Todos conhecemos que o subsídio de desemprego não é eterno. Que o direito de cada um é calculado de acordo com a sua história de emprego. Daí que o número de desempregados seja igual ao número daqueles que recebem o subsídio adicionado ao número dos que, tendo perdido esse direito, continuam sem emprego.
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O acima enunciado parece ser tão simples e elementar que se pode crer que crianças de creche não terão qualquer dúvida para o compreender. No entanto, não parece ser o que se passa do lado do governo nem da maioria dos adultos. Os primeiros continuam a publicar números fictícios, mencionando totais truncados. Para eles, os desempregados sem subsídios são letra morta, contam-nos como se tivessem regressado às hordas de trabalho. Como nunca publicam o número de empregados no país, a batota bate sempre certa.
Os segundos são os pobres diabos do costume, aqueles que não conseguem discorrer aquilo que as crianças de creche compreendem, emprenham pelos ouvidos e os assobios das serpentes impedem-nos da mais rudimentar das reflexões. É esta uma das muitas variantes em que se chega sempre à mesma tão sabida conclusão: Portugal é um paraíso de corruptos, vigaristas e ladrões.
De vez em quando lê-se uma referência ao número real de desempregados num ou noutro jornal. O Eurostat – não querendo desmentir a corrupção nacional, tal como o OLAF da UE e o comissário Siim Kallas o fizeram quando o Cavaco e os seus 400 ladrões, por má administração, extravio e roubo para eles e para os amigos destruíram os fundos de coesão europeus que deveriam ter servido para preparar Portugal para o futuro, hoje (caso contrário, a crise seria tão grave para Portugal como tem sido para os países que prepararam o seu futuro, como se constata) – limita-se a publicar os dados adulterados que o INE anuncia seguindo as normas da vigarice governamental.
Ora em meados de Novembro último já se contava mais de 1,4 milhões de desempregados, dos quais apenas uns 370.000 recebiam subsídio de desemprego, donde mais de 1 milhão sem subsídio. A percentagem de desempregados que recebiam subsídio era então de 15,8% e o número total, real, de 23%, ultrapassando largamente o prognosticado neste blog cerca de três meses antes. Não era muito difícil de adivinhar o que era evidente e até já anteriormente predito. Se tomarmos em conta o aumento de 1,6% desde o fim do ano, como anunciado, o valor actual deve rondar já os 25%. Como a tendência é para aumentar, muito em breve se ultrapassará o desemprego na Grécia, MAS Portugal não é a Grécia, diz-nos a coelhada governamental. Pois não, os portugueses são ainda muito mais cobardes do que os gregos, e isso faz realmente uma pequena diferença.
Ao anunciar ontem a última intrujice do INE, citando sempre o Eurostat como fonte, a RTP nunca fez qualquer referência ao número real de desempregados, citando sempre o embuste da percentagem com o maior à-vontade dos vigaristas natos. Anunciou que o desemprego jovem tinha diminuído ligeiramente, escamoteando a razão por evidente má-fé: emigraram. Nem se pode supor outro motivo desta velhacaria. Também se pode mentir calado.
O descrédito da RTP é pesado e abrangente. Cada vez se pode supor mais que o ex-director de informação foi expulso pelo governo por não aparar todos os golpes da corrupção e da malvadez da coelheira. De recordar que não houve investigação nem processo. Foi despedido imediatamente: right on the spot. Cilada? O caso, após alguns dias e poucas palavras, foi abafado, donde se pode deduzir algo parecido.
Os noticiários da RTP passaram ser pura propaganda da coelheira governamental. Se já encenavam, manipulavam e modificavam as notícias, agora não é legítimo afirmar que se eles o dizem, o mais certo é ser falso. Como os outros não são melhores, estamos obrigados a procurar a verdade por nós próprios. Ela existe e pode sempre encontrar-se, mas é mais difícil de se ficar a sabe-la.
