Alguns ladrões roubam para comer. Outros por outros motivos. São ladrões de pequena envergadura que na sua maioria são caçados e atirados para a grelha. Outros ainda, roubam em larga escala, roubam não importa quem e mantêm-se em liberdade graças às leis que as máfias oligárquicas a que pertencem fazem para lhes garantir a impunidade.
Com o pretexto hipócrita de diminuir o estacionamento das cidades, os ladrões nada fazem para contrariar a propensão de as invadir com latas motorizadas e poluidoras, mas aproveitam a oportunidade para aumentarem os montantes roubados. Roubo, é a definição correcta deste procedimento. Senão, vejamos.
O problema do estacionamento, ainda que antigo, é relativamente moderno em Portugal, dado que ter lata motorizada só por cá se expandiu décadas depois de muitos outros países. Como o problema neles é imensamente mais antigo, é judicioso que constatemos as medidas neles adoptadas para conter a lataria poluidora fora das cidades. Os métodos não têm sido homogéneos e como em tudo há sempre bons e maus exemplos com melhores ou piores resultados. Porém, se como com tudo continuarmos a copiar apenas e só o que nos outros países está mal ou errado, estamos a trabalhar afincadamente para fazermos da lixeira em que habitamos uma lixeira incomensuravelmente maior. Por isso, referências a casos idênticos não nos interessam. Deixemo-lo para os mesmos do costume: a pandilha dos pedantes jornaleiros desinformadores.
As primeiras medidas têm em vista o melhoramento efectivo das redes de transportes públicos e a abertura de parques de estacionamento na periferia, junto aos maiores centros de dormitórios que originam maior tráfico ou aos transportes com ligação às metrópoles, geralmente gratuitos. Aqui, já podemos notar que as maiores cidades nem todas têm sido comtempladas do mesmo modo. Sem se tentarem investigar as razões nwm as causas, desde logo se constata a desproporção das redes em relação ao número de habitantes entre Lisboa e Porto. Se assim já acontece, que seria com governos regionais?
É necessário conhecer os números de habitantes e das redes. Para os segundos basta olhar para o número de pontes e ir aos sites dos transportadores para comparar. Estes números, que incluem quilómetros de vias ou linhas e transportados por ano, são muito importantes por mostrarem a realidade nos serviços dos transportes públicos.
Comparações fáceis podem ser feitas também com outras metrópoles europeias com áreas populacionais urbanas de dimensão aproximada. Porém, desde que as diferenças não sejam demasiado grandes, é o conjunto de medidas tomadas para o controlo que em primazia deve ser tomado em consideração.
Em Portugal, os transportes, ainda que sofrendo alterações periódicas, não satisfazem as necessidades de quem de fora das cidades lá trabalhe quotidianamente. Não interessa alargar estradas, mas sim oferecer melhores condições de transportes públicos.
O que ressalta das cidades europeias de países mais organizados é a circulação moderada. Porque não copiar o que satisfaz a tantos? Para poder roubar com a desculpa de moderar a circulação e o entupimento por veículos privados de pessoas que os utilizam unicamente para se deslocarem de casa ao trabalho por falta de transportes públicos convenientes e de medidas adjuntivas.
Em lugar de roubarem os habitantes, na maioria das cidades estabeleceu-se o estacionamento gratuito a tempo limitado. Existem estacionamentos com tempos diferentes, geralmente entre 30min e duas horas, segundo a afluência local. Junto aos correios costumam ser de 30min e nalgumas áreas residenciais afastadas do centro são mesmo ilimitados. Perto do centro há muito que desapareceram os tempos superiores a uma hora. É portanto muito variável e totalmente adaptado às circunstâncias, caso por caso.
Esgotado o tempo, o veículo passa a estar estacionado em infracção e o seu dono ou condutor terá que o levar para outro lado. Isto desmotiva quem quer que esteja no seu trabalho e tenha que sair de duas em duas horas (por exemplo) para perder uma meia hora à procura de outro lugar fora da zona onde se encontra. Ou paga mais que uma multa diária, outro ordenado mensal. Não é possível.
Este sistema sai completamente gratuito, tanto para os ocupantes como para o controlo, este em geral exercido pela polícia municipal ou por um corpo de auxiliares dela dependentes. Os ordenados e a manutenção dos estacionamentos são obtidos das multas pagas pelos infractores.
