Era uma vez um país ocidental que estava socioeconomicamente miserável que era mal gerido e governado por políticos corruptos. Era uma vez um país ocidental que estava socioeconomicamente miserável que era mal gerido e governado por políticos corruptos que para tirar o seu país da crise propuseram um peculiar programa de estabilidade e crescimento.
Era uma vez um país que se via entre a espada e a parede entre um primeiro-ministro corruptível e com curso de engenharia e inglês técnico, e um líder da oposição de índole muito, muito perigosa para esse país.
Era uma vez um país com 3% de défice e 60% de dívida pública que congela salários, corta pensões, reduz o investimento público e privatiza empresas e serviços públicos. Era uma vez um país que absorvido e sufocado pelos interesses capitalistas, submete mais uma vez a classe trabalhadora aos seus caprichos económicos e ao sustento dos seus monopólios privados. Era uma vez um país que imerso numa crise em que o próprio se incluiu, devido às suas políticas económicas monopolistas, promulgou um programa económico de "estabilidade e crescimento" que exige mais trabalho a quem já passa uma vida a fazê-lo e protecção aos grandes grupos económicos que cada vez mais se delineiam na nossa sociedade. Um país mais atrasado, com uma inflação galopante e imensa, com a luz ao fundo do túnel cada vez mais baça e utópica.
Era uma vez um país com mais de 700 mil desempregados e tremendamente endividado, que pretende congelamento das prestações sociais não contributivas como o abono de família, a acção social escolar, o complemento solidário para idosos, o subsídio social de desemprego e do rendimento social de inserção, prevendo corte de 27% até 2013. Era uma vez um país onde o seu Governo pretende privatizar e isolar do Estado empresas-chave da economia (TAP, ANA, GALP, EDP, CTT, REN), degradar os direitos dos trabalhadores e serviços nacionais, para que possam gerir de forma corrupta e obscura e branquear mais capital que antes era do Estado e que possam empregar os seus amigos gestores, filhos dos amigos dos amigos dos pais dos filhos dos seus primos, que muito provavelmente tiraram um curso nas Novas Oportunidades ou nem sequer curso têm.
Era uma vez um país, desgraçado de cima a baixo pelo seu Governo, eleito democraticamente por duas vezes consecutivas.
Era uma vez um triste país.
Era uma vez.
Eu achava que a política era a segunda profissão mais antiga. Hoje vejo que ela se parece muito com a primeira.
- Ronald Reagan
1 mentiras:
Estamos "democraticamente" presos a esta escumalha e aos outros que inexoravelmente se lhes seguirão nesta "eterna" alternância...Como iremos sair dela?? Se isto é "A Democracia"(!), bem-vinda uma Ditadura, pois sempre poderemos sair dela através de UM GOLPE DE ESTADO...
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