Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


19 de julho de 2007

A Máfia Política Prepara o Fim de Portugal

Um artigo da autoria de D. António Marcelino, Bispo de Aveiro, foi ontem publicado no blog Do Mirante. O conteúdo to texto é dos mais significativos e realistas que se têm lido ultimamente. Só por si é motivo para despertar as consciências e acabar com a cobardia popular, causa principal da situação vergonhosa vivida em Portugal, provocada pela incapacidade dos governantes que se defendem com a mais ultrajante, estúpida e nojenta arrogância.

Reles que fabricam leis para lhes permitir a impunidade na corrupção, como a das nomeações entre tantas outras; o controlo da crítica, como na projectada lei da imprensa; a mordaça dos blogs, segundo o que descobre a Human Rights Watch, que os incentiva a revelar todos os ataques contra a liberdade de expressão.

A matança dos doentes e dos velhos, à fome e sem medicamentos; as mulheres, a parirem todos os meses nas ambulâncias; a corrupção geral e em especial nas grandes negociatas da construção civil; o desemprego dos mais classificados, cujos empregos são roubados pelos nomeados; a destruição dos sistemas sociais; os ordenados absurdos maiores que os dos países mais ricos para dirigentes ineptos; as reformas milionárias para quem trabalhou meis dúzia de anos, enquanto todos os outros ficam à míngua; o domínio da justiça, de acordo com o que contam juízes e magistrados. É um rol sem fim e pretende esta reles escumalha impingir a ideia de que isto é democracia.

Destroem a população e o país, tal como descrito por D. António Marcelino. Domestiquem-se as bestas políticas! Como se tem feito noutros países onde, no mínimo, se expurgou a corrupção, o compadrio, as nomeações.


. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Teremos ainda Portugal?
Por D. António Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro


O título tem um tom provocatório, mas eu vou justificar. Não digo que esteja para breve o nosso fim de país independente e livre. Mas, pelo andar da carruagem, traduzido em factos e sintomas, a doença é grave e pode levar a uma morte evitável. Aliás, já por aí não falta gente a lamentar a restauração de 1640 e a dizer que é um erro teimarmos numa península ibérica dividida. De igual modo, falar-se de identidade nacional e de valores tradicionais faz rir intelectuais da última hora e políticos de ocasião. O espaço nacional parece tornar-se mais lugar de interesses, que de ideais e compromissos.

Há notícias publicadas a que devemos prestar atenção. Por exemplo: um terço das empresas portuguesas já é pertença de estrangeiros; 60% dos casais do país têm apenas um filho; vão fechar mais cerca de mil escolas ou de mil e trezentas, como dizem outras fontes; nas provas de língua portuguesa dos alunos do básico, os erros de ortografia não contam; o ensino da história pouco interessa, porque o importante é olhar para a frente e não perder tempo com o passado; a natalidade continua a descer e, por este andar, depressa baterá no fundo; não há nem apoios nem estímulos do Estado para quem quer gerar novas vidas, mas não faltam para quem quiser matar vidas já geradas; a família consistente está de passagem e filhos e pais idosos já não são preocupação a ter em conta, porque mais interessa o sucesso profissional; normas e critérios para fazer novas leis têm de vir da Europa caduca, porque dela vem a luz; a emigração continua, porque a vida cá dentro para quem trabalha é cada vez mais difícil; os que estão fora negam-se a mandar divisas, por não acreditarem na segurança das mesmas; os investigadores mais jovens e de mérito reconhecido saem do país e não reentram, porque não vêem futuro aqui; a classe média vai desaparecer, dizem os técnicos da economia e da sociologia, uma vez que o inevitável é haver só ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres; os políticos ocupam-se e divertem-se com coisas de somenos; e já se diz, à boca cheia, que o tempo dos partidos passou, porque, devido às suas contradições, ninguém os toma a sério; a participação cívica do povo é cada vez mais reduzida e mais se manifesta em formas de protesto, porque os seus procuradores oficiais se arvoram, com frequência, em seus donos e donos do país e fazedores de verdades dúbias; programa-se um açaime dourado para os meios de comunicação social; isolam-se as pessoas corajosas e livres, entra-se numa linguagem duvidosa, surgem mais clubes de influência, antecipam-se medidas de satisfação e de benefício pessoal…

Não é assim, porventura, que se acelera a morte do país, quer por asfixia consciente, quer por limitação de horizontes de vida? É verdade que muitos destes problemas e de outros existentes podem dispor de várias leituras a cruzar-se na sua apreciação e solução. Mais uma razão para não serem lidos e equacionados apenas por alguns iluminados, mas que se sujeitem ao diálogo das razões e dos sentimentos, porque tudo isto conta na sua apreciação e procura de resposta.

Há muitos cidadãos normais, famílias normais, jovens normais. Muita gente viva e não contaminada por este ambiente pouco favorável à esperança. Mas terão todos ainda força para resistir e contrariar um processo doentio, de que não se vê remédio nem controle? Preocupa-me ver gente válida, mas desiludida, a cruzar os braços; povo simples a fechar a boca, quando se lhe dá por favor o que lhe pertence por justiça; jovens à deriva e alienados por interesses e emoções de momento, que lhes cortam as asas de um futuro desejável; o anedótico dos cafés e das tertúlias vazias, a sobrepor-se ao tempo da reflexão e da partilha, necessário e urgente, para salvar o essencial e romper caminhos novos indispensáveis. Se o difícil cede o lugar ao impossível e os braços caem, só ficam favorecidos aqueles a quem interessa um povo alienado ao qual basta pão e futebol…

Mas não é o compromisso de todos e a esperança activa que dão alma a um povo?

2 mentiras:

Anónimo disse...

Bom blog. Irei passar por cá mais vezes.

C Valente disse...

Mentiras e verdades, mentiras falsidades, diariamente ditas e feitas pelos nossos(deles) governantes, verdades do cidadão comum, que incomoda toda esta podridão, salve-se quem poder,
Bom fim de semana
Saudações