Grandes jornalistas temos! A Águas de Portugal está à beira de dar o estoiro e os aldrabões não nos dizem porquê. Os débeis mentais dizem que a empresa está «débil». Provavelmente precisa de reconstituintes. (Noticiado em 4-7-08.)
Em todos os países os serviços de distribuição de água funcionam normalmente e sem percalços económicos. Um problema, todavia, caracteriza-os nos países do terceiro mundo: as perdas de água na distribuição são directamente proporcionais ao atraso do país, ou seja, quanto mais atrasado este se encontrar maiores são as perdas na rede de distribuição. Em Portugal são enormes. Em Lisboa são da ordem dos 35%. Só.
Existem indícios claros de má administração e de esbanjamento do capital da empresa. Aliás, é como tudo que esteja dependente dos governos ou que seja financiado com o dinheiro da população. Fazem-se pagar os serviços muito mais pesadamente que nos outros países e esbanja-se e rouba-se o capital. Porque é um roubo que administradores e pessoal altamente colocado se apodere de ordenados escandalosos, mais altos que nos países ricos; daí o roubo.
Com efeito, de acordo com o noticiado, num país onde a miséria se alastra, os administradores roubaram a empresa para com o produto do roubo comprarem popós num valor que atingiu os €2,5 milhões (a crise não é para todos; para os parasitas corruptos de certo que não). Inacreditável, mas real. Para quê e com que direito, a não ser aquele que eles próprios se outorgam? Por demais, recebem salários de montantes de mais de 20 vezes os dos empregados comuns. A cambada dos políticos rouba descaradamente os seus salários ao povo e permite que esta gentalha os imite. Com que direito? A ganância agrava enormemente a crise dos roubados.
É evidente que quem assim administra uma empresa deixará também correr o restante ao sabor da corrupção. Os dois factos, salários indecorosos e esbanjamento, são muito mais do que simples indícios do que se passa com a empresa, são provas explicativas.
Não obstante a evidência, os abortos jornaleiros da RTP apresentaram-nos uma reportagem em que nem sequer tocam nestes dois pontos fulcrais. Será por aprovação da corrupção e para esconder? Não se vê nem se compreende outra razão para tal procedimento anti-profissional. É uma das facetas da farsa da desinformação nacional.
Não temos quem nos informe com rectidão, honestidade e profissionalismo; trabalham ao biscate e escondem cobarde e corruptamente. Porém, o seu orgulho mal colocado brada aos infernos, onde eles pertencem pelo seu procedimento. Vários procedimentos de vários modos bem clássicos. É realmente um caso clássico que quando se é rasca e inferior e disso se tem uma certa consciência, se gera automaticamente um complexo de superioridade para contrabalançar a baixeza de procedimento e de mentalidade. No mesmo sentido também é conhecido que quanto mais fraca e insegura a personalidade, mais vincada é a caligrafia da assinatura da personagem. Assim, na RTP, por exemplo, em lugar de apresentarem os nomes dos seus autores ao fim do tópico e em letra de tamanho mais reduzido que os restantes subtítulos, como observamos nas outras televisões europeias, vemos que eles são apresentados ao princípio e em caracteres do tamanho dos títulos. Só estas duas características patenteiam e definem a arrogância dos miseráveis incompetentes.
Nos mesmos noticiários em que nos falaram das Águas de Portugal, ouvimos ainda uma alocução da Márcia Rodrigues – realçada por muitos efeitos especiais de estilo palhaçada visual e sonora – sobre o porquê da continuada subida do preço do petróleo. Há cerca de duas semanas, a CNN que também não se priva de algumas palhaçadas, apresentou uma verdadeira reportagem sobre a análise das causas da subida desenfreada do preço, salvo erro operada por uma comissão do congresso dos EUA. A conclusão foi que a especulação era de longe a maior culpada e que se podiam adoptar medidas contra ela, embora tais medidas não tenham sido tomadas.
