E em Portugal, há cada vez mais crimes, sinal de que a justiça está mais preocupada com as aparas do que com o seu objectivo último. Crimes relacionados com as escolas são frequentemente ocupantes de espaço na Comunicação Social e em e-mails e blogues. Há dias uma mãe de aluna foi bater na professora, de outra vez foi o avô de um aluno que bateu no professor de educação física, agora em Rio Tinto, Gondomar, um aluno foi espancado por um grupo, há vários casos de roubo de telemóveis e outros pertences de estudantes por colegas ou miúdos estranhos à escola, o caso de Carlos Alberto Cupeto professor da Universidade de Évora, etc.
Mas os políticos não cessam de fazer lindos discursos com referências sonantes a polícia de proximidade, escola segura, reformas das polícias, fechos de postos e esquadras, sem que o povo, para cujo benefício deve funcionar o aparelho do Estado, sinta qualquer benefício. As pessoas pagam impostos directos e indirectos, cada vez mais pesados no seu orçamento pessoal e familiar, sem receberem em troca mais segurança e apoios de saúde, sociais e outros.
Para onde avança o Portugal que todos nós amamos e desejamos ver progredir para um nível digno do primeiro mundo? Que explicação nos dão aqueles que elegemos para nos garantirem segurança e bem-estar, acerca de tanta anormalidade? Como pensam eles fazer inverter esta descida para o abismo? Como tornar mais eficaz a Justiça que está em muito mau estado?
É preciso que os cidadãos reflictam muito aturadamente sobre o presente que estamos a viver com vista a deixar uma herança que não leve os vindouros a criticar azedamente a geração do início do século XXI. Se nada for feito, os nossos netos dirão de nós as piores coisas. É preciso actuar sem demora, em benefício dos portugueses. É preciso deixar uma herança digna.
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