Mais uma entrevista sem interesse, a de hoje. Supérflua. Nada nos disse e tudo tentou esconder. É assim que um dos maiores partidos nacionais tenta enganar-nos para ganhar as eleições – quer que votem nele, mas não apresenta um plano de governo! Nojento. O método, concebido por técnicos de marketing, foi adaptado às mentalidades da maioria dos eleitores.
Desta feita, a Judite de Sousa, que costuma desiludir-nos pela sua falta de persistência ou modo desadequado de o fazer, ainda mostrou fazer alguns esforços, poucos. Debalde. Bem cedo desistiu, nem aproveitando as deixas.
Não é que não pudesse actuar muito melhor, trazendo alguns pontos fulcrais directamente à conversa, sobretudo aqueles em que a entrevistada já se manifestou repetidamente, mas em que há muito se retrai cobardemente, escondendo as suas más intenções. Destes, os mais importantes e que a todos interessam, são certamente aqueles que se referem à sua intenção (juntamente com o Cagão Feliz) de reformar os sistemas de saúde e de segurança social. O propósito tão anunciado, como todos devem recordar-se, caso a pub política ainda não tenha apagado as suas memórias raquíticas, era o de acabar com o modo solidário e universal desses dois sistemas. Seriam reformados e substituídos por outros, cada uma a dois níveis: um para os ricos, pago por eles, como nos EUA, e outro para os pobres.
Já se está a ver o resultado. Os pobres votados ao abandono e os mais ricos a pagarem tudo a 100%.
No país da Europa onde a fossa entre os mais ricos e os mais pobres é de longe a maior, onde a diferença de rendimentos entre ricos e pobres é também a maior e mais desproporcionada da Europa, ainda existem malvados ou atrasados mentais em elevado grau que, como papagaios repetem as falsidades das máfias oligárquicas e crêem dizem e parvamente que isto é uma democracia.
Ainda há quem esteja tão estupidificado a ponto de acreditar que só nas democracias se vota. O mundo está cheio de exemplos e o último foi o das eleições no Afeganistão. Com as historietas de gente tal que o Rosas, que tem tentado reescrever a história, nem se recordam que durante quase todo o tempo do Estado Novo também se votava. Até dos casos das eleições em que os Generais Humberto Delgado e Norton de Matos se candidataram, que o provam tão simplesmente, se esqueceram completamente.
Com esta falta de memória, não entregarão facilmente as bolsas e a vida a qualquer seita de ladrões políticos? Basta cantarem-lhes uma ou duas canções de embalar e os mamões mamam logo tudo.
A Judite não conseguiu recuperar nem quando a Leiteira lhe declarou que os assuntos principais em que iria trabalhar seriam as «áreas económica e de solidariedade». Uma profissional idiota que não teve a evidente ideia de lhe perguntar se os seus planos sobre esses assuntos seriam os que ela e o seu parceiro da desgraça, o Cagão Feliz, tinham anunciado com tambores e fanfarras quando estiveram no governo! Escondê-lo agora, como faz, só pode ser um acto de cobardia e de má fá. Cobardia, porque não assume o que projectou; má fé, porque o encobre para enganar a população.
A Manela passou mais da terça parte da entrevista a dizer que não diria o que ia fazer. Quando um político quer à viva força que se vote nele, como todos, e não apresenta qualquer plano, credível ou não, porque será? De certo crê que os eleitores são suficientemente estultos para lhe darem carta branca e não será por isso que deixarão de votar nele.
Agora, todos podem reclamar das patranhas do Sócrates aldrabão; mas depois, se tivéssemos a desgraça dela ganhar – o que é mais que incerto – não se podia reclamar, qualquer que o seu crime fosse. A justificação poderia ser franca e espontânea, calando todas as bocas: não disse que iria fazer fosse o que fosse... Votar nela é votar nisto, numa carta branca.
Tudo o resto estará mal no governo do Sócrates e mesmo que não tenha feito o necessário para a sustentabilidade a longo prazo da segurança social e do péssimo sistema de saúde, nem para que pudessem ser dignos desses nomes, pelo menos não os destruiu como esta nos garantiu que o faria com trombetas e só não o fez for ter sido corrida antes. Que sorte tivemos todos!
Esses sistemas nacionais são uma das causas que fazem de Portugal a estrumeira da Europa. Os estrangeiros têm medo de adoecer por cá, mas os nacionais são obrigados a se deixarem matar impunemente por raramente poderem procurar socorro por outras paragens. A Leiteira renuncia confirmar as suas ideias anunciadas acerca deles.
Interessante nessa entrevista foi também o estilo assumido pela Leiteira: só lhe faltou ter levado umas asinhas e uma aura para parecer um anjinho ou uma santinha. Marketing do mais descarado, mas que ela e os seus conselheiros sabem bem ser apropriado à mentalidade da generalidade dos eleitores, a grande massa, que se julga super inteligente e conhecedora devido ao orgulho e auto-estima insuflados por jornaleiros e oligarquias que os chupam e gozam, que tudo mama, nem se dá conta e votará nela – ou seja, ditará a sua própria condenação.
É tempo de acabarmos com este estado. Os políticos governantes têm que ser controlados, que prestar contas dos seus actos, do que ganham e do que roubam, de assumir a responsabilidade. Não podem continuar a parasitar o estado, a ocupar todos os lugares que deveriam ser postos a concurso. Com parasitas a ocupar os lugares de gente competente, a administração não pode ser eficiente. O controlo sobre estas oligarquias mafiosas tem que ser geral e obrigatório. Ou continuemos com a cabeça na cloaca.
Adenda: Em 27-8-2009, Mário Soares, por outras plavras emitiu uma opinião que muito se assemelhou à constatação deste post. A entrevista da Leiteira não nos disse nada sobre o que nos esperaria se acaso tivéssemos o azar dela ganhar as eleições. Porque não é um partido que ganha, mas a linha de conduto da chefia da oligarquia do momento. Isto que acontece com o PSD é o que já aconteceu com o partido do Sócrates, não o Partido Socialista.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
20 de agosto de 2009
O Que a Manela Leiteira Nos Prepara e Nos Esconde
Autor: Mentiroso às 23:58
Tópicos: Abuso, Credibilidade, Desonestidade, Incapacidade
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