Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


7 de fevereiro de 2007

Aborto Abastardado por Política Repugnante

O grande tema do referendo sobre o aborto está a sofrer enormes distorções por parte dos políticos. Estes estão a aproveitar-se para fins que denunciam as suas intenções pouco escrupulosos a que nos habituaram. Entretanto, os debates esquecem os verdadeiros problemas e tomam um caminho que vai dar pretexto aos corruptos para não resolverem os problemas reais.

A questão do referendo é ser um referendo, ou seja, uma consulta popular fora do domínio político, donde, os políticos devem abster-se por completo, por consideração e respeito pela população. Tal como Guterres fez, com honestidade, relativamente ao referendo anterior. Manifestou a sua opinião, a que todos têm direito, absteve-se de recomendações, muito menos tentou fazer algo semelhante com as autênticas lavagens cerebrais tentadas pela canalha oligárquica de hoje. Se fosse um corrupto nem tampouco teria feito o referendo. Agora, os corruptos têm que se aguentar e esperneiam para se lavarem as mãos do que têm feito.

Os bandos oligárquicos, inclusivamente aquele a que Guterres pertencia, tornaram-lhe impossível governar democraticamente, o que o fez preferir afastar-se e abandonar a glória de ser um chefe de canalhas. Facto que não tem sido compreendido por ser sistematicamente abafado por todos os partidos, que mentem e que ao invés de declararem a verdade que demonstra a sua bestialidade, preferem enxovalhá-lo como fazem a todos os poucos políticos honestos.

Assim se chegou ao ponto em que um político honesto não tem possibilidade de avançar, todos os caminhos lhe sendo barrados pela ralé que domina os partidos e não lhes permite qualquer iniciativa, como se tem invariável e incessantemente observado. O avanço ultrajante dos políticos desonestos tem continuado arrasadoramente ao ponto de se tornar insuportável nos últimos governos do Partido Social Democrata e do actual do Partido Socialista, ambos vergonhosamente contra as ideologias dos seus próprios partidos, autênticos nojos de corrupção.

Deste modo, não é de estranhar, mas apenas de condenar a maneira como esta corrupção asquerosa se imiscui num referendo. Como se os corruptos ignorassem que um referendo é para que o povo expresse a sua vontade sem pressão política ou contra decisões políticas. Bela democracia de fazer vomitar qualquer um que seja democrático. Vomitados deviam ser todos aqueles que metem a pata suja onde não devem nem para isso possam ser chamados.

Nos outros países criou-se uma autêntica rede de apoio às famílias, à maternidade, aos nascimentos, à formação das crianças, creches gratuitas e instrução adequada e especializada. Promoveu-se o aconselhamento e a planificação familiar, a educação sexual, a ajuda às mães menores e jóvens. Este conjunto de medidas formou uma juventude com qualidades superiores e melhor preparada. Abriu outros caminhos para além do aborto.

Os políticos portugueses, desprezando todas estas medidas, optaram por se responsabilizarem pela formação duma juventude rasca. Instituíram medidas rudimentares, primitivas e embrionárias, cuja finalidade inapropriada só poderia servir para se pavonearem do muito que fizeram e extorquirem votos aos lorpas assim ludibriados.

Os resultados estão à vista e são de todos conhecidos, embora a maioria não os possa compreender por falta de informação sobre o assunto, donde falta de elementos para o compreender. Como se passa com tudo que diga respeito a política, democracia, direitos de cidadania, etc., sequência duma sistemática desinformação por parte de políticos gananciosos a quem o conhecimento prejudicaria os interesses e jornaleiros coniventes.

Esses resultados são as famílias não terem qualquer apoio, não terem possibilidades financeiras de sustentar mais uma boca e de prover à sua educação. Desorientadas e desconhecendo muitas delas até os métodos contraceptivos, sem nenhuma preparação, experiência, conselho ou ajuda, encontram no aborto a melhor solução. A desolação das grávidas mais jovens, completamente abandonadas, sem qualquer apoio, leva-as direitas à mesma solução.

Porque será que os partidos pretendem intrometer-se neste assunto, em especial? Basta saber que estes repugnantes mentem sempre, ouvi-los e lembramo-nos do modo como têm abordado este assunto para se conhecer a verdade da qual pretendem desviar a atenção da população e lavar as mãos dos seus actos imundos e anti-democráticos.

