Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


25 de abril de 2011

Abrilada
Presidente da Miséria

Mais um discurso do Cavaco para os lorpas; uma contribuição para a continuidade da desgraça nacional.


Enquanto o Sampaio critica justamente a falta de participação do povo na política nacional e afirma que não se tratam doenças novas com métodos antigos, o Cavaco instiga os carneiros a aprovarem a corrupção, o roubo, os privilégios antidemocráticos e a impunidade das máfias pelo seu voto. Leia-se bem o seu discurso sem se deixar embalar pelas palavras empregadas e compreenda-se que é esta a ideia de base que ele encerra acerca das eleições e da continuidade do mal estrutural do país. Porque sabemos bem que nada se pode esperar com os mesmos nem com esta constituição.

O Ramalho Eanes lembra a falta de intervenção cobarde que se tem verificado da parte do Cavaco e instiga à mudança, mas também não se aventura a dizer como. Mário Soares julga que deve elogiar vigaristas a fim de promover uma calma podre na luta das máfias que se estão marimbando completamente para o país.

A presidência do Sampaio não dá aso a elogios. Mostrou-se um cobarde vergonhoso nas suas aparições em público nos primeiros anos. Mostrava olhos de cão medroso e aterrado à procura de qualquer coisa para se esconder debaixo. Não é assim tão distante para o termos esquecido, mesmo para os portugueses amnésicos por natureza. Resta ainda saber se ele teve razão em expulsar o governo do Santana Lopes, mas isso é outro caso. Não obstante, foi aquele que conseguiu hoje ter um discurso mais apropriado ao momento, mais directo às causas e o único que mostrou uma saída mediante uma participação efectiva da população na governação do país. Todavia, não revelou que a constituição, de base claramente antidemocrática, proíbe determinantemente essa participação activa. Na realidade, até permite aos políticos de rejeitar uma petição para referendo nas normas (do que o Louçã se aproveitou para contrariar o desejo nacional). A constituição foi concebida exactamente nesse sentido para deixar as mãos livres às associações de criminosos e de malfeitores que formam as máfias partidárias.

Numa transmissão de hoje, um dos impostores jornaleiros pergunta a uma colega: «Achas que estes discursos vão trazer alguma esperança aos portugueses?» Como não se pode crer que a ignorância possa estar na origem desta pergunta, fazê-la deste modo só poderá ser a de chamar estúpidos aos portugueses e esconder-lhes a verdadeira desgraça em que se enterraram por sua própria culpa. Resultante da sua abdicação no controlo dos políticos. Escondem a dimensão da desgraça e o tempo que vai durar. Todos o escondem.

Pois preparem-se que o mais provável é os filhos e os netos daqueles que têm apoiado este regime de vigarice e ladroagem serem as maiores vítimas, que não vai passar para bem além duma década. A previsão é muito velha, era simples, via-se logo pelo caminho que se estava a tomar e não exigia mais do que usar a sua própria cabeça em lugar de emprenhar pelos ouvidos com slogans e outros estratagemas de banha da cobra. Para garantir a continuidade basta votar neles – como instiga o Cavaco – em lugar de votar em branco e não de se abster. Votar é um dever sério e o modo de demonstrar a desaprovação é de o fazer com um boletim em branco, jamais de se abster. A abstenção é um acto de cobardia e de rejeição da democracia pela recusa de participação.

1 mentiras:

A. João Soares disse...

Caro Mentiroso,

Defender a continuidade desta miséria é traição a Portugal. Ou talvez nem seja traição porque esta exige acção, e seja pura e simplesmente cobardia, medo da mudança inépcia para encarar o futuro.
O voto em branco tem significado, ao contrário da cobardia da abstenção. Mas, serve apenas de declaração de veto ao regime, devendo seguir-se-lhe acção decisiva para restaurar Portugal, da miséria moral, social e política em que tem vindo a vegetar. Para esta acção muito se espera das gerações nascidas depois do 25A. São essas que mais podem beneficiar da marcha correctamente orientada para o desenvolvimento em todos os sectores da vida nacional.

Um abraço
João
Do Miradouro