Um tema actual muito debatido pela rama, nos jornais, é a fome e o elevado preço dos alimentos devido à obsessão provocada pela febre dos biocombustíveis. É assunto de extrema importância para a humanidade e a sobrevivência da espécie humana que deve conduzir a reflexões realistas, desapaixonadas e libertas de interesses partidários.
Que benefício obtém o Homem da evolução da civilização, da ciência e da tecnologia? Temos visto que muitas inovações acabam por escravizá-lo, retirando-lhe todos os direitos à sobrevivência com dignidade, ao ponto de estarmos perante a hipótese de grande parte da humanidade ir morrer de fome devido à escassez de alimentos e ao elevado preço dos poucos que persistirem.
Em democracia representativa, os cidadãos delegam em pessoas supostamente competentes e bem intencionadas para defenderem os interesses colectivos. Pergunta-se o que fazem tais eleitos em benefício dos eleitores, para evitar ou suprir tais ameaças estruturais?
Esses eleitos criaram a ONU, supostamente para defender os seres humanos mais desprotegidos da arbitrariedade de tiranos. Pergunta-se o que tem feito a ONU na prossecução desses objectivos, em cada um dos aspectos mais preocupantes?
A ONU tem evidenciado total inabilidade para prevenir situações de conflito e injustiça e, quando elas surgem, incapacidade para as resolver rapidamente e com o mínimo de custos humanos e de recursos patrimoniais. Pergunta-se quem está por detrás das decisões da ONU, quem condiciona os seus trabalhos? Quem é mais beneficiado com a suas tomadas de posição? Que esperança inspira nas pessoas mais necessitadas, das áreas mais pobres do Mundo?
Nem é preciso referir as guerras, de maior ou menor intensidade, que proliferam por todos os continentes, mas pergunta-se que medidas estão previstas para os problemas energéticos actuais: nuclear, hídrica, eólica, das marés, das ondas, solar, do petróleo (em vias de extinção e controlado por capitalistas sem escrúpulos) e, agora, o que é muito mais grave, os biocombustíveis que colocam em risco a produção de alimentos e, portanto a sobrevivência da humanidade. E já nem podem dizer que isso só afecta povos muito atrasados, pois todos os menos abastados de todos os continentes vão sentir na pela a crise de alimentos que já se tornou bem visível. E mesmo que fossem poucos os lesados, estes, como seres humanos, mereceriam a máxima atenção.
Quanto à ONU, referem-se os seguintes posts:
- A independência do Kosovo
- Crises em África
- Vulnerabilidades da ONU
- Paz. Ocidente. Continentes. Futuro
- ONU desrespeitada
- Ausência de autoridade internacional. ONU ineficaz
- Tibete anexado pela China em 1950
- A Pobreza no Mundo
- Pobreza e fome no Mundo
- Paz pela negociação.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
1 de maio de 2008
Fome versus biocombustíveis
Autor: A. João Soares às 17:20
Tópicos: fome e biocombustíveis, papel da ONU
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2 mentiras:
É um mundo novo em constante mutação..
Abraço
Paulo
Caro Paulo,
Para fazer face a essas mutações impulsionadas pelas tecnologias, seriam necessários políticos esclarecidos e propensos à inovação de soluções adequadas. Mas eles não existem e os actuais têm tendência para trabalhar com papel químico, aplicando as soluções de ontem, que dificilmente se ajustam às realidades de hoje e muito menos as de amanhã.
Um abraço
A. João Soares
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