Em dedução mais do que óbvia, os políticos querem agora misturar-se indevidamente numa consulta popular, que por o ser deveriam nem tampouco tentar influenciar a vontade do povo, com a única intenção maliciosa de se lavarem as mãos de culpados das causas que conduziram o país ao seu estado actual. Não foram eles quem fomentou e desenvolveu este estado?

A prova está nos argumentos usados pelos políticos. O primeiro-ministro diz descaradamente que no referendo anterior o Não venceu e que depois disso nada mudou. Pudera! O aldrabão está a confessar que tanto o seu partido como os dos outros governos, tudo o que fizeram para que a situação mudasse foi destruírem ainda mais o pouco apoio que existia. O que deveria mudar estava e está nas mãos do governo. Está ele a ameaçar de que se agora o Não voltar a ganhar os políticos continuarão a nada fazer? Tratar-se-á duma chantagem? Ou será simultaneamente dum barrete nojento, uma desculpa pelo que os malditos não fizeram e deviam ter feito, a lavarem as mãos do que agora deveriam finalmente fazer mas não farão? Os corruptos contam claramente com que o aborto à carta contribua para adormecer a população ainda mais e auto-dispensarem-se das suas obrigações para com a Nação.

Que fique aqui registado para o futuro. Quer ganhe o Sim ou o Não, nada mudará. O problema primordial não se resolve com as mulheres poderem abortar à carta. O problema está nos apoios acima mencionados serem ou não postos à disposição. Desde que se continue a nada fazer nesses sentido, todos os problemas permanecerão tal como hoje, com a única diferença de que o aborto passa a ser à carta.

Qual é o aborto do atrasado mental que acredita nesta solução de nada fazer? Os políticos não são, porque eles sabem que estão a mentir e a vigarizar a população. Sabem muito bem que pondo a carroça à frente dos bois não resolve aquilo que impingem que se vai resolver. A carroça à frente dos bois é a norma dos políticos corruptos portugueses verificada em quase tudo onde ponham as suas patas porcas. Deste modo, ganhando o Sim nestas circunstâncias, está-se a dar razão aos políticos corruptos e a fornecer a desculpa para que no futuro continuem a não prover a rede de ajuda necessária. Que bom para eles, que os carneiros se deixem matar e aprovem.

4 mentiras:

A. João Soares disse...

Palavras ácidas para um tema que as justifica.
A profundidade da análise, torno-a merecedora de uma citação em Do Mirante e em A Voz do Povo.
É preciso que muitas pessoas leiam e meditem de forma esclarecida e crítica o que estão a fazer aos nossos cérebros. Lavagens ao cérebro como esta a que nos estão sujeitando só são possíveis em países ditatoriais.
A. João Soares

Mentiroso disse...

Pois, o problema é precisamente esse. Os carneiros lorpas andam drogados com as canções de embalar dos corruptos. Enquanto assim acontecer, estes podem continuar a degolá-los impunemente, ficando ainda com o espólio da sua lã.

Savonarola disse...

Uma excelente análise - bem ao estilo radical que, como anarquista, aprecio - que dá destaque a uma questão que me parece primordial no "debate" sobre o aborto: trata-se ou não, essencialmente, de uma questão de Saúde? De civilidade? Porque, afinal, continuamos a viver num país atrasado.
Um abraço

Anónimo disse...

Destaco uma parte que me parece da maior pertinência:

« Nos outros países criou-se uma autêntica rede de apoio às famílias, à maternidade, aos nascimentos, à formação das crianças, creches gratuitas e instrução adequada e especializada. Promoveu-se o aconselhamento e a planificação familiar, a educação sexual, a ajuda às mães menores e jóvens. Este conjunto de medidas formou uma juventude com qualidades superiores e melhor preparada. Abriu outros caminhos para além do aborto. »

e esta deveria ser - também - uma forma de aplicar os nossos impostos, mas, ao invés, eles são usados em políticas de compadrio e de confraria, com reformas de luxo ao fim de meia dúzia de anos de trabalho (?!) no Parlamento e nas E.P.