Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


16 de abril de 2007

O TACHO

Como anarquista, este mundo nunca pára de me surpreender. Naturalmente que me refiro às esferas do poder porque, quando a tudo o resto, umas vezes surpreendo-me, outras não. Contudo, há um microcosmo político muito especial onde, neste país, surgem as coisas mais mirabolantes: o das autarquias locais. Confesso que lamento este facto, na medida em que o anarquismo deposita grandes esperanças no poder local. Só que.. não é no português com certeza!

Ora, acontece que a Polícia Judiciária está a investigar a contratação de assessores políticos e técnicos por parte dos vereadores e partidos da oposição na Câmara de Lisboa. Conforme tive ocasião de informar nesta notícia que publiquei no Contracorrente, em causa estão suspeitas de eventuais “ilegalidades na contratação do elevado número de assessores, abuso de poder e falsificação de documentos para pagar horas extraordinárias a avençados que nunca puseram os pés na Câmara”, segundo afirmou fonte da PJ. Em Julho de 2006, existiam, segundo o próprio presidente de Câmara, o Carmona Rodrigues (na foto), 152 assessores, cuja despesa anual rondava os 2,9 milhões de euros!

Francamente, desejo os melhores sucessos - e... boa sorte! - à PJ nesta investigação, para que alguma coisa possa ser feita. Digo-o porque as artimanhas do poder são inúmeras e é enorme a sua capacidade de mascarar as situações mais escandalosas. Apesar do 25 de Abril e da Constituição da República Portuguesa, o poder em Portugal continua a viver, ainda e sempre, do mesmo. Do que o povo sempre chamou o TACHO!

(Publicado originalmente n' O Anarquista, a 10 de Abril de 2007)

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