Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


4 de dezembro de 2007

Os imponderáveis da Paz e a guerra

A paz é uma situação muito instável, porque os poderosos podem «brincar» com os seus armamentos e exércitos e colocar um país ou uma região ou mesmo o mundo em polvorosa sem se saber bem porquê. Grande número de pessoas perde a vida ou fica estropiada sem ter qualquer culpa do estado de loucura que afectou cérebros movidos por interesses não confessados. Haveres destruídos, obras de arte, com valor histórico e arqueológico desaparecidas apenas porque um indivíduo irado e precipitado não merecia ter à sua disposição tanto poder demolidor.

Há dias vi a notícia de que «Ben Laden exige a europeus que deixem o Afeganistão». A televisão Al-Jazeera transmitiu uma cassete áudio do chefe da Al-Qaeda dirigida aos europeus em que este exige o fim das operações militares no Afeganistão, e iliba o povo afegão de qualquer responsabilidade nos atentados nos Estados Unidos em 11 de Setembro de 2001.

Segundo ele, "a América obstinou-se em invadir o Afeganistão; a Europa seguiu-lhe os passos". E apela "Convém que peçam aos vossos dirigentes, que se acotovelam diante da Casa Branca, que actuem de forma consequente para acabar com a injustiça imposta aos oprimidos."

Confessa: "a verdade é que os acontecimentos de Manhattan (Nova Iorque) foram a resposta aos massacres pela aliança americano-israelita do nosso povo na Palestina e no Líbano. Sou o responsável. Todos os afegãos, governo e povo, não tiveram qualquer conhecimento [disso]."

E acusou também os países que participam na guerra no Afeganistão de visarem "as mulheres, as crianças e os civis", não respeitando a "ética da guerra". E acrescentou "o avançado americano está prestes a perder terreno. Vão partir."

Isto faz-nos pensar nos objectivos e nos resultados das operações militares no estrangeiro. O que melhorou na vida do povo afegão? Quais os verdadeiros resultados para a felicidade das populações obtidos com a presença dos militares? E no Iraque? Que respostas lógicas e verdadeiras serão dadas a estas perguntas? O mesmo para o Kosovo e a Sérvia? Depois de tantas destruições de vidas e haveres, resultou algum benefício para alguém, além dos fabricantes de armamento? E queriam agora iniciar outro crime semelhante no Irão com base em mentiras pois hoje sabe-se que já desistiram há quatro anos de construir armas nucleares.

Seria mais interessante, humano e moral desenvolver o diálogo a fim de se implementar um bom entendimento, abolir a desconfiança e criar um ambiente de harmonia e colaboração para benefício de todos, principalmente dos mais carecidos. A verdade é que, em caso de conflito, são sempre os mais desprotegidos que acabam por sofrer mais e verem a sua miséria acrescida.

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