Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


2 de março de 2007

A Justiça do Estado ou o estado da justiça?

Para os tribunais criarem mais credibilidade, têm estado a ser descriminalizados muitos actos que deixaram, por isso, de ser encargo dos juízes. Mas a Justiça, como dizia há dias o bloguista «De Profundis», não deve ser avaliada pelo número de processos pendentes mas sim pelo grau de segurança e de paz interna. Diz ele, com muita sabedoria, que o bom carpinteiro não é aquele que produz mais aparas. O objectivo final é a pedra de toque dos obreiros que devem ser avaliados pelo desempenho na sua consecução. E a Justiça deve visar a legalidade, a sensação de segurança da população.


E em Portugal, há cada vez mais crimes, sinal de que a justiça está mais preocupada com as aparas do que com o seu objectivo último. Crimes relacionados com as escolas são frequentemente ocupantes de espaço na Comunicação Social e em e-mails e blogues. Há dias uma mãe de aluna foi bater na professora, de outra vez foi o avô de um aluno que bateu no professor de educação física, agora em Rio Tinto, Gondomar, um aluno foi espancado por um grupo, há vários casos de roubo de telemóveis e outros pertences de estudantes por colegas ou miúdos estranhos à escola, o caso de Carlos Alberto Cupeto professor da Universidade de Évora, etc.

Mas os políticos não cessam de fazer lindos discursos com referências sonantes a polícia de proximidade, escola segura, reformas das polícias, fechos de postos e esquadras, sem que o povo, para cujo benefício deve funcionar o aparelho do Estado, sinta qualquer benefício. As pessoas pagam impostos directos e indirectos, cada vez mais pesados no seu orçamento pessoal e familiar, sem receberem em troca mais segurança e apoios de saúde, sociais e outros.

Para onde avança o Portugal que todos nós amamos e desejamos ver progredir para um nível digno do primeiro mundo? Que explicação nos dão aqueles que elegemos para nos garantirem segurança e bem-estar, acerca de tanta anormalidade? Como pensam eles fazer inverter esta descida para o abismo? Como tornar mais eficaz a Justiça que está em muito mau estado?

É preciso que os cidadãos reflictam muito aturadamente sobre o presente que estamos a viver com vista a deixar uma herança que não leve os vindouros a criticar azedamente a geração do início do século XXI. Se nada for feito, os nossos netos dirão de nós as piores coisas. É preciso actuar sem demora, em benefício dos portugueses. É preciso deixar uma herança digna.


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