A confirmação de desentendimento entre os partidos para governarem o país, contrariamente ao que se passa nos países nórdicos, os mais democráticos, confirma e põe em evidência a ausência dos seus princípios democráticos, a má fé e a ganância na conquista dos tachos e direito ao roubo impune.
Estamos neste momento a assistir ao esforço do Sócrates em governar Portugal e as dificuldades encontradas de acordo com o parágrafo precedente.
O Sócrates foi talvez um dos piores primeiros-ministros no que respeita à arrogância que arvorou no seu governo anterior e consequentes decisões infundadas. Não é que outros não o tenham sido, todos têm sido arrogantes, só que uns disfarçam melhor que outros. Um dos exemplos mais funestos da sua arrogância é provavelmente a falta de diálogo com os professores, impondo regras desadequadas, enquanto requisitos mais importantes e aquilo por onde se devia ter começado foram descurados – o comportamento dos alunos e a qualidade do ensino para ser reconhecido pelos países avançados – passando a ser apenas uma ideia vaga. Outro exemplo foi a adopção dum inconcebível acordo sobre a língua portuguesa, em que tampouco houve uma única reunião com os escolásticos ou ditos mestres e sábios da língua.
Estes abusos da sua parte não significam que não esteja presentemente empenhado numa intenção de capacidade governativa dum estilo bem mais democrático que aquele que até agora prevaleceu em Portugal. A questão de estar honestamente (tanto quanto um político se possa considerar como honesto – honestidade, aqui, refere-se exclusivamente ao assunto em causa) empenhado numa governação democrática em lugar da fantochada do costume. Para sua conveniência? Provavelmente, mas que a realizar-se abre novos caminhos, regras e oportunidades muito mais democráticas para o país.
Tem sido este um ponto sempre defendido nestes blogs, sustentado por um grande número de posts e há anos “martelado” no Site da Mentira. Não se pode mudar de ideias apenas por relativa simpatia ou antipatia por quem agora as arvore. Quem quer que critique apenas por sistema ou fundamentalismo partidário (como com o futebol), sem jamais reconhecer o que estiver bem, não merece o mínimo crédito. É o que a Manela Leiteira fez e que em parte foi reconhecido pela população, pois que mesmo com o enorme descontentamento pelo governo, o seu partido perdeu em toda a linha em ambas as eleições. Disse ela e os seus acólitos que saíram vencedores, mas os números falam mais alto e contrariam-nos.
A possibilidade de que o Sócrates esteja honestamente (honestamente sempre no sentido citado) a optar por um sistema mais democrático e dos de mais alto interesse para o país – pois que diferentemente de outros só pode existir numa democracia – também não implica que de futuro não possa vir a cometer outros crimes políticos idênticos aos que já praticou.
Há, porém, que notar que os políticos portugueses são uma corja de vigaristas e ladrões (vigaristas por vigarizarem os eleitores, ladrões por roubarem o estado), oportunistas que apenas pensam em se servirem do estado para satisfazerem os seus interesses. Jamais eles governam no interesse nacional. Estejamos bem cientes da realidade. As provas são infinitas e conhecidas de todos, começando pelo assalto aos postos da administração pública, a todos os níveis, pela escória de parasitas, militantes e amigos, grandes e pequenos, a cada mudança de partido no governo.
Os políticos portugueses são demasiado animalescos, vis e ladrões, interesseiros e falsos para estarem preparados para o tipo de governação aqui em causa. Não têm formação democrática, mas de ladrões e de vigaristas. Não se interessam pela defesa dos interesses nacionais por estes não corresponderem aos seus. Pelo seu comportamento, por muito que isto se repita nunca é de mais. Os partidos assaltam literalmente os governos para roubarem o estado, único interesse e alvo dos políticos.
Nestas condições não se podem fazer muitas ilusões sobre o que se deve passar num futuro próximo se o povo não correr com eles, a bem ou a mal. De lembrar que coligações com partidos que adoptam leis anti-sociais não podem interessar, ainda menos nesta altura.
Já ouvimos dizer que em lugar de colaborar no governo preferem fazer uma «oposição responsável». Para quem não emprenhe pelos ouvidos isto é uma confissão de declaração de guerra. «Os portugueses que se lixem, o que queremos é reconquistar os tachos.» Dificilmente estas declarações poderiam ser mais claras.
Outro disse que «se um governo propõe coligações com todos os partidos com ideias opostas está mais interessado em continuar no governo que no país…» Outra confissão, além de que se trata duma frase 200% anti-democrática face à realidade política constatada nos países que são exemplos de democracia. Vindo de quem vem, o Portas Judas, não é inesperado. Nada do género nos pode admirar vindo dum indivíduo da pior espécie de burlões, cuja táctica tradicional tem sido só e apenas vinculada pelo baixo instinto de enganar os mais pobres a fim de que com os seus votos ele os possa roubar para dar aos que mais têm.
A imaturidade e ingenuidade política dum povo atrasado e ignorante, mas que se crê sabedor e espertalhão, permitem que tais procedimentos possam frutificar. São cidadãos sérios, honestos e honrados, que protestam quererem políticos de confiança. Por isso que elegem criminosos condenados e democráticos que afirmam que »ética e política nada têm a ver uma com a outra».
Conhecemos também as idiotices dos outros dois partidos de esquerda, ditadas por interesses semelhantes: os interesses do país não correspondem aos seus. Juram o contrário. Ou melhor, perjuram, porque na ocasião de o provarem tomam outra direcção.
