Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


14 de dezembro de 2008

Agarra Que É Ladrão!

Temos assistido ultimamente a uma espécie de jogo do gato e do rato. Ou quase, pois que a diferença é que o gato parece ter medo do rato e até à data ainda não teve a coragem de se manifestar.

Por estranho que possa parecer é um jogo comum em Portugal quando se trata de corrupção a alto nível em que o gato cobarde seria representado pelo ministério público e sempre se retrai com receio de poder vir a prejudicar o rato, o corrupto, o vigarista ou de qualquer outro modo criminoso quando este pertença a alguma seita oligárquica da máfia política, da família faça parte ou da máfia tenha sido instrumento. A esses dá-se uma indemnização e outro tacho ainda melhor que aquele em que ele praticou o seu crime. Não é a isto que nos habituaram a contemplar? Não obstante ainda há pacóvios e lorpas que acreditam nos discursos da máfia e julgam que Portugal é uma democracia. Portugal é uma oligarquia no sentido pleno do termo. e uma oligarquia que, pela maneira que distribui a riqueza e esmaga os pobres, viola abertamente os direitos humanos na sua redacção estrira.

Desta última vez o rato é eximiamente representado pelo governador do Banco de Portugal, o qual, após constatação do seu comportamento frente a crimes financeiros que lhe seriam impossíveis de desconhecer por pelo menos dois anos, não actuou. Talvez ache que não ganhe o suficiente para se interessar pelo seu trabalho e seja assim dispensado de cumprir as suas obrigações. Tinha o dever de ter participado os seus conhecimentos ou dúvidas ao ministério público. Afinal veio a saber-se que teve provas nas mãos, escritas pelo BPN e pelo fundo das questões que ele pousou a esse banco, por cuja resposta esperou mais de quatro meses sem tugir nem mugir, impávido, sereno e tranquilo, como costumam dizer os corruptos e os culpados.

Veio depois o cara de sola contar balelas numa entrevista que concedeu à RTP. Não era necessário ouvir as suas palavras de desculpa para se ler claramente a impostura na sua cara. Não obstante as suas desculpas, ainda veio contar aos lorpas (segundo o que de certo pensava) que nos outros países acontece semelhante ou pior sem que os seus homónimos fossem inculpados. Não compreende ele que se em Portugal a corrupção é maior, mais fortes deverão ser os meios para a combater? Não compreende ele que tem obrigação de justificar o seu salário vergonhoso, superior ao de qualquer dos seus homónimos. Por sua causa e consequente decisão do governo, somos nós quem paga pelo gatuno.

Queixa-se ainda o pobre parasita que nos rouba o seu ordenado escandaloso de que o Banco de Portugal é uma organização prestigiosa e que não deveria ser atacado. Que se põe em causa o bom nome do BP? Ah sim? Então não é o dele? Não compreenderá esse aborto que se o bom nome do Banco de alguma forma ficar manchado serão apenas ele e os seus acólitos a emporcalhá-lo? De certo que sabe, só que espera escudar-se atrás desse bom nome como se fosse o seu. Quer que o seu nome seja confundido com o do Banco e protegido pela sua sombra. Que monstro! O banco é uma instituição e o bom ou mau nome que ele possa ter ou criar só pode depender estritamente do comportamento de quem o dirigir.

Já para a grelha com o rato. Que esperará o gato para o apanhar e com ele brincar até que as tripas lhe saiam?

Contudo, todos conhecemos como os políticos transformaram o BP num antro de parasitas mamões que nos roubam os seus ordenados escandalosos e tudo de que usufruem.

Enquanto os corruptos forem irresponsabilizados por uma justiça ineficaz que só manda os pilha galinhas para a prisão, num país em que roubar um pão é crime e roubar um milhão é inteligência, que melhoria esperar? Porque será que o descrédito popular na justiça não tem parado de aumentar? Os sentimentos colectivos têm sempre uma razão de ser. Para vergonha e opróbrio dos juízes cada vez há mais quem pense que quem realmente quiser justiça terá que a fazer por suas próprias mãos

As previsões sobre o futuro do país, feitas na altura dos governos do Cavaco e Silva, que criou a crise portuguesa, agora a juntar-se à internacional, há anos publicadas continuam a cumprir-se. Na verdade não é preciso ser-se bruxo nem grande intelectual para se ver aquilo que brilha no escuro; para o não ver é que é necessário estar-se embutido em excremento de burro. Para não o ver é preciso, sim, estar-se anestesiado pelas palavras de encantar de políticos traidores cujo único alvo na vida é roubarem os cofres do Estado e distribuírem o que reste pela família, por amigos, compinchas, etc., e ainda apoderarem-se dos lugares melhor remunerados que deviam ser postos a concurso público. É um escândalo que uma população meio aparvalhada tem admitido e continua a admitir. Até os empregos roubam ao povo. Enquanto a corrupção não terminar em Portugal ou baixe para um nível menos aterrorizador, nada melhorará. E ainda não tocámos no fundo…

Este caso do BPN, do BP e do rato, já dura há algum tempo. De certo que o incapaz enriquecido à força por um sistema que contraria os Direitos Humanos – orquestrado por um primeiro-ministro que essa mesma organização classificou de traidor dos Direitos Humanos, como se pode ler no site da Amnistia Internacioinal – acabará por ser ilibado, para não destoar do costume em vigor neste miserável bananal.

4 mentiras:

A. João Soares disse...

Quem fala assim não é mudo, e pode acrescentar-se nem surdo nem cego, pois tem uma percepção muito clara da situação que se vive na nossa (deles) Oligarquia. A rotação dos ocupantes dos «tachos dourados» e dos elementos da bicha para as «reformas milionárias e acumuladas», em vez de concursos públicos é a doença mais grave do sistema.
Um abraço
A. João Soares

Mentiroso disse...

Certamente que o açambarcamento dos cargos públicos pelas oligarquias políticas à boa e típica maneira mafiosa são o mais óbvio sintoma da corrupção, pois que sem esse acontecimento generalizado seria muito mais difícil aos chefes da máfia controlarem as fontes dos lucros das suas ganâncias. Neste blog, muitos posts se têm terminado por uma chamada de atenção a esse facto da mais alta importância, pois que sem que esse sintoma deixe de existir a corrupção continuará no seu melhor. Paralelamente está o caso de em lugar de punir os criminosos se lhes retirem os ditos tachos dourados para lhes dar outros na sua grande maioria melhores que os anteriores.

Paulo disse...

Tudo isto e o Povo "sereno". Até quando?

Abraço

Mentiroso disse...

Pois é amigo Paulo, até quando? Bom, analisando o que se passa em Portugal e no mundo em geral, continuará por tanto tempo quanto se lhes permitir. Não sejamos tão inocentes a ponto de acreditarmos que eles matem a sua própria galinha dos ovos de ouro. Que lhes importa que ela ponha esses ovos de ouro apenas porque se alimenta do nosso sangue? Se não for o povo a pôr-lhes o açaimo e as rédeas curtas tudo continuará indefinidamente.