Mais um discurso do Cavaco para os lorpas; uma contribuição para a continuidade da desgraça nacional.
Enquanto o Sampaio critica justamente a falta de participação do povo na política nacional e afirma que não se tratam doenças novas com métodos antigos, o Cavaco instiga os carneiros a aprovarem a corrupção, o roubo, os privilégios antidemocráticos e a impunidade das máfias pelo seu voto. Leia-se bem o seu discurso sem se deixar embalar pelas palavras empregadas e compreenda-se que é esta a ideia de base que ele encerra acerca das eleições e da continuidade do mal estrutural do país. Porque sabemos bem que nada se pode esperar com os mesmos nem com esta constituição.
O Ramalho Eanes lembra a falta de intervenção cobarde que se tem verificado da parte do Cavaco e instiga à mudança, mas também não se aventura a dizer como. Mário Soares julga que deve elogiar vigaristas a fim de promover uma calma podre na luta das máfias que se estão marimbando completamente para o país.
A presidência do Sampaio não dá aso a elogios. Mostrou-se um cobarde vergonhoso nas suas aparições em público nos primeiros anos. Mostrava olhos de cão medroso e aterrado à procura de qualquer coisa para se esconder debaixo. Não é assim tão distante para o termos esquecido, mesmo para os portugueses amnésicos por natureza. Resta ainda saber se ele teve razão em expulsar o governo do Santana Lopes, mas isso é outro caso. Não obstante, foi aquele que conseguiu hoje ter um discurso mais apropriado ao momento, mais directo às causas e o único que mostrou uma saída mediante uma participação efectiva da população na governação do país. Todavia, não revelou que a constituição, de base claramente antidemocrática, proíbe determinantemente essa participação activa. Na realidade, até permite aos políticos de rejeitar uma petição para referendo nas normas (do que o Louçã se aproveitou para contrariar o desejo nacional). A constituição foi concebida exactamente nesse sentido para deixar as mãos livres às associações de criminosos e de malfeitores que formam as máfias partidárias.
Numa transmissão de hoje, um dos impostores jornaleiros pergunta a uma colega: «Achas que estes discursos vão trazer alguma esperança aos portugueses?» Como não se pode crer que a ignorância possa estar na origem desta pergunta, fazê-la deste modo só poderá ser a de chamar estúpidos aos portugueses e esconder-lhes a verdadeira desgraça em que se enterraram por sua própria culpa. Resultante da sua abdicação no controlo dos políticos. Escondem a dimensão da desgraça e o tempo que vai durar. Todos o escondem.
Pois preparem-se que o mais provável é os filhos e os netos daqueles que têm apoiado este regime de vigarice e ladroagem serem as maiores vítimas, que não vai passar para bem além duma década. A previsão é muito velha, era simples, via-se logo pelo caminho que se estava a tomar e não exigia mais do que usar a sua própria cabeça em lugar de emprenhar pelos ouvidos com slogans e outros estratagemas de banha da cobra. Para garantir a continuidade basta votar neles – como instiga o Cavaco – em lugar de votar em branco e não de se abster. Votar é um dever sério e o modo de demonstrar a desaprovação é de o fazer com um boletim em branco, jamais de se abster. A abstenção é um acto de cobardia e de rejeição da democracia pela recusa de participação.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
25 de abril de 2011
Abrilada
Presidente da Miséria
Autor: Mentiroso às 16:07
Tópicos: Abdicação cívica, Abrilada, Apoio à corrupção, Cavaco, Destruição, Fumaça, Sofisma
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1 mentiras:
Caro Mentiroso,
Defender a continuidade desta miséria é traição a Portugal. Ou talvez nem seja traição porque esta exige acção, e seja pura e simplesmente cobardia, medo da mudança inépcia para encarar o futuro.
O voto em branco tem significado, ao contrário da cobardia da abstenção. Mas, serve apenas de declaração de veto ao regime, devendo seguir-se-lhe acção decisiva para restaurar Portugal, da miséria moral, social e política em que tem vindo a vegetar. Para esta acção muito se espera das gerações nascidas depois do 25A. São essas que mais podem beneficiar da marcha correctamente orientada para o desenvolvimento em todos os sectores da vida nacional.
Um abraço
João
Do Miradouro
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