Os brutos da jornaleiragem imunda continuam a crer que a sua profissão é a de desinformar toda a gente, de mentir e de embrutecer a população. É o que fazem com a maioria do que falam. Filtram as notícias, contam meias verdades e meias mentiras. A rasquice ignóbil apoderou-se duma profissão que foi digna, mas que foi deixando de o ser até chegar ao ponto actual de ser a vergonha do país.
Esta corja meteu-se-lhes na mioleira atrasada de basbaques arrogantes que havia de convencer todos aqueles que desconhecem de que o bacalhau é o prato tradicional do Natal. Não é difícil de enganar os que nasceram na era dos atrasados mentais e fazê-los acreditar naquilo que não podem ter conhecido. Sobretudo se considerarmos a acção paternal pelos seus resultados: a pobre escória que têm criado. Além disso, o português é hoje, por herança paterna, um animal selvagem, egoísta, invejoso, vindicativo, cobarde e incapaz de pedir contas aos políticos para que ninguém também lhas peça. Vive na cloaca que construiu, nela bebe e come, e a sua cobardia fá-lo considerar-se satisfeito. Melhor é impossível de deduzir pelo seu comportamento.
Como já referido, a realidade é que cada região tem os seus costumes, tradições e expressões que agora a jornaleiragem, por ignorância e arrogância, quer transformar à viva força. Embora o bacalhau não seja hoje um alimento barato, foi, durante séculos, o alimento principal dos pobres do interior. Devido à falta de meios de transporte rápidos e de refrigeração adequada, era o único peixe cuja qualidade se mantinha por muito tempo, razão por que no litoral sempre se comeu mais peixe (fresco) do que no interior. Por isso, o bacalhau foi para o interior o que as tripas foram para os tripeiros: o alimento de base dos pobres que com pouca frequência subia à mesa dos mais afortunados.
Tendo em consideração que durante épocas festivas toda a gente, ricos e pobres, se esforçam por comer melhor do que no resto do ano, de comer aquilo que não comiam no seu quotidiano, é compreensível que o bacalhau fosse rejeitado nessas alturas. Razão mais do que aparentemente lógica, que em tudo é o normal na vida de todos. Desde logo, não poderia haver qualquer tradição de enfardar bacalhau em dias que iguarias seriam altamente preferíveis. O bacalhau era posto de parte nestas épocas e só começou a tornar-se mais «aceitável» quando o seu preço principiou a escalar.
As regiões tinham os seus pratos preferidos (caso também já abordado no link acima). Entre estes, e consoante a região, sempre se distinguiram o peru, o pato, a galinha, o porco, o cabrito, o carneiro, a caça, os mariscos, os enchidos, o polvo e a canja entre outros. O peixe, embora com todas as suas apreciadas qualidades e vantagens, embora fazendo uma aparição por aqui e por ali, nunca fez realmente parte dos menus festivos, sobretudo no interior, onde até era considerado um fraco alimento a ponto de haver o costume de se dizer «nunca vi um peixe a puxar uma carroça».
Em muitas povoações e cidades, mesmo na capital, haverá quem se recorde de pouco antes das épocas festivas do Natal e da Páscoa circularem pelas ruas uns interessantes rebanhos de gru-grus e de grasnos de perus e patos que os seus condutores apregoavam e vendiam sem grande dificuldade. Tratava-se de gente do campo que criava essas aves para as vender nessas alturas, visto, evidentemente, ser costumes terem-se à mesa, não o bacalhau, sempre considerado como alimento plebeu do corrente do ano.
Um caso com algumas semelhanças se passa com o bolo-rei. Nos noticiários, tal como fazem com o bacalhau, vemos a mesma banda impingir-nos a ideia de que o bolo-rei é a tradição do Natal português. Aí mentem a dobrar. Não só o bolo não se restringe ao país, como ainda, tal como o seu nome indica, não é propriamente do Natal. Do Natal são os troncos e outras guloseimas do género, agora quase desaparecidos no país, mas cuja tradição se mantém nos outros países, sobretudo nos germânicos, com as suas seculares tradições gastro-religiosas. Também vemos bolos a que chamam de rei sem a menor afinidade, nem na massa nem na forma, mas o pobre Zé Povinho esparvante aceita tudo o que lhe impingem com um imperturbável orgulho tanto mais ridículo quanto inadequado e infundado.
Porque é que hoje esses biltres e pulhas de jornaleiros não nos falam da verdadeira tradição e nos querem impingir as manias que as suas desmioladas e mais que ignorantes cabeças inventaram. Como pode essa canalha chamar tradição àquilo que nunca o foi? Há ainda pessoas que nunca na vida comeram bacalhau pelo Natal.
Claro que com o tempo tudo muda. Não é apenas que possa mudar, muda mesmo. Um facto conhecido é, por exemplo, que nenhuma raça humana ultrapassa o milhão de anos. Quanto às opiniões sobre o bacalhau até pode admitir-se que pode ter começado a mudar com o fim das frotas bacalhoeiras nacionais e com o aumento do seu preço após um período de raridade, dois factores que o elevaram à mesa dos que melhor o podiam pagar. Daí a se mentir descaradamente como verdadeiros sacanas descarados e ordinários vigaristas vai um grande passo.
Como se conclui, o nojo das mentiras dos jornaleiros, que da sua profissão de iletrados fizeram fé de desinformação, constata-se em todos os campos e a todos os níveis, não apenas no que concerne o da política. Esta classe, hoje tão miserável como as estirpes mafiosas e oligárquicas políticas está no cerne da ignorância geral da população na maioria dos assuntos que lhe interessam. Donde, por exemplo, não quererem lidar com a corrupção política e domá-la. Porém, mexericos e noticiários para porteiras não nos faltam.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
26 de dezembro de 2008
Como se Inventa uma Tradição
ou A Impostura Jornaleira
Autor: Mentiroso às 12:48
Tópicos: Contradições, Embuste, Estupidez, Fumaça, Incoerências, Incompetência, Povo, Tradição, Trafulhice
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4 mentiras:
A precariedade tem destas "coisas", e cada vez mais ser jornalista é sinonimo de ser precário... e depois têm que submeter abdicar dos valores em troca de uma "carcaça"
Sem dúvida, amigo, mas é duma desonestidade repugnante.
Tudo serve para um show de notícias sensacionalistas, nem que essas notícias passem pelo embuste, pela mentira, pela não formação ética e profissional.
Afinal, importa é vender o produto, sem olhar a preço ou meios.
Nota-se, por vezes, uma exasperante falta de formação e uma forçada ênfase a certas notícias. Um engasgar constante, palavra apoós palavra, sem o proprio/a jornalista saber o que vai dizer a seguir.
É mesmo, cara Arângua, nem sabem é o que dizem. Ninguém com memória saudável se recorda duma tradição que nunca o foi. Se esses incapazes impostores se ocupassem em fornecer informações úteis e verdadeiras, talvez que a população não se encontrasse em tal estado de falta de conhecimentos. São uma banda de aldrabões peneirosos.
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