Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


5 de janeiro de 2008

Paz. Ocidente. Continentes. Futuro

Estamos em guerra. David contra Golias. O «resto do Mundo» contra o «Ocidente». Quem está a ganhar?

Em termos monetários e financeiros que o Ocidente muito gosta de usar e atirar para a mesa de discussões, sem dúvida, que é o «resto do Mundo», porque despende menos recursos e causa mais engulhos ao adversário.

Diz Ferreira Fernandes, com a sua ironia natural, que considera estar em guerra quando nos aeroportos em público tem de tirar o cinto. Agridem a sua privacidade e intimidade, obrigando-o a despir uma peça de roupa em público. Para terem a certeza de que não é um terrorista suicida.

Mas isto não fica por estes pequenos gestos. Agora tivemos a maior vitória da al-Qaeda, mais significativa do que a de 11 de Setembro de 2001. Ficou totalmente provado que apenas podem ser levados a cabo grande eventos se os poderosos permitirem. O Lisboa-Dakar ficou no ovo. A prudência de uma população civilizada considera muito positivo que a organização da prova desportiva não insistisse na sua realização, para evitar eventuais riscos de perdas humanas. Uma vida tem um valor não mensurável.

Não é de excluir a ideia de que, dentro em breve, poderá deixar de se realizar um grande prémio automobilístico da Fórmula 1, ou mesmo os jogos olímpicos.

Como prevenir tais casos? Haverá quem aconselhe negociações prévias com os principais grupos e obter a sua abstenção a troco de dinheiro. Seria imoral diriam uns, mas outros dizem que os poderosos sempre nos sacaram dinheiro, como se vê com os governantes a sacarem impostos e a servirem-se deles em grande parte para seu benefício próprio e dos amigos (Cavaco referiu o escândalo dos proventos dos gestores, embora não falasse das reformas acumuladas, obtidas em pouco tempo de serviço).

Recordemos uma batalha recente desta guerra, que se passou ao nosso lado. O primeiro-ministro britânico recusou participar no circo da cimeira Europa-África, se estivesse presente Roberto Mugabe. Perdeu, porque deixou de participar numa festa muito badalada. Mas Mugabe, apesar disso, levou a melhor e esteve cá embora o nosso MNE ter admitido ser melhor que ele não viesse. E que beneficio resultou dessa presença, para a população do seu País, ou para o Mundo? Só ele teve vantagem por ser mais publicitado. E que benefício teve a população do Quénia (agora com massacres) na deslocação da sua delegação a Lisboa? Qual o benefício havido para os povos africanos, em troca dos dinheiros gastos pelos seus políticos na vinda à Cimeira? O resultado foi o que era de esperar: o dinheiro gasto teria sido mais útil a matar a fome aos desgraçados que morrem de inanição.

E o que faz o Ocidente? Pensa que controla a ONU que não consegue impedir a violência e os problemas fronteiriços, Marrocos-Sara Ocidental, Caxemira, Etiópia-Eritreia, Darfur, Somália, etc. Utiliza a NATO para enviar forças para manutenção de paz, onde, passados alguns anos esta continua tão ausente ou mais do que antes, como Afeganistão, Iraque, Kosovo, RDCongo, etc.

Onde está o poder real? Como resolver os pequenos e grandes conflitos? Está provado que não é com o poder marítimo, aéreo ou terrestre que apenas têm servido os interesses dos fabricantes de material bélico e para destruir riquezas arquitectónicas e arqueológicas e matar pessoas inocentes, que tudo serve para lhes aumentar o sofrimento.

Parece estarmos numa encruzilhada da via seguida pela humanidade em que é preciso analisar muito bem a situação vigente e procurar uma estratégia nova, realista, aplicável, aceite por todos para continuar o percurso em direcção a um futuro que dê melhores garantias de coexistência de toda a humanidade, respeitando as diferenças e incentivando a cooperação para melhor vida para todos. Espera-se que salte para o público um pensador que faça uma obra em que se baseiem os decisores da política dos Estados e das grandes instituições internacionais. Rezemos para esse milagre acontecer.

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