Ao longo do tempo e, enquanto vou descobrindo tantas verdades acerca do quotidiano político, vou criando, quase sem dar por isso, os chamados «ódios de estimação». Dia a dia o mundo vive com espanto o que se passa nos «corredores secretos» das instituições. Tal como Catalina Pestana, Ex-provedora da "Casa Pia", que vem agora dizer: - "Quando estalou o caso da pedofilia, estranhei não ver casapianos como Maldonado Gonelha ou Soares Louro a defender a instituição"; também eu, enquanto cidadão do mundo, me perturbam os episódios incríveis que umas vezes desmascaram e outras escondem a verdade dos factos. Não é de ânimo leve que o "homem médio" assiste às tentativas de mascarar a verdade genuína no interior de certas instituições civis e militares. Quando alguém se afoita a analisar os contornos em que se materializam - nestas instituições - os interesses instalados dos "poderes ocultos" e verifica que os responsáveis, intervenientes directos, se acomodaram com as mordomias - ao invés de denunciarem a carência e os traumas terríveis dos utentes de tais instituições -; sentem a pressão do "polvo" a esmagar-lhes a honra, o bom nome, a família e a paciência.Quando alguém tem a audácia de trazer ao domínio público alguns factos susceptíveis de ferir a sensibilidade dos que sempre tentaram mascarar a verdade, estes escondem-se em labirintos com aromas de Maçonaria ou atravessam as fronteiras do seu País para, lá longe, "limparem" a "lama"- sem remorso - que lhes escorre pelo rosto sem sinais de vergonha. Outros infiltram-se nos corredores da justiça na esperança de alterarem as leis em seu proveito e em proveito daqueles que "comeram na mesma marmita".Entretanto, a justiça, na sua demora assustadora, parece ir dizendo aos culpados : "Para a prossecução dos teus desígnios, serás cirúrgico e asséptico no modo de contornar as leis, os regulamentos e os códigos, e atrairás a ti os melhores especialista para te ajudarem a camuflar e a fazerem desaparcer todos os traços das tuas actividades criminosas".As vítimas..., essas..., ao sentirem que a mãe pátria os abondonou, na profundeza dos seus traumas tentam «viver» com os seus "fantasmas". Pois nada se vislumbra capaz de "matar" o "polvo". Os outros, os cidadãos comuns, face a tudo isto, vão criando os seus "ódios de estimação"e, por vezes, a medo, lá vão outorgando a sua disponibilidade para a "guerra".
Paulo
Foto: Eu, em 2004.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
6 de outubro de 2007
AS HISTÓRIAS (IN) CONTÁVEIS...
Autor: Paulo às 15:29
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 mentiras:
De tempos a tempos há um determinado acontecimento que é catapultado para as primeiras páginas dos jornais e dos noticiários televisivos. Portugal, nesses momentos parece que vive apenas e para esse acontecimento em particular. Não se fala de outra coisa nos autocarros e nos cafés. Abrem-se os noticiários com essas notícias desfiadas até à exaustão. Colocam-se hipóteses. Desenham-se as mais variadas conclusões. De um pequeno pormenor conseguem os jornalistas escrever colunas e mais colunas ns jornais. Depois, passado um certo tempo, o assunto começa a morrer. As primeiras notícias passam a ser outras. Os intervenientes do anterior caso são lentamente esquecidos. Quase parece de propósito para que nos esqueçamos que a justiça é lenta demais neste país à beira-mar plantado. Isso aconteceu com a Joana e a sua morte estranha. Qual foi mesmo a conclusão do caso? Isso aconteceu com o caso da pedofilia. (Todos os indiciados soltos e esquecidos e agora até ao Bibi é proposta uma nova identidade no estrangeiro). Mas afinal eram culpados ou não? Às tantas as vítimas até perdem o jeito!!! Isso vai acontecer com a Maddie. (Neste caso a investigação deixa-me completamente baralhada! Quantos meses depois e ainda andam os cães a farejar o quê? Não acredito muito nas investigações tipo CSI mas isto tb me parece demais ... ao contrário)
Enfim, já me alarguei demais e nem é meu costume. A culpa é tua q tocaste num ponto ao qual sou sensível!!
Um abraço.
Caro Paulo,
Se um comentário contribui para uma melhor compreensão do tema, este post não precisa de comentários, porque agarra o assunto e olha-o de todos os lados. A corrupção de que os mais responsáveis falam não se refere apenas ao dinheiro mas também às influências morais, ao poder de ocultar os crimes próprios e dos amigos, com alterações de leis, e mau funcionamento da justiça desde as acções policiais até aos tribunais de mais elevado nível.
Cito a frase que li neste blog: «quando o governo receia o povo, há liberdade. Quando o povo receia o governo, há tirania.»
O Governo esquece as vítimas, em geral, e apoia os criminosos, a quem evita qualquer sofrimento como punição dos seus erros sociais. E, se a vítima deixa de se resignar e mostra a sua indignação, é severamente perseguida. É realmente a tirania. Anda tudo com medo.
A comunicação social colabora sistematicamente com o Poder. Talvez com medo da tirania!!! Já há pouca virilidade nos cidadãos.
Continue, mesmo que o maltratem, Portugal está a precisar de mártires, de pessoas corajosas que saibam e queiram dizer o rei vai nu.
Abraço
Eu sou contra paternalismos e gosto de dar o "nome aos bois". Não concordam que mto do "statu quo" se deve à fuga-sistemática!-do povo português para o exercício da cidadania?
Leia-se: "fuga ao exercício" e não "para o exercício" da cidadania.
Eu estou a ver que as vitimas inocentes no meio disto tudo, é que já têm vergonha.........os outros, nao. Pavoneiam-se por aí, senhores da verdade.
JUlgam que o Caso Casa Pia vai para a frente?
Sem nos darmos conta nem que se faça justiça...prescreveu.
Aí está um sinal da nossa (in)justiça.
Aruangua
Só lhe deixo um abraço, por estar a recuperar de uma queda caseira.
Volto.
ZezinhoMota
A justiça no nosso país está a funcionar de uma forma distinta daquela através da qual, no século XVIII, foi definido o poder judicial. Aquilo que deveria ser a independência de um Poder soberano, transformou-se na autocracia dos tribunais.
A justiça - precisamente em minúsculas - é resultado, em Portugal, de decisões arbitrárias de juízes e tribunais. Sem qualquer controlo, precisamente porque escudada no seu estatuto "independente"
Enviar um comentário