Governo conhece conclusão desde Dezembro
O primeiro-ministro conhece as conclusões do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre o novo aeroporto de Lisboa desde 19 de Dezembro, garantiu, ontem, o presidente do organismo. Segundo Carlos Matias Ramos, o ministro Mário Lino, por seu turno, estava ao corrente da preferência por Alcochete desde o início de Dezembro.
De acordo com Matias Ramos, que falava numa audição na Comissão parlamentar de Obras Públicas, o primeiro-ministro chamou-o à residência oficial no dia 19 de Dezembro onde, numa reunião em que também estavam os ministros Mário Lino e Silva Pereira, apresentou as conclusões do estudo que foi revelado publicamente a 10 de Janeiro passado. Na altura, explicou, ficou decidido que se manteria silêncio sobre o documento, para que a decisão pudesse depois ser tomada "sem fugas de informação".
Já Mário Lino, adiantou, estava ao corrente da "inclinação" por Alcochete "muito antes", pois o estudo ficou concluído, "em termos de aglutinação de equipas", a 30 de Novembro. "No início de Dezembro fui apresentá-las (as conclusões) ao ministro", que, desde aí as "conhecia perfeitamente".
No dia 10 de Dezembro, após o Conselho de Ministros onde o Executivo decidiu lançar a avaliação ambiental estratégia para a confirmação de Alcochete, o primeiro-ministro disse ter recebido o estudo apenas na véspera. Um dia antes, Mário Lino afirmara, ter recebido o documento "de manhã", garantindo que estava já "a trabalhar nele".
Matias Ramos confirmou, contudo, que o relatório completo só foi, de facto, entregue a 9 de Janeiro, após o LNEC ter "cerzido", ou unificado num só documento, os relatórios parciais, o que justificou o adiamento do prazo previsto para a entrega do documento (12 de Dezembro].
As declarações de Matias Ramos desmentem, na prática, quer o primeiro-ministro, quer o ministro das Obras Públicas, que antes de dia 10 de Janeiro garantiram sempre desconhecer as conclusões do LNEC. No entanto, o dirigente do organismo público acabou, também, por se contradizer a si mesmo dia 9 de Dezembro, depois de o semanário "Sol" ter avançado com a indicação de que o documento do LNEC dava "preferência" por Alcochete, o LNEC emitiu um comunicado a desmentir "categoricamente" o jornal.
RDL, Jornal de Notícias
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
23 de janeiro de 2008
Presidente do LNEC desmente Sócrates e Lino
Autor: A. João Soares às 15:53
Tópicos: desmentido, inverdades, NAL
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2 mentiras:
Trata-se de mais um artigo bem fundado e documentado, de inegável qualidade e revelador da realidade quotidiana nacional. Todavia, não se compreende o que possa causar a mínima a admiração sobre esta assunto.
Não conhecemos desde há muito a desonestidade, espírito de vigarista, má fé, mentir como dogma, discursos de banha da cobra, uso do mais agressivo e falso marketing e até a perpetração de traições por palavras e actos desta corja de ladrões do Estado, de parasitas oportunistas que vivem à conta dos logros à população? Não se regem todos eles pelos mesmos baixos princípios e não têm eles um procedimento idêntico, independentemente da oligarquia-clã-partido-seita de associações de criminosos de que se são afiliados?
Porque havemos de teimar como burros que somos em ter consideração por esta corja de reles criminosos? Que sadismo o do português que defende quem o espanca, quem o rouba e o põe na miséria, quem destrói o futuro dos seus filhos e os mantém num interminável purgatório.
Que admiração por um sinal mínimo e sem relativa consequência para lá da de levantar a pontinha da ponta do véu da oficina do banditismo político! Não sabíamos já que a realidade é múltiplas vezes pior e mais prenha de consequências que este caso inócuo?
Pois é, mas mesmo referindo muitos casos inócuos como este, o povo menos esclarecido continua a beber de olhos fechados as palavras falaciosas dos políticos. Seria bom que as pessoas aprendessem a pensar com a sua cabeça e aperfeiçoar a capacidade de crítica para avaliar o valor daquilo que ouvem.
Obrigado pelo seu comentário que veio realçar o tema e estimular uma reflexão mais profunda.
Abraço
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