A corrupção continua de vento em popa. Cada vez que alguém surge a fsalar contra ela é logo condenado, afastado, calado, apontado como dizendo falsidades e desacreditado. Já vimos isso acontecer a vários (infelizmente poucos) dos quais o caso do Cravinho é de certo o mais conhecido e lembrado.
Veio agora o Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto, meter de novo a colher em campo de corrupção e responsabolização. esta última é também a maior chaga que apoquenta o bando de incapazes que prospera pelo país fora. Ninguém quer aceitar qualquer responsabilidade, seja do que for. Para onde o mandarão quando ele terminar o seu actual mandato? Caso a seguir...
É evidente que ao ele falar logo se levantaram vozes reaccionárias. Que mais se esperaria? Como não têm resposta às questões levantadas, insultam, mentem, desculpam-se atacando. Novidade? Na bandalheira geral nacional e na defesa da corrupção é de certo o mais comum. Concebeu-se a ideia errada, impingida por políticos corruptos no seu interesse próprio, que a desresponsabilização é aceitável e até normal. Assim, eles, os maiores canalhas, podem lavar as mão e continuar a roubar o Estado impunemente.
No que o Marinho e Pinto mente, descaradamente ou para aliviar a carga, é em dizer que a polícia judiciária é das melhores da Europa e que por isso é conhecida. Afinal, não fazem eles parte da mesma geração rasca que se tem expandido por todo o país, tal como os próprios juízes, cuja confiança geral neles tem baixado a pique a cada ano que passa, a pondo de hoje ninguém neles confiar? A PJ também, nenhuma polícia doutro país nela confia e tem feito um nome que pior seria impossível. Estão ao mesmo nível da bandalheira geral.
Não se pode aventurar muito neste caso do Freeport, mas é evidente que se coincidência existir nas alturas em que veio ao de cima, será de admirar. As coincidências existem, naturalmente, mas são sempre de desconfiar, muito mais quando se repetem, como no presente caso. Mais não se pode dizer, apenas que da parte dos políticos tudo é verdadeiramente de esperar sem surpresa, pois que são a maior ralé que existe ao cimo da terra, compondo-se de bandos de parasitas cujo propósito não é o de governar o país, mas o de em nome disso roubarem quanto podem, raramente se interessando pelo que deveria ser o seu trabalho.
Afinal, nada mais sabem fazer, nada mais lhes interessa. Pelos resultados do seu procedimento podem considerar-se como traidores. Em Portugal, esses resultados dificelmente poderiam ser mais evidentes. Até os países da antiga Cortina de Ferro vão passando todos à frente, um após outro. Com corrupção e políticos assim não pode haver progresso. Ates da Abrilada tínhamos um atraso de pouco mais de 20 anos sobre a média europeia; há cerca de dois anos o Eurostat afirmou que esse atraso era superior a 52 anos.
Agradeçamos ao sua autor principal, que esbanjou os fundos de coesão europeus, ainda roubados pelos políticos e seus compadres. Não houve formação de empresários nem de trabalhadores. As frotas de pesca foram abatidas, a agricultura foi dada a outros países que por ela se interessaram, a indústria foi devastada. Como não esperar a situação de miséria actual? Com esse caminho e esses métodos, só um perfeito desmiolado esperaria progresso. Os portugueses provaram ser ainda piores que isso, pois que elegeram o seu próprio carrasco a presidente!
Não obstante tudo isto, seria bom que se viesse a conhecer que o caso do Freeport fosse uma conspiração política ajudada por jornaleiros já de si imundos mesmo sem o presente caso. Não é que nos interesse defender o Sócrates ou qualquer outro da mesma massa de que todos eles são feitos com as raríssimas excepções que provam a regra. O interesse nesse sentido seria que finalmente se apanharia uma realidade incontestável, a qual demonstraria o que aquela gentalha realmente é; que serviria de exemplo e de toda a razão para muito maior pressão sobre eles: para os controlar.
