Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


3 de novembro de 2007

Os Assassinos da Estrada

Os portugueses continuam a matar-se nas estradas a si mesmos e aos outros. A quantidade de mortes é maior do que nalguns países em guerra. As diminuições, tão frequentemente proclamadas por uma jornaleirada mentirosa, nunca têm passado de meras flutuações num aumento que se tem verificado mais ou menos contínuo. Este ano, para não variar, o aumento é mais uma vez aterrorizador. Como se o facto não fosse só por si suficiente, ainda matam cada vês mais peões.

Durante as últimas décadas, levados pelos exemplos dos políticos corruptos, os portugueses tornaram-se num dos povos mais incivilizados do mundo, independentemente das classificações atribuídas aos países sob qualquer critério. Daí também a desconfiança que reina entre eles. Em toda a Europa se conhece, menos em Portugal, onde tudo é escondido pela corrupção política e jornaleira. Quando um repórter pergunta a um estrangeiro a sua opinião sobre Portugal, a população ou a comida, só um campeão da estupidez poderá acreditar que o interpelado vá dizer que não gosta de alguma coisa. Vão ouvi-los de volta nos seus países a falar das suas férias e logo conhecerão a verdade.

Esta falta de civismo e de consideração pelo próximo, de serem incapazes de viver em sociedade é descomunal e mostra-se claramente no seu comportamento e por todo o lado, sobretudo pelas pequenas coisas. Um exemplo gritante é como estacionam num espaço de dois lugares, ocupando ambos. Os outros que se lixem. São mentalmente incapazes de se juntarem. Continuam a cantarolar que “O povo unido jamais será vencido”, não compreendendo que o contrário também é verdade. Em Portugal não existe consciência cívica; foi totalmente apagada pela corrupção política. Em seu proveito.

Nenhum português se considera mau condutor, são sempre os outros. No entanto, ao conduzirem, retiram a máscara e revelam claramente como são. Políticos e jornaleiros insuflaram um orgulho demente na população e que disfarçam, chamando-lhe auto-estima, unicamente por interesses próprios corruptos. Em consequência, crendo-se tão avançados e perfeitos, ficaram inibidos de reconhecerem os seus defeitos para os poderem corrigir, pelo que só puderam piorar continuamente, logicamente, atingindo o ponto em que se encontram.

Como podem, pois, reconhecer que o seu ridículo orgulho, oco e fútil, sem base nem justificação, para além de lhes impedir o progresso os transformou nos piores assassinos da estrada? Tanto que transformou e que não o compreendem, que persistem e continuam a matar-se.

A obrigação dos políticos governantes seria a de corrigir o mal, compelindo e ajudando a população a civilizar-se, mas no meio de tudo isto, os políticos, com uma pura malvadez assassina, em lugar de tomarem as medidas necessárias para evitar a desgraça, gozam os carneiros, sacando-lhes dinheiro com controlos de velocidade, dos quais muitos dificilmente poderiam ser mais estúpidos. Põem obstáculos nas estradas, como se fossem gincanas. Mandam a polícia fazer caça à multa, dizem que a culpa de tudo é da velocidade e do álcool. Se assim for, então porque o fazem e continuam? E porque é que os países onde a velocidade nas auto-estradas não tem limite, são dos que menos acidentes registam? A questão da velocidade ser demasiada ou não é bastante subjectiva e particular em cada caso, dependendo de vários factores, os quais nem são suficientemente analisados nos manuais de aprendizagem mal concebidos e praticamente inúteis.

A selvajaria geral é a causa número um das mortes na estrada, mas não só. Nunca falam nas armadilhas que os parasitas que nomeiam têm sistematicamente espalhado pelas estradas de todo o país, como delegados de Satanás.

  • Os semáforos não são adequadamente sincronizados, obrigando frequentemente os condutores a acelerar. Vemos nas outras cidades europeias que a sincronização possibilita atravessar as cidades sem parar fora das horas de ponta, mantendo uma velocidade regular de 50Km/h.
  • Não há radares nos semáforos para fotografarem quem passa ao vermelho. Quebram o direito de defesa e de prevenção ao tornarem os detectores de radares ilegais. Afinal, o que importa não é a prevenção, mas a extorsão. Quem souber da existência dum rada,r abranda; se não souber pode matar-se, mas paga a multa.
  • A sinalização é desadequada, por vezes contradizendo-se. Os sinais de fim de qualquer obrigatoriedade são raros. As marcações nas vias estão frequentemente invisíveis e grande número delas parece ter sido copiada de desenhos de atrasados mentais.
  • Um enorme número de estradas foi mal concebido. Algumas delas até ganharam renome internacional. Foram concebidas pelos nomeados dos partidos que as construíram, tão aclamados na altura do crime pelos corruptos que os nomearam e cujos crimes continuam impunes. Algumas estradas encontram-se em estado impraticável.
  • Muitas passagens de peões não promovem a segurança para que se justifique a sua existência. Outras estão colocadas em locais que os peões rejeitam por inconvenientes. Seria preciso colocá-las onde os peões as querem e torná-las seguras. Em países civilizados, quando mal colocadas são deslocadas.
  • Estacionamentos perigosos são permitidos, tanto em curvas como até em cima das passagens de peões (o Código da Estrada proíbe-os, mas não passa de teoria; veículos da polícia passam constantemente por eles como se nada fosse). Não é raro ver veículos da polícia estacionarem em lugares proibidos precisamente devido ao perigo que geram. Preocupam-se com bloquear rodas obrigando os veículos a continuar a infringir as regras em lugar de os rebocarem. É mais uma cópia do que está mal noutros países. Esta vem-nos dos EUA, em que passa primeiro um polícia a cavalo e faz marcas no rodado dos pneus com um ponteiro longo; algum tempo depois passa a carrinha com os bloqueadores e aqueles que ainda lá se encontrarem são bloqueados.