Há mais de 50 anos que em muitas cidades europeias existem zonas de estacionamento gratuito a cores, como adoptado este ano em Lisboa, mas aplicado de modo completamente diferente. O veículo foca estacionado por um tempo determinado assinalado com um disco à vista no seu interior. As coimas são aplicadas da mesma forma que descritas anteriormente.
Em Portugal não se adaptam os transportes de forma mais conveniente e os parques em locais estratégicos são poucos, pequenos e pagos. Em lugar de aumentar a tarifa com o prolongamento do tempo de estacionamento, as bestas corruptas e ladras aplicam a regra inversa. Esta estupidez inacreditável constitui só por si o maior incentivo para os que vão trabalhar às cidades usarem o veículo próprio em lugar dois transportes públicos. Fomenta-se assim, também, o aumento da poluição. Impedem o aceso às lojas por criarem estacionamentos-ventosas que lá se mantêm todo o dia em lugar de se favorecer a mudança com tempos curtos e limitados. São estes quadrúpedes estúpidos, mas ladrões; que nos querem governar?
Opta-se pelo roubo e pela corrupção através de empresas municipais, fazendo pagar os estacionamentos e encorajando a levar o veículo individual para a cidade diminuindo as tarifas for tempos mais longos. Estupidez crassa, ladroagem feroz ou ambas as coisas?
Como querem estas brutas bestas incompetentes de ladrões diminuir o tráfico citadino, e porque quererão eles roubar as pessoas? Que fazem as associações de motorizados pelos seus membros e para o bem comum? São associações de atrasados mentais que colaboram com a corrupção e o roubo. Têm o que querem e o que merecem, mas as cidades continuam na mesma miséria.
Outro roubo vergonhoso
Haverá alguém que não tenha ainda reparado na barafunda de fios e cabos, geralmente em desordem e frequentemente com rabos pendurados pelas fachadas dos prédios, até nos centros mais importantes das cidades portuguesas. Os turistas portugueses, que se bazofiam de tudo ver, terão certamente observado que se isso se passa em quase todos os países da América latina. Na Europa enterram os cabos e isso só acontece em Portugal, país em que os valores rascas incham um povo miserável de tanta auto-estima injustificável por padrões normais e escondem-lhes o reconhecimento de tudo que esteja mal.
Pois, não obstante este estado miserável, as câmaras municipais arvoram-se o direito de cobrar aquela taxa a que chamam de Direito de Passagem sobre esse estado lamentável de cabos e fios de telecomuniocações.
É um roubo de que ninguém reclama, mas é um roubo. Mesmo assim, ainda há paspalhões que reclamam sobre estes e outros assuntos, mas que defendem que bestas deste estilo merecem a consideração e o respeito da população. Qual é a justificação? Apenas por terem sido eleitos do mesmo modo que os Isaltinos, o Coelho criminoso condenado e tantos outros? Só hipócritas podem avançar com opiniões ou teorias semelhantes. Estes nem foram eleitos, mas escolhidos de modo não democrático pelos seus partidos.
Adenda
No dia da entrada em vigor destas medidas, a Câmara de Lisboa declarou que se tratava da aplicação duma norma europeia para o a redução da poluição.
O presidente do ACP disse que era uma medida mal aplicada, em que os problemas reais ficaram sem ser resolvidos e citou alguns exemplos correspondentes com as limitações mencionadas neste artigo.
Esta aplicação da norma europeia corrompida na sua aplicação é antidemocrática. Não será preciso explicar que para quem tenha mais dinheiro os aumentos dos preços pouca importância têm, enquanto para os outros é um tiro na bolsa. As leis, os privilégios e o acesso à justiça são alguns aspectos gritantes que confirmam que Portugal não é um país democrático. Não é novidade.
As pessoas inquiridas tinham diversas opiniões, mas mostravam claramente a completa ignorância de como estes problemas têm sido abordados noutros países.
Uma vez mais se verifica o resultado da ignorância geral, inapta a tomar qualquer decisão causada pela sistemática desinformação duma jornaleiragem cuja única utilidade é a de formar rebanhos de carneiros que fiquem às mãos da ladroagem e corrupção políticas.
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