Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


23 de janeiro de 2008

Presidente do LNEC desmente Sócrates e Lino

Governo conhece conclusão desde Dezembro

O primeiro-ministro conhece as conclusões do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre o novo aeroporto de Lisboa desde 19 de Dezembro, garantiu, ontem, o presidente do organismo. Segundo Carlos Matias Ramos, o ministro Mário Lino, por seu turno, estava ao corrente da preferência por Alcochete desde o início de Dezembro.

De acordo com Matias Ramos, que falava numa audição na Comissão parlamentar de Obras Públicas, o primeiro-ministro chamou-o à residência oficial no dia 19 de Dezembro onde, numa reunião em que também estavam os ministros Mário Lino e Silva Pereira, apresentou as conclusões do estudo que foi revelado publicamente a 10 de Janeiro passado. Na altura, explicou, ficou decidido que se manteria silêncio sobre o documento, para que a decisão pudesse depois ser tomada "sem fugas de informação".

Já Mário Lino, adiantou, estava ao corrente da "inclinação" por Alcochete "muito antes", pois o estudo ficou concluído, "em termos de aglutinação de equipas", a 30 de Novembro. "No início de Dezembro fui apresentá-las (as conclusões) ao ministro", que, desde aí as "conhecia perfeitamente".

No dia 10 de Dezembro, após o Conselho de Ministros onde o Executivo decidiu lançar a avaliação ambiental estratégia para a confirmação de Alcochete, o primeiro-ministro disse ter recebido o estudo apenas na véspera. Um dia antes, Mário Lino afirmara, ter recebido o documento "de manhã", garantindo que estava já "a trabalhar nele".

Matias Ramos confirmou, contudo, que o relatório completo só foi, de facto, entregue a 9 de Janeiro, após o LNEC ter "cerzido", ou unificado num só documento, os relatórios parciais, o que justificou o adiamento do prazo previsto para a entrega do documento (12 de Dezembro].

As declarações de Matias Ramos desmentem, na prática, quer o primeiro-ministro, quer o ministro das Obras Públicas, que antes de dia 10 de Janeiro garantiram sempre desconhecer as conclusões do LNEC. No entanto, o dirigente do organismo público acabou, também, por se contradizer a si mesmo dia 9 de Dezembro, depois de o semanário "Sol" ter avançado com a indicação de que o documento do LNEC dava "preferência" por Alcochete, o LNEC emitiu um comunicado a desmentir "categoricamente" o jornal.
RDL, Jornal de Notícias

2 mentiras:

Mentiroso disse...

Trata-se de mais um artigo bem fundado e documentado, de inegável qualidade e revelador da realidade quotidiana nacional. Todavia, não se compreende o que possa causar a mínima a admiração sobre esta assunto.

Não conhecemos desde há muito a desonestidade, espírito de vigarista, má fé, mentir como dogma, discursos de banha da cobra, uso do mais agressivo e falso marketing e até a perpetração de traições por palavras e actos desta corja de ladrões do Estado, de parasitas oportunistas que vivem à conta dos logros à população? Não se regem todos eles pelos mesmos baixos princípios e não têm eles um procedimento idêntico, independentemente da oligarquia-clã-partido-seita de associações de criminosos de que se são afiliados?

Porque havemos de teimar como burros que somos em ter consideração por esta corja de reles criminosos? Que sadismo o do português que defende quem o espanca, quem o rouba e o põe na miséria, quem destrói o futuro dos seus filhos e os mantém num interminável purgatório.

Que admiração por um sinal mínimo e sem relativa consequência para lá da de levantar a pontinha da ponta do véu da oficina do banditismo político! Não sabíamos já que a realidade é múltiplas vezes pior e mais prenha de consequências que este caso inócuo?

A. João Soares disse...

Pois é, mas mesmo referindo muitos casos inócuos como este, o povo menos esclarecido continua a beber de olhos fechados as palavras falaciosas dos políticos. Seria bom que as pessoas aprendessem a pensar com a sua cabeça e aperfeiçoar a capacidade de crítica para avaliar o valor daquilo que ouvem.
Obrigado pelo seu comentário que veio realçar o tema e estimular uma reflexão mais profunda.
Abraço