Aumenta em Portugal enquanto tem diminuído noutros países europeus. Porquê? Nada acontece sem razão. Como de costume, escondem-nos e avançam razões que não o são.
Este género de violência é dos mais vulgares entre os povos incivilizados. Simplesmente, para viver em sociedade é necessário ter um mínimo de civismo para reconhecer os direitos do próximo. Ora, como se sabe tão bem, nem esse mínimo está na mente dos portugueses. Crendo viver democraticamente, mas não cumprindo os deveres democráticos e sem tampouco compreender como o fazer, a quase totalidade dos cidadãos nacionais tem mentalidade de atrasado e de incivilizado.
Na realidade, as bases da liberdade individual em democracia não são as que dependem dos direitos, mas pelo contrário o cumprimento dos deveres que os garantem. Não o compreendendo, vivem em estado selvático em que os direitos não podem ser respeitados.
É intuitivo que gente com tal mentalidade, não sabendo como viver em sociedade de modo a garantir os direitos a todos (aos outros como a si próprios), não pode saber fazer o mesmo em casa. Daí o aumento das queixas, instigado pela pressão publicitária no sentido de o fazer. É uma causa saudável desse aumento, mas não uma justificação do número efectivo de casos que se constatam ou restam escondidos. Outra causa incontornável do aumento das altercações familiares é o aumento da pobreza: »Em casa que não há pão todos berram e ninguém tem razão».
A culpa, contrariamente ao que nos fazem acreditar em Portugal e tal como se passa noutros países, não reside normalmente apenas numa das partes. A intenção e a vontade são absolutamente iguais, embora o modo de as expressar seja diferente devido à diferença física. Cada um utiliza o modo que melhor pensa lhe convir. Um homem, por exemplo, espanca uma mulher, enquanto uma mulher paga a quem espanque um homem ou usa qualquer outro processo para o mesmo fim. Qual é a diferença? Evidentemente, qualquer deles que assim actue fora do calor do momento só pode fazê-lo com premeditação.
A culpa nas desavenças familiares está geralmente de ambos os lados, dada a falta de civismo ser comum. O tratamento nacional destes casos, porém, é sistematicamente o de colocar a culpa dum só lado, quando a realidade prova geralmente o contrário, e ainda separar os agressores e tratá-los de modo desigual. Não é o que se passa em países civilizados.
Nesses países também acontecem alguns casos de violência doméstica. A primeira posição tomada é a da assistência a ambas as partes por aconselhamento psicológico, com e sem confronto. Psicólogos especializados nestes problemas esforçam-se por os solucionar. Em grande número destes casos o êxito é completo. Quando esse objectivo não é alcançável, as pessoas são encaminhadas para uma separação ou divórcio, tudo se passando de modo cívico. Que diferença do que se passa por cá! Note-se que se as pessoas já vivem numa sociedade baseada no civismo, a sua compreensão e reacção às sessões psicológicas será muito mais produtiva do que no caso dos portugueses, na sua maioria sem qualquer base ou noção válida de civismo.
Em Portugal, todo o sistema é invertido. A ênfase publicitária deveria focalizar-se numa possível conciliação em lugar de agressão judicial. Estabelece-se culpabilização, dividem-se as partes e estimulam-se-lhes os sentimentos agressivos. Qual é o resultado a esperar?
Segundo declarações ouvidas unicamente no programa Sociedade Civil, da RTP-2 (ninguém mais se lhe referiu num sentido construtivo), por pessoas directamente ligadas ao problema, este governo, tal como os anteriores, não concede os meios necessários para abordar o problema consciente e adequadamente. A escassez de psicólogos dedicados a esta causa – muito menos nela especializados – é flagrante e desanimadora, não permitindo tratá-los.
Duas conclusões tiramos deste assunto: o enorme número destes casos de violência deve-se à extrema falta de civismo e o seu aumento ao caminho desadequado que os governantes escolheram para os abordar.
O ministério do interior, dirigido por um aldrabão profissional e incapaz, procede com este caso como com todos os outros, lisonjeando-se a si mesmo pela estupidez verificada nas consequências dos caminhos que escolhe.
Uma terceira conclusão, esta do âmbito geral, podemos ainda tirar: como de costume, todos pretendem desinformar-nos o mais eficazmente. Pelo que, se quisermos conhecer alguma coisa, temos que procurar informações que nos venham para lá dos Pirenéus.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
15 de abril de 2010
Violência Doméstica –
Mais Incompetência Escondida –
Mais um Crime dos Governantes
Autor: Mentiroso às 14:36
Tópicos: Civismo, Coerência, Credibilidade
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