O actual Ministro da Administração Interna é um homem considerado de relevo e ilustrado, com um brilhante curriculum académico e profissional, cujos cargos ocupados parecem justificar a fama. Será mesmo uma pessoa digna?
Quanto aos cargos de nomeação política não podem servir de referência, pois que os exemplos em contrário e que abundam nessa área não só poderiam ser pejorativos como o são na grande maioria dos casos. Em geral, nomeação política = corrupção degradante para ambos, nomeado e nomeador. Disto, é ele um exemplo gritante.
Não obstante a formação e todas as competências e conhecimentos evidenciados por qualquer pessoa, raramente estes servem de abono à sua integridade e honestidade, tampouco de garantia de comportamento humano decente.
Em princípios Agosto último, no decorrer da luta contra um incêndio em Rexaldia, Torres Novas, o piloto dum Dromadair despenhou-se, o avião explodiu e incendiou-se e o piloto faleceu.
O ministro apresentou-se no local. Os noticiários televisivos apresentaram uma reportagem em que lhe dirigiram diversas perguntas directas sobre o acidente e sobre o piloto. O ministro, porém, como se não as ouvisse, enveredou por uma propaganda política sobre os incêndios, as acções tomadas pelo governo no sentido de as minimizar, os resultados obtidos e os que garantia para o futuro. Uma verdadeira enxurrada de palavreado tolo e despropositado à ocasião, sob a clássica forma de venda de banha da cobra, a qual os repórteres interromperam várias vezes sem ele desse mostras de ouvi-los e sem abandonar a sua propaganda que teria decorado durante o caminho.
Ouvindo essa reportagem era-se levado a concluir que o único e óbvio propósito da presença do ministro no local do acidente não poderia ser outra senão a de fazer uma propaganda política suja. Suja, porque cego pela ganância política e sem o mínimo tacto, sem quaisquer escrúpulos, honestidade e humanidade, aquele aborto humanóide desprezou o luto, o respeito pelo defunto e pela sua família, os problemas e as preocupações humanas específicas locais do momento.
Os dotes de qualquer pessoa num determinado campo não provam nada noutros. Não é novidade. O que provam, no final, é que determinadas atitudes desmascararam aquilo que afinal não passava duma fachada indigna para impressionar tordos, como um espantalho.
Quando aconteceu a profanação das campas de judeus, não vimos todos o ministro, também judeu, apresentar-se publicamente com a mitra da judaica? Não, o acto em si não é proibido, nem degradante, nem recriminável. O que é injurioso é que nunca o infame impostor se tenha apresentado assim em público, mas apenas nessa ocasião, o que declara a ignóbil e vergonhosa mise en scène dum abusador abjecto é o oportunismo para a sua nojenta propaganda de apoio à corrupção. Falsidade que não pode deixar de também envergonhar judeus honestos.
Mais recentemente, referiu-se ao caso da inconstitucional invasão do sindicato dos professores do centro pela polícia,
Uma investigação corrupta, devido às mentiras inventadas de que a sua conclusão foi impregnada, levada a efeito pela Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), que nega qualquer infracção por parte das forças de segurança. A infracção não necessita de qualquer investigação quanto à sua legalidade, todos sabem que é inconstitucional. O que se quer saber é o que a originou, quem a “encomendou”. Em qualquer caso, também não é necessário que nos digam que a culpa não é da polícia, já o sabemos.
Vem aquele poço de mentira e falsidade declarar que encerrou o inquérito porque (como consta no seu relatório) «Não há indício de qualquer facto ilícito. Por conseguinte, não há lugar à instrução de processo de inquérito ou processo disciplinar.»
Mas que fantochada! Porque haveria de haver qualquer processo disciplinar contra quem se limita a cumprir ordens? O ministro impostor vem contar mais uma das suas histórias de dormir de pé, falseando o verdadeiro objecto da questão para encobrir a podridão daqueles que deram as ordens à polícia. Será possível ser-se mais corrupto e vigarista? É possível que o sindicato tenha apresentado uma queixa dialecticamente mal redigida em que alguns termos tivessem dado oportunidade às más intenções congénitas da máfia política para dirigir o inquérito numa direcção diversa da intencionada, o que essa máfia não desperdiçou.
Mais uma vez um governo altamente encobre a sua corrupção. O inquérito era sobre quem mandou executar a ordem, nunca sobre quem a executou. Alguém acredita que a polícia lá foi por iniciativa própria? As associações de polícia, que tanto recalcitram, parecem acobardar-se sobre este assunto.