Somos governados por verdadeiros tarados, pois que todos os postos de responsabilidade estão nas mãos de corruptos parasitas e incompetentes, que ocupam esses cargos por nomeação e não por concurso, por serrem militantes das oligarquias políticas ou seus amigos. Ou serão apenas malvados que querem que o povo se mate nas estradas?

Mais factos elucidativos podem ser encontrados nos links ao alto da coluna azul, sob o título "Sangue na Estrada".

Aditamento

Leia-se a opinião da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados no seu artigo intitulado Uma tragédia à espera de acontecer, sobre os recentes assassínios no Terreiro do Paço, assim como as armadilhas espalhadas pelos corruptos parasitas que ficam sempre impunes, como citado no presente artigo.

8 mentiras:

A. João Soares disse...

Uma boa análise, muito completa. Quem tem poder para dar a volta a isto no sentido de maior civismo não o pode fazer porque passa a vida a dar maus exemplos. A cada passo vemos comitivas em excesso de velocidade pisando todos os riscos, dando a pior imagem da legalidade.
É preciso falar bem alto para que eles acordem e dêem um passo no sentido correcto.
Como cidadãos português, felicito o autor deste texto pela coragem aqui demonstrada.
Um abraço

LMB disse...

Boa!
Finalmente alguém diz alguma coisa com sentido.
Mais algumas reflexões.
Já repararam que a maior parte dos condutores não conhece o mais básico do código das estrada.
Ninguém conhece, por exemplo, as regras da prioridade. Dou um exemplo, quando um condutor se apresenta pela direita, vindo de uma rua mais estreita e sem qualquer sinalização que o faça perder a prioridade, fica especado tempos infinitos à espera que os que lhe deviam dar prioridade mas não dão porque circulam numa via mais larga, passem para, finalmente entrar. Naturalmente que eu não quero que ele se "atire" contra os outros mas, como qualquer condutor sabe, há maneira de dar a entender que queremos entrar. Quando questionamos os que não dão a prioridade, neste tipo de situações, eles respondem, invariavelmente, que circulam numa via principal. Principal, pergunto eu, o que é isso e a prioridade? Isso não interessa não vês que eu circulo na via PRINCIPAL!!!!!
E afirmam que isso - via principal - existe.
Experimentem.
Outra, há tempos contaram-me uma, suposta, anedota sobre o conceito de "cagajézimo de segundo" que era, nem mais nem menos que o tempo decorrido entre a passagem do semáforo a verde e a apitadela do condutor que está na fila. Pois eu às vezes também buzino pela simples razão de, ao contrário de muit, muita gente, não passar sinais vermelhos. A realidade é que os portugueses, ao contrário dos nossos vizinhos e muitos outros, só, um pouquinho antes de o sinal voltar a fechar, é que se resolvem a arrancar e depois muitos outros que estavam na fila, calmamente passam com o amarelo e o vermelhinho. Aliás quando há duas faixas no mesmo sentido só arrancam quando o do lado arranca.
Não é preciso fazer como os espanhóis e menos o franceses que arrancam "um cagajézimo de segundo" antes do sinal verde aparecer.
São só dois exemplos dos modos de condução dos nossos conterrâneos.
Para não cansar não vou falar dos bófias porque desses, das cartas que lhes envio sobre as suas irregularidades e sobre as respostas dos seus chefes, tinha de escrever um livro. Também tenho algumas fotos giras sobre os critérios utilizados pela bófia na fiscalização que, se não fossem indutores de possiveis tragédias, dariam vontade de rir.
Fica para a próxima
Luís Braga

Mentiroso disse...

