Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


5 de setembro de 2011

Fome e Miséria Para Uns – Esbanjamento Para Outros à Conta da Miséria dos Esfomeados

O governo anunciou um assassínio em massa para muito em breve. Quem o ouviu, decerto o compreendeu. Todas as prestações do sistema de saúde vão ser reduzidas. Apenas para os que não possam pagá-las, entenda-se bem, porque se estes não podem pagá-las, outros podem. Até existe uma linha de tráfico de influências para se tratarem no estrangeiro à nossa custa.

A declaração mais clara a este respeito foi o anúncio de que iriam assassinar a maioria dos que necessitam do implante dum órgão para poderem viver. A declaração da intenção de matar mais clara seria impossível, pois que foi literalmente mencionada na reportagem que a mostrou.

Isto é intolerável, pois que nenhum estado das finanças o justifica. Temos dois exemplos de serviços de saúde autofinanciados: o da Suécia e o da Suíça. São sistemas opostos.

O da Suécia é do género do nacional, mas sem os problemas portugueses: ao pessoal não lhes chamam «trabalhadores», mas trabalham: cada imposto ou contribuição tem o seu destino e nunca vai para um saco azul da corrupção, donde as contribuições para a saúde estão separadas das outras.

Na Suíça os impostos e as contribuições também têm destino. O serviço nacional de saúde é 100% privado, financiado a 100% pela população e 100% igual para todos, sem excepções. Apenas aos raros que não possam pagar, o estado subsidia os prémios das seguradoras.

Portanto, como e porquê reduzir as prestações por causa dum eventual buraco financeiro do governo? Que políticos merdosos temos, incapazes até de copiar o que já está feito e comprovado com bem? Para o que está errado é que não há hesitação, copia-se logo. Facilmente transformaram Portugal na estrumeira mundial que passou a ser.

Outras referências ao sistema de saúde serão publicadas ou republicadas por se tratar de casos de abuso e de malvadez extremamente graves.

Entretanto, massacram-se os mais pobres com impostos e cortes nos auxílios e isenções que lhes permitem viver, enquanto NADA em absoluto foi reduzido nas mordomias no estado nem das máfias que constituem os partidos políticos que continuam constituídos em associações de malfeitores. A corrupção vai de vento em poupa e os empregos do estado são dados a amigos partidários. O número de nomeações deste governo já supera o do anterior no mesmo período de tempo. Os vigaristas cobardes tentam escondê-lo, publicando apenas um terço dessas nomeações na internet. Os parasitas roubam os empregos a concurso para gente competente, desempregada, que acaba por viver na miséria ou ter que emigrar.

Aos que mais ganhavam nada foi tirado. Os ordenados exponenciais continuam impavidamente, na sua maioria ultrapassando os dos seus homónimos beneficiários em comparação directa. Seria um abuso se não fosse um escândalo da mais alta roubalheira e vigarice quando comparados através dos níveis nacionais.

Até o próprio anão que anda de joelhos, não obstante já ter há muito provado que o partido do governo é mais seu do que dos que o compõem, recrimina duramente os factos mencionados nos dois parágrafos anteriores.

O que não se compreende é que com tanta razão se tenha reclamado dos mesmos roubos, abusos e açambarcamentos durante o governo anterior, como os testemunhos e as denúncias que este autor publicou imensas vezes, enquanto agora poucos rejeitam o seu partidarismo de cegos embrutecidos ou de carneiros idiotas. Afinal, para eles a seriedade dos partidos depende apenas de ser ou não o seu. Afinal, estas mentes obtusas merecem bem ser gozadas e a miséria em que estão. Foram eles quem permitiu aos políticos espezinhá-los e ainda lhes agradecem. Têm o que querem, não têm motivo de queixa.

Em apenas três meses de governo, o Coelho provou e comprovou tudo do que os posts anteriores lhe previam (alguns links ao fim). «Prever» nem é o verbo adequado, tão claramente se lia entre as linhas de discurso do Coelho e dos seus acólitos algozes. Ou seja, era mais do que esperar para um indivíduo que convida o Loureiro Ladrão para seu conselheiro e com tão boa escola como a que teve nas empresas de resíduos do grupo Fomentinvest, onde até entrar para o governo desempenhou responsabilidades de gestão directa e teve como sócios figuras envolvidas em escândalos financeiros:

Os construtores Irmãos Cavaco, acusados de burla qualificada no caso BPN e Horácio Luís de Carvalho, que está a ser julgado por corrupção e branqueamento de capitais no processo do aterro da Cova da Beira. Horácio Luís de Carvalho possui 20% da Tejo Ambiente, que detém duas empresas de resíduos presididos por Pedro Passos Coelho. Está a ser julgado por ter depositado 59 mil euros numa conta offshore de António Morais, o célebre professor de José Sócrates na Universidade Independente.