Os partidos que não são governo têm responsabilidades políticas: recebem dinheiro do estado. Não são apenas oposição, e têm o dever de colaborar na governação por intermédio do parlamento. Se não o querem fazer, mas apenas receber os Euros, estão a roubar o estado. Que se vão embora.
As eleições devem ser aceites, quer se concorde, quer não, inclusivamente e sobretudo pelos partidos. Os partidos devem colaborar em qualquer governo no interesse nacional. Sempre. A vontade do povo tem que ser respeitada, esteja ela certa ou errada, bem ou mal. Caso edificativo se passa actualmente na Venezuela: o procedimento do Hugo Chavez pode ser extremamente criticável, mas é aquele que os venezuelanos escolhem e aprovam. Para se fazerem escolhas acertadas e defenderem os seus próprios interesses, a cultura é necessária e imprescindível. Foi como se passou e continua a passar-se nos países nórdicos.
O que se passa actualmente com o partido socialista no governo passar-se-ia igualmente se fosse outro, nem se tenham ilusões. O problema não está nem nunca esteve nos partidos, todos eles necessários numa democracia, mas unicamente na corja mafiosa que os compõe, o que impede infalivelmente a existência de uma democracia. Portugal não é nem pode ser uma democracia. Só um ignorante, um atrasado mental ou papagaio o podem afirmar. A demonstração do atraso, ignorância e estupidez geral nacionais, que entregam a populaça nas mãos dos políticos sem escrúpulos ficou amplamente demonstrada no post anterior intitulado Judas.
Por demais, a constituição é uma esterqueira que permite tudo o que se passa e muito mais; dir-se-ia um manual para trapaceiros e burlões. A justiça, composta por gente que cresceu com eles e frequentou as mesmas escolas, só pode ter o mesmo crédito. Juízes que fazem greves como funcionários e que como eles exigem direitos semelhantes! Onde se viu? Outro bando de rascas arrogantes.
Que podemos esperar destes destruidores do país em nome dos seus interesses próprios? Nada de bom para Portugal, disso não restam dúvidas. Os tachos e a inveja dominam toda essa canalha abjecta. Em lugar de defenderem os interesses nacionais e aproveitarem a ocasião do momento para mostrarem algum civismo e procederem um pouco mais honestamente, à semelhança dos países democráticos que deveriam copiar, demonstram rancor por não poderem também roubar, defendendo unicamente as suas oligarquias de formação puramente mafiosa.
Que consideração merece esta cambada com tão baixos instintos, malvados mal-intencionados, ladrões e vigaristas, que lançou Portugal numa profunda crise sem fim da qual só com muita sorte e bons governos poderá sair num meio século? Fabricaram a miséria nacional, inventaram escolas cujos cursos importantes não são reconhecidos em países avançados. Nenhum partido jamais fomentou e manteve qualquer programa para o desenvolvimento cultural da população, mantendo-a num atraso incomensurável. Acabe-se com esta canalha. Corra-se com os ladrões, burlões e vigaristas que nos espoliam e nos gozam. Exija-se prestação de contas, domem-se as bestas. Se a bem não for viável, então que seja a mal. Deste modo é que não se pode continuar.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
16 de outubro de 2009
Democracia à Portuguesa ou
A Antítese da Democracia
Autor: Mentiroso às 00:18
Tópicos: Democracia, Desonestidade, Desunião, Eleições, Falsidade, Indignidade, Interesse nacional, Máfia, Malvadez, Oligarquias, Saque
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3 mentiras:
Caro «Mentiroso»,
Um óptimo texto, embora longo. Mas a magnitude do problema justifica a extensão.
O essencial está na imagem que dá dos políticos que dominam os partidos, que recusam colaborar na reconstrução do País, que desprezam os interesses nacionais, pensando apenas em si próprios, que só se unem mafiosamente em casos como a «lei de financiamento dos partidos» em boa hora vetada.
Se sabem fazer algo de positivo para bem dos portugueses, dêem as mãos para bem de Portugal.
Se pretendem defender a sua vaidade, citem nas leis o autor da ideia, do projecto, mas não deixem de aproveitar a boa vontade de cada um.
Mas será que algum político tem boa vontade em relação aos interesses nacionais? Demonstrem, por actos, que sim.
Ou será que teremos de entregar a governação do País a uma equipa estrangeira chefiada por um «Scolari»???
Abraço
João
É demasiado longo, mas não é apenas pelo assunto o justificar. Poucas pessoas compreendem ainda o que se passa e que a verdadeira culpa do estado do país é de quem o consente e o aprova: os próprios que se queixam. Afinal, vendo bem, os políticos procedem do mesmo modo que a quase totalidade da população que os critica, mas intimamente os aprova. Primeiro e acima de tudo, os seus interesses, o país que se lixe.
A justiça é uma treta por os juízes serem tão corruptos como os outros, só que têm uma maior arrogância. Muitos criticam a arrogância do Sócrates (justamente), mas poucos falam da ainda maior e monstruosa arrogância dos juízes, a sua maior demonstração de incapacidade, característica infalível em casos semelhantes.
Caro mentiroso, acho que deve rapidamente aleterar o seu nick.
Sujiro "Realista", "Genuíno", ou mesmo "Gajo-de-bom-conjunto-de-globos-óculares".
Um abraço deste fã.
rdvass@sapo.pt
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