O comunicado de justiça sobre o caso Freeport foi distribuído e publicado por tudo quanto é lado. Não faz a mínima referência ao nome de José Sócrates. Adenda
Nas circunstâncias em que este processo decorreu, o modo como o seu nome, justa ou injustamente, foi ligado ao caso, a falta de menção do seu nome toma o aspecto duma acusação.
Sabemos bem como os noticiários da TVI e o caso da Manuela Moura Guedes foram julgados mais que uma vez pelo próprio e mui competente Conselho Deontológico do Sindicato de Jornalistas, não sobre o fundo, mas sobre a forma. A ética. A ética, num país em que os deputados afirmam que a ética nada tem a ver com a política. Ou seja, para um político é ético roubar, extraviar e esbanjar os fundos nacionais, comprar qualquer móvel ou imóvel para seu proveito particular, etc.
Se o Conselho se pronunciou sobre um caso que correu o país, como interpretar o silêncio da justiça sobre um caso que se tornou de interesse nacional. Mesmo apenas uma única e curta frase tornava-se obrigatória. A sua inobservância não só condena o Sócrates como enxovalha ainda mais a miserável impostura a que em Portugal se alcunha de justiça. Enfim, se isso fosse possível, porque não o é, mas apenas mais uma a esperar de incompetentes, arrogantes, incapazes e corruptos.
Ninguém hoje confia nesta justiça. É uma constatação inegável.
Médicos desinteressados pela sua profissão humanitária, funcionários relaxados que engatam tudo o que lhes chegue às mãos, Políticos corruptos e ladrões que fazem a miséria do país e – paralelamente – leis para poderem fazer tudo impunemente. Pior que uma ditadura, pior que uma república das bananas, como num país do 4º mundo.
Os jornaleiros, em aberto conluio, encobrem e desinformam a nação ao ponto de ninguém saber como nos outros países europeus são as diferenças salariais ou como funcionam os serviços do mais alto interesse nacional: os serviços de saúde e de segurança social. Assim, os políticos podem mentir como quiserem sem recearem qualquer contestação dum povo ignorante por desinformado.
Há ainda muita gente que crê parvamente que «em Portugal as coisas mudam lentamente», ou que «leva mais tempo que nos outros países, mas lá há-de mudar». Como se pode ser crédulo ao ponto de tocar a mais crassa estupidez?
Para haver democracia, esta tem que ser controlada pelo povo soberano. Se isto não se verificar a democracia é impossível, uma miragem, um engodo para manter a população dominada por classes de políticos que no caso nacional mais não são do que associações de criminosos organizadas em oligarquias mafiosas.
Numa democracia nem podem existir classes. Já os Atenienses, os fundadores da democracia, no século de Péricles (séc. V AC) o conheciam bem. Não é novidade, a história o conta. Um cientista apolítico (Phil Aroneanu) escreveu: «E aí reside a velhíssima lição sobre democracia de que todos parecemos esquecer-nos quando os nossos tipos estão na chefia: a mudança não acontece sem que a força venha de baixo. Não chega perseguir Senadores e entidades oficiais segredando-lhes ao ouvido.» Pedidos, sugestões e palavreado para nada servem. Há que tomar a iniciativa, a acção.
Todavia, os portugueses crêem saber melhor e isso custa-lhes a felicidade, a saúde, a esperança de vida e ela própria. Esperam que um acontecimento ou um ente superior lhes venha tirar a castanha quente das mãos e acabam sempre por se queimar.
29-7-10
Evidente corrupção e incapacidade da justiça declarando, ao fim de seis longos anos de investigação, invocarem falta de tempo para ouvirem o Sócrates. (Notícia de 29-7-10.) Nojo de justiça e de Polícia Judiciária!
Esta notícia confirma o texto do presente artigo, tornando-o indubitável.
3-8-10
Cada dia que se tem passado tem tornado este artigo mais objectivo e actual. Note -se a guerra entre o Procurador Geral e o sindicato dos magistrados. Sem ser necessário localizar onde está a razão, o caso demonstra o miserável estado da justiça. A malandragem, incompetente mas arrogante, tem um sindicato como os operários, mas quer ser mais soberana que o povo soberano a quem representa! São eles e os restantes da justiça quem a tem desacreditado ao ponto de ninguém hoje ter nela a mínima confiança.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
28 de julho de 2010
Justiça Acusa Sócrates
Autor: Mentiroso às 00:39
Tópicos: Democracia, Hipocrisia, Incompetência, Justiça podre
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