Caro Braga,
Obrigado pelo comentário acertado. Talvez queira ver os links do post.
A questão da via principal é simples. Essa regra mal enjorcada, como a maioria das de concepção nacional, existiu efectivamente em tempos de antanho e foi modificada para seguir o rumo internacional. Como se sabe, o atraso nacional era de cerca de 52 anos há cerca de dois, tendo sido de pouco mais de vinte antes da Abrilada. As mentalidades também e levam o seu longo tempo apara compreenderem qualquer coisa. Por demais, com as crianças educadas por pais selvagens e atrasados, que mais esperar? Isto, claro não serve de desculpa, mas apenas de esclarecimento. Além disso, o atraso no ensino não se limita ao didáctico, pelo que engloba tudo, incluindo a condução. Quem manusear um pouco os manuais de condução até poderá ficar admirado como os portugueses ainda conseguiram aprender alguma coisa. No entanto as regras, mais ou menos copiadas das internacionais (não concebidas pelas iluminadas mentes nacionais), são mais ou menos lógicas. Tão lógicas que eu nunca tive lições de teoria e passei o exame à primeira. É preciso querer usar a sua própria cabeça em lugar de se habituar a dar ouvidos às asneirolas que pairam no ar vindas de politicoides e de jornaleiroides. Num país iletrado, onde se concedeu demasiado poder a quem não o deveria ter, são esses que influenciam a sociedade e a sua mentalidade. E a cada pequena correcção do Código da Estrada dizem-nos que é um novo para encobrirem os enormes aumentos de penalidades que o tempo provou para nada terem servido.

Ena Pá! disse...

Não sei se os portugueses vão lá com a prevenção, com penalidade ou com o que quer que seja.
Tenho um familiar, pertencente à "geração rasca", que quando era miúdo se postava à janela da avó materna e ia avisando, cada automobilista que tentava estacionar, sobre a sua (deles) candidatura à multa.
Invariavelmente os avisados respondiam-lhe:" és tão pequeno e já sabes tanto!"! O menino apenas pelo tom percebia que era mau. Ou seja, não acreditavam no aviso e ainda por cima distorciam a capacidade-genuína-da criança para o exercício da solidariedade.
Por isso é que digo que não há gerações expontâneas

Mentiroso disse...

História interessante e reveladora a do miúdo.

Não, as gerações não são nem nunca foram espontâneas, são moldadas pelos predecessores, os progenitores, palavra esta com que um enorme número de iletrados (revelando o estado mental geral do país) pretende substituir os vocábulos "pai" "mãe" e "pais", como se o sentido fosse o mesmo.

Não, os portugueses não vão lá com a prevenção que se faz nem com penalidades. A causa está muito mais entranhada e só lá vão com a aprendizagem de educação, princípios e civismo desde que nascem, do que, obviamente, aqueles que lhas têm administrado e administram se revelam um desastre em incapacidade. É esta a origem de quase todos os males nacionais a que nenhum governo até hoje quis prover, quando nos países que passaram a ser "avançados" isso se verificou logo a seguir ao fim da Seg. Guerra Mundial. Infelizmente, esta não é a única causa da matança em curso, a corrupção política e a incompetência dos (ir)responsáveis pela circulação não podem ser desprezadas.

Bom fim de semana.

maisumpontodevista disse...

Será que ainda vou a tempo de enviar um comentário? Bom, devo ser o único português que tem consciência que é um péssimo condutor, que não é um às do volante (tipo Ayrton Senna - mas esse também morreu ao volante, não foi?). Por isso sinalizo sempre as minhas manobras, nunca circulo acima dos limites máximos nas localidades (nem chego perto...), respeito os peões (embora muitas vezes eles não se respeitem), tenho atenção à prioridade, não avanço em cruzamentos quando verifico que tudo está "entupido", páro quando o semáforo "fica amarelo" e verifico que tenho tempo para parar, e NUNCA estacionei em cima de passeios, nem ocupei dois lugares com o meu carro. Pois o problema é que sou assobiado, insultado, "buzinado" sempre que cumpro o Código, principalmente no que concerne à velocidade a que circulo e no respeito pelo "sinal amarelo". E quando páro em passadeiras em Lisboa que não são controladas por sinalização luminosa? Aí as buzinas parecem directamente ligadas ao cérebro dos condutores que têm o azar de vir atrás de mim, tipo ligação "wireless"... Não achas que assim é difícil continuar a tentar fazer as coisas correctamente? É que a maior parte dos meus conhecidos considera que devemos todos agir da mesma (má) maneira, porque "em Roma sê romano".

Mentiroso disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

Mentiroso disse...

Amigo "ponto de vista",
Há ditados que quando mal aplicados distorcem o sentido que deveriam ter. Esse é um deles. Quando mal usado como mencionado pode significar "Dentro dum manicómio sê louco", ou "Entre pederastas sê como eles", etc., etc.
Se és a excepção, continua e tem personalidade suficientemente forte para deixares o caneiro correr a teu lado sem que te suje.