Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


6 de outubro de 2007

AS HISTÓRIAS (IN) CONTÁVEIS...

Ao longo do tempo e, enquanto vou descobrindo tantas verdades acerca do quotidiano político, vou criando, quase sem dar por isso, os chamados «ódios de estimação». Dia a dia o mundo vive com espanto o que se passa nos «corredores secretos» das instituições. Tal como Catalina Pestana, Ex-provedora da "Casa Pia", que vem agora dizer: - "Quando estalou o caso da pedofilia, estranhei não ver casapianos como Maldonado Gonelha ou Soares Louro a defender a instituição"; também eu, enquanto cidadão do mundo, me perturbam os episódios incríveis que umas vezes desmascaram e outras escondem a verdade dos factos. Não é de ânimo leve que o "homem médio" assiste às tentativas de mascarar a verdade genuína no interior de certas instituições civis e militares. Quando alguém se afoita a analisar os contornos em que se materializam - nestas instituições - os interesses instalados dos "poderes ocultos" e verifica que os responsáveis, intervenientes directos, se acomodaram com as mordomias - ao invés de denunciarem a carência e os traumas terríveis dos utentes de tais instituições -; sentem a pressão do "polvo" a esmagar-lhes a honra, o bom nome, a família e a paciência.Quando alguém tem a audácia de trazer ao domínio público alguns factos susceptíveis de ferir a sensibilidade dos que sempre tentaram mascarar a verdade, estes escondem-se em labirintos com aromas de Maçonaria ou atravessam as fronteiras do seu País para, lá longe, "limparem" a "lama"- sem remorso - que lhes escorre pelo rosto sem sinais de vergonha. Outros infiltram-se nos corredores da justiça na esperança de alterarem as leis em seu proveito e em proveito daqueles que "comeram na mesma marmita".Entretanto, a justiça, na sua demora assustadora, parece ir dizendo aos culpados : "Para a prossecução dos teus desígnios, serás cirúrgico e asséptico no modo de contornar as leis, os regulamentos e os códigos, e atrairás a ti os melhores especialista para te ajudarem a camuflar e a fazerem desaparcer todos os traços das tuas actividades criminosas".As vítimas..., essas..., ao sentirem que a mãe pátria os abondonou, na profundeza dos seus traumas tentam «viver» com os seus "fantasmas". Pois nada se vislumbra capaz de "matar" o "polvo". Os outros, os cidadãos comuns, face a tudo isto, vão criando os seus "ódios de estimação"e, por vezes, a medo, lá vão outorgando a sua disponibilidade para a "guerra".
Paulo
Foto: Eu, em 2004.

7 mentiras:

Maria disse...

De tempos a tempos há um determinado acontecimento que é catapultado para as primeiras páginas dos jornais e dos noticiários televisivos. Portugal, nesses momentos parece que vive apenas e para esse acontecimento em particular. Não se fala de outra coisa nos autocarros e nos cafés. Abrem-se os noticiários com essas notícias desfiadas até à exaustão. Colocam-se hipóteses. Desenham-se as mais variadas conclusões. De um pequeno pormenor conseguem os jornalistas escrever colunas e mais colunas ns jornais. Depois, passado um certo tempo, o assunto começa a morrer. As primeiras notícias passam a ser outras. Os intervenientes do anterior caso são lentamente esquecidos. Quase parece de propósito para que nos esqueçamos que a justiça é lenta demais neste país à beira-mar plantado. Isso aconteceu com a Joana e a sua morte estranha. Qual foi mesmo a conclusão do caso? Isso aconteceu com o caso da pedofilia. (Todos os indiciados soltos e esquecidos e agora até ao Bibi é proposta uma nova identidade no estrangeiro). Mas afinal eram culpados ou não? Às tantas as vítimas até perdem o jeito!!! Isso vai acontecer com a Maddie. (Neste caso a investigação deixa-me completamente baralhada! Quantos meses depois e ainda andam os cães a farejar o quê? Não acredito muito nas investigações tipo CSI mas isto tb me parece demais ... ao contrário)
Enfim, já me alarguei demais e nem é meu costume. A culpa é tua q tocaste num ponto ao qual sou sensível!!
Um abraço.

A. João Soares disse...

Caro Paulo,
Se um comentário contribui para uma melhor compreensão do tema, este post não precisa de comentários, porque agarra o assunto e olha-o de todos os lados. A corrupção de que os mais responsáveis falam não se refere apenas ao dinheiro mas também às influências morais, ao poder de ocultar os crimes próprios e dos amigos, com alterações de leis, e mau funcionamento da justiça desde as acções policiais até aos tribunais de mais elevado nível.
Cito a frase que li neste blog: «quando o governo receia o povo, há liberdade. Quando o povo receia o governo, há tirania.»
O Governo esquece as vítimas, em geral, e apoia os criminosos, a quem evita qualquer sofrimento como punição dos seus erros sociais. E, se a vítima deixa de se resignar e mostra a sua indignação, é severamente perseguida. É realmente a tirania. Anda tudo com medo.
A comunicação social colabora sistematicamente com o Poder. Talvez com medo da tirania!!! Já há pouca virilidade nos cidadãos.
Continue, mesmo que o maltratem, Portugal está a precisar de mártires, de pessoas corajosas que saibam e queiram dizer o rei vai nu.
Abraço

Ena Pá! disse...

Eu sou contra paternalismos e gosto de dar o "nome aos bois". Não concordam que mto do "statu quo" se deve à fuga-sistemática!-do povo português para o exercício da cidadania?

Ena Pá! disse...

Leia-se: "fuga ao exercício" e não "para o exercício" da cidadania.

Anónimo disse...

Eu estou a ver que as vitimas inocentes no meio disto tudo, é que já têm vergonha.........os outros, nao. Pavoneiam-se por aí, senhores da verdade.
JUlgam que o Caso Casa Pia vai para a frente?
Sem nos darmos conta nem que se faça justiça...prescreveu.
Aí está um sinal da nossa (in)justiça.

Aruangua

Unknown disse...

Só lhe deixo um abraço, por estar a recuperar de uma queda caseira.

Volto.

ZezinhoMota

Savonarola disse...

A justiça no nosso país está a funcionar de uma forma distinta daquela através da qual, no século XVIII, foi definido o poder judicial. Aquilo que deveria ser a independência de um Poder soberano, transformou-se na autocracia dos tribunais.
A justiça - precisamente em minúsculas - é resultado, em Portugal, de decisões arbitrárias de juízes e tribunais. Sem qualquer controlo, precisamente porque escudada no seu estatuto "independente"