Vigarista de alto calibre, faz tudo o que reprovou sobre o governo anterior e o contrário da propaganda para tolos na sua vergonhosa campanha de marketing eleitoral.

Caramba, que esperar desta gentaça? Tudo em família (máfia).

Ninguém viu o que estava nos posts publicados e foi publicado durante a acompanha eleitoral. Ou melhor, viram os caracteres e que eram letras, mas não conseguiram juntá-las e entendê-las: são analfabetos mentais. Limitaram-se todos a beber o vomitado da repugnante personagem. Agora digiram-no. Havia não inúmeros indícios, mas provas constantes que os basbaques, de vácuo no cérebro, não só não compreenderam, mas de que tampouco se aperceberam. Aguentem agora e preparem-se para morrer estoicamente pela causa que defenderam. Porque para o fim do ano ou já se tem começado a morrer a granel e se cala e admite ou haverá uma grande estampida (do género das do farwest selvagem dos cowbois da América do Norte do séc. XIX – Cattle Stampede).

O problema não está nos políticos, nascidos e criados com a restante população. O problema não está no Sócrates nem no Coelho nem nos ordinários. É um problema duma sociedade de que a corrupção geral e a vigarice se apoderam. Ser trabalhador é mal visto pelos colegas, e os calões adoptaram o nome de «trabalhadores». Roubar «umas coisitas» no escritório onde se trabalha é considerado normal e quando um ladrão rouba a culpa é da vítima por se ter deixado roubar. Simular uma avaria no veículo para a segurador pagar a viagem de retorno, também não é considerado um crime planeado. Adoptaram costumes retrógrados e acham-se avançados, substituíram valores comprovados por princípios rascas. É uma sociedade rasca que rasca os erres.

Em previsão da repercussão dos roubos dos pobres, o ordinário do ministro do interior já começou a preparar medidas de repressão para os criminosos da fome: retirou os agentes a paramilitares dos serviços de secretariado e vai mandar todos para uma escola de assassinos, porque não vão ser preparados e educados como os gregos ou os ingleses.

Para quem se tenha já esquecido tão rapidamente, o ministro citado é um ordinário porque as pessoas não mudam, muito menos nos três meses que decorreram desde que ele se comportava como uma besta ordinária no parlamento, mostrando claramente os seus baixos sentimentos com o palavreado que usava e tão bem lhe assenta e descreve. Estará já esquecido ou acham-no seu semelhante? Este facto, em conjunto com o da labrega da Manela Leiteira comprovam que para ser ministro em Portugal basta ser sacana e ordinário. Eis aqui a base justificativa do respeito e da consideração que esta canalha merece. Se qualquer merecimento deve ter uma justificação, aqui está uma, mais do que suficiente. É uma vergonha ter ministros como este e como os aldrabões vigaristas do Zé Aguiar ou o Corta-Relvas. Gente que só alguém tão baixo como eles desejaria por amigos. Patenteiam a «classe» de quem lá os coloca.

Giro giro é o que se vai passar com o comboio a alta velocidade (CAV) se este governo durar até à ocasião. Estão a jogar sobre a possibilidade (que tomam por certeza) de estarem na oposição quando a data da sua construção chegar. Durante o governo anterior formularam os mais ferozes ataques contra a sua construção, assim como sobre um novo aeroporto para Lisboa, encobrindo sistematicamente que a origem da ideia era exclusivamente sua, do tempo do Barroso. Abafaram e abafam que foi esse governo que efectuou os acordos para os subsídios da UE. Agora, o governo actual encontra-se com a sua própria bomba no colo, decisão de suspensão tomada é apenas provisória. E mais um assunto que põe à vista a capacidade mental daqueles que lhes deram ouvidos.

Para o aeroporto existem várias ideias de substituição, mas limitaram-se a combater a sua própria ideia e não apresentaram nenhuma.

Querem e sempre quiseram que as linhas fossem construídas e apenas se contradisseram para atacar o governo da altura por saberem que o povo é néscio e aceitariam a contradição sem a mínima reflexão. Estamos a ver como se saem da alhada, sabendo que presentemente é muitíssimo mais fácil de convencer a UE de que desistem devido ao estado calamitoso das finanças nacionais. Contudo, apenas suspenderam.

