Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


18 de maio de 2008

Compadrio escandaloso nos «tachos dourados»

Foi ontem noticiado no Diário de Notícias e no Correio da Manhã, a "progressão salarial por mérito" do funcionário do Banco de Portugal, Vítor Bento, que se traduz em «benefícios salariais por mérito relativamente ao desempenho do empregado durante o ano de 2007», ano em que não trabalhou na instituição por se encontrar nas funções de administrador da SIBS e da UNICRE (instituições que actuam no âmbito da gestão dos cartões bancários), onde se encontra desde 8 de Junho de 2000, pelo que não há razões para esta promoção pelo BdP.

Quando se fala em equidade, justiça social, avaliação de desempenho, contenção salarial, quando são generalizadas as queixas do aumento do fosso de rendimentos e o alastramento da pobreza, é escandaloso aumentar por mérito alguém que não está no serviço activo em determinada instituição" que vive dos dinheiros públicos. Parece haver compadrio, favorecimento e conivência entre os beneficiados dos «tachos dourados»

A CT informa que a própria regulamentação interna do Banco de Portugal estabelece, como regime para a duração da licença sem retribuição, o limite de um ano, podendo ir ao máximo de três, seguida ou interpolada. Mas, «embora o normativo interno admita a hipótese de situações excepcionais, a administração não objectivou qualquer eventual excepcionalidade do caso em apreço», pelo que estão também por esclarecer as razões para o quadro estar fora do BP desde 2000, há 8 (oito) anos. É lógico que ninguém "pode avaliar quem nem sequer se encontra ao serviço da instituição".

A promoção vale mais 820 euros mensais (mais dois salários mínimos!) quando o economista regressar ao banco. Um director do banco central com o nível 18 tem um vencimento mensal da ordem dos 11 mil euros (perto de 30 salários mínimos!), onde se integra o ordenado contratualizado ao abrigo do ACT, as diuturnidades e o complemento remuneratório da isenção de horário equivalente a mais 47 por cento do salário-base. A decisão de promover Vítor Bento por mérito tem reflexos a dois níveis; na promoção salarial (passagem do nível 18A para o nível 18B, o que equivale a um aumento de mais 368 euros por mês) e na progressão na carreira (passagem do grau oito para o grau nove, o que dá direito a mais 452 euros).

PERFIL: Vítor Augusto Brinquete Bento licenciou-se em Economia em 1978 pelo Instituto Superior de Economia e foi assistente na cadeira de Política Monetária. Em 1980 entra no Banco de Portugal para o departamento de Estudos Económicos, para, em 1987, ser responsável pelo Instituto Emissor de Macau. De 1992 a 1994, ocupa o lugar de director-geral do Tesouro. Em 2000 é nomeado administrador da VISA.

1 mentiras:

Mentiroso disse...

Se metessem na masmorra todos os bandidos, ladrões e vigaristas políticos, apoiados pelos seus partidos, os presídios portugueses ficavam superlotados. Não esquecer que também para lá iriam os bandalhos coniventes do ministério público, pois que fazendo a vista grossa são colaboradores em todos os crimes que não denunciam nem investigam.

Para o mesmo sítio teriam de ir os que pariram leis que permitem a corrupção e aqueles que as assinaram e promulgaram. Não ficariam muitos políticos nem magistrados cá fora.

Todavia, ainda há quem chame democracia a este bananal.