Quem tenha vivido tempo suficiente no tempo do Estado Novo recordar-se-á que dum modo ou de outro tínhamos melhores informações e até conhecíamos muito melhor o que se passava nos outros países, excepto nos do outro lado da Cortina de Ferro. Sobretudo, tínhamos jornalistas dignos desse nome, dos quais, sem querer minimizá-lo, o Artur Agostinho era exemplo menor, pois que quase se dedicava exclusivamente a relatos de futebol, onde fez o nome. Digam-nos, pois, que esta maldita gente que não tira a palavra democracia da comua tem razão. Pelo menos, papalvos que ainda acreditem que vivem em democracia não faltam, e enquanto os houver a corrupção e a ladroagem terão apoio. Alguns dos que bradavam contra o governo anterior sobre este mesmo assunto e outros, calam-se agora. Não querem ser tomados por cobardes? Então e aqueles que bravaram tanto tempo contra o acordo ortográfico, não estão também a segui-lo à letra, cada um com a sua desculpa muito válida? Que povo corajoso, avançado e com tantos motivos para auto-estima. É disso e deles que se alimenta a podridão de políticos e parasitas. Enquanto não se virem ao espelho para poderem civilizar-se e progredir, não passarão dos pobres miseráveis atrasados por quem os outros europeus os tomam, que esses sim, sabem o que por cá se passa.
Um outro sintoma do atraso nacional é o grande banzé sobre descobertas científicas nacionais, em que algumas não passam de publicidade. Quais são os países, ou a nacionalidade da grande maioria dos investigadores na linha da frente? Salvo erro, o país é EUA e uma das principais nacionalidades é a paquistanesa. Ora, os EUA são o país dito ocidental com mais sem-abrigo e outros miseráveis, e o Paquistão é o que se conhece. O que é que esses povos lucram com os avanços e descobertas científicas? As democracias europeias terão muito menos louros, mas os seus povos são indiscutivelmente mais avançados, o desnivelamento social não se compara e vivem melhor. Que será que os portugueses preferem e necessitam, e o que é que se lhe está a meter pelos olhos dentro? E quem é que o está a fazer?
O que estamos a assistir é a algo comparável à subido nazi na Alemanha da década de 1930 transposta ao Séc. XXI numa versão portuguesa e com um povo miserável, mentecapto e cobarde. Os alemães foram levados ao nazismo convencidos pelo desejo de saírem da miséria e inflação em que a Primeira Guerra Mundial os deixara, e saíram, mas com os portugueses é o contrário. A propaganda, o domínio da política sobre a vida nacional ao invés do normal e saudável, desenvolvida e apoiada pela propaganda de incapazes jornaleiros que adulteram notícias e desinformam, impingem opiniões que desviam o povo dos seus próprios interesses, por demais dominados pelos conglomerados de média, como escrito no cabeçalho deste blog desde a sua fundação, em que os canais de televisão são propriedade de aderentes a movimentos do tipo Bilderberg ou piores.
O baixo nível mental nacional, ligado a esta desinformação e conhecimento da realidade europeia, é aproveitado pela corrupção do domínio oligárquico. Coloca os atrasados e imaturos indefesos nas garras dos traidores e fá-los crer que vivem numa democracia, quando ela jamais existiu desde 1910. Os portugueses são, assim moldados, incapazes de reflectir e imaginar o que os espera no futuro que lhes estão a preparar. Neste blog e no do Leão Pelado encontram-se múltiplas previsões, das quais, aquelas que chegaram ao seu tempo foram confirmadas e assim continuará com as restantes quando o tempo chegar. Simples, basta usar a sua própria cabeça e fechar os ouvidos à propaganda e logo todos o verão. Este ano terão um pequena amostra daquilo que será a vida nacional nas próximas longas décadas. É sabido que um país que ultrapasse o desemprego em cerca de 12% não voltará a florescer. Entra no ciclo vicioso em que o desemprego provoca uma baixa produtividade e esta não permite maior emprego nem desenvolvimento.