De qualquer forma a linha Lisboa – Madrid era a única justificável por fazer parte do plano de comunicações europeu. A Lisboa – Porto era um erro desnecessário, o que não elimina a necessidade de grandes melhoramentos nela. Quanto à Porto – Vigo, curta e sem passageiros, cuja própria exploração actual está em causa, a sua inclusão no plano não foi mais do que o resultado da conhecida ronha e inveja tripeiras, por vezes justificável, aqui obviamente não. A linha Lisboa – Madrid é imprescindível para a exportação de mercadorias e pode ser utilizada para passageiros do CAV. Porque não? É provável que qualquer governo que avance com o CAV para esta linha empurre a ideia dum aproveitamento sequencial para o CAV. Contrariamente às desinformações apregoadas pela jornaleiragem, a Espanha não suspende nem fecha nenhum ramo que ligue directamente à rede europeia.

Pelo que se constata, a quase totalidade da população ainda está convencida de que vive em democracia e de que o sistema nacional é democrático. Ainda não compreendeu que a condição única e sine qua non para a mais rudimentar democracia é a participação da população que controla os políticos. Caso isto não exista, o sistema é uma fantochada, uma oligarquia partidária. No caso nacional é ainda uma pedantocracia dominada por uma corrupção reconhecida e indirecta e inconfessadamente aprovada. Enquanto este sistema não mudar não poderá haver esperança de imaginar parvamente que os políticos representam os que os elegeram, em cujo interesse obrarão. Ingenuidade impingida pelo embrutecimento por obra da jornaleiragem desinformadora.

O Ronald Reagan não foi um modelo de democrata num país que de democracia apenas tem o nome, até porque nem pertencia ao partido desse nome. Contudo, no dia em que inaugurou o seu mandato pronunciou estas palavras:
From time to time, we have been tempted to believe that society has become too complex to be managed by self-rule, that government by an elite group is superior to government for, by, and of the people. But if no one among us is capable of governing himself, then who among us has the capacity to govern someone else?


Links para artigos anteriores mencionados no post, descrevendo o que se iria passar (o presente):

Os Reis da Mentira     20-5-2011

Quem Cala Consente –
Quem Vota Aprova
    9-5-2011

Desesperos dum Ganancioso     8-5-2011

Vergonhosas Campanhas Eleitorais dos Ladrões Nacionais     28-4-2011

Debacle     14-4-2011

Quem É o Pedro Passos Coelho?     13-4-2011

Quem Será Que Mente Mais?     4-4-2011


Vote nas sondagens sobre Portugal

2 mentiras:

Diogo disse...

Num artigo de Fernando Madrinha, no Jornal Expresso de 01-09-2007, há três frases que nos explicam o roubo descomunal que os bancos estão a fazer aos portugueses através dos seus políticos corruptos:

a) Os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral.

b) A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.

c) Os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.


E a somar às declarações de Fernando Madrinha, são cada vezes mais os que se questionam porque razão, dos 78 mil milhões de euros que a Troika nos emprestou a juros agiotas (de quase 6%), o Governo deu aos bancos 12 mil milhões de euros para a sua "recapitalização", e ainda lhes ofereceu mais 35 mil milhões de euros em garantias para que estes possam emitir dívida para se "financiarem".

Mentiroso disse...

Com efeito, já li essas asserções há algum tempo nos posts do blog Um Homem das Cidades (ou A Natureza das Cousas) e existe um post ainda mais antigo no Blog do Leão Peleado onde refere o caminho percorrido que levou à conjuntura actual. Somente, não é possível escrever tudo num só post e este já foi bastante longo para o que é.

Mais do que simples afirmações, é evidente que a relação entre finanças e partidos políticos, como se passa nos EUA, está a arruinar os sistemas democráticos. No caso de Portugal ainda é pior, por há mais de um ano não ter existido democracia nem mesmo depois da Abrilada, em que os políticos passaram a usar a sua liberdade para tirarem a da população.

Todos os acontecimentos levam à mesma conclusão, que é aquela que se encontra neste artigo, no parágrafo que precede a citação de Ronald Reagan. Sem que isso se verifique a palavra democracia tem um som abafado, cuja única utilidade é ser constantemente martelada para convencer os tansos. Tanto que nos países realmente democráticos ninguém fala em democracia: sentem-na e vivem-na no seu quotidiano. Não sentem necessidade de falar naquilo que tão bem conhecem e vivem.