Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


20 de maio de 2007

Ignorância, Pedantismo e Indignidade

Desde o desaparecimento da pequena Madeleine McCann que somos matracados com as pronúncias dos basbaques pedantes que são os jornaleiros portugueses.

Ouvindo eles, muito mais frequentemente do que nós, os nacionais ingleses e escoceses pronunciarem os nomes da criança, a única desculpa que se encontra ma insistênjcia do erro só pode ser atribuída a uma verdadeira necedade nata. É virtualmente impossível chegar-se a qualquer outra conclusão.

Com efeito, qualquer bom dicionário inglês com pronúncia figurada representa o a em Madelein pelo símbolo a: do Alfabeto Fonético Internacional, o que equivale a um a aberto e longo. Tal como se tem ouvido Gerry McCann pronunciar o nome da filha. O ditongo ei, no mesmo nome, é pronunciado como um i curto e não se compreende que haja quem o queira pronunciar como se de alemão se tratasse. O caso do a em Cann é idêntico ao de Madeleine.

Ao fim de mais de duas semanas de se ouvir o mesmo – dum lado como do outro – só a razão evocada no primeiro parágrafo poderá explicar a insistência nos erros, que deixam assim de o ser para se tornarem diplomas de estupidez. Há excepções, as dos poucos mais honestos que não se envergonham por terem aprendido. Para a mentalidade dos outros, aprender e ser correcto é um erro.

Não se pode compreender que qualquer pessoa que pretenda ter um mínimo de cultura e de mioleira, que aparente ter alguns estudos e a presunção de que lhe chamem doutor(a), fale como um(a) moço(a) de estrebaria que pouco mais conheça que limpar o excremento do gado. São assim os “doutores” portugueses, pedantes e ignorantes até ao tutano, com muito orgulho em serem estúpidos e atrasados. É por isso que não se lhes conhece qualquer valor nem mérito em países civilizados e mais adiantados. É por isso que quando há umas décadas se ficava certo de se ser bem recebido nesses países quando se dizia que se era português, hoje é preferível escondê-lo o melhor que se possa a fim de evitar ser-se tratado como um atrasado mental e vigarista. Com um sorriso a encobrir o pensamento, evidentemente.

De certo que toda a gente já reparou na diversidade de como os nossos jornaleiros pronunciam o nome Shakespeare. Raros são os que acertam, pois que a sua alta cultura nem mioleira lhes permitem compreender que mesmo que a primeira duas sílabas tenha alguma força, a tónica é a última. Este facto parece incrédulo a quem quer tenha “empinado” a ideia errónea de que em inglês a sílaba tónica é sempre a última e que lhe basta “saber” essa asneira para conhecer a língua a fundo.

Nada do que atrás fica pode ser considerado uma crítica para gente comum, com pequena cultura mas simples, honesta e sem pretensões. Todavia, aqueles de que aqui se fala não poderão ser incluídos nesta descrição.

Um facto muito semelhante é aquele que dá origem a tantos e constantes cochichos nos corredores das instalações da União Europeia, Bruxelas ou Estrasburgo. Os ditos cochichos são a chacota de que os senhores políticos portugueses fazem objecto devido a quererem mostrar-se mais espertos e superiores aos seus homólogos dos outros países, para o que pretendem falar inglês com a pronúncia dos cidadãos dos Estados Unidos. Os gozo sobre estes papalvos teve o seu auge há menos de dez anos, mas continua de vento em poupa. Os intelectuais de arrieirada estão convencidos de que ser inteligente é copiar tudo o que estiver mal. Não é como essas oligarquias bandalhas e corruptas fazem por cá? Não é esse o seu método de trabalho, a sua máxima? Os resultados não o patenteiam?

Porque será que desde há algumas décadas, em todos os países se tem a mesma ideia acerca dos portugueses? Será que estarão todos errados, que os portugueses é que estão certos e não são como os julgam? Será que os portugueses são hoje um povo super-civilizado e super-inteligente e que todo o mundo sem excepção está enganado sobre eles? Ou será que os portugueses mudaram? Para melhor, como se crêem?

Haverá motivos para deduzir que políticos corruptos e infames, apoiados por uma jornaleirada indigna anestesiaram a população insuflando-lhe um orgulho desmesurado pela miséria e estupidez em que os primeiros a projectaram e os segundos lhe encobrem?

Os resultados estão lá para o confirmar, ou será apenas o corolário duma sucessão de azares sem fim por décadas a fio?

1 mentiras:

Savonarola disse...

Sou do tempo em que foram criados os "cursos superiores de jornalismo", algures por aí. Nessa altura, estava a frequentar o curso de História da Faculdade de Letras de Lisboa, que deixei, depois de concluído o 3º ano. Bem que lamento a opção da altura, não porque quisesse ficar "doutor", mas porque teria ficado com uma ferramenta profissional completa, à época... Ora, se bem que sempre tenha apreciado estar a par da informação de Portugal e do Mundo - como se dizia nos documentários de cinema dos tempos da "outra senhora" - nunca me passou pela cabeça ser jornalista. Nem, muito menos, "tirar um curso de jornalismo"!
Actualmente, o jornalista é um licenciado. Hã? De se lhe tirar o chapéu, não é?
Outra das piadas dos meus tempos de estudante era que na América até tinham cursos superiores para cangalheiros... Enfim...
Um grande abraço de boas vindas!