Depois da destruição da produtividade nacional pelo Cavaco e os seus 400 ladrões, impunha-se a sua reconstituição. Nenhum governo o fez. O incrível logro do Cavaco, que convenceu os portugueses de que a adesão à UE lhes permitia viver sem trabalhar ou trabalhar muito pouco, fez o povo desmiolado acreditar e tornar-se calão. Pobres anedotas que ainda pensaram que alguma vez existiram direitos adquiridos, rejeitando o conhecimento de que a sua manutenção exige uma judiciosa luta contínua. Quando os fundos europeus de coesão terminaram, para manter o logro, os governos contraíram empréstimos nas finanças agiotas mundiais, o que originou o descalabro da enorme dívida nacional. Todos os governos o fizeram e qualquer gráfico patenteia essa coincidência. Os incapazes de pensar e que obtiveram empréstimos acima das possibilidades largam agora aquilo a que não tinham direito por serem improdutivos. Não se pode ter pena de gente assim; foram eles quem fez a sua cama e aprovou as políticas oligárquicas corruptas.
O Coelho e o seu bando de traidores sacanas quer-nos convencer de que para reconstruir a produtividade é necessário matar os pobres à fome. O maldito aproveita a ocasião para aplicar os princípios do novo PSD, tal como se previa e repetidamente proclamados pelo Cagão Feliz e pela Manela Leiteira. Tomaram o caminho contrário ao único que poderia conduzir à reabilitação das finanças nacionais: aumento da produção e da competitividade, esta em falta devido ao roubo e extravio dos fundos de coesão, que era para isso que serviriam. Em seguida, limpar o país da corrupção, roubo e impunidade políticas; desmontar todos os ninhos de roubo dos políticos, como fundações, observatórios e congéneres; desburocratizar; aperfeiçoar o ensino incapaz e desajustado e coordená-lo com as necessidades económicas do país, fechar as escolas universitárias que vendem cursos de serviços improdutivos e desnecessários, criando desemprego; fazer a população de calões abandonar a mândria e tornar-se produtiva, a começar no parlamento; substituir políticas de roubo por outras de estímulo.
Quando o Cavaco tentou acusar a Troika pelas medidas que provocaram miséria, esta calou o Cavaco, respondendo-lhe que ela sugeria e recomendava os alvos a atingir, mas quem quem escolhia o caminho e modo de aplicação era o governo. Nunca mais o monstro abriu a bocarra para repetir a acusação. Ultimamente diz algumas coisas com mais acerto, mas continua a alinhar as acções pelo governo, cínica e falsamente. Cobardia também não lhe falta.
As sucessões de governos, independentemente dos partidos, têm mostrado que cada um deles é pior do que o precedente. Se o do Sócrates era mau, visto à luz do presente até nem era tão mau. Quando os portugueses compreenderem que o problema não está nos partidos nos governos, mas nos próprios políticos e que nada jamais mudará sem que estes sejam apertadamente controlados, só então poderá haver esperança numa melhoria. Aliás, é facto confirmado em todos os países, em todo o mundo, que os políticos têm sempre a mesma tendência, que só o seu controlo mantém uma corrupção baixa e os faz interessar pelo seu país, que em todo o mundo a democracia é directamente proporcional ao controlo dos políticos pelo povo. Representação não é controlo nem significa nada, muito democracia. É por isso mesmo que os políticos se esforçam por no-lo fazer crer: para terem liberdade à nossa custa, para o bem deles em troca do nosso mal.
O grupo de traidores no governo rejeitou todas as medidas adequadas e tomou todas as contrárias ao progresso e necessárias à degradação da economia. Para o confirmar, tomou um especialista em economia africana como ministro da economia! Nada mais se pode esperar senão a mais profunda miséria. Aqueles que a aprovam, merecem-na tanto quanto os que a aceitam por cobardia. Por isso, parem com queixas e lamúrias e aceitem o que escolheram. Merecem-no, assumam-no.
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