As acções contra sindicatos não são novas, pois que já se verificam há sete anos. O PSD pretende mesmo abertamente fabricar uma nova constituição que garanta mais poder à máfia oligárquica. Nesta altura o governo prepara um ataque, um descalabro aos direitos e necessidades dos trabalhadores, sempre em favor dos mais ricos, para cavar mais o fosso, como já nos habituaram e a população autoriza. Não há que eleger nesta ambiente de cultura corrupta.
Fora com este impostor e com toda a manada que compõe a máfia corrupta, independente dos partidos. Há que encurtar a rédea a estas bestas, que lhes fira as beiças ao mais pequeno movimento desautorizado.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
13 de outubro de 2007
Mais Um
Autor: Mentiroso às 16:26
Tópicos: Abuso, Apoio à corrupção, Arrogância, Ataque à democracia, Embuste, Insolência, Oligarquia
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3 mentiras:
Bom artigo,
Esse «discurso» propagandístico do MAI, quando da queda do avião, está na linha de um dos seus secretários de Estado que afirmou sobre os fogos florestais, que, «entre os dias 1 de Julho e 30 de Setembro - os meses de maior risco - a área ardida foi significativamente menor do que em 2006, com 16.605 hectares ardidos até ao momento contra os 75.335 hectares ardidos no ano passado». E atribuiu este êxito a:
- «um aumento da área intervencionada»,
- uma melhor articulação dos sapadores florestais e a
- uma melhor vigilância da GNR.
Como a maior parte dos portugueses, durante o período acima referido, esteve mais atenta às condições meteorológicas, por estar em férias, todos sabemos que o MÉRITO dessa vitória contra os fogos florestais, erradamente atribuída ao Governo, cabe à não comparência dos fogos, por virtude de S. Pedro, ou melhor Daquele Deus a quem Sócrates prestou homenagem quando se benzeu, durante uma das muitas cerimónias oficiais de abertura do ano escolar. Em termos de temperatura e humidade do ar, todos sabemos a diferença entre 2006 e 2007. Os fogos não gostam muito de chuva e esta caiu com frequência e intensidade na maior parte dos dias da fase «charlie» de 2007.
Estes discursos, COMO É ÓBVIO, são porca propaganda que parte da hipóteses ofensiva de que todos os portugueses são estúpidos, esquecendo-se que, felizmente, nem todos somos políticos, e portanto...
Abraço
Ainda bem que choveu mais, daí estarem as terras com bastante humidade.
Só espero que para o ano, também chova em quantidade, para nao sofrermos o martirio do fogo e assistirmos impotentes ao avanço do mesmo.
Já que este ano houve umas tréguas, que tal sr. Ministro, verificar e remodelar todo um conjunto terra/ar, no combate a incêndios? È que nao sei se sabe, há aviões das FAP e pilotos, prontos e com gabarito para combate aos fogos..
Mas parece que contratar civis e avionetas civis,é mais rentável...mesmo pagos a peso de ouro, para estarem parados.
Não se iludam, enquanto houverem interesses civis nisto tudo, vamos ter sempre fogos. Deixem as matas recuperarem este ano, porque para o próximo, deve vir aí razia. Depois, que medidas vai tomar, Sr. Ministro? A favor ou contra os madeireiros? Já que pos a GNR na prevenção ao combate aos fogos (grande novidade, eles sempre foram chamados para isso!), ponha também as patrulhas das FAP a vigiar as matas...com pilotos das FAP! E lembre-se, já agora, na tal campanha de reordenação e prevenção, veja se manda pôr os aviões a funcionar, há lá mecânicos competentes para isso, mas mande deitar fora os obsoletos que já não têm arranjo, senão vejo aí uma grande incoerência...manda apertar (manda, por "eles", no poleiro, estão com ele bem largo)apertar o cinto e deixa-se apodrecer(literalmente, assim mesmo), aviões ainda empacotados, para montar, que os EUA tão "generosamente se desfizeram, a preços da conveniência deles? Há assim tanto dinheiro para esbanjar?
Trate de ver o espólio que tem e dar-lhe bom uso......seja no combate a incêndios, seja no que for! Ah, e nao esqueça os meios terrestres, pois os Jeeps da GNR nao são eternos..desgastam...e há o problema do abastecimento..e há o problema do cooperativismo entre bombeiros qualificados e militares da GNR, que poderiam estar noutro sitio, no combate ao banditismo, ou a levar processos quase hora a hora para os tribunais! Olhe que os bombeiros , não estão nada satisfeitos..
Pense nisso, Sr. Ministro!
Muitas vezes o que se alardeia sobre a personalidade e as qualidades intelectuais - e outras - de uma figura pública pretendem precisamente mascarar as suas insuficiências. Seria mais honesto e, sobretudo, democrático deixar o público avaliá-la sobre as suas acções e decisões.
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