A Márcia levou todo este tempo até agora a digerir o acontecimento, se é que está mesmo ao corrente da análise operada pelo congresso e colocou o motivo especulação a um nível equiparável aos restantes. Ou seja, simplesmente desinformou. De notar que a Márcia já não é o pobre diabo que era há uns anos. Aprendeu no terreno com os seus colegas internacionais, não na escola de jornaleiros nacional. É até de admirar que esta sua intervenção tenha sido um lamentável falhanço como informação correcta.
Para além do atrás mencionado, o clã jornaleiro tem ainda uma grande parte da responsabilidade da incapacidade actual das pessoas em se exprimirem e dos erros que escrevem, devido à inaptidão do ensino que não lhes proporciona as bases necessárias para resistirem à má influência jornaleira. Se ouvirmos os noticiários, por exemplo, ficamos com a ilusão de que em Portugal há constantes raptos com tomada de reféns, pois que a tudo que se refira ou compare a uma libertação de qualquer género, os monstros chamam «resgate». Outro exemplo: quem tenha lido as legendas do documentário sobre chocos na RTP-2, no mesmo dia das notícias que fazem objecto da presente apreciação, deveria ter notado o enorme número de frases com o sujeito separado do predicado por uma vírgula. Como se poderão classificar tais bestialidades?
Ainda nesse mesmo dia, a RTP apresentou um extracto da entrevista de Sarko pela Televisão France 2 na semana anterior! Informações enlatadas?
Não só desinformam como enganam e mergulham quem os ouve e vê na mais perfeita ignorância.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
13 de julho de 2008
Corrupção Encoberta na Águas de Portugal
Autor: Mentiroso às 23:11
Tópicos: Corrupção, Descaramento, Embuste, Esbanjamento, humildade, Impunidade
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4 mentiras:
Os jornalistas -atenção: a maior parte- são os responsáveis pelo branqueamento de certas situações.
Vejam o caso do "fumador do Casino Estoril", o director-geral da ASAE, apanhado em flagrante.
Calaram-se como ratos;
Vejam o caso, da mesma ASAE sobre os objectivos documentados;
Calaram-se como ratazanas;
Leiam, ao Sábado,no CM, a crónica do Emídio Rangel, que foi director da SIC.
Os jornalistas (atenção:a maior parte) estão mais preocupados com os postos de chefia ou outros interesses que estão nos seus "horizontes".
Vejam como "alguns" são "colocados" nos mais diversos "serviçinhos"...
... e depois, vejam como esles "escrevem" e da maneira como "comentam".
E... a suas "opiniÃES"...
É fácil...
Caro Camilo,
É um comentário justíssimo que vem acrescentar casos àqueles já expostos. Na realidade até fica muito para dizer, só que o post já vai longo e se se contasse tudo não teria fim. Obrigado.
Olá,
Passando para conhecer seu interessante espaço e desejar uma linda semaninha e paz. Voltarei outras vezes.
Smack!
Edimar Suely
jesusminharocha.blig.ig.com.br
E quanto a jornaleiros, quanto ganham os «pivôs» da RTP?
Por isso se encobrem uns aos outros.
Por falar em ordenados, veja o caso do V Constâncio. Ele como licenciado, ganha 23 vezes mais do que o português médio e que corresponde a 5 vezes mais do que o Doutor S. Bernancke, presidente da Reserva Federal Americana que ganha apenas 4,3 vezes mais do que o americano médio. Em valores nominais, Constâncio ganha 2,5 vezes mais do que o Doutor S. Bernancke
Este, além de ser doutorado em Economia e 1979 no MIT tem um vasto e rico curriculum que o tornaram merecedor de ser nomeado por mérito para as actuais funções, o que não acontece com Constâncio.
E agora, surgiu a notícia da venda da Águapor à Bragaparques, a tal protagonista de muitos casos mediatizados como o Parque Mayer, a Feira Popular, e muitas outras maravilhas por esse País fora.
Razão tem o FMI ao dizer que a crise é muito grave em Portugal devido a factores domésticos.
Para onde estaremos a caminhar???
Abraço
A. João Soares
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