Ainda era menino e moço quando, pela primeira vez, ouvi dizer que os cemitérios estão cheios de homens insubstituíveis, geniais, providenciais, únicos, inigualáveis, etc. Mas, apesar de eles terem desaparecido, o Mundo não tem parado e continua sob a batuta do capital humano de que dispõe.
Um serviço fiscal, um Estado, não pode depender de um homem «providencial», seja qual for o significado que se queira dar a este termo. Essa tem sido a justificação de muitas ditaduras, mas a história demonstra que, após a morte do ditador, o país continuou. O mito de um homem indispensável numa qualquer organização, pública ou privada, evidencia uma péssima gestão dos recursos humanos, uma má avaliação das capacidades individuais, a ausência de uma escolha isenta e correcta dos mais competentes para cada tarefa, e a falta de estímulo e de condições de trabalho para serem levadas a cabo, com êxito, as acções fundamentais.
A solução passa por escolher o homem mais capaz de organizar racionalmente o serviço tendo em vista a sua finalidade principal e o seu objectivo, de discutir o projecto da organização com os colaboradores mais qualificados, antes de ser anunciado e implementado. Seguidamente, escolher a pessoa que mais se coadune com o perfil necessário para a liderança do funcionamento, quanto a saber, a capacidade de chefia e a coragem para seguir em frente sem ceder a pressões menos sérias.
Feito isto, com o máximo rigor possível e dando qualidades de trabalho e apoio político ao nomeado, chegar-se-á à conclusão que não é necessário ir buscar elementos estranhos à instituição para a dirigirem. Em todo o serviço, forçosamente, há pessoas honestas e competentes mas não são devidamente apreciadas e apoiadas para dirigirem. Isto passa-se em muitas organizações, desde as forças de segurança, à saúde, à educação, à defesa, etc. Na realidade, não há melhor dirigente de uma instituição do que o seu funcionário mais competente, dedicado e sério.
A escolha com base exclusiva na confiança política ou cor partidária não será a que melhores resultados produzirá. Há quem sugira concursos de ideias, concursos de candidatura a lugares de chefia, apoiados em currículos, em avaliações de desempenho, nas opiniões de colegas (dando desconto a que o melhor funcionário tem muito invejoso a procurar denegri-lo). E acabe-se com o mito dos insubstituíveis a que exigem ordenados de loucura, só compreensíveis na demência do «desporto» de alta competição.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
7 de março de 2007
PAULO MACEDO. INSUBSTITUÍVEL ?
Autor: A. João Soares às 21:55
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1 mentiras:
É evidente a análise bem feita, Nenhum cargo da administração pública, director geral ou não, é um cargo político em países democráticos. Por si só, o modo como os políticos tratam este assunto, é facto suficiente para comprovar que Portugal não é uma democracia. Todos os cargos devem ser atribuídos por concurso em cuja organização os políticos estejam proibidos de fazer parte. A razão porque a corrupção domina este assunto (assim como muitos outros similares) e os cargos são atribuídos a políticos, prova que o que governa Portugal são puras oligarquias políticas mafiosas ao extremo.
Como se pode ver abaixo, é um caso que não tem sido esquecido, porque jamais haverá fim à corrupção sem que os partidos comecem por limpar as suas próprias casas. É aí que se encontra o foco desse mal.
http://leaopelado.bravehost.com/estado.htm#banda
http://leaopelado.bravehost.com/estado.htm#corrup
http://leaopelado.bravehost.com/estado.htm#fruto
http://leaopelado.bravehost.com/estado.htm#confiar
http://leaopelado.blogspot.com/2007/01/publicidade-governamental-la-pimgo-doce.html
http://leaopelado.blogspot.com/2007/01/corrupo-em-contnuo.html
http://leaopelado.blogspot.com/2007/02/comentrios-dignos-de-relevo.htmll
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