Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


26 de dezembro de 2008

Como se Inventa uma Tradição
ou A Impostura Jornaleira

Os brutos da jornaleiragem imunda continuam a crer que a sua profissão é a de desinformar toda a gente, de mentir e de embrutecer a população. É o que fazem com a maioria do que falam. Filtram as notícias, contam meias verdades e meias mentiras. A rasquice ignóbil apoderou-se duma profissão que foi digna, mas que foi deixando de o ser até chegar ao ponto actual de ser a vergonha do país.

Esta corja meteu-se-lhes na mioleira atrasada de basbaques arrogantes que havia de convencer todos aqueles que desconhecem de que o bacalhau é o prato tradicional do Natal. Não é difícil de enganar os que nasceram na era dos atrasados mentais e fazê-los acreditar naquilo que não podem ter conhecido. Sobretudo se considerarmos a acção paternal pelos seus resultados: a pobre escória que têm criado. Além disso, o português é hoje, por herança paterna, um animal selvagem, egoísta, invejoso, vindicativo, cobarde e incapaz de pedir contas aos políticos para que ninguém também lhas peça. Vive na cloaca que construiu, nela bebe e come, e a sua cobardia fá-lo considerar-se satisfeito. Melhor é impossível de deduzir pelo seu comportamento.

Como já referido, a realidade é que cada região tem os seus costumes, tradições e expressões que agora a jornaleiragem, por ignorância e arrogância, quer transformar à viva força. Embora o bacalhau não seja hoje um alimento barato, foi, durante séculos, o alimento principal dos pobres do interior. Devido à falta de meios de transporte rápidos e de refrigeração adequada, era o único peixe cuja qualidade se mantinha por muito tempo, razão por que no litoral sempre se comeu mais peixe (fresco) do que no interior. Por isso, o bacalhau foi para o interior o que as tripas foram para os tripeiros: o alimento de base dos pobres que com pouca frequência subia à mesa dos mais afortunados.

Tendo em consideração que durante épocas festivas toda a gente, ricos e pobres, se esforçam por comer melhor do que no resto do ano, de comer aquilo que não comiam no seu quotidiano, é compreensível que o bacalhau fosse rejeitado nessas alturas. Razão mais do que aparentemente lógica, que em tudo é o normal na vida de todos. Desde logo, não poderia haver qualquer tradição de enfardar bacalhau em dias que iguarias seriam altamente preferíveis. O bacalhau era posto de parte nestas épocas e só começou a tornar-se mais «aceitável» quando o seu preço principiou a escalar.

As regiões tinham os seus pratos preferidos (caso também já abordado no link acima). Entre estes, e consoante a região, sempre se distinguiram o peru, o pato, a galinha, o porco, o cabrito, o carneiro, a caça, os mariscos, os enchidos, o polvo e a canja entre outros. O peixe, embora com todas as suas apreciadas qualidades e vantagens, embora fazendo uma aparição por aqui e por ali, nunca fez realmente parte dos menus festivos, sobretudo no interior, onde até era considerado um fraco alimento a ponto de haver o costume de se dizer «nunca vi um peixe a puxar uma carroça».

Em muitas povoações e cidades, mesmo na capital, haverá quem se recorde de pouco antes das épocas festivas do Natal e da Páscoa circularem pelas ruas uns interessantes rebanhos de gru-grus e de grasnos de perus e patos que os seus condutores apregoavam e vendiam sem grande dificuldade. Tratava-se de gente do campo que criava essas aves para as vender nessas alturas, visto, evidentemente, ser costumes terem-se à mesa, não o bacalhau, sempre considerado como alimento plebeu do corrente do ano.

Um caso com algumas semelhanças se passa com o bolo-rei. Nos noticiários, tal como fazem com o bacalhau, vemos a mesma banda impingir-nos a ideia de que o bolo-rei é a tradição do Natal português. Aí mentem a dobrar. Não só o bolo não se restringe ao país, como ainda, tal como o seu nome indica, não é propriamente do Natal. Do Natal são os troncos e outras guloseimas do género, agora quase desaparecidos no país, mas cuja tradição se mantém nos outros países, sobretudo nos germânicos, com as suas seculares tradições gastro-religiosas. Também vemos bolos a que chamam de rei sem a menor afinidade, nem na massa nem na forma, mas o pobre Zé Povinho esparvante aceita tudo o que lhe impingem com um imperturbável orgulho tanto mais ridículo quanto inadequado e infundado.

Porque é que hoje esses biltres e pulhas de jornaleiros não nos falam da verdadeira tradição e nos querem impingir as manias que as suas desmioladas e mais que ignorantes cabeças inventaram. Como pode essa canalha chamar tradição àquilo que nunca o foi? Há ainda pessoas que nunca na vida comeram bacalhau pelo Natal.

Claro que com o tempo tudo muda. Não é apenas que possa mudar, muda mesmo. Um facto conhecido é, por exemplo, que nenhuma raça humana ultrapassa o milhão de anos. Quanto às opiniões sobre o bacalhau até pode admitir-se que pode ter começado a mudar com o fim das frotas bacalhoeiras nacionais e com o aumento do seu preço após um período de raridade, dois factores que o elevaram à mesa dos que melhor o podiam pagar. Daí a se mentir descaradamente como verdadeiros sacanas descarados e ordinários vigaristas vai um grande passo.

Como se conclui, o nojo das mentiras dos jornaleiros, que da sua profissão de iletrados fizeram fé de desinformação, constata-se em todos os campos e a todos os níveis, não apenas no que concerne o da política. Esta classe, hoje tão miserável como as estirpes mafiosas e oligárquicas políticas está no cerne da ignorância geral da população na maioria dos assuntos que lhe interessam. Donde, por exemplo, não quererem lidar com a corrupção política e domá-la. Porém, mexericos e noticiários para porteiras não nos faltam.

4 mentiras:

Formiga disse...

A precariedade tem destas "coisas", e cada vez mais ser jornalista é sinonimo de ser precário... e depois têm que submeter abdicar dos valores em troca de uma "carcaça"

Mentiroso disse...

Sem dúvida, amigo, mas é duma desonestidade repugnante.

aruangua disse...

Tudo serve para um show de notícias sensacionalistas, nem que essas notícias passem pelo embuste, pela mentira, pela não formação ética e profissional.
Afinal, importa é vender o produto, sem olhar a preço ou meios.
Nota-se, por vezes, uma exasperante falta de formação e uma forçada ênfase a certas notícias. Um engasgar constante, palavra apoós palavra, sem o proprio/a jornalista saber o que vai dizer a seguir.

Mentiroso disse...

É mesmo, cara Arângua, nem sabem é o que dizem. Ninguém com memória saudável se recorda duma tradição que nunca o foi. Se esses incapazes impostores se ocupassem em fornecer informações úteis e verdadeiras, talvez que a população não se encontrasse em tal estado de falta de conhecimentos. São uma banda de aldrabões peneirosos.