Que importam os partidos na conjuntura nacional actual? Os partidos, tal como se apresentam em países oligárquicos como Portugal, não são mais do que formações mafiosas alta e extrememente maléficas para o país, sejam quais eles forem, apenas camufladas sob um nome de partido. Note-se como esta cambada deturpa os verdadeiros ideais dos seus partidos. O Partido Socialista, por exemplo, toma decisões neo-liberais definitivamente contra os seus ideais de base. O PSD, contrariamente ao que o seu nome indica e aos ideais da sua fundação, coloca-se totalmente à direita. Não foram os PSDs dos países do Norte da Europa que financiaram e ajudaram a fundar o PS portugês? Existem documentos da época a provarem-no. Este facto tem sido camuflado por ambos e escondido a ponto que quase todos se esqueceram. Cada um deles quer ceifar em seara alheia.
Se, para além de todas as outras calamidades, os partidos não justificam os seus ideais não podem merecer a mínima confiança da parte da população. Não servem o que deveriam ser as suas funções, são uma escória pretenciosamente política.
Mais uma vez se recorda que enquanto a população nada fizer no sentido de controlar esses animais sanguinários (matam sem arma, mas efectivamente de diversos modos) raivosos de ganância e de roubo, nada poderá mudar. Foi assim – domando os animais políticos – que se chegou à democracia nos países mais democráticos, por isso os mais desenvolvidos socialmente: dominando os políticos e jamais permitindo que sejam eles a dominar-nos. Poderia ser diferente em Portugal? De outro modo, sem isto, não há nem pode haver democracia; o resto mais não é do que simples acessórios que sem a base apenas mascaram. A este propósito veja-se também o post imediatamente anterior a este.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
27 de março de 2009
Corrupção e Bandalheira Gerais
Autor: Mentiroso às 21:39
Tópicos: Ataque à democracia, Clãs, Corrupção, Democracia, Miséria nacional, Roubo autorizado
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2 mentiras:
Se for só o Sócrate a provar-se como culpado é só um e deve ser punido exemplarmente, mas se for um golpe montado prova-se que o psd é uma associação de criminosos.
O(a) anónimo(a) coloca duas hipóteses, ambas delas possíveis, dada a qualidade moral da generalidade dos nossos políticos, salvo eventuais excepções.
Do autor do texto citado no post «Crime Organizado» em Do Miradouro, recebi um e-mail com um comentário a um artigo do Correio da Manhã de hoje, que aqui encaixa muito bem e que transcrevo:
A ser verdade o que se escreve no “Correio da Manhã”, a situação no que respeita a pressões para que o caso Freeport seja arquivado é mesmo muito grave!
Se as pressões surtirem efeito e o caso for arquivado, está aberto o caminho para o fim da Democracia no nosso País!
Para bem de Portugal e para que não sejamos alvo da risota de toda a Europa, há que levar o processo até ao fim.
Se o Primeiro Ministro é inocente como afirma, mande parar os membros do seu gabinete e ilustres do PS nas manobras intimidatórias que parece andar a ser feitas.
Que tudo seja claro para que não restem dúvidas sobre a honra do Primeiro Ministro.
Na realidade, Portugal precisa que o seu PM seja respeitado e merecedor da nossa confiança e consideração, para o que deve estar liberto de suspeitas. É seu direito processar quem o calunie, e que o julgamento seja feito como deve ser, sem atrofiamentos. E, pelo cargo e por ser representante de Portugal, tem o dever de exigir o esclarecimento cabal, por respeito aos cidadãos, aos eleitores.
Se esse esclarecimento não for feito de forma convincente, nunca mais se liberta das suspeitas. Estas não desaparecem com atitudes autoritárias e histéricas na AR que fazem lembrar um miúdo apanhado com as mãos na sopa. Nem é a «malhar» e a aludir a «campanhas negras» ou a tentativas de assassinato político que o assunto se esclarece.
O ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Pires de Lima, já deu uma sugestão muito simples e eficiente.
O juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal, citado no post «Analisar custo-eficácia» em Do Miradouro, também dá uma sugestão para o processamento das suspeitas de CORRUPÇÂO, defendendo a «inversão do ónus de prova».
Não faltam ideias, mas apenas vontade de combater a corrupção e, consequentemente, as suspeitas que, sem esse combate, são sempre legítimas, na mente das pessoas.
Abraço
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