Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


7 de novembro de 2009

Corrupção. Será agora o combate?

A corrupção, usufruindo de impunidade, chegou a um grau que ultrapassou todos os limites imagináveis. O caso Face Oculta é, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, mais abrangente do que o Freeport, vai ser mais longo e a factura pode ser mais pesada para o partido do Governo. Enquanto o Freeport era um caso marcadamente personalizado e direccionado para uma figura do PS, o ‘Face Oculta’ envolve empresas públicas, antigos governantes e autarquias.

Fernando Ulrich, presidente do BPI, manifestou a sua preocupação pelo facto de as revelações sobre o processo 'Face Oculta', que por envolver várias empresas públicas, provocarem o "alastramento do clima de desconfiança nas pessoas e nas instituições ", prejudica toda a vida nacional. Em quem podemos confiar? Haverá alguém que mereça confiança? É urgente esclarecer o que se passou.

É urgente iniciar o combate a esta chaga social, sendo indispensável, segundo Fernando Negrão, começar por criminalizar o enriquecimento ilícito e fazer a inversão do ónus da prova. O País não suporta mais os casos de corrupção que se multiplicam. Os portugueses vão exigir legislação no combate à corrupção. Porém, há precauções a ter, pois as ingerências dos políticos na Justiça, condicionando erradamente o seu funcionamento, enfraquece-a e, por inerência, dificulta o combate à corrupção. Um executivo não pode dizer ao poder judicial como deve agir. Algo não está bem quando o partido rejeita as propostas dos partidos da Oposição e do próprio João Cravinho. Há que encarar seriamente a moldura penal do crime económico de modo a que possa ser aplicada a prisão preventiva como medida de coacção. É preciso reflectir sobre isso.

No entanto, é um bom sinal que na AR tenha havido consenso da oposição em bloco na necessidade de combater a corrupção e o enriquecimento ilícito, como foi manifestado por PSD, PCP e Bloco de Esquerda que vão apresentar projectos de lei, tendo o PCP já entregue o seu diploma.

Para efectuar um combate efectivo à corrupção, Manuel Alegre considerou que é preciso o "empenhamento de todos os poderes" do Estado. É sabido que está instalado na sociedade um sentimento de 'impunidade', o que exige, para o combate ser eficaz, que ninguém fique indiferente a este fenómeno. A urgência deste combate já ficou bem clara por João Cravinho e por Medina Carreira, mas o Governo manteve-se alheio.

Parece estarem reunidas condições para serem criadas medidas eficientes a fim de exterminar este cancro e de evitar que volte a aparecer. Para isso, importa que as vontades se concretizem em acções práticas, sem delongas nem subterfúgios que encubram pretextos de manter as fontes de enriquecimento ilícito através do tráfico de influências. Já aqui referi em posts casos de países em que têm sido condenados políticos , incluindo ex-presidentes do Estado. Há que ir além das intenções e das promessas.

2 mentiras:

Avelino disse...

CARO AMIGO

ESTÁ PARA REBENTAR EM BREVE O
" FACE OCULTA (2), SOBRE OS CONCURSOS PUBLICOS PARA A ROUPA SUJA DOS HOSPITAIS, QUANDO VIER ESTA NOVA "FACE" PARA CALAR A FACE OCULTA (1) VAI CORRER MUITA TINTA

CUMPRIMENTOS

A. João Soares disse...

Caro Avelino,

Os políticos desprezam os interesses nacionais e perdm energias com banalidades, ou melhor tricas e politiquices entre os partidos para esconderem crimes mais grav4es que acabarão por ficar impunes.
A Justiça tem sido asfixiada e certamente alguns juízes colaboram com a sua ineficácia como se é levado a crer por não se ver nenhum político condenado. Será que os políticos portugueses são todos uns santinhos sem pecados?
Faz-lhes falta não aprenderem a lição do Presidente do Afeganistão, como se diz no popst
Fim da cultura de impunidade.
Na América, o grande causador da crise foi julgado e condenado em seis meses, aqui o dono do BPN, como é político, continua por julgar e vai deixar de estar em prisão domiciliária preventiva. Do Dias Loureiro outro político nem se fala, tal como do Freeport, do Aterro Sanitário da Cova da Beira, do Portucale, do Furacão, do Apito dourado.
São intocáveis, essenciais, impunes.

Abraço
João