Os assessores da Câmara Municipal de Lisboa vão receber salários mensais de cerca de 4.000 € (quatro mil euros), um aumento de 29% em relação ao ano anterior, o que é um ultraje aos restantes trabalhadores da Câmara e a muitos funcionários que, ao fim de carreiras de total dedicação não chegarão a receber tanto.
Em período já prolongado de sacrifícios devido ao défice criado pela má gestão dos governantes, é escandaloso este desbaratar dos dinheiros públicos.
E surge a interrogação: eles, com o seu desempenho merecem um tal salário?. Qual a sua competência, a sua preparação, o critério da sua escolha?
A resposta veio há tempos da boca de uma vereadora, quando na Câmara foi muito badalada a enorme quantidade de assessores. Ela deixou bem claro, em entrevista a um jornal, que os assessores não são contratados após concurso público e seleccionados em função de currículo de experiências e competências. São nomeados com base na confiança política, isto é, podem nada saber mas ser da família ou das amizades de um militante do partido. Trata-se de uma espécie de agência de emprego para os boys e girls sem capacidade para competir no mercado de emprego. Daí que onde há muitos assessores não deixa de haver gafes, decisões erradas que muitas vezes são mais tarde rectificadas após manifestações populares de desagrado. Apesar dos salários escandalosos, não melhoram a eficiência do serviço, simplesmente porque não sabem, não têm para isso a menor competência.
Mas o certo é que essa oportunidade, se for bem conduzida, com atitudes politicamente correctas, sem desagrado para o chefe, serão em eleições próximas candidatos a deputados, e daí poderão ir a governantes ou para bons lugares em institutos e empresas de capitais públicos. É o início da carreira de político profissional, é o prémio de não terem sido bons alunos, de não terem capacidade para competir no mercado de trabalho, como os seus colegas de escola não ligados a políticos.
Não é apenas na Câmara de Lisboa, é também em muitos gabinetes do Governo. Circulam na Internet muitas imagens do Diário da República, com nomeações de familiares de políticos bem conhecidos.
Mas, apesar destes escândalos, os trabalhadores por conta de outrem, de mais baixos rendimentos, vêm os seus impostos a aumentar já há vários anos e o seu poder de compra a emagrecer anualmente a um ritmo preocupante. A crise é só para alguns. E a pobreza em Portugal aumenta a ponto de o próprio PR se ter referido a ela com palavras de preocupação.
O défice é resolvido à custa dos contribuintes que não podem evitar os impostos, mas as despesas públicas com vários parasitismos, não mostram sinais de diminuir, antes pelo contrário, como mostra o caso referido.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
17 de outubro de 2007
Escândalo com dinheiro público na CML
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4 mentiras:
É justo! O povo já conhecia o António Costa! É justo! O povo já conhece este socialismo!
Eles devem ter pensado:
- O quê? Com todas as patifarias que temos feito o povo ainda nos escolheu? Então é porque aceita e apoia as nossas roubalheiras! Vamos a isto antes que se arrependam!
Caro João Rato,
Em conformidade com esta sua teoria, recordo o que disse o humorista brasileiro Milôr Fernandes (Vão Gogo) a propósito da roubalheira pelos políticos: «Roubem hoje o mais que puderem porque amanhã poderá ser proibido».
Abraço
Se fosse só a CML... O problema é esse regabofe ser regra.
Já não há o mínimo respeito pelos dinheiros públicos, dos nossos impostos.
A propósito, PECULATO significa: desvio ou má administração de dinheiros ou rendimentos públicos por pessoa encarregada de os guardar ou administrar.
Uns pagam e não podem refilar e outros servem-se dele sem escrúpulos.
AbraçoJoão
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