Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


1 de outubro de 2009

O Discurso Destabilizador do Presidente

Cavaco e Silva falou à nação há dois dias. Da maneira como falou e sobre o que disse, de certo julgava estar a pregar aos peixes.

Não se compreende a sua mentalidade. Escondeu o que deveria ter logo dito na ocasião. Não disse uma palavra sobre aquilo que deveria ter falado. Falou à população como se estivesse a falar a jornalistas. Mas que fantochada foi esta? Qual a seriedade de tal pessoa, que devia estar acima da de todos? Que confiança e respeito nos merece quem assim nos fala? Se não foi para nos enganar, então para que foi?

Conta-nos admirações suas completamente despropositadas, como aquela sobre a falta segurança sobre o seu sistema informático e de comunicações e do e-mail “hacked”. Quem se admira, sabendo-se que um adolescente conseguiu entrar vezes sem conta no sistema de comunicações computorizado do Pentágono, o mais bem protegido do mundo? Era a sua admiração um logro ou sincera. É que se era sincera, ele deve viver num outro mundo.

O PM sempre tinha razão ao dizer que o caso das escutas era um «disparate de Verão». Chegou até ao Outono e frutificou com as palavras desarrazoadas do presidente porque este não falou na devida altura e construiu uma montanha que ao fim de tanto atraso pariu um rato.

Um discurso ao país tão ridículo e desorientado nem teria sido feito por um Presidente da República da Bananas. Falou do que não interessava e foi um peixe para o que era (e continua a ser) o âmago da questão. Desculpou o seu pessoal e um jornal apoiante do seu partido.

Em lugar de serem fonte de estabilidade, as suas palavras perturbaram, geraram instabilidade no país e insegurança na população.

Enfim, o mais óbvio a concluir pelas suas afirmações é que o caso das escutas, tal como foi abordado e por ele abafado, vistas as consequências possíveis teria sido um golpe do PSD para ganhar as eleições, pois que lançou pesadas suspeitas sobre o governo no momento em que mais prejudicaria o PS. Teremos um presidente indigno que tenta ajudar o seu partido com alcovitices e suspenses quixotescos?

Afinal, o presidente não tem conselheiros pagos pelos mesmos pacóvios que lhe pagam três reformas chorudas? Que fazem esses indivíduos que o aconselham a tamanhas barbaridades e a contar historietas ridículas que só o desprestigiam e fazem dele um bobo? É a sua segunda alocução em que fala e não diz nada de interesse. Ou o interesse está escondido, afogado em partidarismo deslocado.

A sua eleição foi um erro só possível devido à cobardice, estupidez e desmemorização de atrasados dos seus eleitores que elegeram o seu próprio carrasco – o coveiro de Portugal, termo pela primeira vez usado nestes blogs e desastrosamente copiado pela Manela Leiteira –, tal como foi amplamente mencionado na altura. No entanto, esperava-se que tivesse mais senso e não se contrariasse de forma tão evidente. Fala todo o tempo em estabilidade e dá-nos destas.

Este post não foi publicado logo após o seu discurso porque devíamos escutar os vários comentadores que ouvimos, mas todos chegam a conclusões semelhantes.

7 mentiras:

Anónimo disse...

O discurso do excelentíssimo presidente da republica, demonstra há dura realidade a que chegamos, onde o próprio presidente tornou-se numa autêntica marioneta, que não diz o que pensa, mas sim diz o que lê (digamos que o tele-ponto da sempre jeito), andando sempre a repetir as mesmas palavras tentando ludibriar o povo português mais "ignorante"

Mentiroso disse...

Caro Coffe and Cigarettes,

É isso mesmo. O problema é que esses ignorantes são uma enorme maioria. A culpa não é só deles porque «ninguém nasce ensinado» e todas as informações que os podiam ajudar lhes são escondidas e substituidas por autênticas desinformações. Andam às cegas. Contudo, também têm culpa por ainda não terem compreendido que as suas reclamações avulso para nada servem e só teriam proveito se juntassem as suas desilusões e crenças e reclamassem em uníssono.Foi assim que noutros países conseguiram fazer algo no seu interesse.

Quanto ao presidente só dizer o que lê, está mais que provado, mas os que lhe escrevem o que deve ler enganam-no e ele é incapaz de o decortinar.

Anónimo disse...

Discordo totalmente do Café e Beatas. O dito PR é apenas uma besta. O resto é música. Como poderia Sua Insolência tentar ludibriar os mesmo mais «ignorantes» se o primeiro é ele?

E já não vai a sítio nenhum, mesmo com «ispilicadour e bonécrios». E não vai conseguir renovar o contrato de arrendamento do palácio de Belém. Já devia ter sido despejado, mas lá chegará a hora.

De qualquer maneira, estou contigo cafezinho. E, claro cumo binho tinto com o (des)Mentiroso

Abs x 2

A. João Soares disse...

Caro Leão,

Tendo sido criado na doutrina do respeito institucional pelas pessoas que se sentam nas cadeiras do Poder, custa-me muito ver essas pessoas darem aso a comentários menos lisonjeiros.
Este post, tem a força correspondente ao motivo que o inspirou.
A dignidade e a sensatez deviam ser as principais virtudes dos representantes do povo, a elas se associando as qualidades que todo o ser humano com funções de responsabilidade deve possuir.
Ontem, como diz um comentador num meu blog mais uma vez fez um discurso em que não entrou mosca. Festejava-se o 99º aniversário de uma das três revoluçõea do século passado.
As grandes mudanças são sempre apoiadas pela melhor intenção, mas devido aos pecados irremíveis dos políticos, as melhorias ficaram a meio caminho. No século passado tivemos três experiências, todas diferentes na forma e nos resultados. Analisem-se e tirem-se conclusões.
Ontem houve a fuga do País do Presidente da República, que não se sentiu bem na tradição no meio do País e refugiou-se no seu casulo diário. Talvez por ali tivesse passado ao «fazer a rodagem do carro» ou talvez tenha recusado voltar ao «Portugal profundo» e não mais sair do seu fortim, com receio de ser empurrado para o «Pulo do Lobo».
Vá lá uma pessoa tentar compreender os políticos!!!

O que esperamos agora da pessoa que é suposto desempenhar as funções de Presidente?

Abraços
João

Coveiro de Portugal disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Mentiroso disse...

O comentário anterior foi removido por abuso anti-nacional juntamente com publicidade.

Mentiroso disse...

Caro João,

A sua opinião sobre o respeito é bem adequada. Porém, quando se abusa do respeito a que todos têm direito por nascença; quandose deixa de ser merecedor dessa regalia; sobretudo quando se trate de oportunistas que dela se servem para o seu próprio bem contra o bem e os direitos dos outros, deixam de ter direito a esse respeito.

Obrigado pelo comentário que vem mostrar a miséria a que o país chegou.