Soneto de José Régio escrito em 1969 sobre Salazar e o seu tempo. Dir-se-ia que foi há menos de uma semana. A este respeito pouco muda em Portugal, apenas altos e baixos. Pelo menos as moscas são as mesmas ou as descendentes. Os caracteres até parecem os do momento exacto que se vive. Note-se que os 6 contos de então eram muito menos do que aquilo de que os biltres usufruem agora. Roubam-nos! Recebido por e-mail.
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
21 de outubro de 2010
O Decreto (Orçamento) da Fome
«José Régio e o seu burro» - por Hermínio Felizardo
Surge Janeiro frio e pardacento,
Autor: Mentiroso às 00:44
Tópicos: Absolutismo, Abuso do poder, Miséria nacional
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