparecerão a aproveitar a situação à custa dos parvalhões que compõem a larga maioria da populaça lorpa e desorientada pelo marketing político contra o qual demonstram bem não estarem ainda vacinados.
Em condições «normais» o resultado desta eleição seria um bom augúrio, mas infelizmente não o é. Com efeito, triste reconhecê-lo para quem tenha dois dedos de memória que lhe chegue até ao governo precedente, com o PSD teria sido bem pior. O descalabro estava preparado e até já fora oficialmente anunciado (inacreditável que as pessoas sejam tão profundamente estúpidas e atrasadas a ponto de o terem arrumado para trás da memória): tudo o que até então tinha funcionado como solidariedade social passava a funcionar com dois pesos e duas medidas (como a justiça), serviços para tratar bem os ricos e serviços para espalhar a miséria e a desgraça entre os pobres e matá-los. Ninguém parece já recordar-se que esse governo tirou as ajudas urgentes aos mais pobres, os medicamentos a quem não os podia mesmo comprar, atirou miseráveis e velhos para um gueto de morte, liquidou o direito a advogado quase por completo, etc.
Algumas destas panaceias sociais foram restabelecidas pelo actual governo, mas sempre ao um nível inferior ao do estado anterior. Ultimamente, o governo tem ainda tomado medidas para evitar uma desgraça ainda maior devido à associação da crise mundial com a nacional herdada do Cavaco. É evidente que essas medidas vão aumentar a dívida externa do país, mas vão evitar uma desgraça maior, insuportável para os menos favorecidos, a maioria dos portugueses. Pelo caminho que o governo anterior estava a tomar, ou se começava a morrer aos montes ou seria necessária uma revolução. Talvez que a última tivesse sido melhor em qualquer um dos dois casos.
Não sejamos néscios, que é precisamente com o que a malvadez requintada dos corruptos conta para satisfazer os seus crimes impunemente, que tão bons são uns como os outros. Há muitos outros factores a considerar. O PSD de hoje não tem nada a ver com o de antanho. Passou a ser um partido que tira aos mais pobres para dar aos mais ricos. Tão corruptos são os dum partido como os de outro. O povo é completamente parvo, acreditando nas balelas que os corruptos de todos os partidos lhes contam e esquecendo-se rapidamente das pulhices que lhe fizeram. Inacreditável, estúpido a mais não poder: quanto mais banha da cobra ladram os malvados, mais o povo acredita, como todos os parvalhões e logo emprenham pelos ouvidos.
Aliás, foi precisamente por isso e por o saber que a Manela Leiteira escolheu o Porco em Pé que grunhe, guincha, ruge, ladra e gesticula na Lavandaria Nacional como um autêntico mentecapto e mentindo como o aborto perverso que é. Bem podia ir buscar factos com razão para atacar, que não faltam, mas é o seu procedimento de ordinário e de rasca que move uma populaça não menos ordinária nem menos rasca. Está em família para poder caçar os votos dos tolos suicidários. É o que o povo desmiolado e incapaz de reflectir quer ouvir; não pensa, adopta tudo o que ouve dos corruptos simplesmente porque estes ocupam cargos oficiais de importância que nunca deveriam ocupar. Viu-se bem pelos discursos do Porco em Pé.
O seu lema era que o seu partido iria fazer melhor pelo país, como de costume. Isto passou muito bem porque os desmiolados já se esqueceram do que o seu partido estava a preparar contra a nação e até de que na origem da crise interna estão os roubos, a má administração, a falta de preparação profissional, a falta de médicos, etc., etc. dos governos do Cavaco. Ao que parece, este deve ter reflectido sobre a sua responsabilidade e tem presentemente um discurso muito diferente daquele de quando era primeiro-ministro. Concedamos que se o Cavaco é o primeiro responsável da miséria actual interna, não fala nem procede hoje como no tempo em que tramou o país. Isto, porém, não o iliba da responsabilidade da consequência dos seus actos.
O único caminho, se se quiser verdadeiramente melhorar é o de acabar com este regime fundado sobre uma constituição concebida para que o povo, que deveria ser soberano, seja uma mera máquina acéfala com o único uso de gerar os votos necessários para darem poder aos bandos oligárquico-mafiosos que se revezam no assalto ao estado. O Cavaco, na sua referência à abstenção, chamou a esta chacota uma democracia. Ora numa democracia o povo tem mão nos políticos e isso nem a miserável da constituição o permite. A constituição portuguesa foi redigida com a intenção de permitir o que agora existe, nem há outra hipótese.
Se olharmos um pouco mais longe, para fora das fronteiras, para a verdadeira Europa e não para a estrumeira dos desprezíveis selvagens sanguinários aqui ao lado, poderemos saber o que é uma democracia. Por aqui nada se conhece, tudo é escondido para evitar que algo mude para melhor, que se trate da saúde aos corruptos e se coloquem os políticos no seu lugar de obediência ao povo soberano. No entanto, há muitos séculos que isso existe: uma democracia em que o povo é verdadeiramente soberano.
Foi por isso que os povos suíços tomaram as rédeas nas mãos e a liberdade dos políticos é limitada a um mínimo apenas funcional, como deve ser, praticamente concebendo projectos de lei em oposição a contrapropostas que o povo escolhe, aprova ou recusa. A nossa constituição é absolutamente anti-democrática. Ter uma não significa ser uma democracia, não significa absolutamente nada. Não houve sempre uma constituição durante o Estado Novo?
Não se conhece nada porque a corja jornaleira, em aberto conluio, encobre praticamente tudo o que possa interessar ao povo e que possa conduzir a um melhor sistema. A escuridão por eles gerada tem sido tão profunda que nos podemos perguntar se, por mera falta de conhecimentos, o povo teria capacidade para tomar as decisões que lhe conviessem num regime como o suíço. A não esquecer que os suíços têm mais de sete séculos de experiência. Quando vemos o comportamento dos pais portugueses em relação às escolas e aos professores temos que ficar com sérias dúvidas sobre a capacidade que essa gente teria para tomar decisões. Todavia, pior que o que se passa actualmente seria bem difícil.
Que risota, o tipo que lançava olhares de cobarde durante mais que o primeiro ano da sua presidência, o Sampaio, chegar a falar num acordo entre partidos. Seria a maior das desgraças para o país. Uma corja ainda menos movível. A melhor prova de que todos são iguais verificou-se aquando da votação da lei de financiamento dos partidos onde só houve um político honesto, a excepção que prova a regra. Isto havia de ser na Suíça!... Não se atreveriam nem se poderiam atrever, com o princípio por que se regem e o ditado que têm: estado (políticos) rico e povo pobre ou estado pobre e povo rico.
Açaimá-los e pôr-lhes um cabresto é a única solução, Portugal não é excepção e tanto os exemplos como os resultados demonstram esta necessidade imperiosa.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
10 de junho de 2009
Resultados Eleitorais
Autor: Mentiroso às 00:35
Tópicos: Abdicação cívica, Abuso, Arrogância, Ataque à democracia, Crime compensa, Democracia directa, Desonestidade, Hipocrisia, Mentira, Propaganda
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 mentiras:
às armas! Corramos com os ladrões!
Enviar um comentário